Pelo segundo ano seguido, Pernambuco se mantém em 7º lugar no Ranking da CBF, somando os pontos de todos os dez representantes locais nos torneios nacionais das últimas cinco temporadas. O estado é líder absoluto na região, no período de 2012 a 2016, com Bahia e Ceará, nesta ordem, na sequência. Já no cenário geral, para evoluir será preciso um esforço coletivo enorme. Hoje, são quase sete mil pontos em relação ao Paraná, que em 2017 terá dois clubes no Campeonato Brasileiro, o que já torna-se quase irreal a possibilidade de ultrapassagem – dependeria de uma grande campanha local na Copa do Brasil.
Percentual dos clubes na pontuação do estado em 2016: Sport – 8.019 (34,13%) Santa Cruz – 5.730 (24,39%) Náutico – 5.401 (22,99%) Salgueiro – 2.461 (10,47%) Central – 789 (3,35%) Serra Talhada – 459 (1,95%) América – 255 (1,08%) Porto – 171 (0,72%) Ypiranga – 153 (0,65%) Petrolina – 51 (0,21%)
Vale lembrar que a colocação da federação estadual, na lista organizada pela confederação brasileira de futebol, influencia diretamente no número de vagas de cada uma tanto na Copa do Brasil quanto na Copa do Nordeste (abaixo). Hoje, Pernambuco tem direito a três participantes nas duas competições.
Copa do Brasil (via estadual) 5 vagas – 1º e 2º (SP e RJ) 4 vagas – do 3º ao 5º (MG, RS e SC) 3 vagas – do 6º ao 14º (PR, PE, GO, BA, CE, RN, PA, AL e MT) 2 vagas – do 15º ao 22º (PB, MA, SE, DF, PI, AM, AC e MS) 1 vaga – do 23º ao 27º (ES, RO, TO, AP e RR)
Copa do Nordeste (via estadual) 3 vagas – 1º e 2º (PE e BA) 2 vagas – do 3º o 9º (CE, RN, AL, PB, MA, SE e PI)
O Campeonato Pernambucano de 2017 começa em 4 de janeiro, mas só agora, faltando 21 dias, todos os doze participantes foram definidos. Após o atraso judicial na segunda divisão local, com vários clubes alegando escalações irregulares em adversários, saíram os dois classificados à elite. E a festa foi toda no Sertão, que torceu de longe por seus representantes, com Afogados e Flamengo de Arcoverde conquistando a classificação nos estádios Ferreira Lima, em Timbaúba, e Gileno de Carli, no Cabo. Com a dupla classificação sertaneja, a região empata com o Grande Recife em número de participantes, o que não ocorria desde 2012. Substitui os agrestinos Porto e Pesqueira.
Número de clubes por mesorregião: 2017 – RMR 4, Sertão 4, Mata 2, Agreste 2 2016 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2015 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2014 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2013 – Agreste 5, RMR 3, Sertão 3, Mata 1 2012 – RMR 4, Agreste 4, Sertão 4, Mata 0 2011 – RMR 5, Agreste 3, Sertão 3, Mata 1 2010 – RMR 4, Agreste 4, Mata 2, Sertão 2 2009 – RMR 4, Agreste 4, Sertão 3, Mata 1 2008 – Agreste 5, RMR 3, Sertão 3, Mata 1
Os dois finalistas da Série A2 haviam empatado as semifinais em seus domínios, precisando vencer fora de casa. Numa chave que indicaria um participante inédito, Afogados e Timbaúba empataram outra vez em 1 x 1, com o acesso da Coruja arrancado nos pênaltis, 5 x 3. Em mais de um século de bola rolando, a cidade da medalhista olímpica Yane Marques, de 36 mil moradores, finalmente fará parte da 1ª divisão. Já na região metropolitana, a Cabense era a favorita, mas o Fla goleou por 4 x 1. O time, com escudo e uniformes diferentes hoje em dia, volta à elite após 18 anos! Agora, a despedida do futebol local em 2016 será com Afogados x Flamengo, valendo o título, em 18 de dezembro.
A distribuição dos participantes de 2017 por mesorregião:
Grande Recife (4) – América, Náutico, Santa Cruz e Sport Zona da Mata (2) – Atlético (Carpina, a 45 km da capital) e Vitória (50 km) Agreste (2) – Central (Caruaru, 130 km) e Belo Jardim (187 km) Sertão (4) – Flamengo (Arcoverde, 256 km), Afogados da Ingazeira (386 km), Serra Talhada (415 km) e Salgueiro (518 km)
Participações (1915-2017): 103 – Santa Cruz (primeira em 1915) 102 – Náutico (1916) 101 – Sport (1916) 83 – América (1915) 54 – Central (1937) 11 – Salgueiro (2006) 6 – Acadêmica Vitória (2009) e Serra Talhada (2012) 5 – Belo Jardim (2007) e Flamengo (1994) 3 – Atlético Pernambucano (2015) 1 – Afogados (2017)
Confira a tabela da primeira fase do Campeonato Pernambucano clicando aqui.
De 1959 a 2016 foram realizadas 60 edições do Campeonato Brasileiro, considerando a unificação oficializada pela CBF. Na conta, a Série A (1971-2016), a Taça Brasil (1959-1968) e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967-1970), com formatos bem distintos. Em termos de competitividade, a participação nordestina variou bastante, com números consistentes na primeira década. Ao todo, 15 clubes da região já terminaram ao menos uma vez entre os 10 primeiros colocados – apenas o Rio Grande Norte não emplacou uma classificação do tipo. Foram 68 campanhas neste contexto, sendo que em 19 delas os times chegaram à semifinal. No auge, três títulos e seis vices.
Abaixo, o blog fez uma compilação dos 20 melhores nordestinos (quando possível) em cada recorte do Brasileirão, tanto em campanhas finais quanto em pontos acumulados. Neste caso, para uniformizar o ranking histórico, a vitória valeu três pontos em todos os jogos (oficialmente, no país, começou em 1995).
A unificação ocorreu em 2010, com o Bahia tornando-se, de fato e de direito, bicampeão brasileiro. O tricolor soteropolitano ainda foi vice outras duas vezes (diante do Santos), com os melhores resultados da região. Entretanto, somando todas as campanhas Top Ten, segue com uma campanha a menos que o Sport, que emplacou a 14ª em 2015, ao terminar a Série A em 6º lugar. Dominando o cenário pernambucano na década de 1960, o Náutico somou mais seis campanhas (incluindo cinco no G4!), subindo para o 4º lugar geral. Justamente por ter disputar apenas uma vez a Taça Brasil, o Santa acabou figurando em 6º, mesmo tendo resultados melhores que os cearenses na Série A.
O Campeonato Brasileiro, com esta alcunha, foi iniciado em 1971, com 20 clubes, incluindo Sport e Santa. Foram 32 regulamentos diferentes até 2003, quando foi implantado o sistema de pontos corridos. No fim dos anos 1980, Recife e Salvador levaram a “taça das bolinhas”, o troféu mais conhecido, com o Sport em 1987 e o Bahia em 1988. Vitória, vice em 1993, e Santa, semifinalista em 1975, também conseguiram grandes resultados. Desde 1988 há acesso e descenso, período no qual apenas oito times conseguiram disputar a elite (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e América de Natal).
As 32 campanhas entre os 10 primeiros colocados (Série A): 1º) Sport (11) – 1º (87), 5º (85/00), 6º (15), 7º (88/98), 8º (78/83), 9º (82) e 10º (81/96) 2º) Vitória (9) – 2º (93), 3º (99), 5º (13) 8º (74/79), 9º (97) e 10º (73/02/08) 3º) Bahia (7) – 1º (88), 4º (90), 5º (86), 7º (78/94) e 8º (76/01) 4º) Santa Cruz (3) – 4º (75), 5º (78) e 10º (77) 5º) Náutico (1) – 6º (84) 5º) Ceará (1) – 7º (85)
A Taça Brasil foi a competição criada em 1959 pela CBD (precursora da CBF) para designar o campeão nacional e o representante do país na recém-criada Libertadores. O mata-mata, bem semelhante à Copa do Brasil, contava com os campeões estaduais. A particularidade era a pré-classificação de estaduais bem conceituados. O campeão pernambucano, por exemplo, estreou na semifinal algumas vezes, a primeira delas em 1960, com o Santa. Por sinal, mesmo tendo apenas um ponto no ranking geral, o tricolor tem uma 4ª colocação no torneio. O melhor desempenho (pontos e campanhas) foi do Bahia, o pioneiro campeão. Fortaleza (2x) e Náutico (1x) também chegaram à final, com o vice. A Taça Brasil foi extinta em 1968, quando já era realizada paralelamente ao Robertão.
Apelidado de Robertão, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa foi uma ampliação do Rio-São Paulo. Inicialmente, em 1967, foram convidados clubes do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. Pernambucanos e baianos foram chamados na 2ª edição. O Bahia representou o seu estado três vezes, com o Náutico presente em 1968, no ano do hexa, e o Santa em 1969 e 1970, no início de sua fase áurea. Foi o único Nacional sem campanhas de destaque do Nordeste.
A melhor colocação nordestina (Robertão): Bahia (2) – 11º (69/70)
A era dos pontos corridos no Brasileiro foi iniciada em 2003. Não se trata de um campeonato à parte, mas de um formato mais duradouro na Série A, justamente com os piores desempenhos da região, com apenas oito representantes no período – todos com rebaixamentos. Em 14 edições, até 2016, a melhor campanha foi do Vitória, 5º lugar. Nenhuma vaga na Libertadores foi alcançada.
As 3 campanhas entre os 10 primeiros colocados (pontos corridos): 1º) Vitória (2) – 5º (13) e 10º (08) 2º) Sport (1) – 6º (15)
A CBF atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2016, com o Grêmio retomando a liderança. O tricolor gaúcho, que já havia ficado em primeiro em 2013, é o primeiro clube a liderar em duas temporadas o modelo atual do ranking, implantado há cinco anos. Para desbancar o Corinthians, claro, pesou o inédito penta na Copa do Brasil.
Líderes do ranking 2016 – 15.038 pontos (Grêmio) 2015 – 14.664 pontos (Corinthians) 2014 – 15.328 pontos (Cruzeiro) 2013 – 15.286 pontos (Grêmio) 2012 – 16.208 pontos (Fluminense)
Lembrando que, para esta tabulação oficial, a entidade que comanda o futebol do país adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Se leva em conta o desempenho (classificação final) nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).
Com a 14ª colocação obtida no último instante da Série A, o Sport chegou ao 17º lugar do ranking, a sua melhor posição. Com isso, assumiu pela primeira vez, neste formato, a liderança no Nordeste, ultrapassando o Bahia, líder nos últimos dois anos. Não por coincidência, o rubro-negro pernambucano pontuou duas vezes na elite, com o tricolor baiano disputando a segundona. Ainda no Trio de Ferro, outra reviravolta. Apesar do descenso, a pontuação na elite (pela primeira vez) alavancou o Santa, que subiu nove posições, ficando em 26º lugar. A posição, a melhor do clube, o colocou pela primeira vez à frente do Náutico.
Outros sete clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (49º, 2.461 pts), Central (85º, 789 pts), Serra Talhada (113º, 459 pts), América (148º, 255 pts), Porto (180º, 171 pts), Ypiranga (182º, 153 pts) e Petrolina (211º, 51 pts). Ao todo, 234 clubes estão listados pelo departamento de competições da CBF.
Abaixo, o gráfico com a evolução das colocações dos sete maiores clubes nordestinos, sendo 3 do Recife, 2 de Salvador e 2 de Fortaleza. Divisões nos âmbitos nacional e regional.
A FPF divulgou o regulamento oficial do do Campeonato Pernambucano de 2017, um documento com apenas 14 páginas (íntegra abaixo), apresentando a fórmula, os detalhes financeiros da competição (como a taxa de 8% para FPF em todos as partidas) e as vagas destinadas aos torneios nacionais do ano seguinte. Entre os 28 artigos, chama a atenção o 19º, com a imposição de um valor mínimo para o ingresso: R$ 40 (!), com direito a meia de R$ 20.
O Estadual de 2016 teve uma renda bruta de R$ 4,73 mihões, com 318 mil torcedores. Ou seja, um tíquete médio de R$ 14,88, muito abaixo da nova exigência, bem fora da realidade. E olhe que o torneio teve um público médio de 3.498, o menor em 14 anos. Para completar, além da imposição sobre o preço, que não havia até a última edição, a federação ainda estipulou o mesmo valor aplicado na Série A. Os clubes locais vão tentar driblar a regra, sim ou claro?
Artigo do regulamento de 2017 sobre o preço dos ingressos
Artigo do regulamento de 2016 sobre o preço dos ingressos
Em relação ao formato, serão nove participantes na primeira fase, de 4 a 25 de janeiro. Os times estão divididos em três grupos de três, com as equipes de uma chuva jogando apenas com os integrantes das outras chaves. Após seis rodadas, os primeiros colocados avançam ao hexagonal do título, o campeonato “de fato”, já com Náutico, Santa e Sport, presentes nas duas primeiras divisões do Brasileiro e/ou no Nordestão – a exigência para a pré-classificação.
A etapa principal – paralela ao hexagonal que definirá os dois rebaixados – será disputada entre 29 de janeiro e 30 de abril, com os quatro primeiros avançando ao mata-mata. Na semi e na final, o critério será pontos ganhos e saldo de gols. Persistindo o empate, pênaltis. Apenas estádios com pelo menos 10 mil lugares poderão receber os jogos do mata-mata, o que limita as partidas a Recife, Vitória, Caruaru e Salgueiro. Outra falha do regulamento, na visão do blog.
1ª fase Grupo A – Salgueiro, Belo Jardim e Atlético Grupo B – América, Serra Talhada e o campeão da A2* Grupo C – Central, Vitória e o vice-campeão da A2* * A segunda divisão estadual acaba em dezembro
Hexagonal do título Náutico, Santa Cruz, Sport e os 3 primeiros colocados da 1ª fase
Com a oficialização do título da Chapecoense na Copa Sul-Americana e do pentacampeonato do Grêmio na Copa do Brasil, a definição das vagas internacionais do Brasil, para a temporada 2017, ficou restrita à rodada final do Brasileirão, em 11 de dezembro. Ao todo, o país será representado por 14 times nos dois principais torneios da Conmebol, sendo 8 na Libertadores e 6 na Sul-Americana. Após a classificação da Série A na 37ª rodada, ainda estão em jogo 2 vagas na Liberta e 3 na Sula. Vamos às chances de cada um.
Clubes classificados ou que ainda disputam vagas em 2017 1º) Palmeiras (Libertadores) 2º) Flamengo (Libertadores) 3º) Santos (Libertadores) 4º) Atlético-MG (Libertadores) 5º) Atlético-PR (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana) 6º) Botafogo (Pré-Libertadores a confirmar ou Sul-Americana) 7º) Corinthians (Sul-Americana a confirmar ou Pré-Libertadores) 8º) Grêmio (Libertadores) 9º) Chapecoense (Libertadores) 10º) Ponte Preta (Sul-Americana) 11º) São Paulo (Sul-Americana) 12º) Fluminense (Sul-Americana) 13º) Cruzeiro (Sul-Americana a confirmar) 14º) Coritiba (Sul-Americana a confirmar) 15º) Vitória (Sul-Americana em disputa) 16º) Sport (Sul-Americana em disputa)
Jogos que podem decidir as vagas internacionais Vitória x Palmeiras (Barradão, Salvador) Cruzeiro x Corinthians (Mineirão, Belo Horizonte) Grêmio x Botafogo (Arena do Grêmio, Porto Alegre) Atlético-PR x Flamengo (Arena da Baixada, Curitiba) Ponte Preta x Coritiba (Moisés Lucarelli, Campinas) Sport x Figueirense (Ilha do Retiro, Recife)
TAÇA LIBERTADORES
Fase de grupos (6 times) Todas as vagas já estão preenchidas. O Brasil tem direito a cinco vagas diretas, com o G4 da Série A (Palmeiras, Fla, Santos e Galo já definidos a uma rodada do fim) e pelo campeão da Copa do Brasil (Grêmio). Já o sexto time é a Chape, que conquistou o seu lugar através do inédito título da Sula.
Fase preliminar (2 times) Após os classificados à fase de grupos, mais duas vagas, para o 5º e o 6º colocados, na etapa preliminar (mata-mata). Três clubes brigam por duas vagas.
Possibilidades para a Pré-Libertadores Atlético-PR (56 pts) – vitória, empate (com tropeço do Botafogo ou derrota do Corinthians) ou derrota (com derrota do Botafogo ou tropeço do Corinthians) Botafogo (56 pts) – vitória, empate (com derrota do Atlético-PR ou tropeço do Corinthians) ou derrota (com tropeço do Corinthians) Corinthians (55 pts) – vitória (com tropeço de Atlético-PR ou Botafogo)
COPA SUL-AMERICANA
1ª fase (6 times) Inicialmente seriam oito vagas, seis no Brasileiro. Já em dezembro, as duas vagas nos regionais (Nordestão e Copa Verde) foram cortadas pela Conmebol, que manteve a classificação via Série A. Três clubes já estão garantidos na Sula (Ponte, São Paulo e Flu). Mais acima na tabela, três podem ganhar a vaga como consolação após a perda da Pré-Liberta. Abaixo, além da fuga do descenso (caso do Leão da Ilha, naturalmente), a classificação internacional como bônus, com a lista de classificados aos torneios da Conmebol indo até o 14º lugar! Ao todo, sete clubes postulam as três vagas restantes.
Possibilidades para a Sul-Americana Atlético-PR (56 pts) – empate (com vitórias de Botafogo e Corinthians) ou derrota (com empate/vitória do Botafogo e vitória do Corinthians) Botafogo (56 pts) – empate (com empate/vitória do Atlético-PR e vitória do Corinthians) ou derrota (com empate ou derrota do Corinthians) Corinthians (55 pts) – vitória (com vitórias de Atlético-PR e Botafogo), empate ou derrota Cruzeiro (48 pts) – vitória, empate ou derrota (caso Coritiba e Vitória tropecem) Coritiba (46 pts) – vitória, empate (caso Vitória e Sport tropecem) ou derrota (caso Vitória perca e Sport tropece) Vitória* (45 pts) – vitória (com empate de Coritiba) ou empate (com derrota do Coritiba e tropeço do Sport) Sport* (44 pts) – vitória (com tropeços de Coritiba e Vitória)
* Vitória (derrota) e Sport (empate ou derrota) ainda podem ser rebaixados
A primeira fase do Campeonato Pernambucano de 2017, composta pelos clubes intermediários, será disputada em apenas três semanas, com 27 jogos. Para 2017, o conselho arbitral modificou a etapa preliminar, que volta a ter nove participantes após três anos. Fora do Nordestão, o Salgueiro perdeu o privilégio de estrear já no hexagonal, reservado às equipes presentes nas Séries A e B e/ou classificadas ao regional. Só o Trio de Ferro atende à exigência.
Assim, a fase preliminar foi dividida em três grupos com três times cada, com os integrantes de uma chave enfrentando apenas os das outras duas chaves – semelhante ao formato já utilizado no Paulistão. Cada clubes jogará seis vezes, sendo três em casa, com os líderes dos grupos avançando. Algum favorito?
Grupo A – Salgueiro, Belo Jardim e Atlético Grupo B – América, Serra Talhada e o campeão da A2* Grupo C – Central, Vitória e o vice-campeão da A2*
* A segunda divisão estadual acaba em dezembro
Obs 1. Os três classificados ao hexagonal vão à Série D. Caso o Salgueiro, hoje na Série C, seja um deles, a vaga será repassada ao 4º lugar da fase inicial
Segundo a tabela divulgada pela FPF, a primeira fase vai de 4 a 25 de janeiro. Neste período, Náutico, Santa e Sport fazem a pré-temporada. E os demais não têm direito? Têm, sim. Mas em dezembro. Nos últimos anos, a determinação do calendário oficial da CBF, com férias em dezembro e pré-temporada em janeiro, vinha sendo um empecilho na elaboração da competição local, com a federação ignorando a orientação. Porém, numa consulta ao departamento jurídico da confederação brasileira, argumentando que os participantes (da primeira fase) não atuam até novembro, a FPF obteve uma autorização específica.
Obs 2. A conclusão da Série A2 foi adiada por causa de problemas jurídicos acerca da classificação da primeira fase e, posteriormente, pelo luto à Chape.
“O departamento jurídico do Internacional recebeu uma ligação de diretores jurídicos do Sport. Interessados, claro, o Sport e o Internacional, que estão próximos da zona de rebaixamento, teriam interesse em tirar pontos do Vitória. Porque o Vitória, já no campeonato baiano, teve uma reclamação do Bahia, junto ao departamento de registros da CBF. Na ocasião, o departamento de registro da CBF deu ganho de causa ao Vitória.”
O suposto envolvimento do Sport, informado, compartilhado e comentado nas redes sociais, logo chegou ao torcedor pernambucano, com o clube se posicionando através de sua direção. Ao blog, o vice-presidente executivo Arnaldo Barros (que também já foi vice jurídico) negou veementemente.
Abaixo, a íntegra do dirigente em contato com o blog, via WhatsApp
“Cassio, vi sua postagem no twitter sobre o Sport haver fornecido documentos ao Internacional para que ele ajuizasse ação no STJD contra o Vitória (nota do blog: só comentei o vídeo de Alex Bagé). Resgatando a verdade, gostaria de esclarecer que:
1) NÃO entregamos documento algum ao Inter, pois sequer sabíamos da suposta irregularidade;
2) NUNCA alguém do Inter sequer falou conosco sobre esse assunto;
3) Ao que nos chegou, informalmente, por meio de Dr. Sestário, nosso advogado no Rio, foi um convite do Inter para que entrássemos junto com eles em uma ação contra o Vitória, pois eles estavam convencidos da irregularidade;
4) Rechaçamos IMEDIATAMENTE;
5) A postagem é um acinte. É uma leviandade. É uma mentira absurda.”
Aproveitando contato, perguntei se, em caso de rebaixamento, o Sport poderia ir ao STJD nesse mesmo caso do Victor Ramos…
A resposta de Arnaldo Barros:
“A tese do Inter, no nosso entender, não prospera. E, para não deixar passar, nós não vamos cair!”
A simples notícia sobre um suposto envolvimento do clube pernambucano, mesmo que este não faça parte da ação, divide a responsabilidade do tapetão entre Inter e Sport. Justamento num momento em que o colorado gaúcho (hoje, no Z4) era duramente criticado por torcedores de outros clubes e comentaristas esportivos por causa do possível tapetão. Transferência de responsabilidade?
A Copa do Nordeste perdeu a vaga na Copa Sul-Americana, o bônus ao campeão que vigorou de 2014 a 2016. Com a reformulação nos torneios internacionais efetuada pela Conmebol, a CBF foi obrigada a reorganizar a distribuição das vagas em suas competições. Na Sula, em vez de oito, agora são seis vagas para o país, todas via Brasileirão. Assim, sobrou para a Lampions League. Como consolação, o torneio agora levará o campeão diretamente às oitavas de final da Copa do Brasil do ano seguinte, o que corresponde à quarta fase do mata-mata nacional. A novidade está no artigo 4º do capítulo II (do troféu e dos títulos) do regulamento do regional.
Em 2017, o estado será representado por Santa Cruz, Sport e Náutico. Presentes tanto no Nordestão quanto na Copa do Brasil, na primeira fase.
Histórico de classificações via Nordestão 1994 – sem vaga 1997 – Copa Conmebol (1 em 1997) 1998 – Copa Conmebol (1 em 1998) 1999 – Copa Conmebol (1 em 1999) 2000 – Copa dos Campeões (2 em 2000, sendo 1 na fase preliminar) 2001 – Copa dos Campeões (2 em 2001, sendo 1 na fase preliminar) 2002 – Copa dos Campeões (3 em 2002) 2003 – sem vaga 2010 – sem vaga 2013 – sem vaga 2014 – Copa Sul-Americana (1 em 2014, na 2ª fase) 2015 – Copa Sul-Americana (1 em 2015, na 2ª fase) 2016 – Copa Sul-Americana (2, sendo 1 em 2016 e 1 em 2017, na 2ª fase)* 2017 – Copa do Brasil (1 em 2018, nas oitavas)
* Ambas para o campeão
A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a tabela básica da Copa do Nordeste de 2017, que terá vinte clubes (incluindo o Trio de Ferro, pela 7ª vez) dos nove estados. Serão 60 partidas na primeira fase, com cinco grupos (abaixo), e mais 14 no mata-mata. Segundo o regulamento, os líderes avançam às quartas de final, acompanhados dos três melhores segundos colocados. Depois, confrontos eliminatórios de ida e volta até a posse da orelhuda dourada.
A – Náutico, Santa Cruz, Campinense e Uniclinic B – Bahia, Fortaleza, Moto Club e Altos-PI C – Sport, Sampaio Corrêa, River e Juazeirense-BA D – ABC, CRB, CSA e Itabaiana E – Vitória, América de Natal, Botafogo e Sergipe
Havia a dúvida sobre o segundo representante cearense, após a desistência do Uniclinic na véspera do sorteio. O vice-campeão estadual alegava problemas financeiros, abrindo mão da vaga, mas não da cota do regional – e a vaga cairia no coloco do Ceará, após desistências de Guarany de Sobral e Guarani de Juazeiro. Pelo visto, a CBF não aceitou. E a primeira apresentação do estreante será logo contra o Náutico, de volta à competição. Jogo na Arena Pernambuco, em 26 de abril, uma quinta. No mesmo dia, Campinense x Santa, repeteco da última decisão, e Sport x Sampaio Corrêa. A tabela deve ser desmembrada, até porque não podem ocorrer dois jogos simultâneos no Recife, por decisão da PM.
Em relação ao Clássico das Emoções, duelos em dois domingos, 5 de fevereiro (Arruda) e 12 de março (Arena). O duelo não ocorria desde 10/07/2010, num 1 x 1 nos Aflitos. A primeira fase será encerrada em 22 de março, com a finalíssima dois meses depois, em 24 de maio. Segundo o ofício, os horários serão ajustados em conjunto entre Esporte Interativo e Globo. Ao contrário das últimas três edições, a Lampions 2017 não deve classificar o campeão à Sula. Uma pena, mas ainda assim o status de campeão nordestino é importante…
Saiba mais detalhes sobre o novo calendário do futebol brasileiro aqui.