E o Oscar vai para o… Brasil. Com o troféu

Mundial Sub 20: Brasil 3 x 2 Portugal, na final. Foto: Fifa/divulgação

Uma das principais queixas em relação à Seleção Brasileira é a falta de identificação da equipe junto à torcida, associada a uma falta gritante de comprometimento.

No embalo do fiasco na última Copa América, os brasileiros começaram a acompanhar de forma tímida o Mundial Sub 20, na Colômbia.

Lá, a presença da base dos clubes brasileiros, sob o comando de Ney Franco.

E o Brasil foi avançando no torneio. Novos nomes foram surgindo – entre eles, “Negueba” – e a torcida aumentou. Passou a verificar até os horários dos confrontos.

Como no duelo dificílimo contra a Espanha, no seguro triunfo contra os mexicanos e, sobretudo, na agônica decisão contra os portugueses. Todos diante da TV.

Ou quase isso… No desfecho, um horário indigesto: 22h do sábado.

Obviamente, muita gente não assistiu. Festas, shows, cinema, descanso etc.

Mas teve o outro lado da moeda. Nos bares do Recife, televisões sintonizadas na transmissão direto de Bogotá, com uma possível redenção do futebol brasileiro – ou, no mínimo, um alento. O blog acompanhou o jogo em um desses locais.

Foi bacana ver a mistura de alegria e decepção dos torcedores presentes, tamanha a reviravolta da partida, com duas viradas. Sinal de que ninguém estava indiferente.

O meia Oscar marcou todos os gols da vitória por 3 x 2, com direito a um golaço na prorrogação, garantindo o pentacampeonato mundial do país na categoria.

Com os chopes chegando nas mesas a todo momento, o papo após os 120 minutos era de que “esse time é o verdadeiro Brasil”. Não, não é.

Porém, a determinação do time Sub 20 demonstrada nesta campanha é um exemplo.

Um brinde ao quinto triunfo! Outro brinde à raça.

Mundial Sub 20: Brasil 3 x 2 Portugal, na final. Foto: Fifa/divulgação

Os três pontos de PC na cabine

Série B 2011: Paraná x Sport. Foto: Sport/divulgação

No Durival de Britto, o técnico Paulo César Gusmão ocupou com certa tranquilidade um dos camarotes do acanhado estádio em Curitiba.

PC havia acabado de chegar na cidade, depois de embarcar no Aeroporto Internacional dos Guararapes, com contrato fechado às pressas com o Sport.

A expectativa da torcida era de que ele fosse assumir o clube logo contra o Paraná, neste sábado. Não foi o que aconteceu. O treinador carioca não quis passar por cima do trabalho feito por Mazola Júnior para a partida, mesmo com a situação surreal.

Sim, Mazola Júnior. O técnico interino que foi efetivado e, em seguida, rebaixado à interino mais uma vez. Sem apoio algum da torcida. Seguia na área técnica.

Na despedida da função, Mazola e o grupo acertaram um pacto de “atitude” em campo. Nada muito diferente do que já havia ocorrido em outras partidas.

Mas o apelo era por uma vitória fora da Ilha do Retiro, na maior lacuna leonina nesta Série B. O adversário, é bom lembrar, integra o G4. Não seria uma presa fácil.

E não foi! O time pernambucano lutou demais na fria cidade do Sul. Com desfalques importantes, como o meia Marcelinho Paraíba, a formação teve Thiaguinho na criação, para se ter ideia. Tentou acertar a marcação e encaixar contragolpes.

Tudo diante de PC Gusmão, atento, na cabine. Sem perceber, já gesticulava. Orientava.

Série B 2011: Paraná x Sport. Foto: Sport/divulgação

Modificado, mas impondo velocidade, o Sport abriu o placar aos 21 minutos, quando Thiaguinho lançou a bola para Williams, que girou de forma inteligente sobre o zagueiro e ficou livre de marcação, deslocando o goleiro.

O time criou oportunidades para ampliar, mas os erros de finalização – algo gritante nesta campanha – impediram uma vantagem maior no intervalo, para receio da torcida.

O receio era justificado devido à mudança de postura do Sport sob o comando de Mazola, que por vários vezes não enxergou a variação do jogo adversário.

Aos 19, o receio virou realidade, com o gol de empate. Após cobrança de escanteio, Garroni subiu sozinho e cabeceou sem chances para Magrão. Eram oito rubro-negros na área. Oito. Falha absurda de atenção, injustificada.

Mais uma chance perdida de somar três pontos longe da Ilha? PC só observava…

Já estava consciente do enorme trabalho que terá para tentar levar o Leão ao acesso ainda nesta temporada. Aos 31 minutos, já na reta final, a dose de surpresa.

Até ali, Júnior Viçosa era o jogador mais apagado em campo. Mas não é que o atacante ganhou uma jogada na força (apesar do físico esguio) e mandou para as redes?

Paraná 1 x 2 Sport. Sem deixar a cabine, PC “ganhou” seus primeiros pontos e a chance matemática de colocar o Sport no G4 já na próxima rodada, na Ilha.

Até que a coisa não está tão feia assim, PC. Vamos ver agora, na beira do gramado.

Série B 2011: Paraná 1x2 Sport. Foto: Paraná/divulgação

Carcará abre as asas além do horizonte

Horizonte

Desanimado, o Salgueiro vinha numa sequência de quatro derrotas seguidas seguidas, cada vez mais afundado na zona de rebaixamento do Brasileiro.

Jogando na base do tudo ou nada, contra o Guarani, no interior paulista, o Carcará surpreendeu e venceu de virada, por 2 x 1, neste sábado, no primeiro triunfo do clube do Sertão pernambucano como visitante na Série B.

Foi também, o primeiro triunfo do Salgueiro sobre um campeão brasileiro, o de 1978.

Em 19º lugar, com 16 pontos, o time segue no “Z4”, a cinco pontos do Bragantino, o primeiro fora da zona de degola. Após levar dez gols nos últimos dois jogos, o técnico Maurício Simões não teve dúvidas em fechar a equipe completamente diante do Guarani.

O treinador pretendia armar o time com três zagueiros, mas só em São Paulo a comissão técnica se deu conta de que Eridon teria que cumprir suspensão. Incrível, não? Além do defensor, também cumpriram suspensão automática o ala Tamandaré e o meia Clébson.

Ainda assim, no 4-4-2, precaução e atitude. Após levar um gol no 2º tempo, uma recuperação relâmpago, aos 15 e 16 minutos, com Pauí, de falta, e Fabrício Ceará. Depois, raça para segurar o resultado, mesmo com os seis minutos de acréscimos.

O Carcará, quase abatido, ainda respira…

Pelos gramados do interior

Copa do Interior 2011. Foto: FPF/divulgação

Começou a Copa do Interior de Futebol Amador, com 28 seleções de ligas municipais de Pernambuco, todas elas filiadas à FPF e base maior do eleitorado do atual mandatário.

Em 2011, o tradicional torneio estadual, no qual a FPF abre mão de todas as receitas ao contrário dos campeonatos profissionais, chega à 29ª edição.

A competição já foi reformulada algumas vezes. Num passado não muito distante, a liga campeã ganhava até o direito de inscrever um clube profissional na Série A2 de clubes.

Agora, a Copa do Interior serve para movimentar as ligas, com alguns confrontos marcados por muita rivalidade, e revelar, se possível, alguns atletas.

A revelação de novos talentos, contudo, não é a coisa mais fácil de acontecer.

Basta ver o deplorável estado do campo da abertura da copa, no estádio Erasmo Feitosa, em Gravatá, sob o olhar de Carlos Alberto Oliveira…

Copa do Interior 2011. Foto: FPF/divulgação

Boa, Náutico

Série B 2011: Náutico 3x1 Boa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Cada vez mais enraizado no G4, o limitado time do Náutico já passou dos limites.

Alguém ainda duvida da mira no acesso…?

O Alvirrubro começa a abrir vantagem sobre o 5º lugar, montando um lastro importante para o decorrer da competição, que chegará à metade na próxima rodada.

Encaixando uma sequência de bons resultados, o Timbu já vislumbra até a liderança, ajudado pelos tropeços de Portuguesa e Ponte Preta.

E, sobretudo, pela força no estádio Aflitos, tomado por 15.782 torcedores.

Com os dias contados, a casa alvirrubra voltou mesmo a ser caldeirão, algo que sempre fez a diferença para o clube., mesmo quando não apresenta um grande futebol, como desta vez. Nesta Série B, ainda invicto em casa, soma 9 vitórias e 2 empates.

A 9ª vitória foi na noite desta sexta-feira, sobre os mineiros do Boa Esporte, por 3 x 1.

Aos 11 minutos, o atacante Kieza, rechaçando qualquer “azar” do novo teceiro padrão, se livrou da marcação e chutou no cantinho. No segundo tempo, aumentando a pressão, Elicarlos ampliou, aos 10.

Logo depois, de pênalti, marcou mais um gol, chegando a 11 tentos na Segundona e entrando de vez na briga pela artilharia da competição.

Está a apenas 1 gol de Ricardo Jesus, da Ponte. Briga boa, mas o foco não pode mudar.

O Boa ainda diminuiu. Esse gol serviu para o técnico Waldemar Lemos cobrar mais atenção da equipe. Sim, a fase é boa. Mas o desfecho do Brasileiro ainda está longe…

Série B 2011: Náutico x Boa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Rio do futuro do futuro

Parque Olímpico do Rio de Janeiro em 2016. Crédito: COB/divulgação

Gigante, o parque olímpico do Rio de Janeiro, para os Jogos de 2016, já foi desenvolvido com prazo de validade. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou o projeto escolhido, após uma disputa acirrada com 60 trabalhos de 18 países.

O escritório inglês Aecom, que também criou o projeto de Londres 2012, armou uma estrutura ocupando todos os espaços do Autódromo de Jacarepaguá (acima).

No entanto, após a Olimpíada, parte do local vai abrir outros imóveis. Basta ver as projeções de 2018, já com a retirada de alguns ginásios, e 2030 (abaixo), com boa parte do terrno destinado a edifícios…

Veja as imagens em uma resolução maior: 2016, 2018 e 2030.

Parque Olímpico do Rio de Janeiro em 2030. Crédito: COB/divulgação

De engenheiro para engenheiro

Engenheiro Civil

Conversa franca, antes de definir o o futuro do Leão neste ano, pela terceira vez.

“Você fez um bom trabalho no Vasco, armando o time. Também foi bem no Ceará, conquistando o acesso no Brasileiro, e no Atlético Goianiense, da mesma forma (na Série C). Você é um engenheiro nisso e quero que faça isso no Sport.”

Trata-se da declaração do engenheiro civil Gustavo Dubeux, formado na Universidade Federal de Pernambuco, para Paulo César Gusmão, com licenciatura em Educação Física na Universidade Castelo Branco, no Rio de Janeiro, sem ligação alguma com a engenheria, seja ela qual for. Pesca, Minas, Civil, Eletrotécnica etc.

Porém, facilitando o assunto…

O papo foi do presidente do Sport para o técnico de futebol, cuja frase acima selou o acordo com novo treinador rubro-negro.

Recado dado. Haja engenheria para remontar um time sem confiança e padrão de jogo.

Nota sobre o aporte

Dinheiro

Nesta sexta, a Odebrecht enviou um comunicado ao Diario de Pernambuco sobre a negociação com o Náutico para que o clube mande os seus jogos na Arena Pernambuco.

O Consórcio Arena Pernambuco afirma desconhecer os valores divulgados em matéria publicada, hoje, no caderno Superesportes do Diario de Pernambuco. Em momento algum, as bases da negociação foram citadas na imprensa por representantes do consórcio. A negociação entre as partes está em curso, mas o acordo ainda não foi fechado.”

Porém, em nenhum momento o Superesportes afirma no texto que a Odebrecht divulgou os valores da transação. O Superesportes apurou o possível aporte inicial a ser pago ao Timbu (R$ 15 milhões) com suas fontes.

Novak Sharapova

O sérvio Novak Djokovic, atual número 1 do tênis, é tão famoso pelas raquetadas quanto pelo talento para as imitações do colegas do circuito mundial…

Um dos alvos prediletos é a belíssima tenista russa Maria Sharapova.

Abaixo, dois vídeos, com da Head, que produz material para o ainda elitizado esporte. No primeiro, Sharapova. No segundo, Djokovic, que não perdoa os trejeitos da musa.

Integrando uma publicidade de alcance internacional, na campanha What´s your game?, a russa e o sérvio demonstram um domínio fluente na língua inglesa.

Maria Sharapova, a original.

Novak Djokovic, a paródia.

Stop Motion Arena

Vídeo bem bacana com a evolução da Arena Pernambuco, em São Loureço da Mata, com toda a movimentação do canteiro de obras entre maio e julho de 2011.

Lembra até um stop motion, uma vez que trata-se de uma compilação de fotografias do mesmo ponto, produzidas pela Odebrecht. Oficialmente, chama-se “time-lapse”.

A novidade havia sido divulgada em primeira mão na série Diário de uma Arena, em junho deste ano, quando foi instalada a câmera.

Agora, o primeiro produto. Confira.