Cifras intermináveis. De fato, o futebol brasileiro está em um patamar hiperinflacionado.
No ano passado, a despesa do departamento de futebol dos vinte grandes clubes foi de R$ 1,55 bilhão. O número é 17,6% superior a 2010, segundo o Futebol Finance.
Desde 2007, o percentual da despesa sobre a receita operacional vinha crescendo.
A evolução foi de 70% para 78%. No último dado, um recuo para 72%, uma vez que a receita foi a maior da história, com mais de dois bilhões de reais, como mostra o gráfico.
A explicação dessa balança financeira está baseada nas supercotas de transmissão na TV. Porém, o índice deve crescer em 2012, pois os salários foram majorados este ano.
A tendência no gasto ordinário é só aumentar a partir de agora. Essa bolha econômica pode virar um Risco Brasil no futebol? Enquanto não houver limite, possivelmente.
Existe uma receita concreta para transformar um clube de futebol em um superclube, em uma escala global? Na teoria, existem dez times com esse potencial.
Real Madrid, Barcelona, Milan, Juventus, Internazionale, Manchester United, Chelsea, Liverpool, Arsenal a Bayern de Munique. Nove deles entre os dez mais ricos do mundo. A Velha Senhora, campeã do Calcio, ensaia a recuperação e deve retomar as finanças.
Poderia algum clube brasileiro seguir o mesmo caminho? Difícil. Mas, segundo a Pluri Consultoria, a trama tem que ser executada em duas vertentes (veja aqui).
Primeiro com a estrutura, incluindo a política nacional, calendário e união dos clubes.
Em seguida, os obstáculos dentro das próprias agremiações, como história, conquistas, potencial econômico da torcida (tamanho e gasto), exposição da marca, mídia, responsabilidade orçamentária e qualidade na estrutura organizacional e na gestão.
O resumo disso tudo é o gráfico acima. Simples.
O que falta para o seu clube seguir o modelo à risca?
Entre receitas diretas e indiretas, a Série A de 2011 deixou de produzir R$ 1 bilhão.
O cálculo enorme leva em conta as variáveis da competição, cuja média de público foi apenas a 13ª do planeta. Ficou atrás da segunda divisão de Inglaterra e Alemanha.
Das cem maiores médias de clubes, apenas três brasileiros, com destaque para o Santa Cruz, 39º. Depois, Corinthians em 62º e Bahia no fim da lista. Um da D e dois da A.
Aqui, o índice de ocupação dos estádios foi de 44%, o mais baixo entre as 15 ligas mais populares do mundo. Isso significa que sete milhões de ingressos não foram vendidos.
Ou seja, uma receita direta de aproximadamente R$ 200 milhões deixou de existir no último campeonato brasileiro, só com bilheteria, segundo estudo da Pluri Consultoria.
Entre as causas dessa média aquém do potencial estão a qualidade dos jogos, o preço do pay per view, valores do ingresso e de outros serviços (alimentação, estacionamento etc), condição e acesso dos estádios e, claro, violência. Ao todo, são catorze pontos.
Com as arenas da Copa do Mundo no país, a empresa prevê um acréscimo de 40% na média de 2011, elevando o índice a 20.500 torcedores por jogo, o que não ocorre há quase três décadas. Com isso, a taxa de ocupação chegaria a 60%.
Para superar este patamar, medidas adicionais precisam ser estudadas o quanto antes.
Duas grandes finais à vista, tanto na Taça Libertadores da América quanto na Copa do Brasil. Como nenhum torcedor deverá ficar à parte dos dois confrontos, a nova enquete vale par alvirrubros, rubro-negros e tricolores.
Três campeões, com títulos mundiais e europeus, e um eterno postulante à potência. Confira as semifinais de 2012, com a luta pela 14ª edição da Taça Henri Delaunay.
Portugal x Espanha (quarta-feira, 15h45, Donetsk)
O clássico ibérico mais importante da história? O duelo acontecerá pela terceira vez na Euro. Em 1984, empate em 1 x 1. Vinte anos depois, vitória lusa por 1 x 0, em casa. Agora, vale uma vaga na decisão. Há dois anos, nas oitavas de final do Mundial, a Espanha avançou. Novamente, o mesmo cenário em campo, com a coletividade espanhola, abrindo mão de um atacante de área, contra a individualidade de Cristiano Ronaldo, que tem nos companheiros de time verdadeiros coadjuvantes, conscientes.
Alemanha x Itália (quinta-feira, 15h45, Varsóvia)
Sete títulos mundiais em jogo. Um duelo que já decidiu a Copa do Mundo, em 1982, azul. O melhor futebol dos germânicos na competição conta bastante, mas não é suficiente para traduzir em uma superioridade em uma disputa deste porte. A Azzurra, aguerrida como sempre, vem crescendo. Foi assim em 2006, quando eliminou a Alemanha em sua própria casa na semifinal do Mundial. Pela Euro, são dois empates, em 1988 (1 x 1) e 1996 (0 x 0). Destaque para os líderes Bastian Schweinsteiger e Andrea Pirlo, no meio.
Pitaco do blog para a decisão da Eurocopa: Portugal x Alemanha. Na fase anterior, o aproveitamento nos pitacos foi de 100%. Vamos ver se a sorte se mantém.
Abaixo, as posições do quarteto no ranking da Fifa nos últimos sete meses.
Fim da sexta rodada na divisão de elite do Brasileirão.
No sábado, o Timbu foi impiedosamente goleado pelo Atlético-MG, por 5 x 1, em Belo Horizonte. O pênalti inexistente a favor do Galo não pode apagar a má postura da defesa, que acumulou erros de marcação, cobertura e saída de jogo.
No domingo, encerrando a rodada, um apático Leão foi facilmente abatido em casa pelo Internacional, expondo de vez uma crise no clube, com a inércia da diretoria em relação ao elenco, aquém do nível do Brasileirão. Sem assustar o visitante, derrota por 2 x 0.
O Sport só não entrou no famigerado Z4 porque o Santos cedeu o empate na Vila.
A 7ª rodada da Série A para os pernambucanos:
30/06 (16h20) – Náutico x Fluminense
01/07 (16h00) – Coritiba x Sport
Tema recorrente, mas inevitável. As improvisações na formação do Sport.
A princípio, o foco seria no meio-campo, ainda sem uma peça específica. Falta qualidade para a camisa 10. Mas o problema rubro-negro, como se sabe, é bem maior.
Há algum tempo o time joga sem agradar. Porém, iniciou a Série A na base da empolgação, com muita disposição em campo. Somou pontos importantes.
Como era esperado, essas atuações no limite não durariam muito. Não há grupo que mantenha uma adrenalina neste nível. Ainda mais com o rendimento técnico limitado devido à função em campo, destoando das características de cada um.
Contra o Internacional, na Ilha do Retiro, o Sport teria pela frente um grupo bem qualificado, superior. Mais pressão diante da necessidade de voltar a pontuar.
Pois o time pernambucano foi à luta neste domingo com um lateral-esquerdo no meio-campo (Reinaldo), um volante na direita (Marquinhos Paraná), outro na esquerda (Rivaldo) e um zagueiro como volante (Tobi, que há três anos atua como beque).
No ataque a expectativa era com a estreia do promissor atacante Henrique, destaque no Mundial Sub 20. Aos poucos, com jogo travado, Henrique foi sendo naturalmente recuado, passando a jogar, sem surpresa alguma, como meia.
Taticamente bem encaixado e experiente, o Internacional foi bem mais “time” que o Leão. No primeiro tempo, marcou duas vezes, com Bruno Aguiar (contra) e Damião.
Mesmo sem um grupo competitivo à disposição, não tem como deixar de analisar que o técnico Vágner Mancini exagerou no número de improvisações nesta noite.
Com metade do time jogando em uma realidade paralela, sem sequer assustar na etapa final, o Leão chegou a terceiro revés seguido na Série A. Duro golpe em casa, 0 x 2.
Enquanto a diretoria trabalha num ritmo cadenciado, a torcida vai tendo que aturar uma campanha frustrante. Está ficando difícil improvisar até um sorriso na Ilha.
Em 120 minutos de futebol, nenhum golzinho no clássico em Kyev.
Somente no 28º jogo da Eurocopa a torcida ficou sem ver a rede balançar. A sequência foi quebrada por italianos e ingleses, neste domingo.
Diante de um burocrático English Team, a Azzurra até pressionou no primeiro tempo, mas o jogo foi caindo de produção na proporação do desgaste físico.
Mas o número de finalizações explica o jogo: 35 para a Itália e 9 para a Inglaterra.
O úlimo aconteceu aos nove minutos do segundo tempo extra. Nocerino chegou a cabecear para dentro do gol, mas ele esteva um pouquinho à frente, impedido.
Enfim, o empate em 0 x 0 levou o último confronto das quartas de final para os pênaltis.
Era exatamente esse o castigo aos dois países por não ter marcado um gol no estádio Olímpico, pois a disputa de pênaltis é um pesadelo histórico para as duas seleções.
Entre Mundias e Eurocopas, a Itália tinha apenas duas vitórias em sete disputas. O rendimento da Inglaterra era ainda pior, com uma vitória em seis desempates.
Prevaleceu a categoria do experiente goleiro Buffon, de 34 anos, que defendeu o chute de Ashley Cole, deixando o caminho livre para Diamanti fechar a série em 4 x 2.
Agora, são três triunfos italianos em oito séries… Ao English Team, segue o nightmare.
Os bilhetes de arquibancada nos jogos no Recife são comercializados atualmente por até R$ 50. É quase o dobro do valor praticado para o mesmo setor há dois anos.
Essa faixa de preço ficou com 1/3 dos votos da enquete sobre o limite financeiro do torcedor local para as partidas na Arena Pernambuco na Copa das Confederações do ano que vem. Somando com a opção “Até R$ 100”, o percentual chega a 68,86%.
A Fifa ainda não se posicionou sobre este assunto. A única informação é de que a venda deve começar em novembro. Vale lembrar que o estádio tem 46.214 lugares.
O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, enfim visitará a obra do estádio, nesta terça-feira. Eis uma boa oportunidade para o francês tirar a curiosidade do público em relação ao bilhete, cujo orçamento deverá sair bastante do nível tradicional.
Considerando os 1.381 votos, eis o resultado geral, sem distinção de time: Até R$ 50, 34,61%; Até R$ 100, 34,25%; Até R$ 150, 15,50%; Mais de R$ 150, 15,64%.
Analisando os dados de forma separada, os alvirrubros tiveram o maior índice na opção mais cara, a partir de R$ 150, com quase 17%.
Enquanto isso, os tricolores registraram a maior porcentagem no tíquete mais barato, com 37%. Os rubro-negros não ficaram à frente em nenhum opção, mas tiveram o menor dado no ingresso de R$ 50. Dificilmente o valor ficará neste patamar…
Sport – 660 votos
Até R$ 50 – 33,03%, 218 votos
Até R$ 100 – 35,30%, 233 votos
Até R$ 150 – 15,15%, 100 votos
Mais de R$ 150 – 16,52%, 109 votos
Náutico – 382 votos
Até R$ 50 – 35,08%, 134 votos
Até R$ 100 – 30,11%, 115 votos
Até R$ 150 – 18,06%, 69 votos
Mais de R$ 150 – 16,75%, 64 votos
Santa Cruz – 339 votos
Até R$ 50 – 37,17%, 126 votos
Até R$ 100 – 36,87%, 125 votos
Até R$ 150 – 13,28%, 45 votos
Mais de R$ 150 – 12,68%, 43 votos
Lance crucial da partida no estádio Independência, aos 34 minutos do primeiro tempo.
Em jogada individual, o atacante Jô tenta invadir a área alvirrubra no lado esquerdo. Cercado pelo zagueiro Ronaldo Alves, ele se atira no gramado, próximo à linha.
O árbitro Raphael Claus apita. Falta técnica? Amarelo para o atleticano por simulação?
O apito foi seguido do braço direito apontado para a marca penal. O juiz não só marcou a infração contra o Náutico como conseguiu enxergar a falta dentro da área.
Pênalti… Houve cartão, mas a advertência foi para o beque do time pernambucano.
O tal Raphael Claus, professor de educação física de 32 anos, foi eleito como o melhor árbitro do campeonato paulista de 2011 e o segundo melhor da edição deste ano.
Apesar da revolta dos jogadores do Náutico, Ronaldinho Gaúcho se concentrou e bateu forte, indefensável para o goleiro Felipe.
Era o primeiro gol do craque (ex?) em Belo Horizonte.
O Atlético-MG ficava novamente em vantagem na noite deste sábado.
Naquele momento, o Timbu estava com a marcação encaixada depois de reagir. Isso porque o jovem Bernard abriu o placar com apenas dois minutos, numa trama rápida.
Aos 12, o empate, quando Araújo aproveitou um cruzamento rasteiro na pequena área e marcou seu quarto tento em seis apresentações. Acordara o time, brigador.
Mas a cobrança de Ronaldinho desmantelou aquele bom momento.
Desatento, o Timbu sofreu o terceiro no minuto seguinte, em um gol contra de Márcio Rosário, que nos seus dois jogos anteriores havia sido expulso. Péssimo rendimento.
Com Martinez e Araújo articulando algumas jogadas, o Náutico até ensaiou outra reação, mas a desvantagem e a pressão no Independência deixaram a tarefa bem difícil.
Em um chute cruzado, aos 16 minutos da segunda etapa, Danilinho ampliou o placar. Nos descontos, Escudero liquidou uma fatura na qual os visitantes há muito se mostravam desestabilizados, com seguidas falhas na defesa. Ali, uma goleada incontestável, 5 x 1.
Após dois resultados positivos nos Aflitos, um revés em Belo Horizonte. Esta foi a terceira derrota em três jogos como visitante na Série A.
Parte da culpa, desta vez, pode ser atribuída à falha de Raphael Claus, um dos melhores árbitros da nova geração, cujo sonho é conquistar um dia o emblema da Fifa…