Uma arena de camarotes

Arena Pernambuco em setembro de 2012. Crédito: Eduardo Martino/Odebrecht

Os avanços na construção da Arena Pernambuco chegaram aos camarotes, visíveis. O projeto prevê 102 camarotes no complexo multiuso, nas duas laterais do campo.

Inicialmente, a previsão era de 1.420 lugares. O projeto final elevou o dado para 1.530. Ou seja, o estádio terá a maior disponibilidade de assentos em camarotes no futebol local, segundo o levantamento do blog. E são espaços com 45 metros quadrados!

Com uma área deste tamanho, não surpreende a média de 15 lugares, acima dos três estádios do Recife. Na prática, serão ambientes de oito a dezoito pessoas.

O espaço visa atender à demanda do público corporativo, que deverá ser o componente principal deste modelo de ingresso inserido na operação a partir do ano que vem.

Ao contrário dos estádios dos grandes clubes do estado, com camarotes vendidos de forma permanente – alguns por mais de R$ 50 mil -, na futura arena o negócio ocorrerá por temporadas. Haverá uma loja no Shopping Recife apenas para firmar o aluguel.

Arena Pernambuco
1.530 lugares em 102 camarotes (15 pessoas por ambiente)

Ilha do Retiro
1.470 lugares em 147 camarotes (10 pessoas por ambiente)

Arruda
1.320 lugares em 110 camarotes (12 pessoas por ambiente)

Aflitos
30 lugares em 3 camarotes (10 pessoas por ambiente)

Acima, a imagem com os avanços na obra em São Lourenço da Mata até setembro deste ano. Para conferir a fotografia em uma resolução maior, clique aqui.

Avanço da Arena Pernambuco em setembro de 2012. Crédito: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Alvirrubro veste verde pela primeira vez na história

Quarto padrão o Náutico em 2012. Crédito: Penalty/divulgação

Pela primeira vez em 111 anos, o Clube Náutico Capibaribe irá vestir um uniforme sem as suas cores tradicionais. Em nome do marketing.

Com um verde claro inspirado no Rio Capibaribe, resgatando o passado náutico do clube, o Timbu tem, enfim, o seu quarto padrão, produzido pela Penalty/Cavalera (veja aqui).

Um difencial neste padrão é a ausência do escudo oficial da agremiação de Rosa e Silva. No caso, representado pelas iniciais do clube, como em seu primeiro distintivo.

A camisa já chega ao mercado com data para a estreia. Após a apresentação na sexta-feira, o jogo no sábado, diante do Atlético Goianiense, nos Aflitos.

Os rivais Sport e Santa Cruz já haviam usado camisas fora dos dois padrões oficiais.

O Rubro-negro usou a camisa dourada em 2009, uma amarela em 2011 e um uniforme de tom cinza com fotos de torcedores este ano. Já o Tricolor lançou durante três temporadas a camisa azul, simbolizando a Fita Azul conquistada pelo clube.

Em todos os casos, o mesmo objetivo traçado pelo Alvirrubro, visando a rentabilidade.

Torcedor alvirrubro, o que você achou do novo uniforme do clube?

Lançamento do 4º padrão oficial do Náutico em 2012, produzido pela Penaly/Cavalera. Foto: Simone Vilar/Náutico

Crucificando as capas e gerando debates

Capas da revista Placar em outubro/2012 e agosto/2001

Jornalisticamente falando, não é uma ideia nova. Mas gera polêmica.

A imagem de um personagem crucificado, não sendo ele Jesus Cristo, já estampou revistas não só de esportes como de outras editorias. Pautas diversas.

A edição recém-lançada da Placar, com Neymar em destaque, vem sendo tema de um debate sobre o uso da fotomontagem, tida como uma “ofensa” aos cristãos.

Houve até uma nota de repúdio da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que viu no “um recurso editorial com mera finalidade comercial”.

Mesmo que tenha sido focada no viés comercial, essa capa feriu até que ponto a liberdade de expressão na imprensa? A própria Placar já havia encampado esta ideia em agosto de 2001, com o meia Marcelinho Carioca.

Na época, a revista ainda era semanal. Não houve a mesma repercussão…

Reflexo das mídias sociais e da aceleração da informação?

Na década de 1970, a espanhola Don Balon colocou o craque Johan Cruyff. Em 1981, a revista Veja, a publicação de maior circulação do país, “crucificou” o cidadão brasileiro…

Qual é a sua opinião sobre o assunto?

Revista Don Balon e Veja

Jogos da Copa do Mundo no Recife: 13h, 17h e 19h

Sol

Com a necessidade de adaptar os horários dos jogos no Brasil ao restante do mundo, ou pelo menos à parte que rende audiência e receita, a Fifa estipulou como hora mínima para a Copa do Mundo de 2014 o incomum “13h”.

Duas partidas na Arena Pernambuco começarão neste horário. Confira a agenda local no Mundial de futebol, de acordo com o formato da Fifa.

14/06 (C3 x C4) – 19h
20/06 (D2 x D4) – 13h
23/06 (A2 x A3) – 17h
26/06 (G1 x G4) – 13h
29/06 (oitavas de final) – 17h

Haja sol, por mais que o público no estado já curta subir e descer ladeira em Olinda com sol na testa durante os quatro dias de carnaval. Por sinal, será feriado nos jogos locais.

Ainda assim, vale um questionamento do torcedor sobre o estádio em São Lourenço…

“Mas as arquibancadas do estádio não serão cobertas?”

Sim, serão. A cobertura só não atenderá ao gramado. No entanto, o material é translúcido, fora a sensação térmica dentro da arena. Em junho, a temperatura máxima no Recife apresenta uma média de 28 graus, enquanto a mínima é de 21.

Não é bom descartar também a possibilidade de chuva forte no período.

Sol ou chuva à parete, historicamente o horário de 13h é quase impraticável para o futebol profissional nos estádios pernambucanos.

Pela Série B, Náutico e Sport já atuaram algumas vezes entre 10h e 11h da manhã, em partidas marcadas pelas queixas de jogadores e torcedores devido ao sol forte.

Ao todo, o Mundial terá seis horários diferentes, das 13h às 21h, considerando o horário de Brasília. A final no Maracanã será às 16h. Saiba mais detalhes clicando aqui.

A 53ª conquista internacional dos clubes brasileiros

Recopa Sul-americana 2012: Santos 2x0 Universidad de Chile. Crédito: Ivan Storti / Divulgação Santos FC

Com o título da Recopa Sul-americana, o Santos chegou a 10 taças internacionais.

O Peixe, de Neymar e cia, venceu a Universidad de Chile por 2 x 0, diante de 23.876 torcedores no Pacaembu, nesta quarta-feira, sacramentando a disputa que reuniu os vencedores da Taça Libertadores da América e da Copa Sul-americana de 2011.

O clube da Baixada Santista ficou a um troféu do São Paulo, o maior detentor de taças internacionais no Brasil. No continente, liderança absoluta do Boca Juniors, com 18.

Essa foi a 53ª conquista estrangeira dos clubes brasileiros. Até hoje, o voo mais alto de um nordestino foi o do CSA de Maceió, vice-campeão da Copa Conmebol, em 1999.

Os argentinos, sempre eles, estão na ponta, com nove taças a mais. Até quando?

Eis o ranking envolvendo os torneios da Conmebol e os intercontinentais, com 161 taças nas 18 competições oficiais organizadas desde 1948, extintas ou não (veja aqui).

Argentina – 62 títulos, com 12 clubes
18 – Boca Juniors, 16 – Independiente, 6 – Estudiantes de La Plata, 5 – River Plate e Vélez Sarfield, 3 – Racing Club, 2 – Argentinos Juniors, San Lorenzo e Arsenal, 1 – Lanús, Rosário Central e Talleres

Brasil – 53 títulos, com 11 clubes
11 – São Paulo, 10 – Santos, 7 – Cruzeiro e Internacional, 4 – Grêmio e Flamengo, 3 – Vasco, 2 – Corinthians, Palmeiras e Atlético Mineiro, 1 – Botafogo

Uruguai – 18 títulos, com 2 clubes
9 – Peñarol e Nacional

Paraguai  – 8 títulos, com 1 clube
8 – Olimpia

Colômbia – 8 títulos, com 4 clubes
5 – Nacional, 1 – Once Caldas, America de Cali e Millonarios

Equador – 4 títulos, com 1 clube
4 – LDU

Chile – 4 títulos, com 2 clubes
3 – Colo Colo, 1 – Universidad de Chile

Peru – 2 títulos, com 1 clube
2 – Cienciano

Bolívia – 1 título
1 – Mariscal

México – 1 título
1 – Pachuca

Recopa Sul-americana 2012: Santos 2x0 Universidad de Chile. Crédito: Ivan Storti / Divulgação Santos FC

O blefe de Rafael Nadal no pôquer

Rafael Nadal no PokerStars. Crédito: PokerStars

No pôquer, o blefe é uma artimanha fundamental para desenvolver um bom jogo, mesmo com cartas de peso duvidoso na mesa…

Astro do tênis, o espanhol Rafael Nadal agora é patrocinado pelo site PokerStars, especializado no popular jogo de cartas. Aos poucos, a empresa começa a soltar os primeiros vídeos publicitários de campanhas para popularizar o jogo.

Neste vídeo, Nadal pratica o seu blefe, tentando convencer os sócios de um clube de golfe em Mallorca de que ele não é… Nadal.

Faz parte da campanha “I’m not Rada”.

Antes, o tenistas já havia estrela outro comercial da PokerStars (assista aqui).

Os motivos que afastam as mulheres das arquibancadas

Torcedoras de Sport, Santa Cruz e Náutico. Fotos: Paulo Paiva (Sport) e Ricardo Fernandes (Santa e Náutico)//DP/D.A Press

Um rápido olhar nos estádios pernambucanos, seja qual for o jogo, gera uma certeza. A presença feminina na arquibancada é muito menor que a masculina.

Não que a observação seja pontual. Longe disso. O futebol tem uma raiz masculina, com essa assistência sendo fundamentada de forma cultural, há anos.

Subjetividade à parte, vamos levar essa percepção para as frias estatísticas. Aí, o número torna-se mais impressionante do que se imagina, de forma negativa.

Uma pesquisa em seis capitais no país, todas com clubes na elite, aponta que apenas 6% das mulheres assistiram a um jogo de futebol no estádio nos últimos dois anos.

Abaixo, os motivos principais para um índice tão baixo, ainda mais considerando que estamos no “país do futebol”. Na mesma pesquisa, uma avaliação sobre o lado positivo em aumentar o índice de mulheres nos jogos de futebol.

São cinco pontos. Entre eles, a maior propensão ao consumo, de produtos oficiais e serviços relacionados ao clube, e o favorecimento de novos torcedores, com o aumento natural no número de crianças presentes. Por sinal, se os problemas citados fossem solucionados, o percentual feminino subiria para 41%. Economicamente vital. Pois é.

O estudo foi realizado pela Pluri Consultoria, com 1.122 mulheres em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Curitiba e Porto Alegre (veja aqui).

Com as arenas a caminho, há a possibilidade de reverter o quadro atual…

Pesquisa da Pluri Consultoria sobre interesse da mulher brasileira no futebol

Os campeões dos turnos e returnos do Campeonato Brasileiro

Troféus Osmar Santos (primeiro turno) e João Saldanha (segundo turno) da Série A, oferecidos pelo jornal Lance!. Crédito: montagem de Cassio Zirpoli com fotos de Leo Santana

Com um regulamento simples, o título da Série A é definido através da maior pontuação alcançada após as 38 rodadas do torneio. Pontuação agregada no turno e no returno.

Existe uma premiação para os melhores colocados de cada metade do campeonato?

Na Europa, há um século existe a tradição dos “campeões de inverno”, com as melhores campanhas no primeiro turno. Há ainda a valorização do melhor no returno.

Desde 2004, um ano após a implantação do sistema de pontos corridos no Brasileirão, o jornal Lance! passou a oferecer duas taças especiais para os vencedores de cada turno. No início, com 24 clubes, eram 23 jogos. Hoje, com 20 equipes, são 19 partidas.

São homenagens a dois grandes nomes do jornalismo esportivo do país. O locutor Osmar Santos para o primeiro turno e o comentarista João Saldanha para o segundo turno.

Os troféus foram criados pelo artista plástico Leo Santana, que assina a obra Drummond no Calçadão, uma escultura que já virou ponto turístico em Copacabana (veja aqui).

Abaixo, os vencedores de todas as edições dos troféus, num lampejo da ideia de “Apertura” e “Clausura”, que durante duas décadas foi adotada no futebol argentino. Na lista, o primeiro ano dos pontos corridos, 2003, ainda sem a premiação do periódico.

A melhor campanha de um time pernambucano foi o 8º lugar do Náutico no returno de 2007. Será que neste returno algum representante recifense irá superar a marca?

Acompanhe a classificação da Série A 2012 separada por turnos clicando aqui.

Troféu Osmar Santos
2003 – Cruzeiro
2004 – Santos
2005 – Corinthians
2006 – São Paulo (Santa Cruz 20º)
2007 – São Paulo (Sport 11º e Náutico 18º)
2008 – Grêmio (Sport 9º e Náutico 15º)
2009 – Internacional (Náutico 18º e Sport 20º)
2010 – Fluminense
2011 – Corinthians
2012 – Atlético-MG (Náutico 11º e Sport 19º)

Troféu João Saldanha
2003 – Cruzeiro
2004 – Santos
2005 – Internacional
2006 – São Paulo (Santa Cruz 20º)
2007 – São Paulo (Náutico 8º e Sport 14º)
2008 – São Paulo (Sport 11º e Náutico 13º)
2009 – Flamengo (Náutico 18º e Sport 20º)
2010 – Grêmio
2011 – Fluminense

Arena Pernambuco já vislumbra um novo nome, milionário

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Um ato costurado em uma longa articulação nos bastidores irá modificar bastante a nomenclatura do futebol brasileiro a partir de 2013.

A Rede Globo passará a divulgar os naming rights dos estádios de futebol. Ou seja, chamará as arenas por nomes “fictícios”, firmados através de contratos entre clubes/consórcios e empresas. Sem divulgação, a prática inexiste até o momento. Pois, não por acaso, reduz o interesse de investidores nas arenas país afora.

Após a intensa negociação, que atendeu a um antigo pleito dos clubes, a emissora deverá ficar com um pequeno percentual sobre os futuros contratos (veja aqui).

A Arena da Baixada, que foi rebatizada de “Kyocera Arena” de 2005 a 2008, em um negócio pioneiro, jamais foi chamada desta forma por emissoras de televisão.

A falta de publicidade acabou travando a renovação. Agora, deverá acontecer o inverso, com a proliferação de denominações mercadológicas em estádios tradicionais, como Mineirão, Fonte Nova, Morumbi, Beira-Rio e até o Maracanã.

Ou seja, mesmo sem sequer ter sido inaugurada, a Arena Pernambuco poderá ganhar outro nome por duas décadas. O fato já estava previsto na parceria público-privada.

Geralmente, são empresas de grande porte com alto grau de interesse nos respectivos locais onde estão instaladas. Considerando a economia do estado, qual companhia poderia ser a futura parceira do consórcio que irá operar o estádio em São Lourenço?

Segundo o estudo elaborado pela consultoria BDO/RCS, empresa especializada em marketing esportivo, eis as projeções de rentabilidade das doze arenas da próxima Copa do Mundo para acordos de naming rigths de 2013 a 2033.

R$ 300 milhões – Maracanã e Itaquerão
R$ 220 milhões – Mineirão
R$ 120 milhões – Fonte Nova
R$ 90 milhões – Arena Pernambuco, Nacional, Beira-Rio e Arena da Baixada
R$ 70 milhões – Castelão e Amazônia
R$ 60 milhões – Arena das Dunas e Pantanal

Ainda segundo o estudo, produzido em agosto do ano passado, caso os valores sejam alcançados, totalizando até R$ 1,56 bilhão, os patrocínios dos clubes poderiam subir no embalo, com um incremento de até 21%.

Tudo isso porque, vejam só, a maior emissora do país passará a chamar os estádios com os nomes adquiridos do naming rights. Arena Pernambuco, sim. Até segunda ordem…

Projeto da Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

Interiorização das torcidas via Copa do Brasil Sub-20

Copa do Brasil Sub-20. Crédito: CBF/divulgação

Uma boa ideia local para promover os jogos de juniores em escala nacional.

Náutico e Sport são os representantes pernambucanos na primeira Copa do Brasil Sub-20 organizada pela Confederação Brasileira de Futebol.

O Timbu irá estrear contra o Fluminense, em 9 de outubro.

No dia 10, será a vez do Leão, contra o Botafogo.

Os dois duelos contra os cariocas serão realizados em Pernambuco.

Mas não no Recife…

Aproveitando a oportunidade para reforçar as respectivas imagens no interior, alvirrubros e rubro-negros toparam jogar no a quilômetros da capital.

O Náutico jogará no Carneirão, em Vitória de Santo Antão, a 53 quilômetros, enquanto o Sport atuará no Lacerdão, em Caruaru, a 130 (veja aqui).

Ao blog, o secretário-geral da FPF, João Caixero, confirmou que houve um consenso entre CBF e clubes de que nas primeiras fases o interesse do torcedor pernambucano seria maior fora do Recife, pois os rivais centenários já estão envolvidos com a Série A.

Curiosamente, as duas estreias serão transmitidas pela televisão.

Saiba mais sobre a pioneira nacional de juniores competição clicando aqui.