Projetando os adversários internacionais dos brasileiros na Sul-americana

Copa Sul-americana

A Conmebol realizou o sorteio oficial da Copa Sul-americana.

Ao todo serão 47 clubes na décima segunda edição do torneio, que envolverá os dez países membros da confederação sul-americana de futebol.

Serão nove brasileiros, sendo oito na tradicional fase nacional e o São Paulo, atual campeão e que entrará só nas oitavas de final. Por sinal, as oitavas correspondem à “fase internacional”, seguinte aos mata-matas entre brasileiros.

Curiosamente, apenas o Brasil não teve seus clubes definidos no sorteio, uma vez que o complexo sistema reunindo Série A/2012 e Copa do Brasil/2013 ainda não foi concluído. Náutico e Coritiba estão garantidos, mas aguardam as suas posições na “lista”. Saiba mais sobre esta fórmula de classificação aqui.

Com a estrutura do chaveamento definida agora  é possível projetar possíveis adversários dos futuros representantes do país.

Pelo caminho, times tradicionais como Colo Colo e Nacional de Medellín, campeões da Libertadores, além de Libertad e Barcelona do Equador. Espaço também para figuras como Inti Gás, El Tanque Sisley e Mineros de Guayana.

Brasil 8 x Brasil 1
O vencedor será o O4 e enfrentará O13, com o ganhador da chave G1 x G10
G1 – Montevidéu Wanderers (Uruguai) x Libertad (Paraguai)
G10 – Mineros de Guayana (Venezuela) x Barcelona (Equador)

Brasil 5 x Brasil 4
O vencedor será o O8 e enfrentará O9, com o ganhador da chave G14x G19
G4 –  Guaraní (Paraguai) x Oriente Petrolero (Bolívia)
G9 – Inti Gas (Peru) x Atlético Nacional (Colômbia)

Brasil 6 x Brasil 3
O vencedor será o O14 e enfrentará O3, com o ganhador da chave G5 x G14
G5 – El Tanque Sisley (Uruguai) x Colo Colo (Chile)
G14 – Deportivo Pasto (Colômbia) x Melgar (Peru)

Brasil 7 x Brasil 2
O vencedor será o O12 e enfrentará O5, com o ganhador da chave G6 x G12
G6 – Blooming (Bolívia) x River Plate (Uruguai)
G12 – Itagui Ditaires (Colômbia) x Juan Aurich (Peru)

Emboscada no marketing esportivo

Mario Gotze na apresentação oficial no Bayern de Munique

Em uma negociação foi gigantesca entre os dois finalistas da Champions League deste ano o Bayern pagou 37 milhões ao Borussia Dortmund.

Tudo para contar com o futebol de um meia de 21 anos. Mario Gotze.

A aguardada apresentação oficial do craque enfim aconteceu…

E no seu primeiro ato pelo clube, apareceu vestido com uma camisa da Nike.

A maior rival da Adidas, a patrocidora oficial do time de Munique. Uma gafe daquelas envolvendo as duas maiores fabricantes de materiais esportivos.

Sob contrato, o Bayern informou que os atletas podem usar chuteiras de outras marcas, mas em ações do clube as demais peças devem ser da Adidas.

Calça, camisa, meias, agasalho, boné…

O erro mostrou que falhas na gestão de marketing esportivo acontecem em qualquer lugar, do mais provinciano ao campeão europeu. Portanto, cabe à direção do clube manter o rigor sobre a exposição de seus parceiros.

Sem ir muito longe, basta relembrar o caso da Mega Transfer, empresa que firmou contratos à parte dos clubes com vários atletas no estado.

A orientação era simples. Em caso de gol ou entrevistas, o jogador tirava o uniforme, exibindo o enorme logo da empresa numa camisa por baixo.

Como Willians, ao marcar o gol de uma vitória do Sport em 2012. Obviamente, os patrocinadores do clube ficaram em segundo plano. E não gostaram.

Houve a cobrança e o ato, se ainda não acabou, pelo menos reduziu.

Até porque essas emboscadas custam bastante dinheiro….

Pernambucano 2012: Sport 3x2 Belo Jardim. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Ordem invertida na Ilha. Primeiro o gramado, depois a drenagem

Sistema de drenagem da Ilha do Retiro em 2013. Foto: Brenno Costa/DP/D.A Press

O gramado da Ilha do Retiro foi trocado em janeiro de 2012.

Eram trinta anos desde a última mudança no campo rubro-negro.

O longo tempo levou o piso a um desgaste pleno, apesar da manutenção.

Adubo, irrigação, reposição. Bastava um erro e pronto. Não por acaso o campo chegou a ter sete tipos diferentes de grama…

Mas, ao custo de R$ 300 mil, todo o gramado foi trocado.

Num apressado processo que durou 59 dias, apenas um grama passou a ter vez nos dez mil metros quadrados da área, a bermuda.

Porém, houve uma falha grave, questionada na época…

E o sistema de drenagem? Os alagamentos recorrentes do campo de jogo deixavam claro que todo o sistema estava saturado.

O departamento de engenharia do Sport sabia disso e avisou.

No entanto, havia a certeza de que o estádio viveria seu último ano, uma vez que a arena leonina seria aprovada pela prefeitura da capital.

Por isso, acabou havendo uma economia no sistema de drenagem. Mas as chuvas continuaram castigando o estádio. E a arena continuou travada…

Lembraram, então, da velha necessidade, tão antiga quanto o gramado.

Por R$ 100 mil, um reparo com 1,6 mil metros de tubos e 200 conectores.

O trabalho foi finalizado e poderemos ver a partir de agora a diferença entre um novo sistema e um sistema saturado.

As marcas no campo são as cicatrizes da inversão na ordem das obras. A drenagem, atrasada em um ano e meio, deveria ser anterior ao gramado…

Ilha do Retiro alagada em 2013. Foto: Brenno Costa/DP/D.A Press

Campeonato da segunda divisão a definir

Tabela da Série A2 do Campeonato Pernambucano de 2013. Crédito: FPF

A FPF divulgou a tabela oficial da segunda divisão pernambucana de 2013.

Os 15 clubes estão divididos em três grupos. Ao todo serão dez rodadas.

As datas estão ok. Já os estádios… Mistério. Não há definição alguma.

Na Série A2 a capacidade mínima de público é de 3 mil espectadores. Não precisa sequer contar com iluminação artificial na fase inicial.

Na semifinal e na decisão do Estadual o número estipulado pela fedederação subirá para 5 mil torcedores, além da exigência de refletores. Porém, alguns times não contam com praças com as condições mínimas.

Basta ver a situação do estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, a casa do Jaguar. Faltando um mês para o campeonato não existe nem grama.

De fato, os laudos técnicos dos palcos ainda vão chegar…

Confira a tabela completa clicando aqui.

Estádio Jefferson de Freitas, em Jaboatão, em julho de 2013. Foto: Washington Vaz/divulgação

Adeus Aflitos, agora com o livro na versão final

Livro "Adeus, Aflitos" de 2013, pela BB Editora

A BB Editora se posicionou nesta terça-feira sobre o erro cometido na capa do livro alvirrubro “Adeus Aflitos!”.

A empresa admitiu o equívoco e se desculpou pela divulgação da imagem. Contudo, informou que a capa seria apenas a do lançamento da publicação.

O erro, como revelado pelo blog, seria a utilização do estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta , na arte central, em vez dos Aflitos.

Segundo a editora, o estádio Eládio de Barros Carvalho estará presente na capa do livro de 268 páginas. A empresa, inclusive, divulgou a imagem da capa definitiva, com a versão de 1981 do estádio.

Confira a capa oficial do livro em uma resolução maior aqui.

Ao blog, Carlos Celso Cordeiro, um dos autores, afirmou que a capa impressa seria o modelo com o estádio da Ponte. A editora explica a confusão.

A imagem foi desenvolvida usando como base o teste de capa da publicação. Quando projetada, tal capa foi enviada aos autores como sugestão. Já o livro não foi impresso dessa forma.

Felipão ganhando as ruas, de novo

Charge do Diario de Pernambuco em 1º de julho de 2013. Arte: Jarbas Domingos

O trabalho de Luiz Felipe Scolari em sua segunda passagem na Seleção Brasileira tem apenas cinco meses. O treinador campeão mundial em 2002 só comandou o time neste ano em doze oportunidades.

Foram sete amistosos, com o time cambaleando. Somente no último jogo o país conseguiu vencer uma seleção tradicional. À vera, mostrou o velho perfil copeiro no Festival de Campeões, com cinco vitórias seguidas…

Felipão garante que do time tetracampeão da Copa das Confederações, cerca de 80% do grupo será mantido para o Mundial no ano que vem.

Quais são as peças que poderiam ser modificadas até 2014?

Amistosos
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra
21/03/2013 – Brasil 2 x 2 Itália
25/05/2013 – Brasil 1 x 1 Rússia
06/04/2013 – Brasil 4 x 0 Bolívia
24/04/2013 – Brasil 1 x 1 Chile
02/06/2013 – Brasil 2 x 2 Inglaterra
09/06/2013 – Brasil 3 x 0 França

Copa das Confederações
15/06/2013 – Brasil 3 x 0 Japão
19/06/2013 – Brasil 2 x 0 México
22/06/2013 – Brasil 4 x 2 Itália
26/06/2013 – Brasil 2 x 1 Uruguai
30/06/2013 – Brasil 3 x 0 Espanha

Aflitos em depoimentos, estatísticas, paixão e Moisés Lucarelli

Livro "Adeus, Aflitos" de 2013, pela BB Editora

Histórias, depoimentos, estatísticas e paixão. O estádio alvirrubro, aposentado, ganhará um livro especial. A publicação “Adeus Aflitos!” foi escrita pelos pesquisadores Carlos Celso Cordeiro, Roberto Vieira e Lucídio Oliveira.

O lançamento, integrado à transição para a nova casa, é da BB editora. É a mesma empresa responsável pela circulação dos livros “Copa do Brasil 2008 – Há cinco anos o Brasil era rubro-negro”, do Sport, e “Cem Anos de Conquistas e Vitórias”, do Santa Cruz, ambos em fase final de produção (veja aqui).

Desta forma, a editora emplaca numa mesma temporada três livros para as três maiores torcidas do futebol pernambucano. A repercussão dessas publicações será decisiva para a criação de novos títulos.

Contudo, na capa do livro timbu, já impresso, há uma “pequena” falha da editora. A arte central utiliza o estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta (veja aqui).

Evolução na infraestrutura, evolução nos preços

Aflitos e Arena Pernambuco

A evolução financeira na bilheteria na Arena Pernambuco era esperada.

E aconteceu. Mas não foi tão agressiva quanto se imaginava…

A transição do Náutico dos Aflitos para o estádio em São Lourenço da Mata sempre despertou a curiosidade sobre os valores dos ingressos.

Nesta segunda o consórcio divulgou os valores do jogo primeiro oficial do Náutico por lá, contra a Ponte Preta. Vale fazer um comparativo com a última apresentação timbu nos Aflitos pela Série A, contra a Portuguesa.

Apesar dos valores mais altos de uma forma geral, vale ressaltar que o bilhete sem qualquer tipo de desconto na Arena (estudante, sócio, idoso etc) será mais barato que a mesma entrada no Eládio de Barros Carvalho: R$ 36 x R$ 40.

Aflitos, capacidade para 22.856 espectadores
R$ 20 – estudante e sócio
R$ 40 – arquibancada
R$ 60 – cadeira sócio
R$ 100 – cadeira não-sócio

Todos com a Nota (8.000) – arquibancada atrás da barra

Arena Pernambuco, capacidade para 46.214 espectadores*
R$ 25 – anel inferior norte/sócio
R$ 30 – donos de cadeiras cativas (nos Aflitos), no anel inferior leste
R$ 35 – anel inferior leste/sócio
R$ 36 – anel inferior norte
R$ 50 – anel inferior leste

Todo com a Nota (15.000) – anel superior norte e leste

* Todos os setores terão meia-entrada.

Observação do blog sobre os benefícios do sócio alvirrubro no novo palco: o associado contribuinte paga R$ 40 por mês. Numa projeção comprando três entradas por R$ 35, gastará ao todoR$ 145. Um não sócio que comprar três ingressos para o mesmo setor (inferior leste) irá desembolsar R$ 150.

A diretoria do Náutico, em contato com o blog, alega que ao sócio há vantagens como o clube de vantagens, criado pela Ambev, além da participação exclusiva de promoções do clube.

A maior média de público da história do futebol brasileiro

Copa das Confederações 2013, final: Brasil 3x0 Espanha. Foto: Alexandre Loureiro/Fifa

A Copa das Confederações de 2013 foi um sucesso absoluto de público.

Teve simplesmente a maior média de público de um torneio realizado no Brasil.

O índice de 50 mil pessoas a cada partida superou a então imbatível média do Mundial de 1950, na época do Maracanã com mais de cem mil pessoas.

Na verdade, esse novo recorde do futebol nacional só pôde ser ratificado porque a Fifa disponibilizou recentemente a súmula de todas as partidas disputadas na primeira Copa do Mundo organizada no país.

Historicamente, o torneio tinha um borderô absoluto de 1.337.000 pessoas, com uma média de 60.772. Era a segunda maior da história da Copa do Mundo, abaixo apenas da edição de 1994, nos Estados Unidos.

Para chegar a esta conta eram vários públicos arredondados, como a final entre brasileiros e uruguaios, com 200 mil pessoas, e a partida na Ilha do Retiro, com 20 mil espectadores, segundo o relato do próprio Diario de Pernambuco da época. Com dados oficiais, números menores.

O blog, então, revisou todos os jogos de 1950, listando uma queda de 291.754 torcedores de acordo com os dados oficiais e atualizados. A média acabou caindo de 60 mil para 47,5 mil pessoas. Ainda elevadíssima, mas não a maior.

Eis os campeões de bilheteria na história do futebol nacional

50.291 pessoas (16 jogos) – Copa das Confederações 2013
47.511 pessoas (22 jogos) – Copa do Mundo 1950
36.714 pessoas (14 jogos) – Mundial de Clubes 2000
31.513 pessoas (26 jogos) – Copa América 1989
26.885 pessoas (112 jogos) – Campeonato Carioca 1999
25.156 pessoas (90 jogos) – Campeonato Carioca 1979
23.344 pessoas (29 jogos) – Copa América 1949
22.953 pessoas (322 jogos) – Série A 1983

Confira agora o comparativo de todas as partidas dos torneios da Fifa de 2013 e 1950. Em 2014, na Copa do Mundo, teremos um novo recorde?

Copa das Confederações de 2013
Público total: 804.659
Média: 50.291
Jogos: 16

Brasil 3 x 0 Espanha – 73.531 (Maracanã, RJ)
Itália 2 x 1 México – 73.123 (Maracanã, RJ)
Espanha 10 x 0 Taiti – 71.806 (Maracanã, RJ)
Brasil 3 x 0 Japão – 67.423 (Mané Garrincha, DF)
Brasil 2 x 0 México – 57.804 (Castelão, CE)
Brasil 2 x 1 Uruguai – 57.483 (Mineirão, MG)
Espanha (7) 0 x 0 (6) Itália – 56.083 (Castelão, CE)
México 2 x 1 Japão – 52.690 (Mineirão, MG)
Espanha 3 x 0 Nigéria – 51.263 (Castelão, CE)
Brasil 4 x 2 Itália – 48.874 (Fonte Nova, BA)
Itália (3) 2 x 2 (2) Uruguai – 43.382  (Fonte Nova, BA)
Espanha 2 x 1 Uruguai – 41.705 (Arena Pernambuco, PE)
Itália 4 x 3 Japão – 40.489 (Arena Pernambuco, PE)
Uruguai 2 x 1 Nigéria – 26.769 (Fonte Nova, BA)
Uruguai 8 x 0 Taiti – 22.047 (Arena Pernambuco, PE)
Nigéria 6 x 1 Taiti – 20.187 (Mineirão, MG)

Copa do Mundo de 1950
Público total: 1.045.246
Média: 47.511
Jogos: 22

Brasil 1 x 2 Uruguai – 173.850 (Maracanã, RJ)
Brasil 6 x 1 Espanha – 152.772 (Maracanã, RJ)
Brasil 2 x 0 Iugoslávia – 142.429 (Maracanã, RJ)
Brasil 7 x 1 Suécia – 138.886 (Maracanã, RJ)
Brasil 4 x 0 México – 81.649 (Maracanã, RJ)
Espanha 1 x 0 Inglaterra – 74.462 (Maracanã, RJ)
Uruguai 2 x 2 Espanha – 44.802 (Pacaembu, SP)
Brasil 2 x 2 Suíça – 42.032 (Pacaembu, SP)
Suécia 3 x 2 Itália – 36.502 (Pacaembu, SP)
Inglaterra 2 x 0 Chile – 29.703 (Maracanã, RJ)
Itália 2 x 0 Paraguai – 25.811 (Pacaembu, SP)
Espanha 2 x 0 Chile – 19.790 (Maracanã, RJ)
Suécia 3 x 1 Espanha – 11.227 (Pacaembu, SP)
Iugoslávia 4 x 1 México – 11.078 (Eucalíptos, RS)
EUA 1 x 0 Inglaterra – 10.151 (Independência, MG)
Espanha 3 x 1 EUA – 9.511 (Durival de Britto, PR)
Chile 5 x 2 EUA – 8.501 (Ilha do Retiro, PE)
Uruguai 3 x 2 Suécia – 7.987 (Pacaembu, SP)
Suécia 2 x 2 Paraguai –    7.903 (Durival de Britto, PR)
Iugoslávia 3 x 0 Suíça – 7.336 (Independência, MG)
Uruguai 8 x 0 Bolívia – 5.284 (Independência, MG)
Suíça 2 x 1 México – 3.580 (Eucalíptos, RS)

Maracanã em 1950. Crédito: site História do Rio