A Penalty levanta a bola para a surpresa no centésimo aniversário coral

Imagem do Santa Cruz através da Penalty. Crédito: Penalty/facebook

“Comemoraremos nosso aniversário em grande estilo. Aguarde.”

A mensagem foi publicada pela Penalty em seus perfis nas redes sociais.

Associada ao escudo do Santa Cruz, com a frase “100 anos de amor e luta”, a fabricante de material esportivo indica que algum produto especial para o centenário está encaminhado.

O Tricolor chegará aos 100 anos no dia 3 de fevereiro. O uniforme oficial desta temporada será lançado quatro dias depois.

Antes, pelo visto, já há uma movimentação por parte da própria empresa, que tem contrato assinado com o clube coral até dezembro.

Recentemente, a Penalty lançou a linha do Ceará, outro clube patrocinado pela marca e que também completará um século em 2014.

Portanto, resta aguardar o centésimo aniversário coral. Com surpresas…

Terceiro uniforme da Seleção Brasileira ainda secreto nos gramados

Terceiro uniforme da Seleção Brasileira em 2014. Crédito: Nike/divulgação

O padrão tradicional da Seleção Brasileira, com camisa amarela e detalhes verdes, calção azul e meias brancas, foi instituído em 1954.

Antes, o Brasil atuava nos gramados de branco, dos pés à cabeça. No máximo, alguns detalhes azuis na gola. O Maracanazo sepultou o uniforme. Desde então, a Canarinha ainda atuou algumas partidas com um segundo uniforme, azul.

Nos tempos atuais, com inúmeros padrões lançados por ano, para alavancar as vendas, é comum a utilização de um terceiro uniforme nos clubes – alguns contam com até quatro, cinco modelos, completamente alternativos.

Agora, uma versão extra na Seleção. Primeira primeira vez, a Nike – fornecedora da CBF desde 1996 – lançou uma versão completa do terceiro padrão. Anteriormente, já havia sido criada uma camisa preta. Agora é a vez do tom verde escuro, incluindo calção e meias, e um distintivo que brilha no escuro.

Confira os detalhes do novo padrão: imagem 1, imagem 2, imagem 3.

A inspiração? O “verde do país e a vida noturna nas grandes cidades”.

Ainda não há data para a estreia do terceiro uniforme. Assim como nos clubes, a existência de uma camisa extra não significa o seu uso na prática.

O foco é o enorme público consumidor. Só a camisa custará R$ 349,90…

Arena com ingressos caros para os mandantes e ainda mais caros para os visitantes

Arena Pernambuco

A operação comercial da Arena Pernambuco completará um ano em junho de 2014. Embora esteja no início de um longo contrato – de 33 anos -, o grupo gestor peca em alguns conceitos básicos na organização de um jogo de futebol.

Um deles, uma queixa recorrente dos alvirrubros – torcedores do único clube de contrato assinado com o estádio -, é o preço dos ingressos, bem acima dos que eram praticados nos Aflitos. Um aumento seria natural, claro, devido à maior estrutura proporcionada e ao custo do empreendimento. Porém, a brusca mudança – associada aos gastos extras, como estacionamento – e a falta de vantagens aos sócios fomentaram as reclamações.

Caro para os mandantes e ainda mais para os visitantes. Teoricamente, ilegal.

Está lá no Regulamento Geral das Competições da CBF (RGC) de 2014:

Capítulo VII – Disposições financeiras

Artigo 84/2º
“Os preços dos ingressos para a torcida visitante deverão ter necessariamente os mesmo valores dos ingressos para a torcida local, quando referidos aos mesmos setores do estádio ou equivalente”

Não é possível que a direção do consórcio não saiba. Mesmo assim, a Arena Pernambuco vem cobrando ingressos com preços diferenciados entre os clubes, em uma setorização que nitidamente precisa de ajustes.

Tomando por base os três primeiros jogos do Náutico no ano, pelo Nordestão – contra Guarany de Sobral, Botafogo de João Pessoa e Sport -, os visitantes pagaram R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).

O local reservado para a torcida cearense foi no anel inferior, bem atrás da barra. Do outro lado, estava o setor do Todos com a Nota. Se for considerado o ingresso mais barato para o Timbu, os valores seriam de R$ 50 e R$ 25.

Já paraibanos e rubro-negros foram para o anel superior, atrás de uma barra. Tendo como mesmo setor oposto e proporcional os ingressos subsidiados pelo estado. Enquanto isso, os bilhetes mais baratos para o Timbu foram estipulados em R$ 40 e R$ 20, no anel inferior, também atrás de um dos gols.

Gráficos com a setorização e os ingressos na arena na 1ª fase do Nordestão:
Náutico x Guarany
Náutico x Botafogo
Náutico x Sport

É preciso ressalvar que no clássico Sport x Náutico na Ilha, também em 2014, os alvirrubros ficaram na geral, setor contrário ao TCN leonino. O bilhete cobrado ao alvirrubro foi o mais barato no dia, o de arquibancada (R$ 40).

Uma última curiosidade. Os ingressos do Todos com a Nota na Arena, no setor oposto ao dos visitantes, custam R$ 25 ao governo do estado – nos demais estádios os valores também são distintos. Onde está a lógica?

Irregular no regional, o Náutico volta a tropeçar na arena e reacende o clássico

Copa do Nordeste 2014, 4ª rodada: Náutico x Botafogo-PB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

A vitória no Clássico dos Clássicos parecia ser o combustível que faltava.

Ou quase isso. Voltando à Arena Pernambuco, o Náutico jogou mal nesta quinta, num desempenho semelhante ao da estreia contra o Guarany de Sobral.

Diante do Botafogo de João Pessoa, porém, o cenário foi ainda pior, com derrota. Punido com a perda de quatro pontos – devido à escalação irregular -, o Belo atuou com personalidade e venceu por 1 x 0.

O gol saiu logo ao três minutos de jogo, numa cabeçada do experiente atacante Lenilson. O tento no comecinho não retraiu o visitante. A verdade é que o alvinegro mandou no primeiro tempo. Tocou bem a bola, atacou bastante pelas laterais, sobretudo pela direita, e levou muito perigo à meta de Gideão.

Os paraibanos passaram a maior parte do tempo atuando no campo adversário. O apito para o intervalo foi seguido de muitas vaias para os pernambucanos. Nervoso na beira do campo, Lisca sabia que era primordial acertar a marcação, para fechar a saída de jogo do adversário.

Se na Ilha o Alvirrubro se postou mais atrás, como mandante a pressão da torcida também obrigou o time a partir para o ataque. Ou pelo menos tentar.

O Timbu melhorou um pouco, mas só no abafa. No fim, o revés embolou uma classificação que parecia certa. Já o Botafogo “zerou” a sua pontuação.

E reacendeu o que parecia ser um combalido clássico no domingo…

Copa do Nordeste 2014, 4ª rodada: Náutico x Botafogo-PB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Empate em Alagoas obriga o Santa a vencer na véspera do centenário

Copa do Nordeste 2014, 4ª rodada: CSA 1x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz somou mais um pontinho como visitante no Nordestão.

O empate em 1 x 1 com o CSA foi bastante suado, ainda mais porque o rival, treinado por Oliveira Canindé, o último campeão nordestino, vem jogando um bom futebol. No entanto, é inegável que o contexto do grupo B mostra que o tricampeão pernambucano ficou em uma situação de pressão.

O triunfo do Bahia sobre o Vitória da Conquista, com um gol de Pittoni aos 49 minutos do segundo tempo, na quarta-feira, havia obrigado a Cobra Coral a buscar os três pontos na noite desta quinta no Rei Pelé.

Houve luta, mas tecnicamente o time coral não esteve bem. O alviazulino alagoano começou bem melhor, com rapidez, pressionando. Já a equipe de Vica tentava alcalmar o jogo. Foi além e, num lance solitário no primeiro tempo, marcou. Raul, em condição legal, aos 27, aproveitou uma bola desviada na área.

Na largada pós-intervalo, o CSA, de camisa nova, empatou. Josimar driblou Everton Sena sem difivuldade alguma e chutou no cantinho. Depois, a partida caiu de produção, com Tiago Cardoso garantindo o empate no último lance.

A duas rodadas do fim, CSA (8 pontos), Bahia (7) e Santa (5) seguem na briga pelas duas vagas. E na próxima rodada teremos Santa x Bahia, na véspera do centenário coral, em Caruaru. O time da Boa Terra terá o empate a seu favor.

A vitória que faltou nesta quinta se torna prioritária o próximo domingo.

Copa do Nordeste 2014, 4ª rodada: CSA 1x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

As duas décadas de carreira profissional de Juninho Pernambucano

Figurinhas da carreira de Juninho Pernambucano, de 1994 a 2013. Crédito: http://www.oldschoolpanini.com

Ao completar 39 anos, Juninho Pernambucano anunciou a aposentadoria no futebol. O meia, um dos nove jogadores nascidos no estado que já disputaram a Copa do Mundo, atuou nos gramados de forma profissional durante vinte anos.

Surgiu na Ilha do Retiro e encerrou a carreira em São Januário.

No embalo da data – aniversário e aposentadoria -, o site Old School Panini reuniu várias figurinhas de Juninho. O canal francês encontrou raridades espalhadas nos álbuns lá lançados no mercado, antes mesmo do apelido.

Na busca, um dos primeiros cromos, no Campeonato Brasileiro de 1994, pelo Sport, até a Série A de 2013, pelo Vasco. Espaço também para a participação no Mundial de 2006 e os vários anos conquistando títulos no Lyon.

Só faltou um registro, da passagem no Al Gharrafa, do Catar.

O possível precedente sobre ações de torcedores no futebol pernambucano

Tribunal e futebol

Um torcedor do Santa Cruz tentou modificar o local da última partida do clube como mandante na primeira fase do Nordestão. Como o Tricolor perdeu três mandos de campo, o duelo contra o Bahia teria que acontecer em Caruaru. Tendo como argumento a festa do centenário, um dia após o jogo, o torcedor coral foi à Justiça exigir que a partida fosse remarcada para o Arruda.

No dia seguinte à ação ajuizada, o juiz Rogério Lins e Silva, da 2ª vara da capital, extinguiu o processo. Saiba mais aqui.

Eis um trecho da sentença já disponível no site do TJPE:

“Ninguém poderá pleitear, em nome próprio, direito alheio, salvo quando autorizado por lei”.

Não têm os torcedores pessoalmente legitimidade para a discussão das deliberações administrativas dos órgãos internos das entidades responsáveis pela organização dos jogos, o que, aliás, é condição mínima de viabilização das competições, considerando os milhões de interessados espalhados pelo território nacional que poderiam se arvorar no direito de interferir em cada uma dessas decisões (TJSP. Apelação nº 9137928-30.2006.8.26.0000).

O torcedor deveria diligenciar junto ao clube para que, caso este se sinta lesado com a decisão administrativa e sua aplicação, ingresse em juízo para tutelar seu direito em nome próprio. Caso o clube não entendesse da mesma forma, poderia o torcedor, a depender da situação, questionar judicialmente a decisão de seu clube, mas não ingressar diretamente contra a CBF, pois apenas o clube pode discutir uma decisão administrativa proferida contra si.

A decisão do magistrado pernambucano vai de encontro às inúmeras ações no país. Nenhuma delas no nome dos clubes envolvidos, mas sim de torcedores.

Ações que vão adiando jogos, protelando classificações finais etc.

Esta nova decisão poderá resultar em um precedente prático?

Há menos de uma semana, um vereador paraibano também entrou na justiça e conseguiu adiar o jogo entre Botafogo e Náutico…

Ação isolada lá ou cá? A dúvida deixa claro que o cenário segue bem indefinido. Ao menos, Rogério Lins deixou por escrito o papel do torcedor em Pernambuco.

Valor de mercado em 2014 com alta no Nordestão e queda no Pernambucano

Estudo sobre os valores das competições brasileiras em 2014. Fonte: Pluri Consultoria

As avaliações do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste, em 2014, dão indícios do caminho a ser tomado no futebol regional.

O valor de mercado do Pernambucano caiu pelo segundo ano seguido entre as competições estaduais e regionais do país. Do 7º lugar em 2012, o torneio figura na 9ª colocação em 2014. Dois fatores pesaram para a mudança, que considera a projeção de direitos econômicos de todos os jogadores envolvidos.

O primeiro foi a inclusão do Nordestão no calendário oficial, agregando, claro, mais equipes tradicionais da região. O segundo é o crescente nível técnico do futebol catarinense, com cinco times entre as Séries A e B do Brasileiro. Assim, Santa Catarina pulou da 10ª para a 7ª posição.

Considerando os doze participantes do Campeonato Pernambucano desta temporada, a Pluri Consultoria avaliou a edição em R$ 216,1 milhões. O estudo levou em conta elencos com 28 atletas. Assim, o certame teria 336 profissionais envolvidos, o que geraria um valor médio de R$ 643 mil, após a análise de 77 critérios no Sportmetric. Um tanto elevada a estimativa.

Ainda sobre a pesquisa, destaque para o avanço mercadológico do Nordestão, estimado em meio bilhão de reais, apesar de ainda estar em fase de retomada. Está abaixo apenas dos campeonatos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ou seja, deixou um dos quatro principais torneios, o Gaúcho, para trás.

Os dados só reforçam a tese de que o regional deve ser prioritário…

Evolução nos valores das competições brasileiras em 2014. Fonte: Pluri Consultoria

A emoção do pernambucano Hernanes na Lazio

Hernanes se despedindo da torcida na Lazio, em 30 de janeiro de 2014. Crédito: Youtube/reprodução

O pernambucano Hernane proporcionou uma cena rara no futebol atual, com os jogadores alçados a superastros, sobretudo atletas brasileiros.

Antes mesmo da oficialização de sua saída da Lazio, na Itália, o jogador revelado no Unibol se despediu informalmente de torcedores do time.

Na saída do clube romano, Hernanes parou o carro para atender aos fãs. Começou a tirar fotos, mas não se conteve. Havia a consciência de uma despedida, do carinho do público, dos bons momentos vividos na Lazio…

Chorou e chegou a dar um par de chuteiras. Foi consolado pela torcida.

Mesmo que o destino seja outra equipe do país, os aficionados entenderam e também se emocionaram diante do Profeta, como ele é conhecido por lá.

No Brasil, demoraria quanto tempo para que o atleta fosse chamado de mercenário? A tal barreira da intransigência existe para os dois lados.

Pois é. Acredite, ainda há espaço para emoções no futebol, mercado à parte.

Leão sem força ofensiva e abatido no minuto final no Junco

Copa do Nordeste 2014, 4ª rodada: Guarany de Sobral 1 x 0 Sport. Foto: WELLINGTON MACEDO/FUTURA PRESS

Sem força ofensiva, o Sport praticamente se despediu do Nordestão.

Mais uma vez em branco durante os 90 minutos, só aumentando o vexame, o Leão acabou derrotado pelo Guarany de Sobral por 1 x 0, nesta quarta.

Atuando no 3-5-2, o time voltou a apresentar problemas técnicos, com muitos passes errados. No primeiro tempo, Felipe Azevedo atrapalhou em dois lances. Em um deles, Neto Baiano se esforçou, mas não conseguiu marcar.

Após sofrer uma pressão nos dez primeiros minutos, o Leão equilibrou o jogo, tendo em Rithely um bom condutor – fez a sua melhor partida em 2014, apesar de a estatística ainda ser bem curtinha. Faltava mesmo um articulador.

Na etapa final, o técnico Geninho demorou demais a mexer, sobretudo o já citado camisa 11. Érico Júnior entrou no lugar de Felipe Azevedo faltando apenas 15 minutos. Foi o suficiente para atuar melhor, mais agudo.

Saindo apenas nos contragolpes, o Guarany optou por se postar mais em seu campo. O empate já interessava bastante ao time de Sobral. Porém, após uma falta boba cometida pelo Leão aos 45 minutos, o time do Junco, apoiado por uma numerosa torcida, se aproveitou do bate-rebate e definiu o jogo, com Gugu.

O resultado – deixando o Leão com apenas 2 pontos em 4 jogos e 1 mísero gol marcado – deve causar uma iminente reformulação no clube, com o comando técnico já em xeque. É isso mesmo, uma possível reformulação numa equipe que atuou apenas quatro partidas oficiais no ano.

Um time que até agora, diante de adversários de potencial econômico bem menor, não mostrou muita coisa…

Copa do Nordeste 2014, 4ª rodada: Guarany de Sobral 1 x 0 Sport. Foto: WELLINGTON MACEDO/FUTURA PRESS