A final da Liga dos Campeões de 2014 aconteceu em Lisboa.
No estádio da Luz, com mais de 60 mil torcedores presentes, o Real Madrid venceu o Atlético de Madri e conquisou La Décima.
A 503 quilômetros dali, na capital espanhola, as duas torcidas deram um show. Ambas lotaram seus estádios para decisão. Ao todo, 130 mil espectadores!
Foram 80 mil no Santiago Bernabéu e outros 50 mil no Vicente Calderón.
Os dois clubes prepararam estruturas bem semelhantes, com quatro telões de plasma voltados para todos os lados do campo.
Mesmo com as equipes longe de casa, os clubes souberam cativar o público e gerar uma receita extra. Enquanto isso, no Recife, o máximo até hoje foi a exibição de jogos em ginários e salões da sede…
A sétima rodada da Segundona foi ruim para os pernambucanos. Nos Aflitos, na sexta, o Santa Cruz empatou outra em 1 x 1, desta vez com o América Mineiro. No dia seguinte, no Durival de Britto, o Náutico acabou derrotado pelo Paraná, 2 x 0. Com os resultados, o Timbu caiu do 8º para o 11º lugar, enquanto o Tricolor entrou na zona de rebaixamento.
A 8ª rodada dos representantes pernambucanos
27/05 – Boa Esporte x Santa Cruz (19h30)
27/05 – Náutico x Avaí (21h00)
Dois jogos foram adiados. Na 4ª rodada, por causa das fortes chuvas, Sampaio Corrêa passou para 7 de junho. Na 5ª rodada, devido à greve da PM, Náutico x Vasco foi reagendado para 12 de agosto.
A situação já não estava fácil, mas o gol contra de Leonardo Luiz, no início do segundo tempo findou a pretensão alvirrubra na fria Curitiba, na casa dos 12 graus.
Em um dos horários mais indigestos do futebol brasileiro, 21h do sábado, o Náutico foi derrotado pelo Paraná Clube por 2 x 0. O adversário vive uma crise dentro e fora do campo, e aproveitar esse (mau) momento era o objetivo do técnico Sidney Moraes, com paciência. Nesta noite, porém, quem teve isso foi o mandante…
Primeiro, abriu o placar logo aos seis minutos, numa cabeçada de Giancarlo que sequer precisou pular diante de uma zaga inconstante. Depois, contou com a supracitada e grotesca falha do zagueiro timbu. O gol contra foi na verdade um golaço contra, de peito – e ridículo.
O técnico timbu ainda mexeu na equipe, que até melhorou nos vinte minutos finais. Marcelinho perdeu duas boas oportunidades. Não houve reação. O resultado mantém o Náutico na zona intermediária da Série B, só que a cinco pontos da zona de classificação.
Pior mesmo para o Santa Cruz, que acabou entrando na zona de rebaixamento por causa da vitória paranista…
Confira então a origem do público jogo a jogo, em dados oficiais, sendo quatro na fase de grupos e um nas oitavas de final. Tanto na divisão entre as pessoas que adquiriram bilhetes na região metropolitana do Recife quanto no exterior.
Teoricamente, o número de pessoas presentes poderia ser até maior. Contudo, por questões de segurança, numa exigência da Fifa, a capacidade do estádio em São Lourenço da Mata caiu de 46.215 para 40.605 espectadores.
O Real Madri é o clube mais vencedor da história do futebol. Sem discussão.
Acaba de alcançar o decacampeonato da Liga dos Campeões da Uefa.
1956 – Real Madrid 4 x 3 Stade Reims
1957 – Real Madrid 2 x 0 Fiorentina
1958 – Real Madrid 3 x 2 Milan
1959 – Real Madrid 2 x 0 Stade Reims
1960 – Real Madrid 7 x 3 Eintracht Frankfurt
1966 – Real Madrid 2 x 1 Partizan
1998 – Real Madrid 1 x 0 Juventus
2000 – Real Madrid 3 x 0 Valencia
2002 – Real Madrid 2 x 1 Bayer Leverkusen
2014 – Real Madrid 4 x 1 Atlético de Madri
A busca incessante por La Décima acabou para os merengues. Diante do grande rival na capital espanhola, o Real voltou a conquistar a Europa.
Perdia por 1 x 0, numa falha daquelas de Casillas, até os 48 minutos do segundo tempo. A festa em Lisboas era dos colchoneros, mas não faltava empenho albo. De Cristiano Ronaldo, Bale, Di María, de todo mundo em campo…
Coube ao raçudo Sergio Ramos partir da defesa e subir mais que fortíssima zaga atleticana para empatar o jogo. A partir daí, com o emocional já à frente no Estádio da Luz, o Real virou na prorrogação. Voou.
Em outra cabeçada no clássico, com Gareth Bale. No fim, o brasileiro Marcelo, que entrou no decorrer da decisão e mudou o jogo, bateu firme para ampliar. O Atlético vivia um novo drama. Em 1974, em sua primeira final, também sofreu o empate no último minuto, do Bayern, e posteriormente também foi vice.
Em 2014 a improvável farra continuaria. No último lance, agora sim, literalmente o último da final, o astro Cristiano Ronaldo marcou de pênalti e definiu a goleada por 4 x 1. Foi o seu 17º gol no torneio, um recorde. Mais um deste time gigante.
O Real Madrid foi campeão com 41 gols em 13 jogos. Essa busca foi a chave.
Há tempos o Real é o clube mais rico do mundo. Cansou de montar equipes “galáticas”. Para voltar a ganhar a maior taça do continente, precisava ser também competitivo. E aí foi de sobra. La Décima chegou.
Nesta série pra lá de incomum, seis jogos terminaram em 1 x 1. Em cinco, o Santa Cruz até o abriu o placar, mas cedeu o empate.
Nesta sexta, nos Aflitos, o Tricolor – invicto e sem vitórias – ficou na igualdade com o América Mineiro, líder isolado da segundona.
Um jogo fraco e sem público, no segundo dos cinco jogos de portões fechados.
Após um primeiro tempo irregular do time coral, Danilo Pires, contratado junto ao Central, marcou aos sete minutos da etapa final. A torcida comemorou – longe dali -, mas certamente torceu para que a equipe tivesse mais atenção.
Com a curiosíssima rotina, o sistema defensivo deu espaço. E falhou.
Willians, ex-Sport, escorou um cruzamento da esquerda e empatou aos 23. A partir daí, o jogo voltou a ficar amarrado. A dez minutos do fim, Gamalho caiu na área, tendo o calção puxado no lance. O árbitro não marcou pênalti. E ficou nisso.
Com o sétimo empate, vale destacar uma suposição, apesar de irreal.
Com 38 pontos, o clube deve cair. Na era dos pontos corridos na Série B, desde 2006, nenhum clube jamais escapou com esse número.
Vazamento ou estratégia de marketing. O fato é que o novo uniforme do Sport, o primeiro produzido pela Adidas neste novo contrato, foi mesmo antecipado.
As “supostas” camisas eram, sim, verdadeiras. Faixas rubro-negras mais finais, as três listras da marca alemã no tom dourado e as estrelas dos títulos nacionais de 1987 e 2008 num tamanho maior.
O que você achou, torcedor rubro-negro? Atendeu à expectativa?
Os padrões chegam no mercado – na verdade, já estavam na praça – por R$ 199,90 (masculina) e R$ 179,90 (feminina).
Abaixo, imagens divulgadas pelo clube e nas redes sociais. Todas reais.
A volta excepcional do Náutico aos Aflitos, em 27 de maio, contra o Avaí, será transformada em um evento de marketing. Uma novidade é a presença de um uniforme especial para a partida “Revivendo os Aflitos”.
Apesar do contrato de três anos com a Umbro, o clube segue usando o material produzido pela Garra, num contrato de transição, até julho. Será produzida pela empresa pernambucana o padrão alusivo ao jogo.
A camisa, como de praxe, segue guardada. Contudo, o dono da Garra, Gustavo Aguiar, compartilhou uma foto no twitter com boa parte da camisa (veja aqui).
O uniforme, de estilo retrô, tem particularidades interessantes. Ao invés do tradicional vermelho e branco, a camisa tem duas tonalidades rubras, além de uma gola em V amarrada com cadarço.
A produção inicial será de apenas 200 camisas. Dependendo da demanda…
Uma camisa para torcer pelo Santa Cruz e pela Seleção Brasileira. A mesma.
Fornecedora de material esportivo do Tricolor desde 2009, a Penalty lançou uma linha especial, com camisas reversíveis para os cinco principais clubes patrocinados pela marca. Além do Santa estão a lista Ceará, Figueirense, Vasco e São Paulo.
Ao preço de R$ 229, o padrão “dupla face” traz em um lado a camisa branca dos corais, oficialmente o terceiro padrão, e uma camisa amarela e verde no outro. Em ambos, o escudo tricolor presente.
O slogan da versão é claro: “Paixão por dentro e por fora”.
Uma jogada de marketing devidamente inspirada na Copa do Mundo de 2014…
A Copa do Mundo é um vetor fortíssimo para os negócios relacionados ao futebol. Empresas nacionais e multinacionais vêm tentando associar as suas marcas ao evento, direta ou indiretamente. Uma boa maneira é contratar um astro da Seleção Brasileira ou um campeão do mundo…
Em uma semana, três deles passaram no Recife. Todos em eventos distintos.
O atacante Hulk, convocado por Felipão para o Mundial de 2014, o lateral-direito Cafu, recordista de jogos pela Canarinha (149) e campeão em 1994 e 2002, e o meia pernambucano Rivaldo, uma das grandes estrelas do penta.
O trio veio com o pacote completo das ações de marketing: fotos, vídeos e entrevistas.
Rivaldo / Coca-Cola (23/05)
Principal nome do evento Tour da Taça, com a apresentação da Taça Fifa aos pernambucanos, com aproximadamente 15 mil visitas no estacionamento do Shopping Recife. Como apenas campeões do mundo ou chefes de estado podem tocar no troféu, coube ao craque colocá-lo na redoma. Posou para a imprensa divulgando a marca da companhia de refrigerantes, claro.
“Já passei em Teresina, Natal e ainda vou para Fortaleza, mas levantar essa taça aqui em Pernambuco, na minha terra, e poder beijá-la, é especial.”
Hulk / Vivo (20/05)
Garoto-propaganda da empresa de telefonia móvel, o atacante do Zenit recebeu fãs numa tarde de autógrafos e fotos com banners da empresa, no Shopping Riomar. Tudo antes da apresentação oficial com os outros 22 convocados da Canarinha, na Granja Comary.
“Quem não queria vez uma final entre Brasil e Argentina. É o maior clássico do mundo. E sem dúvida seria uma final histórica.”
Cafu / Restaurant Week (20/05)
O capitão do pentacampeonato participou do evento, no Tapa de Cuadril, através de uma “permuta”. O festival gastronômico recifense conta com 30 restaurantes envolvidos. A cada R$ 1 pago a mais no menu promocional em todos os locais, o valor irá à Fundação Cafu. Não por acaso, as opções nos cardápios foram batizadas de “Sabores do Brasil”, em homenagem à Copa.
“Espero que as manifestações não atrapalhem o evento, não podemos passar uma imagem ruim, o mundo está vendo o nosso país.”