A 36ª rodada foi excelente para o tricolores. Além da categórica vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo no Engenhão, por 3 x 0, os resultados ajudaram, com a derrota do Sampaio Corrêa e o empate do Náutico com o CRB, na Arena. O campeão pernambucano manteve a 4ª colocação e chegou a 61 pontos, quatro acima do 5º lugar. A duas rodadas do fim, isso significa que uma simples vitória recolocará a Cobra Coral na elite do futebol nacional. Tem duas chances, contra Mogi Mirim, que mudou o seu mando para Itu, e o Vitória, virtualmente classificado. Já o Náutico precisará vencer seus dois jogos e torcer para o Santa somar apenas um – ou então terá que decidir no saldo, onde hoje está bem atrás. A Série B de 2015 está quase decidida…
No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.
A 37ª rodada dos representantes pernambucanos
21/11 (16h30) – Náutico x Bahia (Arruda)
21/11 (16h30) – Mogi Mirim x Santa Cruz (Novelli Júnior, Itu)
No meio da polêmica entre mandar o jogo na Arena ou no Arruda, o principal era fomentar o jogo contra o Bahia, vencendo o CRB. Sem isso, a discussão entre a direção do Náutico e o consórcio seria inócua, criando apenas brechas para ações judiciais dos dois lado. Dal Pozzo bem que tentou manter a pilha no time, falando à imprensa sobre o foco nos alagoanos. Em campo, entretanto (e infelizmente), o Náutico não fez uma boa apresentação, ficando no 1 x 1.
O empate deixou o time de Rosa e Silva em uma situação delicada na Série B. Para não depender do saldo de gols, onde fatalmente levaria desvantagem, o Timbu agora precisa ganhar os últimos dois jogos e torcer para o Santa Cruz somar apenas um ponto. Enquanto os alvirrubros jogarão com Bahia (casa) e Bragantino (fora), os tricolores terão pela frente Mogi Mirim (fora) e Vitória (casa). Complicou bastante.
Neste sábado, com a torcida depositando a última dose de confiança, o Timbu parou num CRB desfalcado de Zé Carlos, o artilheiro da Série B com 18 gols – e que havia deixando o seu na vitória regatiana no primeiro turno. Sem Zé, coube a Pery marcar, de fora da área. Como ocorreu contra o Macaé, o zagueiro Ronaldo Alves até empatou de cabeça, mas a vitória, com o time afobado, não veio. No fim, o árbitro ainda deu seis minutos de acréscimo, somente para aumentar o drama do Náutico. Nesta Série B, o final parece fadado.
O Botafogo entrou em campo para ser campeão da Série B. Com o acesso garantido, parecia tranquilo para buscar a vitória, o resultado que anteciparia a conquista. A bronca foi encontrar do outro lado um time faminto por resultados, pisando no gramado para retornar à primeira divisão depois de dez anos. Com mais vontade e futebol, o Santa se impôs no Rio, goleando por 3 x 0 e dando um passo do tamanho do Arruda para terminar o ano no G4. Além da belíssima vitória, o campeão pernambucano chegou a 61 pontos e foi beneficiado pelos tropeços de Sampaio e Náutico. Com isso, abriu quatro pontos de vantagem e pode subir já no próximo sábado, em Itu, contra o lanterna Mogi.
O time de Martelotte encaixou. Com padrão de jogo e fisicamente bem, com intensidade durante 90 minutos. Numa reta final, essa condição é primordial. No primeiro tempo contra o Fogão, é verdade, o time foi mais precavido, forçado pelo mandante, com 57% de posse e duas ótimas chances – uma delas evitada por Danny Morais. No segundo tempo, o Tricolor manteve a formação com três atacantes, com Grafite centralizado. Usando bem as laterais, sobretudo a esquerda, a Cobra Coral aos poucos foi dominando, criando chances.
A torcida até lamentou a defesa de Helton Leite no primeiro minuto, com Grafa na pequena área. Depois disso, deitou e rolou. Aos 5, Luisinho acionou Grafite, em clara posição irregular, e o atacante, de forma inteligente, foi até a linha de fundo e rolou para Lelê, desmarcado, marcar o seu 5º gol. Doze minutos depois, o mesmo Lelê foi substituído por Bileu. O objetivo era congestionar o meio, já com dois marcadores, para impedir as investidas do Botafogo, com clara dificuldade na saída de bola.
E a Estrela Solitária nem atacou nem se defendeu. Aos 23, sem polêmica alguma, num contragolpe bem armado, Luisinho avançou live e, consciente, tocou para Grafite ampliar. O lance deixou a vantagem incontestável no Engenhão, pela superioridade demonstrada pelos pernambucanos. E Bruno Moraes, que entrara no lugar do camisa 23, ainda deixou o seu, frustrando de vez os 23 mil alvinegros presentes. Em compensação, a quantidade de gente que celebrou no Recife não foi brincadeira…