Foi uma vitória magrinha em Senhor do Bonfim, por 1 x 0, mas essencial para manter a busca pela classificação no Nordestão. Com o Bahia goleando o Confiança em Aracaju, os corais começavam a se preocupar não só em ficar em segundo lugar, mas com a pontuação geral, uma vez que apenas três vice-líderes disputarão as quartas. Daí, a cara de decisão num campo tomado por insetos, contra o Juazeirense que há uma semana segurou o Santa no Arruda.
No primeiro tempo, o time de Martelotte até entrou com a vontade esperada pela torcida. Marcando forte e tentando ter a posse de bola para criar jogadas para Bruno Moraes (no lugar de Grafite), diante de um rival com sérias limitações técnicas. Porém, o jogo travou pela quantidade de passes errados. Após 45 minutos em branco, com apenas uma chance clara pra cada lado, o Tricolor definiu a noite logo na retomada. Lelê foi lançado na direita, dominou e cruzou para Keno finalizar. Novamente, pois havia marcado contra o Central, domingo.
Apesar da vantagem, o futebol coral piorou, com a bola perto da meta de Tiago Cardoso na maior parte do tempo. Os baianos bem que tentaram, sobretudo em cruzamentos, mas a bola queimava nos pés dos jogadores. Via contragolpes, o visitante teve uma chance, com a falha resultando numa pressão desnecessária no fim. O resultado acabou mantido, para a festa dos tricolores espalhados entre os 1.150 espectadores no estádio Pedro Amorim, a 125 quilômetros de Juazeiro, a verdadeira casa do adversário. E a luta pelas quartas segue, no limite.
A vigente revisão (para cima) na precificação de ingressos e mensalidades de sócios no futebol pernambucano, sobretudo no Sport, levantou o debate sobre o impacto das medidas em relação às respectivas torcidas. Seria um caminho necessário para o fortalecimento econômico do clube, cenário já visto no Corinthians e no Palmeiras? Seria um caminho excludente para a maioria da torcida? Ou seria apenas uma forma de afastar as torcidas organizadas?
Entre outras particularidades, o fato de o Leão, em maior número em todos os quesitos, ter mais torcedoras que torcedores. Em relação à renda, o tema original, 74% dos leoninos ganham no máximo dois salários mínimos. Logo, a imensa maioria é pobre. No Santa, reconhecido como “povão”, o mesmo índice é de 65%. Sobre a idade, a torcida timbu é, proporcionalmente, a mais velha, com 40% acima de 50 anos. Necessita de títulos para fomentar uma renovação.
Um verdadeiro perfil de rubro-negros, tricolores e alvirrubros…
Sport (39%) – 630.701 torcedores* Sexo
304.677 (48%) – Homens
330.067 (52%) – Mulheres
Faixa etária
253.897 (40%) – 16-29 anos
241.202 (38%) – 30-49 anos
139.643 (22%) – Mais de 50 anos
Escolaridade
57.126 (9%) – Até o ensino fundamental I completo
247.550 (39%) – Ensino fundamental II incompleto a ensino médio incompleto
330.067 (52%) – Ensino médio completo a ensino superior completo
Renda familiar
253.897 (40%) – Até 1 salário mínimo
215.813 (34%) – De 1 a 2 salários min.
165.033 (26%) – Mais de 2 salários min.
Santa Cruz (28%) – 452.811 torcedores* Sexo
232.308 (52%) – Homens
214.438 (48%) – Mulheres
Faixa etária
138.491 (31%) – 16-29 anos
174.231 (39%) – 30-49 anos
134.024 (30%) – Mais de 50 anos
Escolaridade
44.674 (10%) – Até o ensino fundamental I completo
187.633 (42%) – Ensino fundamental II incompleto a ensino médio incompleto
214.438 (48%) – Ensino médio completo a ensino superior completo
Renda familiar
147.426 (33%) – Até 1 salário mínimo
142.958 (32%) – De 1 a 2 salários min.
156.361 (35%) – Mais de 2 salários min.
Faixa etária
39.924 (25%) – 16-29 anos
55.893 (35%) – 30-49 anos
63.878 (40%) – Mais de 50 anos
Escolaridade
9.581 (6%) – Até o ensino fundamental I completo
51.102 (32%) – Ensino fundamental II incompleto a ensino médio incompleto
99.012 (62%) – Ensino médio completo a ensino superior completo
Renda familiar
51.102 (32%) – Até 1 salário mínimo
52.699 (33%) – De 1 a 2 salários min.
55.893 (35%) – Mais de 2 salários min.
* A soma pode não chegar ou mesmo ultrapassar os 100% por causa com arredondamento, via Statistical Package for the Social Sciences (SPSS).
Ídolo do Sport e apontado como um dos melhores atacantes da história do clube, Leonardo morreu de forma precoce, aos 41 anos. A triste notícia repercutiu além do Recife, uma vez que ele foi convocado para a Seleção em 1995. O especial do 45 minutos traz convidados como Juninho Pernambucano (companheiro no Sport e no Vasco), Kuki (rival e amigo pessoal), Leão (técnico em 2000) e Wanderson Lacerda (presidente leonino que o contratou em 1992), além dos jornalistas André Gallindo, Tiago Medeiros e Paulo Vinícius Coelho, o PVC. Histórias, opiniões e debate sobre um jogador especial.
Confira um infográfico com a pauta do programa aqui.
Neste podcast, com 1h55, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!