Resumo da 8ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz 1x1 Náutico, América 0x4 Sport e Central 0x0 Salgueiro. Fotos: Antônio Melcop/Santa Cruz, Williams Aguiar/Sport e CarcaráNet /twitter (@CarcaraNet)

A 8ª rodada do hexagonal do título definiu mais um classificado ao mata-mata do Campeonato Pernambucano de 2016. O Sport goleou o Mequinha no sábado, num Arruda com apenas 1.497 pessoas, e se juntou a Náutico e Salgueiro. A última vaga deve ficar com o Santa Cruz, que hoje só pode terminar a fase no máximo em 4º lugar, tendo como único adversário o América – será o confronto da próxima rodada, diga-se. No Clássico das Emoções, também no Arruda, com 12.010 torcedores, o time de Martelotte teve a chance de facilitar a campanha, mas ficou no empate. Completando o domingo, um Lacerdão com 352 testemunhas, para uma tarde sem gols entre Patativa e Carcará.

Hoje, as semifinais seriam Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport.  

Em 24 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 56 gols, com média de 2,33. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Jhon, do Salgueiro, e Ronaldo Alves, do Náutico, lideram com 4 gols.

América 0 x 4 Sport – Em ritmo de treino, os rubro-negros golearam, aliviando um pouco a barra após a incrível derrota na Ilha – a primeira em 43 anos.

Santa Cruz 1 x 1 Náutico – Faltou mais qualidade técnica nas finalizações, mas após algumas semanas enfim vimos um jogo empolgante no torneio.

Central 0 x 0 Salgueiro – A Patativa jogou com um mais durante 73 minutos, após a expulsão de Mondragon, mas foi incapaz de vencer. Está fora.

Destaque: Henríquez. Quase não teve trabalho com o ataque do América, fato, mas fez um belo gol e vai ganhando a vaga de Matheus Ferraz no Sport.

Carcaça: Thiago Santana. Impressionante a incapacidade de fazer gols do jogador. Mesmo com um concorrência limitada, deve sair do ataque timbu.

Próxima rodada
26/03 (18h30) – América x Santa Cruz, Ilha do Retiro
27/03 (16h00) – Sport x Salgueiro, Ilha do Retiro
02/04 (18h30) – Náutico x Central, Arena Pernambuco

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 8ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 8 rodadas. Crédito: Superesportes

Santa e Náutico empatam em festival de chances perdidas. Melhor para o Timbu

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Foi um festival de chances desperdiçadas no Clássico das Emoções, talvez justificando as vaias de boa parte dos 12.010 espectadores no apito final. Pela frustração de não vencer, mesmo chegando com perigo inúmeras vezes à meta adversária. Vale tanto para Tiago Cardoso, salvando, quanto para o de Júlio César, que até pênalti defendeu. Animado, o jogo foi. Um dos melhores do ainda desinteressante Estadual de 2016. Uma maior qualidade técnica nas finalizações e teríamos um placar das antigas. Ficou no 1 x 1. Apesar de ter jogado melhor, o Náutico teve mais o que comemorar, pois manteve a liderança, com quatro clássicos disputados. Logo, deve encaminhar a melhor campanha do hexagonal. Quanto ao Santa, a vaga só virá com o 4º lugar.

No domingo, mesmo com vários desfalques, o Timbu conseguiu impor a sua estratégia. Curiosamente, através de uma peça improvável, Gil Mineiro. De volta, ele deu mobilidade ao meio-campo e ajudou Rodrigo Souza na marcação – seguraram João Paulo. Roubar a bola e sair em velocidade? Básico e funcional. Ainda melhor se o rival der espaço, o que o Santa cansou de fazer. Aos 32 o contragolpe foi impressionante, com apenas um defensor coral desde a linha do meio-campo. Rony fez tudo certinho, tocando para Gil na cara do gol, livre. O volante chutou em cima de Tiago Cardoso. Na sequência, Thiago Santana, um perdedor de gols nato, deu um chute horroroso.

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

A partida dali o jogo ficou ainda mais intenso. O paredão coral fez outra ótima defesa. Depois, do outro lado, num lance sem perigo, Ronaldo Alves puxou Grafite, que valorizou. Pênalti, cobrado pelo próprio camisa 23. E Júlio César defendeu – como já havia feito contra o Salgueiro. Herói? O futebol é cruel. Dois minutos depois, numa falta cobrada na área, o goleiro saiu bisonhamente, com Alemão se aproveitando para marcar. Apesar da vantagem, Martelotte sabia que o seu time precisava melhorar. Se à frente Grafite era um trator, no meio, Léo Moura foi apagadíssimo – talvez uma estreia precipitada. Na segunda etapa, os corais até buscaram mais, pelas pontas, de maneira afobada.

O jogo ficou amarrado até os 22 minutos, quando Gil Mineiro foi à linha de fundo e cruzou um “balão” na área. Com a zaga coral plantada no lance, Daniel Morais – que entrara no lugar de Thiago Santana – cabeceou no contrapé de Tiago Cardoso. O gol de empate, para transformar a tarde no duelo franco, com chances sistemáticas. Raniel raspando a trave, Ronaldo Alves chutando por cima com gol vazio, Rafael Pereira batendo forte, bola na pequena área do Náutico. Foi 1 x 1, mas poderia ter sido 2 x 2, 3 x 3… Com o Náutico mantendo o tabu, com cinco jogos sem perder dos corais.

Pernambucano 2016, 8ª rodada: Santa Cruz x Náutico. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

Projetando as cotas do Esporte Interativo na Série A, já considerando o Santa Cruz

Projeção de cotas do Esporte Interativo no Brasileiro em 2019. Crédito: Douglas Batista Cruz (@dbatistadacruz)

A partir de 2019 a transmissão da Série A na televisão por assinatura ficará dividida entre os canais Sportv (da Globo) e Esporte Interativo (da norte-americana Turner). A cisão, a primeira em vinte anos, ocorre porque o EI vem seduzindo os clubes com propostas mais vantajosas na plataforma fechada. A promessa é repartir R$ 550 milhões entre os vinte clubes a cada ano, seguindo o modelo inglês: 50% igualitário, 25% pela última campanha e 25% por audiência. A partir dos clubes já acertados, o torcedor Douglas Batista Cruz, com outras colaborações no blog, fez uma projeção sobre a divisão “hoje”.

O quadro inclui o Santa, com forte indício da negociação com o EI, há mais de um mês. Assim, seriam sete clubes na elite. Logo, o bolo (proporcional) seria de R$ 192,5 milhões. Para o cálculo, foi tomado como base de dados a audiência de 2016 (ou seja, a divisão feita pela Globo, o único modo conhecido para mensurar) e as campanhas no Brasileiro de 2015. Os números mudam dependendo da representatividade de cada time, técnica e televisiva.

No caso coral, vice-campeão da Segundona e no piso das cotas globais, o montante seria de R$ 19.813.000 – só pela tevê fechada, reforçando. Em tempo: neste ano o tricolor receberá R$ 26 milhões, somando os cinco contratos possíveis (aberta, fechada, pay-per-view, internet e internacional). Ou seja, com a projeção via Esporte Interativo, os corais precisariam captar R$ 7 milhões na tevê aberta e no PPV para superar o valor atual (e real). Difícil?

Veja o gráfico em uma resolução melhor aqui

Confira uma projeção de cotas do Brasileirão via Premier League aqui.