Topper oficializada no Náutico até 2019. Aposta no novo ou na tradição?

Uniformes do Náutico produzidos pela Topper em 1984. Crédito: Arquivo Alvirrubro/facebook

O Náutico volta a vestir a Topper em 14 de maio, já primeira rodada da Série B de 2016, no interior catarinense, diante do Criciúma. Em jogo ao vivo na tevê, o novo padrão alvirrubro retoma a parceria após 32 anos. A última vez havia sido no biênio 1983/1984, com o time saindo campeão pernambucano no segundo ano. Com o contrato oficializado pelo clube, até o fim de 2019, fica a expectativa sobre o modelo que substituirá a Umbro.

Aposta no novo ou relembrando a tradição? Torcedores alvirrubros, ansiosos, publicaram imagens das camisas usadas na primeira passagem da Topper, titular e reserva. Por uma releitura de design – e já sob nova gestão -, a marca não será preta, uma vez que hoje adota outro desenho, tendo como cor base o verde. Assim como os distintivos, ambos bem antigos – sobretudo o da camisa branca – , fora as listras mais finais e as golas distintas. Driblando a espera, vamos aos “mockups”, os modelos de demonstração não oficiais. Confira oito camisas criadas pelo torcedor Arthur Nogueira clicando aqui.

Alvirrubro, você prefere uma linha nova ou relembrando o passado?

Fornecedores de material esportivo do Timbu
1981/1982 – Rainha

1983/1984 – Topper
1985/1987 – Dell’erba
1987/1991 – Finta

1991 – Campeã
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2016 – Umbro (Inglaterra)
2016/2019 – Topper

Os bastidores da conquista regional do Santa, com a surpresa dos familiares

Vídeo com os bastidores do Santa Cruz. Crédito: TV Coral/reprodução

A TV Coral registrou os bastidores da inédita conquista do Santa Cruz na Copa do Nordeste, com o empate em 1 x 1 com o Campinense, no interior paraibano. O vídeo tem 20 minutos de imagens exclusivas de todo o domingo.

Da preparação na manhã à glória à noite. Começa com a surpresa (e emoção) do time recebendo a visita dos familiares na preleção, realizada no hotel. Vários jogadores não seguraram as lágrimas. A enorme reunião com as esposas e filhos foi arquitetada por Fernanda, mulher do presidente coral, Alírio Moraes.

O vídeo segue com imagens da torcida, tomando a arquibancada, com o gol do título, anotado por Arthur, aos minutos 33 do segundo tempo, e termina com a enorme festa dos jogadores no gramado e nos vestiários do estádio Amigão. Um registro histórico na Lampions League. Assista.

Ingressos a R$ 50 para tricolores na final do Nordestão? Segundo o borderô, não

Borderô de Campinense 1x1 Santa, a finalíssima do Nordestão 2016

Inicialmente, a direção do Campinense enviou ao Recife uma carga de dois mil ingressos destinados aos corais para a finalíssima do Nordestão. Sem a opção de meia entrada, o ingresso de arquibancada “sombra” custou R$ 50. Esgotou em cerca de uma hora. Tamanha procura, atrelada ao bom faturamento dos paraibanos, rendeu uma carga extra, de mil ingressos. No dia do jogo, com o Amigão lotado, a diretoria tricolor confirmou o recebimento de mais três mil, totalizando incríveis seis mil corais, numa vitoriosa invasão a Campina Grande. Eis a surpresa ao checar o borderô oficial do jogo, no site da CBF.

Foram 17.859 pagantes, dos quais 6 pagaram R$ 100 para as cadeiras e 81 estudantes desembolsaram R$ 50 para o mesmo setor. A tal arquibancada sombra aparece custando R$ 30, com meia entrada. Lá, apenas 3.550 espectadores, divididos ao meio entre raposeiros e tricolores. Ao que parece, a presença coral, exibida nacionalmente, não bate com o apurado. A título de curiosidade, os seis mil tricolores pagando R$ 50 renderiam, em tese, uma arrecadação de R$ 300 mil. Pois a renda bruta da partida foi de R$ 227 mil.

Confira o borderô em uma resolução melhor aqui.

Ainda que o borderô diga outra coisa, o povão foi. E pagou caro…

Nordestão 2016, final: Campinense 1x1 Santa Cruz. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Santa Cruz na Taça Asa Branca de 2017, com novo critério sobre o adversário

A Taça Asa Branca. Foto: Ceará/divulgação

A conquista do Santa Cruz no Nordestão abriu vários caminhos. Técnicos e financeiros. Além das duas vagas na Sula (2016 e 2017) e das cotas de premiação (R$ 2,3 milhões), o clube garantiu a abertura do calendário do futebol brasileiro no próximo ano. Em janeiro, os corais disputarão a Taça Asa Branca, o torneio amistoso envolvendo o último campeão regional e um convidado. Criada neste ano, a disputa teve um critério polêmico na escolha do adversário.

Na ocasião, o Flamengo, o convidado, comunicou: “Taça Asa Branca abrirá oficialmente a temporada de futebol do Nordeste. O duelo será sempre entre o último campeão da Copa do Nordeste e um grande clube brasileiro”.

Indo além do Mengo, inegável no contexto, qual seria o conceito para definir um grande clube? A polêmica rendeu bastante no blog. Depois, o presidente do Esporte Interativo, responsável pela organização da taça, alegou um ruído de informação. Em vez de um “grande clube brasileiro”, conforme noticiado, Edgar Diniz citou um “grande clube”, sem distinção de nacionalidade. 

A norma sobre o adversário já vale a partir de 2017. Qual será o time? O blog entrou em contato com o EI para saber a possibilidade de um embate contra o campeão da Primeira Liga, especulado desde então – o Flu foi o vencedor. Contudo, ainda não há previsão do convidado. Financeiramente, a primeira Asa Branca, com o eletrizante empate em 3 x 3 entre Ceará e Fla no Castelão, rendeu R$ 718 mil. Nada mal. Em 2017, é a vez do Arruda.

Na sua opinião, qual deveria ser o perfil do convidado na Asa Branca?

Centenário da FPF marca patrimônio recorde da entidade, R$ 12 milhões

Sede da FPF. Crédito: yelp.com.br

Pela sexta vez em sete anos, a Federação Pernambucana de Futebol terminou a temporada com superávit no exercício. Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2015, na temporada que marcou o centenário da entidade, o saldo das finanças foi pra lá de positivo, com superávit de R$ 1,4 milhão.

O relatório oficial aponta um aumento no patrimônio líquido da FPF, somando patrimônio social e o acumulado dos resultados positivos nos últimos anos. Em relação ao primeiro ponto, vale a imponente sede na Boa Vista, que há duas décadas mantinha um valor congelado. Por decisão da própria federação, em 2014, já sob a gestão de Evandro Carvalho, o imóvel sofreu um ajuste do valor patrimonial, com a mutação presente no diagnóstico produzido pela Ferreira & Associados Auditores. Agora estável, o balanço financeiro da entidade teve um aumento de 12%, passando de 11,5 milhões para R$ 12.913.307.

O número condiz com uma organização cuja receita operacional anual foi de R$ 6,4 milhões. Receita oriunda da taxa de 8% sobre todas as bilheterias em jogos profissionais realizados no estado, fora a espécie de cartório de atividades no futebol local, com 69 ações possíveis, de R$ 30 a R$ 750 mil.

O balanço completo foi divulgado no Diario Oficial do Estado (veja aqui).

Superávit/Défict da FPF
2009: R$ 675.234
2010: R$ 297.742
2011: R$ 898.500
2012: (R$ -89.573)
2013: R$ 1.834.817
2014: R$ 1.306.002
2015: R$ 1.478.674

Podcast 45 – O balanço do inédito título do Santa Cruz na Lampions League

O 45 minutos gravou uma edição especial sobre o título regional do Santa Cruz. Um programa inteiramente dedicado aos corais, com 1h50! Analisamos a campanha no Nordestão, com a arrancada no mata-mata, o peso da taça dourada na história do clube, a mudança de patamar no futebol, a atual gestão de Alírio Moraes e o plano de metas até 2017. Resenha, história e muito debate.

Confira um infográfico com as principais pautas do programa aqui.

Neste 238º podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

As manchetes do campeão nordestino

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes em 2 de maio de 2016, com o título regional do Santa Cruz

As capas do Diario de Pernambuco após o triunfo coral em Campina Grande.

Nas bancas desta segunda, o incontestável título do Santa Cruz na Copa do Nordeste de 2016 estampa as manchetes do jornal (“Terror do Nordeste”) e do caderno Superesportes (“Santa Cruz, o Nordeste é teu”). Festa documentada, com uma cobertura in loco sobre a maior conquista da história tricolor.

Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.

A evolução da movimentação financeira da Copa do Nordeste, de 2013 a 2016

Bilheteria, Cotas de TV e marketing do Nordestão, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/Infogram

A Copa do Nordeste de 2016 teve a maior premiação da história, mais de R$ 14 milhões. Contudo, a bilheteria foi a menor desde que o torneio voltou ao calendário oficial da CBF, assim como a média de público. Os 74 jogos – pela primeira vez não houve partidas com portões fechados – proporcionaram uma arrecadação de R$ 6,5 milhões (-40%), com seis mil torcedores a cada apresentação (-23%). Foi a primeira vez que um índice financeiro da competição sofreu redução. Crise econômica, nível técnico, mais jogos na tevê? Sobram explicações para uma avaliação. Mas é fato, os números dizem algo.

Ao todo, a movimentação financeira do Nordestão vencido pelo Santa Cruz ficou pouco abaixo de R$ 26 milhões, o patamar anterior, numa soma de rendas, cotas e o dinheiro gasto com marketing na competição, com ampla divulgação e organização. Para o próximo ano, aliás, a previsão é de um investimento de R$ 5 milhões apenas nesta área. Sobre o público presente, escasso nos 60 jogos na fase de grupos, os maiores clubes da região já articulam uma mudança para 2018, visando jogos de maior apelo, com criação de uma segunda divisão.

Eis os dados de público da Lampions League nesta retomada…

2016 (74 jogos)
Público pagante: 434.604
Média: 5.873

2015 (74 jogos, sendo 1 de portões fechados)
Público pagante: 570.777
Média: 7.818

2014 (62 jogos, sendo 1 de portões fechados)
Público pagante: 463.749
Média: 7.602

2013 (62 jogos, sendo 1 de portões fechados)
Público pagante: 517.709
Média: 8.487

A evolução da média de público.

Média de público do Nordestão, de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/Infogram

Ao analisar a soma de todas as receitas da Copa do Nordeste (televisão, renda e marketing), fica consolidado o status de principal torneio da região, bem à frente dos estaduais. Contudo, o número é basicamente a metade do valor estimado pelo presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, para o auge do torneio, em 2018. Ele projeta R$ 50 milhões, com média de 20 mil pessoas. É possível?

A movimentação financeira do Nordestão de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/Infogram

Com cheque na final, Santa termina o Nordestão faturando R$ 3,5 milhões

Nordestão 2016, final: Campinense 1x1 Santa Cruz. Foto: Yuri de Lira/DP

Ao receber a taça do Nordestão de 2016, os tricolores também receberam um enorme cheque, simbolizando a premiação oficial da decisão: R$ 1 milhão. Com o valor, o Santa Cruz terminou o torneio com a cota máxima, de R$ 2,3 milhões. Somando à bilheteria nas seis partidas realizadas no Arruda, um faturamento de R$ 3,5 milhões, o maior entre os vinte times nesta edição.

Por sinal, esse número também foi o maior valor absoluto de um clube pernambucano desde que a Lampions League voltou ao calendário oficial da CBF, há quatro temporadas. E olhe que ainda há um ganho indireto, pois o título abriu caminho para as futuras cotas em dólar da Copa Sul-Americana – lembrando que o clube tem a pré-vaga do torneio internacional para 2016 e 2017. Abaixo, as rendas, públicos e cotas dos representantes da terrinha.

Balanço de receita dos pernambucanos na Lampions 2016
Santa Cruz (campeão)
Público: 79.146 pessoas em 6 jogos (média: 13.191)
Renda bruta: R$ 1.204.575
Cota: R$ 2,385 milhões
Total: R$ 3.589.575

Sport (4º lugar)
Público: 64.955 pessoas em 5 jogos (média: 12.991)
Renda bruta: R$ 1.148.265
Cota: R$ 1,385 milhão
Total: R$ 2.533.265

Salgueiro (6º lugar)
Público: 15.289 pessoas em 4 jogos (média: 3.822)
Renda bruta: R$ 34.854
Cota: R$ 935 mil
Total: R$ 969.854

Confira os borderôs dos três clubes locais, jogo a jogo, clicando aqui.

Cotas de participação da Lampions 2016
R$ 2,385 milhões (campeão) – Santa Cruz
R$ 1,885 milhão (vice) – Campinense
R$ 1,385 milhão (semifinalista) – Bahia e Sport
R$ 935 mil (quartas de final) – Ceará, Salgueiro, CRB e Fortaleza
R$ 505 mil (fase de grupos) – Vitória da Conquista, América-RN, Coruripe, Estanciano, Botafogo-PB, ABC, Confiança e Juazeirense
Sem cota – Sampaio Corrêa, River, Imperatriz e Flamengo-PI* 

* Entre 2015 e 2017, os clubes maranhenses e piauienses, recém-integrados, só recebem cotas a partir das quarta

Santa Cruz, o Terror do Nordeste

Santa Cruz, campeão da Copa do Nordeste de 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

“Santa Cruz, Santa Cruz
Junta mais essa vitória
Santa Cruz, Santa Cruz
Ao teu passado de glória
És o querido do povo
O terror do Nordeste
No gramado
Tuas vitórias de hoje
Nos lembram vitórias
Do passado
Clube querido da multidão
Tu és o supercampeão.”

Em 1948, o compositor coral Capiba compôs a marcha-exaltação O Mais Querido. Como o clube não levantou a taça estadual, ele guardou a letra. Hoje decorada em cada canto do Mundão, a canção só seria lançada em 1957, com uma palavra a mais, “super”, em homenagem à conquista daquele ano.

Em um dos versos há a expressão “terror do Nordeste”, no embalo da massiva participação popular e das façanhas pioneiras no futebol da região. Como a vitória sobre o Botafogo em 1919, a primeira de um nordestino sobre uma equipe carioca, até então o maior centro, o triunfo sobre a Seleção Brasileira em 1934 (apenas Galo, em 1969, e Fla, em 1976, repetiram) e a conquista do primeiro Torneio Pernambuco-Bahia, em 1956, com um generoso peso na época.

História que não se apaga, mas talvez hoje a justificativa nunca tenha sido tão real. O troféu dourado erguido por Tiago Cardoso em Campina Grande simboliza a maior conquista do Santa Cruz. Legítimo campeão da Copa do Nordeste de 2016, pintando um imensa parte do país em preto, branco e encarnado

Parabéns ao Santa, parabéns os leitores tricolores!