Classificação da Série A 2016 – 24ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 24 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 5 x 3, na Ilha do Retiro, deu ao time pernambucano “uma rodada de vantagem” em relação ao Z4. Agora, mesmo que perca do Galo em Belo Horizonte, e a missão mesmo é das mais complicadas, voltará ao Recife fora da zona. Um lampejo de tranquilidade. Derrotados, os corais seguem a sete pontos de distância do 16º colocado, mas com a concorrência naturalmente mais acirrada. Hoje, para chegar a 46 pontos, o time precisaria de um aproveitamento de 61%. Nível G4.

A cada rodada, o blog projeta dois cenários para evitar a queda, um com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). O segundo considera a atual campanha do 16º lugar, hoje o Inter. Ou seja, ao final de 38 rodadas, o aproveitamento, arrendondado para cima, resultaria em 43 pontos, dois a menos que a rodada passada. Veja o que é preciso para sobreviver…

As nove maiores probabilidades de rebaixamento após 24 rodadas.

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 24 rodadas

Probabilidades das pontuações finais para evitar o descenso após 24 rodadas

As probabilidades de rebaixamento na Série A 2016 após 24 rodadas

Sport – soma 30 pontos em 24 jogos (41,7%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 16 pontos em 14 rodadas
…ou 38,0% de aproveitamento
Simulações: 5v-1e-8d, 4v-4e-6d, 3v-7e-4d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 13 pontos em 14 rodadas
…ou 30,9% de aproveitamento
Simulações: 4v-1e-9d, 3v-4e-7d, 2v-7e-5d  

Permanência: 87% (Infobola), 84.8% (UFMG) e 84.3% (Chance de Gol)

Santa Cruz – soma 20 pontos em 24 jogos (27,8%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 26 pontos em 14 rodadas
…ou 61,9% de aproveitamento
Simulações: 8v-2e-4d, 7v-5e-2d, 6v-8e-0d

Para chegar a 43 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 23 pontos em 14 rodadas
…ou 54,7% de aproveitamento
Simulações: 7v-2e-5d, 6v-5e-3d, 5v-8e-1d 

Permanência: 9.5% (UFMG), 7% (Infobola), 4.3% e (Chance de Gol)

A 25ª rodada dos representantes pernambucanos 

14/09 (21h00) – Santa Cruz x Atlético-PR (Arruda)
Histórico no Recife pela elite: nenhuma vitória coral, 2 empates e 2 derrotas

15/09 (19h30) – Atlético-MG x Sport (Independência)
Histórico em BH pela elite: 2 vitórias leoninas, 5 empates e 10 derrotas

Bastidores leoninos de Sport 5 x 3 Santa

A vitória do Sport sobre o Santa Cruz, na Ilha do Retiro, encerrou a série de Clássicos das Multidões em 2016, o ano do centenário do confronto.

Em jogos de grande apelo, os clubes tem o hábito de filmar os bastidores, antes e depois, com depoimentos dos jogadores. Porém, os vídeos só costumam ser divulgados em caso de vitória. No caso, vamos à versão rubro-negra, de 10 minutos, focada no atacante Ruiz e produzida por Lucas Fitipaldi. Assista.

Torcida visitante nos clássicos no Recife: 50%, 20%, 10% e possivelmente 0%

Sport 1 x 1 Santa Cruz na final do Pernambucano de 1996. Crédito: youtube/reprodução

“Eu não quero essa história de torcida única nos estádios no Pernambuco, não. Isso acontece no Campeonato Brasileiro”
Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPF, em janeiro de 2009.

“Já estamos cogitando torcida única, embora não acredite que vá funcionar”
Evandro Carvalho, presidente da FPF, em setembro de 2016.

Nos mais de sete anos entre as duas declarações, o futebol local viveu um período de turbulência, com seguidos arrastões e brigas entre facções uniformizadas na cidade, detenções sem efeito, tentativas de homicídio (tiro e agressão) e dois assassinatos. Paulo Ricardo Gomes da Silva, de 26 anos, atingido por um vaso sanitário em 2015, e Márcio Roberto Cavalcante da Silva, de 36 anos, espancado em 2016. Mortos na saída de jogos de futebol no Recife.

A cada manchete violenta, repercutida no país, os organizadores tentaram impor ações, que posteriormente se mostraram paliativas. Foi assim até hoje, com o governo do estado pecando de forma absurda na questão, cristalina em relação à segurança pública. Agora, por mais que a violência tenha sido sensivelmente reduzida dentro dos estádios, o isolamento em clássicos segue como ‘solução’. Para 2017, já no Campeonato Pernambucano, há a possibilidade real de clássicos com torcida única, nos quatro principais palcos da região metropolitana. Como já ocorre nas cidades de São Paulo e Belo Horizonte.

Como exemplo, dois Clássicos das Multidões, ambos na Ilha do Retiro e separados por vinte anos, 1996 e 2016. Mostram uma redução impressionante do espaço à torcida coral. Nacionalmente, hoje, o Regulamento Geral de Competições da CBF determina uma carga de 10% dos ingressos à torcida visitante. No cenário local, em 2009, o então mandatário da federação elevou o dado para 20%, válido apenas entre os confrontos envolvendo o Trio de Ferro, justamente para evitar a perda da identidade. Formada por clássicos divididos meio a meio nas arquibancadas e gerais, num passado cada vez mais remoto.

Com o cenário, a divisão nos clássicos (abaixo) perderia qualquer sentido…

Arruda*
Capacidade: 50.582 lugares
Visitante/Campeonato Brasileiro – 10% (5.058 ingressos)
Visitante/Campeonato Estadual – 20% (10.116 ingressos)

Ilha do Retiro*
Capacidade: 27.435 lugares
Visitante/Campeonato Brasileiro – 10% (2.743 ingressos)
Visitante/Campeonato Estadual – 20% (5.487 ingressos)

Aflitos** 
Capacidade: 15.000 lugares
Visitante/Campeonato Brasileiro – 10% (1.500 ingressos)
Visitante (Campeonato Estadual – 20% (3.000 ingressos)

Arena Pernambuco*
Capacidade: 45.845 lugares
Visitante/Campeonato Brasileiro – 10% (4.584 ingressos)
Visitante/Campeonato Estadual – 20% (9.169 ingressos)

* Os limites autorizados pelo Corpo de Bombeiros, por questão de segurança
** A capacidade atual é de 22.856, mas será reduzida na reforma

Sport 5 x 3 Santa Cruz, na 24ª rodada do Brasileirão de 2016. Crédito: Rede Globo/reprodução

Podcast – Análise da vitória do Sport no clássico e da estreia de Giva no Náutico

O fim de semana no Recife começou com a estreia de Givanildo Oliveira no comando do Náutico, sábado. Um empate sem gols com o Bahia, na Arena, num jogo de intensidade, mas cujo placar complica ainda mais a meta timbu. No domingo, no clássico que definiu o troféu em homenagem ao próprio Giva, com oito gols, o Sport venceu o Santa e abriu “uma rodada” de vantagem sobre o Z4 do Brasileiro. No 45 minutos, uma análise das partidas, com destaques individuais, falhas, mudanças táticas e projeções das próximos rodadas. Por fim, infelizmente o recorrente tema da violência. Ao todo, 2h34m de debate.

Veja o infográfico com as pautas do Clássico das Multidões clicando aqui.

Neste 271º podcast, estou ao lado de Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!