No papel, a superioridade técnica do Sport era enorme. Para confirmar isso em campo, era preciso uma apresentação melhor que a de Juazeiro, até porque existia risco através do novo regulamento da Copa do Brasil, com jogo único na primeira fase. E seria fora de casa, lá no Rei Pelé, reduto do CSA. Entretanto, o time pernambucano acabou tendo a sua melhor atuação neste início de temporada, goleando por 4 x 1 e se garantindo na próxima fase do torneio.
O time já havia sido melhor no primeiro tempo, empatado em 1 x 1. Abriu o placar num golaço de Rithely, mandando no ângulo, de fora da área, e sofreu o empate pouco antes do intervalo, num lance irregular. Alex José pegou um rebote de Magrão (grande defesa) em posição adiantada. Com a bola no chão, as chances seguiriam aparecendo – foram dez chances claras na noite. Na retomada, a variação ofensiva contou com boas investidas de Everton Felipe, Rogério e Leandro Pereira (que finalmente não se machucou). E o time foi abrindo vantagem. Aos 5, Everton Felipe cortou o zagueiro e bateu cruzado. Aos 17, Rogério invadiu em velocidade e bateu de chapa. Aos 33, o jovem Thalysson pegou um rebote de DS87 e fez de cabeça, completando o chocolate.
O resultado marca a volta “à vera” do Leão na Copa do Brasil, após três anos sendo obrigado a sair de forma precoce do torneio, visando a vaga na Sula. Graças ao novo calendário, pôde disputar as duas copas simultaneamente. Com a classificação, o clube já soma 940 mil reais em cotas, quase o mesmo do Estadual. Na próxima fase, o Sport pega o Sete de Setembro do Mato Grosso do Sul. Novamente em jogo único, mas desta vez na Ilha. Em caso de empate, pênaltis. Jogando neste nível, é bem possível avançar à 3ª fase….
Cotas do Sport na Copa do Brasil 1ª fase – R$ 440 mil (vs CSA) 2ª fase – R$ 500 mil (vs Sete de Setembro) 3ª fase – R$ 680 mil?
O Salgueiro já disputou nove jogos no Campeonato Pernambucano de 2017, somando a fase preliminar e o hexagonal do título, e se mantém invicto, com sete vitórias e dois empates. Liderou a primeira fase e agora também assumiu a ponta da etapa principal, ainda que de forma provisória. Na partida que abriu a desmembrada 3ª rodada, o Carcará superou o Náutico em plena Arena Pernambuco, 0 x 2. E olhe que marcou os dois gols no segundo tempo, com Valdeir e Álvaro, atuando com um a menos. O zagueiro Rogério havia recebido (merecidamente) o segundo amarelo pouco antes do intervalo.
Se aproveitando da queda de produção alvirrubra, que já vinha de uma derrota no clássico, o Salgueiro marcou bem e aproveitou as oportunidades criadas nos contragolpes. Difícil não enxergar justiça no placar. Tanto que os poucos torcedores alvirrubros presentes, apenas 1.369, vaiaram bastante o time. Ainda com a bola rolando, o alvo foi Tiago Cardoso, com começo difícil no novo clube. Já havia vacilado nos dois gols sofridos diante do Santa, no Estadual e no Nordestão, e agora foi mal novamente. No segundo gol, fechou o ângulo, mas a bola, sem força, passou entre suas mãos, decretando o revés do mandante.
Quanto ao Carcará, volta ao Sertão somando sete pontos, já tendo enfrentado dois dos grandes clubes. O caminho para a 4ª semifinal estadual consecutiva parece aberto para a maior força do interior nos últimos anos.
Salgueiro no Pernambucano 2017 1ª fase – 6 jogos, 5 vitórias e 1 empate Hexagonal – 3 jogos, 2 vitórias e 1 empate
O Santa Cruz anunciou a venda de Raniel, ao Cruzeiro, em 25 de janeiro. Na ocasião, como de praxe no futebol pernambucano, nada de cifras oficiais, apenas percentuais. Na transferência, o Cruzeiro adquiriu 70% dos direitos econômicos do meia, dos quais 30% pertenciam ao tricolor. O clube faturou R$ 2 milhões, segundo apuração do blog. Esse valor é a soma do dinheiro recebido (dado incerto), dos três empréstimos da agremiação mineira e da quitação da dívida com Pisano e Uillian Correia, que vieram de BH.
Como o Santa detinha 60%, segue com 30%, visando uma futura venda, o que aumentaria ainda mais o lucro obtido da negociação. De toda forma, Raniel já tornou-se a 6ª venda milionária da história coral, ficando em 2º lugar, empatado com o atacante Gilberto. Considerando só percentual negociado (claro), está abaixo apenas de João Paulo, que saiu do Arruda pouco antes por R$ 3 milhões.
No geral, esta foi a 32ª transação do estado e a 80ª venda milionária do Nordeste. A título de curiosidade, o valor de mercado do jogador de 20 anos, considerando 100% dos ativos, seria, hoje, de R$ 6,6 milhões.
Ranking coral de vendas, em R$
Ranking coral de vendas, em US$ (convertendo as maiores vendas em reais)
Ao anunciar a aquisição do atacante André, com a compra de 70% dos direitos econômicos para um contrato de cinco anos, o Sport deixou uma lacuna de informação, uma vez que o Sporting de Lisboa só havia revelado o valor dos 50% cedidos de sua parte, R$ 4 milhões. Apesar da política de sigilo dos leoninos, o mistério sobre os 20% restantes não durou muito. Segundo o Uol, o Galo vendeu a sua parte por R$ 1,2 milhão – lembrando que o Corinthians, também presente, manteve o seu ativo de 30%. No dia, a projeção do blog já apontava que, em caso de proporcionalidade nos percentuais, o Sport teria que pagar R$ 1,6 mi ao Atlético. Portanto, conseguiu reduzir a pedida em R$ 400 mil.
Finalmente, o valor exato da compra, considerando a conversão em euros da parte portuguesa (1,2 mi) e a cifra paga pelo clube mineiro, é o seguinte: R$ 5.235.033. Em reais, é a maior quantia bruta já paga por um clube do Nordeste a um jogador de futebol, superando o sérvio Petkovic, que custou R$ 5 milhões ao Vitória, há vinte anos. Naquela transação, o passe (formato da época) foi custeado pelo parceiro do rubro-negro baiano, o banco Excel-Econômico.
As 10 maiores compras do futebol nordestino no Plano Real* 1º) André (2017, do Sporting para o Sport) – R$ 5,23 milhões por 70% 2º) Petkovic (1997, do Real Madrid para o Vitória) – R$ 5,00 milhões por 100% 3º) Kieza (2016, do São Paulo para o Vitória – R$ 4,00 milhões por 100% 4º) Bebeto (1997, do Sevilla para o Vitória) – R$ 3,50 milhões por 100% 5º) Lenis (2016, do Argentinos Juniors para o Sport) – R$ 3,16 milhões por 50% 6º) Jackson (2016, do Inter para o Bahia – R$ 3,00 milhões por 70% 7º) Rogério (2016, do São Paulo para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 25% 7º) Régis (2014, da Chapecoense para o Sport) – R$ 2,50 milhões por por 50% 7º) Diego Souza (2016, do Flu para o Sport) – R$ 2,50 milhões por 100% 10º) Bebeto Campos (1998, do Flu para o Bahia) – R$ 1,7 milhão por 100%
* Valores divulgados pela imprensa e/ou clubes nas respectivas épocas.
A Copa do Brasil de 2017 será a maior da história, com 91 clubes, incluindo o novo formato, com as duas fases eliminatórias em jogos únicos e vantagem do empate aos visitantes. O futebol pernambucano será representado por quatro clubes, os mesmos da edição anterior da copa: Santa (que irá estrear já nas oitavas, a nova condição ao campeão nordestino), Sport, Náutico e Salgueiro.
As estreias locais na primeira fase: CSA-AL x Sport (08/02, 21h30), Guarani-CE x Náutico (15/02, 20h30) e Sinop-MT x Salgueiro (16/02, 20h30).
Até hoje, os clubes do estado já disputaram 158 confrontos no torneio, iniciado em 1989, com 88 classificações, o que corresponde a 55% de sucesso. Abaixo, o retrospecto completo dos times locais, tendo como ponto alto o título leonino em 2008, justamente na última das sete campanhas entre os oito melhores (quartas). Já são oito edições parando no máximo nas oitavas (5 vezes).
Confira os destalhes sobre os chaveamentos dos times locais aqui.
Confira as cotas da Copa do Brasil de 2017 clicando aqui.
O atual troféu em disputa, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa, foi instituído há cinco anos. Reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.
Sport – 22 participações (168 pontos, 53,8%) 104 jogos (164 GPC e 110 GC, +54) 48 vitórias 24 empates 32 derrotas 34 classificações e 21 eliminações (61,8% de aproveitamento nos confrontos)
Campeão – 2008 Vice – 1989 Semifinal – 1992 e 2003 Quartas de final – 1998 Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010 16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012 e 2015 32 avos de final – 2000, 2011, 2013 e 2014 64 avos de final – 2016 Eliminações na 1ª fase: 2000, 2011 e 2016
Náutico – 21 participações (140 pts, 52,4%) 89 jogos (135 GP e 111 GC, +24) 40 vitórias 20 empates 29 derrotas 26 classificações e 21 eliminações (55,3% de apt. nos confrontos)
Semifinal – 1990 Quartas de final – 2007 Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011 16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010, 2012 e 2015 32 avos de final – 2001 e 2014 64 avos de final – 2013 e 2016 Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001, 2013 e 2016
Santa Cruz – 22 participações (120 pts, 48,1%) 83 jogos (111 GP e 105 GC, +6) 34 vitórias 18 empates 31 derrotas 22 classificações e 22 eliminações (50,0% de apt. nos confrontos)
Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010 16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006, 2011, 2014 e 2016 32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013 Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012
Salgueiro – 3 participações (13 pts, 36,1%) 12 jogos (14 GP e 14 GC) 2 vitórias 7 empates 3 derrotas 4 classificações e 3 eliminações (57,1% de apt. nos confrontos)
Oitavas de final – 2013 32 avos de final – 2015 64 avos de final – 2016 Eliminações na 1ª fase: 2016
Central – 2 participações (6 pts, 33,3%) 6 jogos (4 GP e 9 GC, -5) 1 vitória 3 empates 2 derrotas 2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)
16 avos de final – 2008 e 2009
Porto – 1 participação (0 pt, 0%) 2 jogos (0 GP e 3 GC, -3) 2 derrotas 1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)
32 avos de final – 1999 Eliminações na 1ª fase: 1999
Pernambuco – 71 participações (447 pts, 50,3%) 296 jogos (428 GP e 352 GC, +76) 125 vitórias 72 empates 99 derrotas 88 classificações e 70 eliminações (55,6% de apt. nos confrontos)
Campeão – 2008 Vice – 1989 Semifinal – 1990, 1992 e 2003 Quartas de final – 1998 e 2007 Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013 16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 (2), 2014, 2015 (2) e 2016 32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 (2), 2014 (2) e 2015 64 avos de final – 2013 e 2016 (3) Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 e 2016 (3)