Náutico perde no Rei Pelé e aumenta a cobrança por reforços no ataque

Série B 2015, 17ª rodada: CRB 1x0 Náutico. Foto: Itawi Albuquerque/Futura Press

O Náutico partiu para dois jogos fora de casa, ambos no Nordeste, com o objetivo de mudar o seu desempenho como visitante, o que poderia levá-lo de volta ao G4. Era uma questão fundamental, com todo o grupo consciente. Mas, esbarrando em seus limites, o time perdeu do CRB por 1 x 0 e chegou a cinco derrotas em oito jogos fora da Arena Pernambuco, diminuindo ainda mais o seu aproveitamento neste contexto, agora de apenas 20,8%.

A apresentação no Rei Pelé, sem criatividade, deixou a torcida receosa sobre o andamento da competição, aumentando a cobrança por reforços, algo que Lisca admite publicamente. A lacuna principal está no ataque, sem um definidor, alguém que realmente chame a responsabilidade. Douglas, grata surpresa nesta Série B, funcionaria mais como um coadjuvante nessa composição.

Até a contratação de peças ofensivas, a curto prazo, o Náutico continuará na briga pelo acesso, mas com a confiança menor em relação às primeiras rodadas. Se antes, com 28 pontos, mesmo em 5º lugar, tinha a pontuação do vice-líder, agora está a dois pontos do 4º. Contra os alagoanos, dirigidos por Mazola, o gol de Zé Carlos, aproveitando o rebote dele mesmo, desanimou o time aos 15 do segundo tempo. Cedo demais, em todos os sentidos.

Série B 2015, 17ª rodada: CRB 1x0 Náutico. Foto: CRB/Ascom (www.crb.esp.br)

Grafite comanda a própria festa no Arruda e o Santa Cruz vence o Botafogo

Série B 2015, 17ª rodada: Santa Cruz x Botafogo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

A tarde era de Grafite, numa expectativa bem além da tabela do campeonato, de uma simples rodada. O sábado valia pelo reencontro. Após duas semanas de mobilização do povão, com a maciça venda de ingressos e a captação de novos sócios, o Arruda encheu para ver a reestreia do atacante. Em um jogo, com 44.485 torcedores presentes, no maior público da Série B, a média do clube subiu de 7.711 para 12.307, agora com oito jogos no Mundão.

Foi o ponto alto de um projeto de um marketing ousado e caro, de R$ 2 milhões, mas com a esperança de também dar certo nos gramados. Tecnicamente, o jogador de 36 anos é bem acima da Segundona. Um bom condicionamento físico e a ajuda ao Tricolor tende a ser enorme. Para a primeira partida, contudo, havia a pressa para jogar, com pouco tempo de treino. E o adversário era o líder no início da rodada, o Botafogo, time de maior receita na competição.

Série B 2015, 17ª rodada: Santa Cruz x Botafogo. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas se tem algo que o futebol nos mostra bastante é que jogador com estrela aparece de todo jeito. O primeiro tempo foi bem tímido, é verdade, com as duas equipes equilibradas em campo e apenas uma chance efetiva, num chute de Bileu bem defendido por Jefferson, o goleiro da Seleção. Havia até a dúvida se o camisa 23 voltaria para a etapa complementar, para não forçar a musculatura. Voltou. E com cinco minutos, num bom cruzamento de João Paulo, pelo lado direito, Grafite levantou o estádio.

Com 1,89m, o centroavante quase não precisou nem sair do chão para ganhar a disputa e cabecear para as redes, 1 x 0. Marcou o seu 18º gol em 38 partidas somando as três passagens no Santa Cruz, em 2001, 2002 e 2015. O ídolo coral foi substituído aos 26 minutos, para a entrada de Luisinho. Após 73 minutos de dedicação em campo, Grafite saiu ovacionado, apresentando uma finalização no scout. Mais do que suficiente para comandar a própria festa.

Série B 2015, 17ª rodada: Santa Cruz x Botafogo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

As cotas congeladas da Sul-Americana, evoluindo de 2013 a 2015 através do dólar

Copa Sul-Americana. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Escorada na crise econômica, a Conmebol congelou todas as premiações de seus principais torneios interclubes. A Taça Libertadores e a Sul-Americana tiveram as mesmas cotas em 2014 e 2015. A diferença nesta temporada é a cotação da moeda, uma vez que a conferação paga em dólar. Fica claro que a nova edição da Sula, mesmo sem mudanças na moeda norte-americana, até que apareça um investidor, tem a avaliação mais alta em relação ao real.

Caso um time brasileiro seja campeão, largando a partir da 2ª fase (fase brasileira), irá receber 2,2 milhões de dólares. Em 2014 isso representou R$ 4,9 mi. Em 2015, com a delicada situação econômica, a conversão dá R$ 7,8 milhões, num aumento (em reais) de 58%. A polêmica quanto ao aumento absoluto do prêmio se deve à ausência de um patrocinador. Criado em 2002, o torneio só não teve um acordo de naming rights na pioneira edição. Após dois anos, a companhia francesa de petróleo Total ainda não firmou a renovação.

2002 – Copa Sul-Americana
2003/2010 – Copa Nissan Sul-Americana
2011/2012 – Copa Bridgestone Sul-Americana
2013/2014 – Copa Total Sul-Americana

O regulamento oficial de 2015 não trata de valores. No capítulo XII, sobre direitos comerciais, há o seguinte trecho: “Da exploração dos direitos de patrocínio do torneio, cada clube receberá uma quantia determinada pela Conmebol, segundo os jogos em que atue como mandante e dependendo da fase que alcance. O pagamento dos prêmios será efeturado sempre que o clube cumprir com as obrigações contidas no Manuel Técnico: Direitos de Patrocínios”.

Vale lembrar que o Sport, presente na Sula pela terceira vez consecutiva, saiu da Copa do Brasil com R$ 1,33 milhão em cotas pela campanha até a terceira fase, o máximo possível para ir ao vigente torneio internacional.

As cotas da Copa Sul-Americana desde a primeira participação pernambucana:

2015 (US$ 1 = R$ 3,53)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 530 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 795 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 1,06 milhão)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 1,272 milhão)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,943 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 4,241 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2015: US$ 2,235 milhões (R$ 7.898.000)

2014 (US$ 1 = R$ 2,23)
Fase brasileira: US$ 150 mil (R$ 334,5 mil)
Oitavas: US$ 225 mil (R$ 501,7 mil)
Quartas: US$ 300 mil (R$ 669 mil)
Semifinal: US$ 360 mil (R$ 802,8 mil)
Vice: US$ 550 mil (R$ 1,226 milhão)
Campeão: US$ 1,2 milhão (R$ 2,676 milhões)

Total para o campeão da Sula de 2014: US$ 2,235 milhões (R$ 4.984.050)
Cota final do Sport: R$ 334,5 mil

2013 (US$ 1 = R$ 2,44)
Fase brasileira: US$ 100 mil (R$ 244 mil)
Oitavas: US$ 140 mil (R$ 342 mil)
Quartas: US$ 180 mil (R$ 439 mil)
Semifinal: US$ 220 mil (R$ 537 mil)
Vice: US$ 300 mil (R$ 732 mil)
Campeão: US$ 600 mil (R$ 1,464 milhão)

Total para o campeão da Sula de 2013: US$ 1,24 milhão (R$ 3.025.600)
Cota final do Sport: R$ 586 mil
Cota final do Náutico: R$ 244 mil

As premiações máximas a partir da definição das vagas brasileiras na Sula:

2015
Copa do Brasil – R$ 6.510.000*
Sul-Americana – R$ 7.898.000 (US$ 2,235 milhões)**
Em 06/08, o dólar foi avaliado em R$ 3,53

2014
Copa do Brasil – R$ 5.120.000*
Sul-Americana – R$ 4.984.050 (US$ 2,235 milhões)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,23.

2013
Copa do Brasil – R$ 5.000.000*
Sul-Americana – R$ 3.025.600 (US$ 1,24 milhão)**
Na época, o dólar estava avaliado em R$ 2,44.

* Contando as cotas somente a partir das oitavas de final da Copa do Brasil.
** A soma das premiações a partir da fase brasileira da Sula.

Sport x Ceará, o confronto sul-americano via STJD por causa de um adendo

Sport x Ceará na Copa Sul-Americana 2015...? Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A diretoria de competições da CBF fez um Ctrl + C/Ctrl + V no texto básico do regulamento da Copa do Nordeste de 2015. À parte da fórmula, com a ampliação de 16 para 20 times, o restante do documento se manteve. E aí, a confederação cometeu um erro. Esqueceu do adendo ao regulamento de 2014, na qual obrigava o campeão regional a ser eliminado até a terceira fase da Copa do Brasil para a disputar a Copa Sul-Americana no mesmo ano. Passou batido.

O Ceará conquistou o Nordestão de forma invicta e posteriormente avançou à quarta fase da Copa do Brasil. Conflito de datas? Não para o Vozão, que lutou na justiça para disputar os dois torneios. Através do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Ceará conseguiu o mandado de garantia de nº 157/2015.

Por mais que fosse de conhecimento público a “necessidade” de eliminação do torneio nacional para confirmar a vaga internacional, o Alvinegro fez valer o que estava no papel, de forma correta. Assim, o clube segue na Copa do Brasil, onde enfrentará o São Paulo nas oitavas, e disputará a Sula pela segunda vez em sua história. Mudança com reflexo direto em Pernambuco, pois o adversário no torneio da Conmebol será justamente o Sport. Vice-campeão nordestino e indicado pela CBF para a Sula, o Bahia está fora. Até segunda ordem.

Copa do Brasil
20/08 (21h30) – São Paulo x Ceará
26/08 (19h30) – Ceará x São Paulo

Sul-Americana
19/08 (22h) – Bahia x Sport
26/08 (22h) – Sport x Bahia

É evidente o choque de datas nos confrontos.

Até porque a lei trabalhista exige intervalos de 66 horas entre os jogos.

Caso seja mantida a mudança no Pleno do STJD, a CBF que se vire para reorganizar o calendário. E, claro, que não esqueça mais dos “adendos”…

Atualização (11/08): O Ceará retirou ação na justiça desportiva, recolocando o Bahia na disputa internacional.

Em 1.501 dias, o River Plate foi do rebaixamento ao título da Libertadores

Libertadores 2015, final: River Plate 3x0 Tigres. Foto: http://lapaginamillonaria.com

Em 26 de junho de 2011 o River Plate viveu o pior dia de sua centenária história.

O empate em 1 x 1 com o Belgrano, no Monumental de Nuñez, rebaixou o Millonario no campeonato argentino. Incredulidade nos 60 mil hinchas, testemunhas do desastre. Quatro anos depois, com alegria, o gigante de concreto recebeu 62 mil pessoas. Certamente, muitos estiveram nos dois jogos.

Numa campanha improvável, na qual chegou a ter apenas três pontos a uma rodada do fim da fase de grupos, o River conquistou a Taça Libertadores pela terceira vez. O feito alcançado com o 3 x 0 sobre o Tigres, num campo pesado, foi além do renascimento futebolístico de um gigante das Américas.

O River Plate unificou os títulos da Conmebol. Neste 5 de agosto, tornou-se detentor da Libertadores (2015), Recopa (2015) e Sul-Americana (2014).

Aquele mesmo clube rebaixado à segunda divisão 1.501 dias atrás…

E que mais alguns dias à frente irá ao Japão, rumo ao Mundial.

Curiosidade: O São Paulo é o recordista de títulos internacionais num ano. Em 1993, ganhou Libertadores, Recopa e as extintas Supercopa e Intercontinental.

Libertadores 2015, final: River Plate 3x0 Tigres. Foto: http://lapaginamillonaria.com

Podcast 45 (158º) – Entrevista com Lisca

Lisca na gravação da 158ª edição do 45 minutos. Foto: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

Pela segunda vez no 45 minutos, o técnico Lisca participou de uma entrevista especial. A primeira exclusiva havia sido em abril de 2014, na 11ª edição do podcast, ainda no comecinho do projeto jornalístico. Agora, em agosto de 2015, em sua segunda passagem pelo Náutico, um bate-papo recheado com bastidores, declarações sobre confusões no elenco e críticas à imprensa, sistema tático, balanço do Brasileirão e muito bom humor!

Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Neste 158º podcast, de 1h37m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Olimpíada de 2016 a um ano da abertura

Falta exatamente um ano para o início dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, cujo orçamento em infraestrutura (esportes, mobilidade, meio ambiente, renovação urbana etc) chega a R$ 38 bilhões. Em relação ao campo esportivo, a estrutura principal do evento, o Parque Olímpico, apresenta uma execução de 82% nos trabalhos planejados, de acordo com o comitê organizador.

Confira um passeio nas arenas em construção, tanto no Parque Olímpico da Barra quanto no Complexo Esportivo de Deodoro. Vale lembrar que a abertura (e a final dos torneios de futebol) será no Maracanã, enquanto as provas de atletismo ocorrerão no Engenhão, cuja pista está sendo trocada.

Ao todo são 7,5 milhões de ingressos para as disputas olímpicas nas 37 arenas.

Parque Olímpico da Barra

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, as Arenas Cariocas 1, 2 e 3. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Arena Carioca 1 – 85%
Capacidade: 16 mil
Modalidade: basquete

Arena Carioca 2 – 91%
Capacidade: 10 mil
Modalidades: judô, luta greco-romana e luta livre

Arena Carioca 3 – 93%
Capacidade: 10 mil
Modalidades: esgrima e taekwondo

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, a Arena do Futuro. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Arena do Futuro – 74%
Capacidade: 12 mil
Modalidade: handebol

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Estádio Aquático. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Estádio Aquático – 81%
Capacidade: 18 mil
Modalidades: natação e polo aquático

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Tênis. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Tênis – 68%
Quadra principal: 10 mil
Quadra 2: 5 mil
Quadra 3: 3 mil
7 quadras de jogo: 250 lugares cada

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Velódromo. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Velódromo – 61%
Capacidade: 5 mil
Modalidade: ciclismo (pista)

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Parque Maria Lenk. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Parque Aquático Maria Lenk – % não divulgado
Capacidade: 5 mil
Modalidades: saltos ornamentais e nado sincronizado

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, Centro Internacional de Transmissão (IBC), Hotel de Mídia e Centro Principal de Imprensa (MPC). Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro Internacional de Transmissão (IBC, 81%) e Hotel de Mídia e Centro Principal de Imprensa (MPC, 77%)

Complexo Esportivo de Deodoro

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o complexo de canoagem. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Canoagem – 79%
Capacidade: 8.424
Modalidade: canoagem slalom

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro BMX. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro BMX – 79%
Capacidade: 7,5 mil
Modalidade: ciclismo BMX

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, a Arena da Juventude. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Arena da Juventude – 62%
Capacidade: 5 mil
Modalidades: esgrima do pentatlo moderno e basquete feminino

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Hipismo. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Hipismo – % não divulgado
Capacidade: 14,2 mil
Modalidades: hipismo olímpico (saltos, adestramento e concurso completo de equitação)

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Hóquei Sobre Grama. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Hóquei Sobre Grama – % não divulgado
Quadra principal: 8 mil
Quadra secundária: 5 mil
Modalidades: hóquei sobre grama

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Estadádio de Deodoro. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Estádio de Deodoro – % não divulgado
Capacidade: 15 mil
Modalidades: rúgbi, hipismo do pentatlo moderno e combinado (corrida e tiro) do pentatlo moderno

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Tiro. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Tiro – % não divulgado
Capacidade: 7.577
Modalidades: tiro esportivo olímpico

A evolução da venda online na Arena Pernambuco, até o futuro com 100%

Bandeiras na entrada da Arena Pernambuco nos jogos de Náutico e Sport. Fotos: Milton Neto/twitter (@miltoncneto) e Sport/Facebook

O público pagante da peleja entre Palmeiras e Atlético-PR, na moderna casa alviverde, foi de 38.794 espectadores. A particularidade do jogo válido pela Série A, em 2 de agosto de 2015, foi o fato de todos os bilhetes terem sido vendidos através da internet, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014, com mais de três milhões de ingressos. Isso mesmo, 100%. Trata-se do ponto alto de uma silenciosa mudança cultural no futebol brasileiro.

A venda online vem evoluindo nas arenas do país, num contexto já evidente na Arena Pernambuco, cujo novo sistema de comercialização entrou no ar a partir da 10ª rodada da Série B, com o jogo Náutico x Oeste. Na oitava partida com o formato, o percentual de bilhetes vendidos na internet chegou a 25%, o maior índice entre clubes após dois anos de operação da parceria público-privada.

Em números absolutos, a partida local com mais ingressos vendidos pela internet foi Sport x São Paulo, justamente o recorde em São Lourenço, com 41.994 pessoas. Quase 7,9 mil torcedores adquiriram o bilhete pelo site da arena. A meta até dezembro é chegar a 50%, com mais dez jogos do Náutico, quatro do Santa e três do Sport. Para isso, é preciso ativar a venda para sócios, opção ainda em articulação entre clubes e consórcio.

Venda 100% online por essas bandas? Já não parece um devaneio…

Para a compra de ingressos para a Arena Pernambuco, clique aqui.

Jogos com venda online na arena e o percentual sobre o público pagante
04/07 – Náutico 2 x 1 Oeste (Série B) – 12% de 7.594
11/07 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Série B) – 10% de 10.427
12/07 – Sport 2 x 2 Palmeiras (Série A) – 12% de 32.291
15/07 – Flamengo 0 x 2 Náutico (Copa do Brasil) – 22% de 14.919
19/07 – Sport 2 x 0 São Paulo (Série A) – 22% de 35.835
25/07 – Náutico 2 x 1 Vitória (Série B) – 12% de 6.441
01/08 – Náutico 1 x 1 Macaé (Série B) – 11% de 5.313
02/08 – Sport 0 x 0 Cruzeiro (Série A) – 25% de 24.456

De Mancuso a Grafite, a motivação dos novos sócios do Santa Cruz

A contratação do argentino Mancuso pelo Santa Cruz, em 1999, sacudiu o futebol pernambucano. O meia, que esteve na Copa do Mundo de 1994, turbinou o programa de sócios coral, que chegou a 27 mil associados em dia (pagando mensalidade de R$ 5). Processo semelhante pode ocorrer com Grafite, também com um Mundial na carreira, presente em 2010. O badalado reforço impulsionou o quadro de sócios de 4.332 para 8.162 em apenas dois meses.

Voltando ao passado, Mancuso (cujo primeiro clássico no Arruda teve 78.391 espectadores) gravou um vídeo convocando o povão para a estreia do novo atacante, em 8 de agosto. Mais de 40 mil?

Cadastro online, promotoras de captação e ampliação do quadro de sócios titulares de Náutico, Santa Cruz e Sport

Os grandes clubes do Recife reforçaram os seus planos de sócios em 2015, indo além da divulgação/marketing. Apresentaram benefícios práticos, como a ampliação da captação, tanto online (com facilidade de cadastro e pagamento) quanto na entrada dos estádios. Na Arena Pernambuco, Arruda ou Ilha do Retiro, promotas vem captando novos adeptos a cada jogo. O quadro absoluto soma 32.731 sócios titulares adimplentes. Somando as metas estipuladas pelas diretorias de Náutico, Santa e Sport, o número no fim do ano deveria atingir 70 mil associados. Ou seja, a marca atual é de 46,7%.

O aumento na temporada vem sendo substancial no Leão, com mais de 20 mil cadatrados em dia. A última vez que um clube da capital havia alcançado esse patamar foi em 1999, com o Tricolor chegando a 27 mil. Por falar nos corais, a contratação de Grafite impulsionou um rápido aumento, de 4 mil para 8 mil em dois meses. Em relação aos planos à disposição, o trio tem onze categorias distintas, com mensalidades de R$ 15 a R$ 320, de acordo com as vantagens (detalhes no hiperlink dos programas).

Obs. No Futebol Melhor, a campanha de descontos contabiliza os dependentes que tenham CPF. Daí, os times com mais sócios (Sport 27.172 e Náutico 4.130).

Dados atualizados até 4 de agosto de 2015

Alvirrubro de Carteirinha
Sócios titulares do Náutico: 3.709
Meta em dezembro/2015: 15 mil
Percentual da meta: 24,7%

Promotoras para a captação de novos sócios do Náutico. Foto: Náutico/facebook

Santa Cruz de Corpo e Alma
Sócios titulares do Santa Cruz: 8.162
Meta em dezembro/2015:  20 mil
Percentual da meta: 40,8%

Promotoras para a captação de novos sócios do Santa Cruz. Foto: Santinha_news/twitter

Sport de Verdade
Sócios titulares do Sport: 20.500
Meta em dezembro/2015:  35 mil
Percentual da meta: 58,5%

Promotoras para a captação de novos sócios do Sport. Foto: Sport/facebook