A CBF realizou o 1º Encontro de Técnicos da Série A, no Rio de Janeiro.
Dos 20 clubes inscritos na competição deste ano, 17 foram representados no evento, incluindo Eduardo Batista, do Sport, e nomes tarimbados como Luis Felipe Scolari (Grêmio), Vanderlei Luxemburgo (Flamengo), Oswaldo de Oliveira (Palmeiras), Marcelo Oliveira (Cruzeiro) e Levir Culpi (Atlético-MG).
O objetivo do encontro era “conversar e debater ideias sobre futebol”, com direito a mesas redondas apenas para os técnicos da elite. Até aí, ok. No entanto, com a rápida rotatividade no comando técnico no país, vale registrar a imagem da reunião e compará-la ao desfecho do Brasileirão, na 38ª rodada.
Neste contexto, entra a implantação das ideias discutidas na confederação brasileira, com resultados práticos na organização tática/estrutural das equipes. Sobre Felipão, que foi convidado pelo presidente Marco Polo Del Nero para sentar na mesa principal, ficou a seguinte frase no seu discurso:
“A derrota para a Alemanha não mudou o futebol brasileiro. Continuamos tendo grandes técnicos, excelentes jogadores. Mas claro, temos que evoluir sempre, e é isso que este encontro nos proporcionará”.
Se o 7 x 1 não mudou, será que o encontro de técnicos mudará?
Teremos uma final inédita no Campeonato Pernambucano de 2015. Santa Cruz e Salgueiro, 3º e 4º lugares no hexagonal, conquistaram as suas vagas na decisão jogando fora de casa. No 45 minutos, uma análise sobre a disputa pela taça da 101ª edição do Estadual. Qual é o tamanho do favoritismo do Tricolor por causa de sua tradição? O quanto pesará a favor do Carcará o seu mando de campo? Além disso, um debate sobre o fiasco do Sport, eliminado em mais uma semifinal nesta temporada. Hora de mudanças no elenco?
Neste podcast, com 1h23min, estou ao lado de Celso Ishigami, João de Andrade, Fred Figueiroa e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Marcelo de Lima Henrique e Emerson Sobral foram os árbitros sorteados para a final do Campeonato Pernambucano de 2015, entre Santa Cruz e Salgueiro. O primeiro nome, ex-integrante do quadro da Fifa, apitará o jogo no Cornélio de Barros, enquanto o segundo será o juiz na finalissíma, no Arruda.
Em relação aos dois nomes, algumas curioridades. Marcelo já foi o juiz do jogo de ida de uma decisão pernambucana. Em 2010, trabalhou no clássico Náutico 3 x 2 Sport, nos Aflitos. Veio como “árbitro de fora’, pois fazia parte do quadro do Rio de Janeiro – ao contrário deste ano, no qual foi contratado pela FPF.
Já Sobral se tornará o recordista de de partidas nos mata-matas desde a implantação do sistema, em 2010. Somando semifinal e final, ele chega a cinco jogos, deixando Rufininho e Nielson, com quatro, em segundo lugar.
Ainda sobre Emerson, vale lembrar que ele já foi duas vezes para geladeira neste período do Estadual, em 2012 e 2013, após análise da Comissão de Arbitragem (Ceaf). Dois anos depois, como prêmio pela “reabilitação”, a decisão.
Com a escala definida para a final, a edição de 2015 se junta a 2012 e 2013, todas com as seis principais partidas apitadas por árbitros locais. A única final na qual os dois jogos tiveram nomes da Fifa aconteceu em 2014.
2010 Semifinal
Central 0 x 3 Sport – Alício Pena Júnior (MG)
Sport 1 x 0 Central – Leandro Vuaden (Fifa-RS)
Santa Cruz 0 x 0 Náutico – Wilton Sampaio (DF)
Náutico 1 x 0 Santa Cruz – Wilson Luís Seneme (Fifa-SP)
Final
Náutico 3 x 2 Sport – Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ)
Sport 1 x 0 Náutico – Alicio Pena Júnior (MG)
2011 Semifinal
Sport 3 x 1 Náutico – Cláudio Mercante (PE)
Náutico 3 x 2 Sport – Sálvio Spínola (Fifa-SP)
Porto 1 x 2 Santa Cruz – Emerson Sobral (PE)
Santa Cruz 3 x 1 Porto – Emerson Sobral (PE)
Final
Sport 0 x 2 Santa Cruz – Cláudio Mercante (PE)
Santa Cruz 0 x 1 Sport – Sálvio Spinola (Fifa-SP)
2012 Semifinal
Náutico 1 x 2 Sport – Ricardo Tavares (PE)
Salgueiro 2 x 1 Santa Cruz – Nielson Nogueira (PE)
Sport 0 x 0 Náutico – Sandro Meira Ricci (Fifa-PE)
Santa Cruz 3 x 1 Salgueiro – Sebastião Rufino Filho (PE)
Final
Santa Cruz 0 x 0 Sport – Neilson Santos (PE)
Sport 2 x 3 Santa Cruz – Sandro Meira Ricci (Fifa-PE)
2013
Semifinal
Santa Cruz 1 x 0 Náutico – Gleyson Leite (PE)
Náutico 2 x 1 Santa Cruz – Gilberto Castro Júnior (PE)
Ypiranga 1 x 5 Sport – Nielson Nogueira (PE)
Sport 4 x 2 Ypiranga – Tiago Nascimento (PE)
Final
Santa Cruz 1 x 0 Sport – Nielson Nogueira (PE)
Sport 0 x 2 Santa Cruz – Gilberto Castro Júnior (PE)
2014
Semifinal
Santa Cruz 3 x 0 Sport – Gilberto Castro Júnior (PE)
Sport (5) 1 x 0 (3) Santa Cruz – Sebastião Rufino Filho (PE)
Salgueiro 2 x 0 Náutico – Sebastião Rufino Filho (PE)
Náutico (5) 1 x 0 (3) Salgueiro – Emerson Sobral (PE)
Final
Sport 2 x 0 Náutico – Wilton Sampaio (Fifa-GO)
Náutico 0 x 1 Sport – Leandro Vuaden (Fifa-RS)
2015
Semifinal
Santa Cruz 4 x 0 Central – Sebastião Rufino Filho (PE)
Salgueiro 2 x 0 Sport – Emerson Sobral (PE)
Sport 1 x 1 Salgueiro – Marcelo de Lima Henrique (PE)
Central 0 x 2 Santa Cruz – Nielson Nogueira (PE)
Final
Salgueiro x Santa Cruz – Marcelo de Lima de Henrique (PE)
Santa Cruz x Salgueiro – Emerson Sobral (PE)
Ranking de jogos no mata-mata
5 partidas
Emerson Sobral (PE)
4 partidas
Sebastião Rufino Filho (PE) e Nielson Nogueira (PE)
3 partidas
Gilberto Castro Júnior (PE) e Marcelo de Lima Henrique (Fifa-RJ / PE)
Tricolores e salgueirenses comemoram a classificação à final do Campeonato Pernambucano de 2015. Nos perfis oficiais dos dois clubes no facebook, imagens sobre a presença na final foram compartilhadas centenas de vezes pelos torcedores. Cada time a sua maneira, obviamente.
A final inédita, a 12ª decisão diferente em 101 edições de Campeonato Pernambucano, será disputada no Cornélio (quarta) e no Arruda (domingo). Em campo, igualdade de condições nos 180 minutos em busca da taça.
A classificação do Santa Cruz à final do campeonato estadual de 2015 garantiu desde já o calendário coral no primeiro semestre de 2016. Independentemente do resultado da final pernambucana, contra o Carcará, a campanha tricolor angariou as vagas ao Nordestão e à Copa do Brasil.
“2016 começa agora, torcida tricolor. A vitória sobre o Central recoloca o Santa Cruz no seu devido lugar, entre os grandes do futebol regional. Que venham a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil 2016. Nós estamos dentro!”
A celebração é justa, pois a dupla ausência neste ano causou um prejuízo enorme, técnico e moral. Considerando somente as cotas da primeira fase, o clube deixou de ganhar R$ 565 mil. Em relação ao calendário, o clube chegou a ficar sem jogar durante 15 dias, duas vezes! Fora o fato de que o regional tornou-se para os torcedores uma competição mais atrativa que o Estadual.
Anualmente, a FPF tem direito a três vagas nas duas copas. Além do Santa, o Salgueiro também se classificou, e pela terceira vez, diga-se.
A terceira vaga será disputada por Sport e Central, na disputa pelo 3º lugar…
Uma final inédita no Campeonato Pernambucano. A disputa entre Santa Cruz e Salguero, em 2015, será a 12ª final diferente em 101 edições da principal competição do futebol local, realizada de foma ininterrupta desde 1915.
Quem será o campeão pernambucano de 2015?
Santa Cruz (61%, 1.433 Votes)
Salgueiro (39%, 902 Votes)
Total Voters: 2.332
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Os dois clubes conquistaram as suas vagas fora de casa, após terminarem o hexagonal em 3º e 4º lugares, respectivamente. Mostraram poder de decisão no mata-mata, alcançando a briga pela taça de forma legítima, merecida.
Um novo duelo não acontecia desde Sport x Porto, em 1998. Levando o Sertão à decisão pela primeira vez, o Carcará enfrentará um Tricolor de espírito renovado, em busca do 4º título estadual nos últimos 5 anos e se estruturando para voltar à elite nacional, o seu principal objetivo (E quem poderia imaginar esse cenário de conquistas em tão pouco tempo?). Tricampeão em cima do Sport, os corais têm a enorme tradição como pilar do favoritismo nesta final.
Agenda da final Capital x Interior
29/04 (22h) – Salgueiro x Santa Cruz (Cornélio de Barros)
03/05 (16h) – Santa Cruz x Salgueiro (Arruda)
Em relação ao contexto histórico, vale uma explicação. É inegável que o feito do Salgueiro, agora, é maior que o do Gavião. Há 17 anos, Porto veio ao Recife encarar uma Ilha do Retiro com 56.875 pessoas mesmo sem ganhar uma fase sequer. O Sport havia vencido os três turnos. Como o regulamento previa uma final independentemente disso, o Porto entrou como segundo maor pontuador. Para ficar com a taça, teria que ganhar quatro vezes seguidas do Leão.
Agora não. Santa Cruz x Salgueiro é uma disputa direta, em ida e volta…
Ordem cronológica das finais do Estadual*
1º) Flamengo x Torre (1915)
2º) Sport x Santa Cruz (1916)
3º) Santa Cruz x América (1921)
4º) Santa Cruz x Íris (1932)
5º) Santa Cruz x Varzeano (1933)
6º) Náutico x Santa Cruz (1934)
7º) Santa Cruz x Tramways (1935)
8º) Náutico x América (1944)
9º) Sport x América (1948)
10º) Sport x Náutico (1951)
11º) Sport x Porto (1998)
12º) Santa x Salgueiro (2015)
* Considerando final em ida e volta, melhor de três, extra e supercampeonato.
Há dez anos o Salgueiro vem fazendo história no futebol pernambucano. Fundado em 1972, a 518 quilômetros do Recife, o Carcará profissionalizou o seu departamento de futebol somente em 2005, através de Clebel Cordeiro. Começou do zero, na segunda divisão estadual. Mas nunca parou de crescer, alcançando os resultados mais significativos do interior.
Em 2007, conquistou a segunda divisão pernambucana, em Garanhuns.
Em 2011, disputou a Série B, após um acesso memorável em Belém.
Em 2012, ficou em 3º no Estadual, indo ao Nordestão e à Copa do Brasil.
Em 2013, chegou nas oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Inter.
Em 2015, um feito duplo. Avançou às quartas de final do Nordestão e agora o ponto mais alto, com a presença inédita na final do Estadual.
O gol de Valdeir aos 43 do segundo tempo, em uma Arena Pernambuco lotada, levou o clube sertanejo à decisão contra o Santa Cruz, empurrando o Sport para uma até então improvável disputa de terceiro lugar.
Desde 1998 o interior não se fazia presente na final. Porém, em relação àquele Porto, a disputa desta temporada é bem mais decisiva.
O Gavião do Agreste disputou uma final tendo que vencer o Sport quatro vezes seguidas para ficar com a taça, tamanha era a vantagem leonina na ocasião. Agora, não. Será um legítimo mata-mata, começando no caldeirão do Cornélio de Barros e terminando no Arruda, em 3 de maio.
Serão dois jogos inesquecíveis para um time com uma base formada, já conhecida do torcedor pernambucano, como o goleiro Luciano, com dez temporadas de casa (mesma marca de Magrão, apesar do reconhecimento menor), Marcos Tamandaré, Rodolfo Potiguar, Moreilândia, Pio…
Todos eles sob o comando do técnico Sérgio China, que soube segurar os ânimos de uma equipe ansiosa neste domingo. E o jogo foi tenso, com o Leão abrindo o placar ainda na primeira etapa, numa bela cobrança de falta de Diego Souza. Se já estava na defesa, lotado de volantes, a partir dali o Salgueiro ficou todo atrás da linha do meio-campo. Se defendeu bem, até pela ineficácia do ataque adversário, ainda mais após as mexidas equivocadas do técnico Eduardo Batista. No fim, deu o bote, Carcará que é, 1 x 1.
Em 180 minutos, o Salgueiro pulverizou os 14 pontos a mais que o Sport havia feito no hexagonal. Mostrou copeirismo. E essa história ainda não acabou…
O Santa Cruz venceu o Central pela quarta vez na competição e confirmou o que já era certo, a sua vaga na final do Campeonato Pernambucano. É a sua quarta decisão nas última cinco edições. Sempre descontruindo as previsões.
Francamente, o Tricolor só fez cumprir tabela em Caruaru. A goleada por 4 x 0 no Arruda, há uma semana, já havia indicado o classificado desta chave. Mesmo assim, o time de Ricardinho jogou à vera, como tinha que ser. E não deu qualquer chance para uma zebra, fazendo 2 x 0.
Com isso o Santa está de volta, também, ao Nordestão e à Copa do Brasil, duas enormes lacunas em seu calendário nesta temporada, após a 4ª colocação estadual em 2014. A ausência dupla resultou num prejuízo de R$ 565 mil, considerando apenas as cotas da primeira fase nos dois torneios. Serviu de lição ao clube, e a seriedade no Lacerdão foi prova disso.
Com uma vantagem irreversível, o time coral logo transformou a peleja – num campo impraticável e inacreditável – em um jogo-treino, ao balançar as redes com Emerson Santos, com apenas cinco minutos. Sem forçar – e nem precisava mesmo se expor. O único fio de esperança centralino se dissipara ali.
No último lance da tarde, o atacante Anderson Aquino fechou o placar, colocando a camisa de três cores na rota de mais um troféu. Aquele mesmo time que teve o seu pior início no Estadual em décadas, após duas derrotas, mas que soube se preparar para a verdadeira disputa, no mata-mata.
Para se tornar campeão estadual pela 28ª vez em sua história, o Santa terá uma inédita final contra o Salgueiro, que o derrotou duas vezes no hexagonal. De lá para cá, as coisas mudaram bastante no Mundão. Deixaram chegar…
O ministro Marco Aurélio Mello será o relator do recurso extraordinário sobre o título brasileiro de 1987, que chegou ao Supremo Tribunal Federal.
Caberá a ele decidir se o processo será ou não julgado no STF. Maco Aurélio é um decano em Brasília. A sua nomeação para a mais alta instância da justiça brasileira aconteceu em 1990, através do então presidente Fernando Collor.
A papelada já foi enviada para o seu gabinete, com recebimento confirmado pelo site oficial do tribunal. Ainda não há data para a divulgação de sua análise.
Aos olhos da lei, não faz diferença. Segundo o artigo 101 da Constituição Federal, um ministro precisa ter “notável saber jurídico e reputação ilibada”.
A escolha do relator aconteceu em um sorteio entre os ministros da casa.
No recurso extraordinário de número 881864, o Flamengo terá como advogado Rodrigo Fux, enquanto o Sport inscreveu João Humberto Martorelli e Arnaldo Barros, presidente e vice do clube, respectivamente.
A decisão pode encerrar polêmica sobre o título, Sport ou Sport/Fla. Ou não…
A Federação Pernambucana de Futebol apresentou o troféu de campeão pernambucano deste ano, chamado de “Campeão do Centenário”. É uma autorreferência, com a homenagem ao centenário da FPF em 2015, agendado para 16 de junho. A explicação é necessária pois o nome oficial da taça entregue na última edição foi semelhante, também em alusão ao número “100”, por causa da centésima edição do Estadual em 2014. O novo campeão do nosso futebol será conhecido no dia 3 de maio.
Gostou do novo modelo? Abaixo, os últimos dez troféus do Estadual.
Vale lembrar que a FPF criou um modelo fixo em 2013 para todos os anos, como ocorre na Taça Libertadores da América e Champions League. O modelo – com metal dourado e base azul – foi entregue ao Tricolor. Contudo, na temporada seguinte, foi confeccionada uma taça especial para o centenário do campeonato estadual e o modelo fixo acabou sendo esquecido.
Recentemente ainda houve um outro fato pitoresco. Em 2012 foram dois troféus! Na prática, apenas um podia ser chamado assim. O modelo original parecia uma placa comemorativa, produzido pela Rede Globo Nordeste (homenageada pelos seus 40 anos), mas não agradou a cúpula da entidade. No dia da final, na Ilha do Retiro, surgiu um segundo troféu, que também trazia o logotipo da emissora estilizado – o Santa Cruz ficou com as duas versões.
2006 – Troféu Diario de Pernambuco (Sport)
2007 – Troféu 100 Anos do Frevo (Sport)
2008 – Troféu Radialista Luiz Cavalcante (Sport)
2009 – Troféu Governador Eduardo Campos (Sport)
2010 – Troféu Tribunal de Justiça de Pernambuco (Sport)
2011 – Troféu 185 anos da Polícia Militar de Pernambuco (Santa Cruz)
2012 – Troféu Rede Globo Nordeste (Santa Cruz)
2013 – Troféu FPF (Santa Cruz)
2014 – Troféu 100 anos do Campeonato Pernambucano (Sport)
2015 – Troféu Centenário da FPF (Central, Salgueiro, Santa Cruz ou Sport?)