A Sky tem 5,2 milhões de assinantes distribuídos entre seus os pacotes de televisão a cabo, com um público total de 17 milhões de telespectadores. É a maior operadora do país, com 16% do público no Nordeste.
A partir desses dados, a própria empresa elaborou um ranking de clubes em seu site oficial, com cadastro online. Nele, o Flamengo, como ocorre nas pesquisas tradicionais, está na frente, com 995 mil clientes.
Vale destacar que o consumo dos pay-per-view deve tomar conta futuramente das negociações dos direitos de transmissão (Séries A e B). Quanto mais torcida entre os assinantes, melhor – e não só o iboppe em sinal aberto.
Levando em conta o quadro da operadora de setembro de 2014, os três grandes clubes pernambucanos aparecem entre os vinte primeiros colocados do país: Sport 15º, Náutico 18º e Santa Cruz 19º. O blog já havia feito o mesmo levantamento em janeiro, o que mostra agora que a presença do Tricolor na Segundona (ou seja, com 38 jogos transmitidos) não mudou muito o percentual.
Agregados, os três representam 2,53% das assinaturas em todo o Brasil, o que gera um total de 131.560 titulares.
Eis a divisão considerando só os dados do trio.
Sport – 71.760 (54,54%)
Náutico – 30.160 (22,92%)
Santa Cruz – 29.640 (22,53%)
A Sky também enumera os seus assinantes por estado. Em Pernambuco, além dos locais (com 75,20% do bolo) e das principais forças do Sudeste, clubes tradicionais do Nordeste também têm espaço, como Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza. Como surpresa, a presença do Remo, em 20º.
O novo troféu da Copa do Nordeste foi produzido em São Paulo.
Após o fim do regional de 2014 e a inclusão do Piauí e do Maranhão, a peça precisou passar por uma renovação. A questão era o número de anéis, que passou de sete para nove, representando todos os estados nordestinos.
Do papel ao metal, passando pela projeção em 3D nos computadores, o modelo foi criado pela empresa de cenografia e produção Jardim Elétrico. Com 49 centímetros de altura, a peça dourada pesa dez quilos.
O troféu foi apresentado no lançamento do Nordestão de 2015, organizado pelo canal Esporte Interativo. Abaixo, o vídeo com o processo de produção.
A posse é definitiva. Cada campeão ficará com uma taça idêntica.
Ou seja, a empresa paulista continuará produzindo novas taças no mínimo até 2022, o limite do atual contrato entre a Liga do Nordeste e a CBF.
A 65ª edição do podcast 45 minutos passou a limpo o futebol pernambucano, debatendo a participação loca nas Séries A, B, C e D, além da entrevista com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, concedida ao Superesportes.
Estou nessa gravação (1h20min) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
O empate com o líder pode ter sido um resultado aceitável, mas não impediu o Sport de descer mais um degrau na classificação do Brasileirão. Agora, o Leão aparece em 9º lugar. Foi ultrapassado pelo Santos, que venceu o Goiás.
Já o Cruzeiro, que saiu de São Lourenço com um ponto, viu o Internacional reduzir a diferença para seis pontos. Curiosamente, ambos se enfrentam na próxima rodada, no Mineirão. A 26ª rodada será finalizada ainda no sábado, por causa das eleições em todo o país no domingo.
A 26ª rodada do representante pernambucano
04/10 – Corinthians x Sport (18h30)
Jogos em Sampa pela elite: 3 vitórias rubro-negras, 4 empates e 3 derrotas.
Ainda não há um regulamento definido, mas os doze clubes participantes do Campeonato Pernambucano de 2015 já são conhecidos.
Os dois últimos times saíram da segundona, chamada de “Estadual Sub 23”.
Derrotado no tempo normal por 1 x 0, o Atlético viu o Belo Jardim devolver o placar do jogo de ida. No entanto, o representante de Camaragibe venceu nos pênalts por 5 x 3, em pleno Mendonção. É o estreante da vez.
Em Vitória de Santo Antão, Vera Cruz e Jaguar terminaram o confronto de 180 minutos sem que um golzinho sequer fosse marcado. Outra decisão nos pênaltis, melhor para o time da casa, 4 x 3.
A dupla irá substituir os rebaixados desta temporada, Vitória e Chã Grande.
Antes, vão decidir o títtulo em um jogo, em 11 de outubro, no Carneirão.
Também em outubro deve sair a fórmula da 101ª edição do Estadual. A expectativa da FPF é “driblar” o calendário nacional e iniciar a competição ainda em dezembro deste ano, com jogos também em janeiro.
Eis a divisão de clubes por região…
Região Metropolitana do Recife (5)
América, Atlético Pernambucano, Náutico, Santa Cruz e Sport
Após garantir um novo mandato como presidente da FPF, de 2015 a 2018, Evandro Carvalho recebeu em seu gabinete na sede da entidade, na Boa Vista, a equipe do Superesportes para a entrevista. Ao lado de João de Andrade Neto, participei dos questionamentos. A conversa teve 1h30. Um dos principais pontos foi a série de perguntas (quase um debate) sobre o Todos com a Nota e os públicos fantasmas que há pelo menos três anos mancham o Estadual.
Confira as 20 perguntas e as respostas do dirigente.
Pelo visto, o cenário continuará em 2015…
Em 2015 haverá uma maior fiscalização do programa Todos com a Nota para impedir os públicos “fantasmas” no Estadual, quando o anunciado no borderô não corresponde ao real presente aos estádio?
“A fiscalização é da própria Secretaria da Fazenda. O Governo só paga o que foi trocado. A lei é clara. Se foi trocado 10 mil não importa se no estádio tem 10 mil ou uma pessoa.”
Isso não desvirtua o programa?
“O programa é exatamente por isso. Para fazer a troca.”
Não se discute a troca e sim a presença de público nos estádios…
“Está lá borderô, o total de ingressos adquiridos e o total de ingressos do Todos com a Nota.”
No borderô não aparecem quantas pessoas de fato estiveram no jogo.
“Como eu pago o INSS? A lei determina que eu sou obrigado a pagar em cima do valor recebido.”
Mas já foi feito um questionamento à Secretaria da Fazenda e não teria problema de se colocar no borderô também o público presente
“Todos com a Nota é troca de ingressos. Todo jogo se anuncia o público (sistema de som).”
Não anuncia. Na estatística de público da Série D, por exemplo, o Central tem pouco mais de 7 mil torcedores por jogo, quando os públicos reais não foram esses.
“O que dá média de público não é quem está no estádio. É quem pagou, quem comprou. Eu tenho que recolher INSS.”
Não seria mais fácil o Estado patrocinar o Estadual?
“Perderia a essência do programa.”
Mas o senhor não concorda que a essência do programa já está perdida, já que ela não é apenas ajudar os clubes do interior, mas principalmente levar o torcedor ao estádio?
“Objetivo não é esse. O objetivo é gerar uma série de opções de lazer à população mais pobre. Além disso há a contrapartida do percentual do governo que vai para ajudar instituições de caridades, creches e hospitais, que recebem em torno de 20% da receita do TCN. Se o governo faz o patrocínio acaba todo esse apoio social. O dinheiro vai direto para o clube, livre de imposto. Não gera nenhuma contrapartida social.”
Se em todo jogo se anuncia o público real no estádio, qual é a dificuldade de colocar isso também no borderô?
“Público presente para criterio técnico é quem comprou o ingresso.”
Então para que anunciar?
“Para atender um pedido da imprensa.”
Então aqui vai um novo pedido. Coloque isso no borderô.
“Se eu colocar no borderô, o que vai ser computado para média de público e para os encargos será o público presente. E isso vai gerar uma sonegação fiscal. É crime. É o que a lei diz. Eu, inclusive, sou obrigado a recolher o seguro sobre publico presente.”
Inclusive uma seguradora está ganhando dinheiro para segurar gente que não está no estádio.
“Sabe quanto era o valor da seguradora quando assumi? Pagava R$ 0,25 (por ingresso). Sabe quanto pago hoje? R$ 0,05. Como existe uma defasagem eu fiz uma equação. Tanto que o valor do seguro é irrisório. Não existe seguro nenhum no mundo por esse valor. Exatamente para projetar efetivamente quem está em campo. Antigamente existia essa distorção. Antes ela segurava uma coisa que não existia. Estava ganhando dinheiro que não precisa. Fiz uma equação. Eu tenho em média 2 mil ingressos trocados e em média 400 pessoas no estádio. O valor que era para 2 mil não podia ser o mesmo para 400. Então fizemos uma regra de três e esse valor caiu até chegar ao valor real de 400 pessoas.”
Desde que houve a implantação do cartão eletrônico na capital, dificilmente aconteceu todas as reservas de ingressos por jogo. Ao contrário do interior…
“Já estamos propondo o cartão magnético no interior. O problema é o custo. Até o final de 2015 vamos implantar em todo interior.”
O senhor não acha no mínimo estranho um estádio estar vazio, como os dos Sub 23, e no borderô constar 2 mil pessoas?
“Vamos tomar por exemplo a Europa. Em Portugal os clubes vendem os ingressos antecipados por carnê e declaram para a Fazenda de Portugal todos os ingressos vendidos. A Fazenda recebe como público 100% dos ingressos vendidos e alguns clubes no final do campeonato dão público zero, mas tudo já foi computado. Legalmente tem que ser assim. Se não for assim é sonegação, é crime. Não tem outra maneira.”
Mas isso não é com dinheiro público…
“Mas a lei é a mesma.”
Mas o dinheiro é publico. Não seria mais justo pagar apenas pelos ingressos que de fato foram usados?
“Ai perde o objetivo da Fazenda que é o aumento da arrecadação de receita.”
Isso não é uma forma de burlar para se ter uma maior receita?
“Não tem como o governo fazer nada diferente. O governo é engessado. A única maneira é ele terminar o programa e resolver patrocinar os clubes. Se ele fizer isso ele tira toda a contrapartida social. A gente já pensou nisso. Seria mais cômodo.”
Em resumo. No ano que vem teremos públicos fantasmas de novo?
“Qual o conceito de fantasmas de vocês? Em Goiás, o governo paga antecipado e dá o direito do clube de apresentar no final do ano ‘x’ notas.”
O senhor está justificando uma falha com outra.
“Não é falha. É que não tem como fugir disso. Se eu lançar no borderô mil pessoas em campo estou sonegando o INSS porque houve troca de 5 mil ingressos.”
Mas na prática isso já está acontecendo, o senhor está apenas documentando para não ter o perigo de ter o problema.
“Como gestor tenho que prestar contas com o INSS e o Tribunal de Contas. Ou é assim ou acaba. Não tem jeito.”
O Náutico venceu bem na 26ª rodada, mas diminuiu a distância em relação ao G4, ainda de nove pontos. Pior, claro, o fato de agora ter uma rodada a menos para buscar o pelotão de cima. Pior mesmo, na verdade, está o Santa Cruz, derrotado em Belo Horizonte e agora a 13 pontos da zona de classificação.
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 26ª rodada dos representantes pernambucanos
03/10 – Santa Cruz x Boa Esporte (19h30)
04/10 – Avaí x Náutico (16h10)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
O Cruzeiro tem um ótimo rendimento como visitante, num nível próximo ao dos jogos no Mineirão. Não por acaso é o líder do Brasileirão, disparado. Até este sábado, o time mineiro havia marcado 18 gols longe de casa. E a estatística se mantém.
O bem armado time de Marcelo Oliveira ficou no 0 x 0 com o Sport de Eduardo Batista, que se ofensivamente é uma negação, na marcação consegue impor o seu estilo de jogo.
Nos últimos quatro jogos, o Leão marcou apenas um gol. Ao todo, somava 21 no campeonato, enquanto a só dupla de ataque do adversário tinha 23, sendo 12 de Marcelo Moreno e 11 de Ricardo Goulart. Apesar desse rendimento lá na frente, o Sport sofreu apenas um tento. Joga no ferrolho, sem vergonha alguma. O estilo é baseado na ocupação dos espaços e com muita pegada desde o camisa 9, numa rápida recomposição.
Na Arena Pernambuco, o jogo – apesar da disparidade técnica – foi equilibrado. No primeiro tempo, o Cruzeiro criou as melhores oportunidades, mas num cenário no qual o Rubro-negro também controlou a bola e tentou rápidas investidas. No segundo tempo, a pegada aumentou, dos dois lados. E o jogo caiu.
O empate sem gols foi um retrato da partida, sem grandes chances, mas que terminou com aplausos da torcida da casa, consciente de que não é todo mundo que arranca pontos do Cruzeiro, em casa ou fora de casa.
Falando nisso, agora o Sport parte para dois jogos fora do estado, contra Corinthians e Grêmio. Se não melhorar ofensivamente, que ao menos mantenha a instigação defensiva…
Treze pontos a treze jogos do fim. A distância em relação ao G4 e a tabela cada vez mais curta vão minando o sonho tricolor em seu centenário. Hoje, o acesso é irreal.
Mais do que a diferença na classificação há o futebol jogado. Do atual quarteto lá em cima, com Ponte Preta, Avaí, Joinville e Vasco, na prática só o Ceará parece ter fôlego e técnica para buscar uma reviravolta.
No Tricolor, a mudança no comando técnico deveria ter gerado uma injeção de ânimo. À parte da vitória sobre o modesto Oeste, bastou um adversário mais qualificado para o time pernambucano travar.
Na derrota por 1 x 0 para o América Mineiro neste sábado, no Independência, o time mal atacou. Em alguns momentos, já em desvantagem, parecia “segurar” o placar. Incrível. O próprio gol sofrido foi para desanimar o torcedor coral diante da televisão.
Aos 20 minutos, Elsinho dominou a bola na entrada da área, pensou, girou e finalizou. Sem ser importunado em momento algum. Ali, o Santa enfrentava o lanterna, mas era um lanterna circunstancial, após uma decisão do STJD, que tirou 21 pontos do Coelho.
E se o rendimento em campo mais uma vez já não ajudou, piorou com a fraca arbitragem de Pablo dos Santos Alves, que não enxerga penalidades ou impedimentos.
A volta a Série B parece mesmo com cara de “marola”…
A 11ª vitória alvirrubra na Série B teve uma assinatura improvável.
Na Arena Pernambuco com apenas cinco mil espectadores – num ânimo mais baixo em relação às últimas semanas -, o Náutico venceu o Paraná por 3 x 1 com uma colaboração direta do centroavante Tadeu.
Lento e sem faro de gol, o atacante rapidamente caiu no conceito da torcida. Contudo, assim como Sidney Moraes, o técnico Dado Cavalcanti também parece enxergar potencial no jogador. Nesta sexta, ele foi alçado à titularidade no lugar do meia Cañete. O argentino, com atuações ruins, acabou sacado.
O treinador optou por um 4-3-3 com Tadeu, claro, centralizado. Com apenas dois minutos o resultado começou a surgir. Sassá tocou rápido para Tadeu, que recebeu a bola livre, cara a cara com o goleiro. Foi derrubado, pediu para bater e chutou fraco. Marcou.
Nos acréscimos, Bruno Fulan – que entrara no lugar do machucado Crislan – ampliou. Detalhe para o passe, uma assistência de Tadeu, no ponto futuro.
No segundo tempo o Paraná se lançou mais ao ataque, mas o time pernambucano conseguiu controlar o resultado. E ainda conseguiu ampliar, num belo gol de Vinícius, camisa 10 (e digno do número neste time). No último lance, o visitante marcou o gol de honra.
Francamente, a noite já tinha o seu nome, o mais improvável em campo.