Os 30 clubes de maior faturamento no mundo em 2011

Os 30 clubes de maior faturamento em 2011. Crédiro: Pluri Consultoria

Pela primeira vez na história um clube brasileiro entrou na lista dos trinta times de futebol de maior faturamento em todo o mundo.

Campeão brasileiro e agora da Taça Libertadores, o Corinthians aparece em 25º lugar. Nunca um time de fora da Europa havia furado essa barreira econômica.

O Timão arrecadou 138 milhões de dólares, no que parece ser apenas o começo de um solavanco financeiro do time paulista, onipresente na mídia nacional.

E olhe que se entrar na conta a negociação de atletas, desconsiderada na convenção do mercado internacional, esse dado do alvinegro sobe para US$ 173 milhões.

De acordo com o estudo produzido pela Pluri Consultoria, os integrantes do top 30 arrecadaram US$ 7,5 bilhões em 2011. Real Madrid e Barcelona miram o topo.

Porém, o futebol inglês segue mais homogêneo, com dez agremiações na lista.

É curioso notar que Barça e Manchester United, apesar da grana, têm uma dívida ainda maior. No caso dos Diabos Vermelhos, a dívida corresponde a 140% da receita.

Ainda assim, conseguem girar a receita operacional e controlar o passivo financeiro…

Os 30 clubes de maior faturamento em 2011. Crédiro: Pluri Consultoria

Supercopa América

Américas do Norte, Central e do Sul

Há quase vinte anos começou a aproximação política entre as confederações de futebol das Américas, com a Conmebol no Sul e a Concacaf na região Central e no Norte.

Tudo a partir de um convite do presidente da entidade sul-americana, Nicolás Leoz, aos dirigentes de México e Estados Unidos, que toparam na hora a ideia de jogar a encorpada Copa América de 1993, no Equador. O torneio passaria de dez a doze  países.

Desde então foram oito edições, sempre com convidados. Também já viajaram para cá Honduras e Costa Rica, além da inusitada presença do Japão em 1999.

Contudo, o termo “convite” está com os dias contados. Uma longa articulação projeta o que se imagina há muito tempo. Um torneio em larga escala com os três continentes.

Colabora para isso uma data especial. Em 2015 haverá a Copa América no Chile, já acordada. No ano seguinte, porém, será o centenário da competição, que em 1916 teve Buenos Aires como sede, apenas quatro países e seis jogos.

Argentina, Uruguai, Brasil e Chile entraram em campo nos acanhados estádios de Gimnasia y Esgrima e Racing, com título celeste. Já naquela temporada a tradicional taça, comprada em uma joalheria na capital argentina por dois mil francos suíços.

Para a provável edição especial, a Copa Centenário, seriam dezesseis seleções, sendo dez da Conmebol e seis da Concacaf. Para quebrar qualquer laço histórico, a inédita competição teria como sede… os Estados Unidos, e sua infraestrutura imbatível.

A ideia poderá ser estendida para torneios de clubes, que já contam com times mexicanos. Entrariam representantes de outros países na Libertadores.

As Américas do futebol caminham para se tornar um único continente, enfim.

Os melhores da história, ao vivo e em cores

dvd

Heróis do passado, gênios do esporte. A história nos apresenta monstros sagrados que se confundem com a próprias modalidades. Aprendemos a admirá-los em relatos dos pais, em livros, jornais, programas de televisão, documentários etc. Ídolos a toda prova.

Assistimos aos feitos marcantes em imagens captadas ainda em preto e branco, em vários casos, e convertidas posteriormente do vhs para o dvd e agora para o blu-ray. Vídeos remasterizados. Há casos até de peças colorizadas artificialmente.

Tudo em prol de um passado mais vivo, real, com a qualidade que a tecnologia nos oferece. Ainda assim, há também ídolos construídos somente através de textos. É justo.

Contudo, não é de hoje que se torce o nariz a novos postulantes ao status de melhor da história. Potencializados, em determinados casos, justamente por esse avanço tecnológico e associados à apuração técnica e ao profissionalismo.

O sentimento romântico do esporte talvez ajude a rebater esses nomes. Mas fica complicado quando estamos diante de não um, mas de vários atletas com esse perfil. A geração atual de amantes do esporte pode se sentir privilegiada de acompanhar ao vivo, em alta difinição ou in loco, a gênios que já entram no patamar “incontestável”.

Vamos a alguns exemplos, com técnica e números bem superiores aos passado.

Heptacampeão de Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher suplantou o piloto argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão, e outros já na era a cores, como Prost e Senna.

Nas águas, o americano Mark Spitz ganhou sete medalhas de ouro na Olimpíada de Munique, em 1972. A sua marca durou décadas, mas o seu mergulho foi superado. O seu compatriota Michael Phelps conquistou oito nos Jogos de Beijing, há quatro anos. Já havia conquistado outras seis em 2004. Um mito em atividade. Braçadas robóticas.

No atletismo, o também norte-americano Jesse Owens tem o seu nome guardado para sempre por ter destruído a pose de Adolf Hitler no Estádio Olímpico de Berlim, em 1936. Owens, um negro no coração do nazismo, ganhou quatro ouros. Destaque para os 100 e 200 metros. Venceu com os tempos de 10,30 segundos e 20,70s, respectivamente.

Sem aparentar desgaste na pista, com direito a olhadinha para as câmeras, o jamaicano Usain Bolt aniquilou recordes em 2008. Ouro nas mesmas provas com 9,69s e 19,30s.

E o que dizer do tenista Roger Federer? Borg, Sampras, Agassi? Todos atrás. Grand Slam completo, 17 títulos na escala maior dos torneios da ATP, 286 semanas na liderança e muita classe nas quadras, de cimento, grama e barro. Recordes e mais recordes.

Não podemos deixar de lado o futebol, com o corriqueiro debate Pelé x Messi. Os números do argentino impressionam. Falta o Mundial. Mesmo sem ele, Lionel assusta.

Até porque, infelizmente neste caso, o reinado não é eterno no esporte…

Num futuro breve tudo isso poderá ser contado em 3D ou em alguma tecnologia a ser inventada, mas aproveite. Você está vendo a história ser escrita, com os melhores.

vhs

Roger Federer, eterno number 1 por 286 semanas

Wimbledon 2012, final: Roger Federer 3 x 1 Andy Murray. Foto: ATP/divulgação

Criado em agosto de 1973, o ranking de tenistas profissionais, cuja complexa atualização sempre foi semanal, já teve 24 atletas no topo.

Lendas como o romeno e pioneiro Ilie Nastase, o sueco Bjorn Borg, o norte-americano Andre Agassi e o brasileiro Gustavo Kuerten já ocuparam o number 1.

Até este domingo, ninguém havia ficado tantas semanas na primeira colocação como o americano Pete Sampras, com incríveis 286, distribuídas entre 12 de abril de 1993 e 19 de novembro de 2000. Insuperável? Parecia.

A próxima lista com mais de 1.500 nomes a ser divulgada pela associação de tenistas profissionais, a ATP, nesta segunda-feira, mudará a história.

Ao vencer o representante da casa em Wimbledon, Andy Murray, por 3 sets a 1, o suíço Roger Federer, há tempos alçado ao status de melhor de todos os tempos devido ao enorme cartel de raquetadas, conquistou o hepta na grama sagrada (veja aqui).

Não só igualou o número de semanas como número 1, com 2.002 dias na liderança, como atingiu o número de troféus conquistados por Sampras no All England Club, que já dividia o recorde com o britânico William Renshaw, ainda na era amadora.

William Renshaw: 1881, 1882, 1883, 1884, 1885, 1886 e 1889

Pete Sampras: 1993, 1994, 1995, 1997, 1998, 1999 e 2000

Roger Federer: 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2012

Semanas na liderança à parte, o genial Federer, de 30 anos, ganhou o seu 17º título de grand slam, um recorde absoluto no tênis. Exclusivo.

Como em breve também deverá ser a marca em Wimbledon… Lenda viva e nas quadras.

Wimbledon 2012, final: Roger Federer 3 x 1 Andy Murray. Foto: ATP/divulgação

Venus-Serena Rosewater Dish, a glória em Wimbledon

Venus Williams e Serena Williams, ambas com cinco títulos em Wimbledon

Eneacampeã na grama sagrada de Wimbledon, entre 1978 e 1990, Martina Navratilova cravou o seu sobrenome na história do torneio.

Cansou de erguer para os súditos o prato de 48 centímetros com figuras mitológicas.

Nunca um sobrenome havia aparecido tanto no topo dos torneios femininos de simples no All England Lawn Tennis and Croquet Club como o de Navratilova, até mesmo porque a tradição londrina apresenta a alcunha familiar como destaque.

Desde 2000, aliando técnica a uma força muito acima da média no circuito profissional, duas irmãs mudaram o cenário, reescrevendo a história.

Foram dez títulos do grand slam de Wimbledon com o mesmo sobrenome.

Williams. Um revezamento constante entre Venus e Serena. Cada uma com o seu pentacampeonato, fora os títulos nas duplas!

Seguindo a ordem das fotos, o deca das Williams. Em cima, Venus: 2000, 2001, 2005, 2007 e 2008. Embaixo, Serena: 2002, 2003, 2009, 2010 e agora, 2012.

Em olhe que em quatro ocasiões as duas se enfrentaram na decisão, com três títulos da caçula Serena e um da precursora Venus.

Ao vencer a polonesa Agnieszka Radwanska por 2 sets a 1, neste sábado, Serena brincou com o público e com a irmã, na torcida na quadra central (veja aqui).

“Eu sempre quis tudo o que a minha irmã ganhou”.

Curiosamente, o troféu, o tal prato criado em 1886, chama-se Venus Rosewater Dish.

Por uma questão de justiça, o nome bem que poderia ser ajustado para Venus-Serena Rosewater Dish. Difícil vai ser convencer a mais que centenária tradição britânica.

De qualquer forma, dez réplicas do prêmio estão na posse da família Williams.

Venus e  Serena têm 32 e 30 anos, respectivamente. Fisicamente, as duas mostram que a história ainda não acabou em Wimbledon.

Ainda há espaço na estante da família para mais algumas Venus Rosewater Dishes…

Os nomes secretos dos campeonatos de futebol

Contratos de naming rights da Série A (Petrobras) Copa do Brasil (Kia) e Pernambucano (Coca-Cola) em 2012

Certamente, o torcedor já chamou a divisão de elite do nosso futebol de Campeonato Brasileiro. E de Série A? Quase sempre. Está na boca do povo e na imprensa.

Brasileirão? Também é um apelido popular. Campeonato nacional, mais formal.

Eis então o Brasileirão Petrobras.

Pois é. Quase ninguém fala. Quase ninguém escreve. Quase ninguém lê.

Acredite, esse é o nome oficial da competição, através do contrato de naming rights.

A gigante estatal de economia mista paga R$ 18 milhões por ano a CBF para associar a sua marca ao torneio. No entanto, a empresa de petróleo encontra uma dificuldade comum no mercado, que é a inserção de um novo nome junto ao público.

Nos estádios dos vinte clubes, placas de publicidade mostram o nome. Fica nisso.

Várias competições vêm sendo realizadas com o naming rights, sofrendo o mesmo golpe, como a Copa Kia do Brasil e o Estadual, que fez a sua estreia no ano passado, com a Coca-Cola. No certame local, uma verba anual de R$ 600 mil para o Pernambucano.

Daí, o questionamento com as cinco competições exibidas nesta postagem.

Você já chamou algum desses torneios pelo nome “oficial”?

Será que os patrocinadores estão dispostos a manter esse investimento, mesmo com o retorno de mídia desvirtuado pela não aceitação do nome fantasia?

Complica um pouco a transição de marcas, fato ocorrido com as duas principais copas internacionais do continente, a Libertadores e a Sul-americana (veja aqui).

Nesse amplo segmento, aplicado também em estádios e até mesmo em equipes, há quem tenha se consolidado, como a Fifa, com sete contratos na Copa do Mundo.

Vale destacar que nenhum deles engloba o nome do torneio, mas sim outros tópicos com uma relação direta, como bola oficial, cronômetro e prêmios individuais (veja aqui).

Nos Estados Unidos, meca do naming rights, a prática começou em 1970, na NFL.

Naming rights da Libertadores e da Copa Sul-americana

Ativando os Jogos na BBC

A tradicional BBC de Londres ativou o seu comercial oficial para a Olimpíada de 2012, na capital inglesa. No caso, uma edição com cara de videogame…

Entre os dias 27 de julho e 12 de agosto, dez mil atletas de 200 nações irão competir em 39 modalidades espalhadas em 26 esportes.

O mercado em euros da Seleção Brasileira Olímpica

Avaliação da Seleção Brasileira Olímpica. Crédito: Pluri

Os 18 jogadores brasileiros convocados por Mano Menezes para a Olimpíada de Londres estão avaliados em 323 milhões de euros. Ou R$ 818 milhões…

Na média, R$ 45,4 milhões por cada atleta, de acordo com o estudo da Pluri Consultoria.

A tabela acima considera os 22 jogadores chamados para a Seleção, incluindo os quatro nomes da lista de espera, cajo ocorra algum imprevisto de última hora.

Sem surpresa, a maior cotação foi para o craque Neymar, do Santos. Nada menos que R$ 139  milhões, valor próximo ao já oferecido pelos gigantes Real Madrid e Barcelona.

Do montante estipulado pela empresa, 56% do valor corresponde aos jogadores em atividade no exterior e 44% para atletas ainda em solo brasileiro.

No quadro abaixo, a divisão do mercado por setor. Quem não queria ser atacante?

Será interessante reavaliar esse quadro após o torneio de futebol dos Jogos de Londres, onde o país tentará pela enésima vez a inédita medalha de ouro.

Quem são os cinco jogadores com maior potencial de mercado desta Seleção? Comente.

Divisão dos valores por setor. Crédito: Pluri Consultoria

O caro desembarque de craques estrangeiros na Série A

Seedorf no Botafogo e Forlán no Internacional. Fotos: Botafogo e Internacional/divulgação

Clarence Seedorf, holandês de 36 anos. Diego Forlán, uruguaio de 33 anos.

Craques internacionais, renomados. Ambos estavam na poderosa liga italiana.

Chegam ao país com muita bagagem no mundo da bola e contratos longos pela frente.

O ex-jogador do Milan assinou com o Botafogo até 2014.

O ex-atleta da rival Internazionale ficará no Internacional até 2015.

Futebol à parte, pois os dois meias têm amplas condições de apresentar um bom rendimento no campeonato nacional, vamos às cifras, altíssimas.

Tetracampeão da Liga dos Campeões da Uefa, Seedorf receberá R$ 625 mil mensais. O contrato todo gira em R$ 15 milhões.

Eleito pela Fifa como o craque da Copa do Mundo de 2010, Forlán deverá custar ao cofre colorado a bagatela de R$ 480 mil por mês.

Dois nomes emblemáticos que escancaram de vez o novo patamar financeiro do futebol brasileiro. Mesmo com conhecido déficit, os clubes vêm mostrando vigor.

Aliado à oratória dos empresários, que estão conseguindo aplicar supersalários no país, a Série A vem importando estrelas.

Manter tudo em ordem é o que parece ser um desafio ainda maior. Nos casos citados, os times vão associar os reforços a pesadas campanhas de marketing.

Para aumentar o quadro social e também corporativo, com patrocinadores.

No embalo disso, até o Figueirense ousou e acertou com o uruguaio Loco Abreu, de 35 anos, por R$ 295 mil a cada trinta dias.

Seedorf, Forlán e Abreu somados irão gerar uma despesa de R$ 1,4 milhão.

Mais. Nos últimos três anos, quatro brasileiros, Ronaldo, Neymar, Adriano e Ronaldinho Gaúcho, fecharam contratos no país com salários acima de R$ 1 milhão!

Isso é um indício claro sobre o caminho que os demais clubes deverão tomar para continuar competitivos ou o início de uma bolha econômica?

O produto interno do bruto brasileiro se mostra sólido. Veremos então o nível de gestão.

Até bem pouco tempo, um salário de R$ 100 mil era top no esporte. Hoje em dia, tem quem fique no banco de reservas por esse valor…

Saiba mais sobre o Risco Brasil devido ao novo patamar dos salários aqui.

Seedorf no Milan e Forlán na Internazionale

Copero y peleador de celulares

Final da Libertadores entre Corinthians e Boca Juniors. Catimba pura.

O atacante uruguaio Santiago Silva caminha no vestiário, sendo filmado por jornalistas argentinos e brasileiros. Aí, sem um motivo aparente, eis a atitude surreal do vídeo.

Em tempo: o iPhone foi devolvido no fim da partida…