Heat x Thunder, a superfinal da NBA

Final da NBA 2012: Oklahoma Thunder (Kevin Durant) x Miami Heat (Lebron James)

Por muito pouco a temporada 2011/2012 da NBA não foi cancelada, devido ao locaute promovido pelas franquias (times). O motivo foi o suposto abismo nos valores propostos para os salários em relação às exigências dos astros do basquete.

A negociação foi longa, chegou-se a um acordo e o melhor basquete do mundo andou.

Nas quadras norte-americanas, domínio do Miami Heat, atual vice-campeão da liga, e do Oklahoma City Thunder, nova versão do tradicional Seattle SuperSonics.

Na temporada regular da NBA o Heat venceu 46 jogos e perdeu 20. O Thunder foi ainda melhor, ganhando 47, com apenas 19 derrotas. Haja técnica nas duas equipes.

Na decisão das conferências, o Miami de Lebron James despachou o Boston Celtics no Leste, enquanto o Oklahoma de Kevin Durant eliminou o San Antonio Spurs no Oeste.

A decisão do título da NBA começa nesta terça-feira. Uma melhor de sete jogos.

Qual é o favorito para a decisão? Alguma torcida em particular? O show está garantido.

Pelé vs Maradona vs Messi vs Neymar

Comparativo entre Pel[e, Maradona, Messi e Neymar. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

Quatro craques do futebol.

Pelé, Maradona, Messi e Neymar. Os dois primeiros em época bem distintas.

Como compará-los? Certamente, não é uma tarefa fácil…

Um caminho seria escolher um período da carreira. No caso, os 20 anos de idade.

Em seguida, pode-se avaliar o desempenho estatístico de cada um e o respectivo mercado na época, realizando uma complicada correção monetária.

Tal mercado imaginário teria o Rei Pelé como atleta mais valorizado do futebol.

Com 20 anos, o jogador então no Santos e já campeão mundial com a Seleção Brasileira valeria 93 milhões de euros, ou R$ 236 milhões.

A empresa Pluri Consultoria realizou uma pesquisa com a valorização ano a ano dos dois craques brasileiros e dos dois craques argentinos dos 16 aos 20 anos (veja aqui).

Foi utilizado o software chamado SoccerMetric, com mais de 50 critérios de avaliação, como idade, habilidade, histórico de lesões, jogo de equipe, marketing etc.

Abaixo, a carreira do quarteto aos 20 anos de idade.

Tecnicamente, a discussão pode ser eterna. No mercado, talvez não. Como curiosidade, o valor de mercado de Pelé no auge de sua carreira.

Numa hipotética situação em que a economia atual fosse aplicada em 1967, os direitos econômicos do Rei, aos 27 anos, seriam de 175 milhões de euros. Ou R$ 451 milhões…

Comparativo entre Pel[e, Maradona, Messi e Neymar. Crédito: Pluri Consultoria/divulgação

Eurocopa – Dia 4: Muralha britânica e a força de Shevchenko

Eurocopa 2012: Inglaterra 1x1 França. Foto: Uefa/divulgação

Dando sequência aos bons duelos desta primeira rodada da Euro, o clássico entre ingleses e franceses ficou no empate em 1 x 1, na ucraniana Donetsk, nesta segunda.

Sem seu melhor jogador, Wayne Rooney, suspenso após uma expulsão nas eliminatórias, o English Team jogou de forma compacta, articulado pelo meia Steven Gerrard.

Mas sentiu a falta de um centrovante de qualidade. A Inglaterra quase não finalizou. Enquanto a França chutou 15 vezes, a Inglaterra só acertou uma finalização na meta!

Mas no futebol, imprevisível desde sempre, basta uma chance.

Por mais que se diga que a Inglaterra desenvolveu seu jogo, adotando outros estilos, o tradicional chuveirinho continua sendo a sua marca registrada, que abriu o placar desta forma, em uma cabeçada do zagueiro Lescott, aos 30 minutos.

Com um time mais técnico, municiado por Ribéry, os Bleus empataram logo depois, com Nasri. Na etapa final, a pressão continuou, mas com muitos chutes de longa distância.

No fim, aplausos dos dois lados. Satisfação pela aplicação tática e pelo volume ofensivo.

No último jogo desta primeira leva da Eurocopa, a Ucrânia, que divide a organização do torneio, surpreendeu e virou o placar sobre a Suécia, 2 x 1.

Os donos da casa, que não vinham agradando na preparação, contaram com a estrela do veterano atacante Shevchenko, de 35 anos, que marcou dois gols de puro oportunismo. Antes, a estrela sueca, Ibrahimovic, também havia balançado as redes.

Atletas objetivos e eficientes. Referências para quem corre por fora no grupo D.

Eurocopa 2012: Ucrânia 2x1 Suécia. Foto: Uefa/divulgação

A queda da última dinastia de Björn Borg

Bjorn Borg em Roland Garros. Foto: Diadora

Dono de uma concentração impressionante, o sueco Björn Borg foi o primeiro superstar do tênis, popularizando o circuito. Entre 1974 e 1981, ele combinou um domínio incrível, no saibro de Paris e na grama de Londres, com a dinastia “Iceborg”.

Foi hexacampeão na quadra Philippe Chatrier, em Roland Garros, e penta no All England Lawn Tennis and Croquet Club, em Wimbledon. Marcas insuperáveis, disseram muitos.

Com apenas 25 anos o tenista bon vivant havia conquistado a maior série de vitórias nas duas competições mais tradicionais da modalidade na open era.

Se tornou o primeiro a ganhar US$ 1 milhão em prêmios em um mesmo ano, 1979. Mas se existe algo óbvio no esporte é que recordes existem para ser quebrados.

O primeiro caiu na Inglaterra. Com os títulos de 1981, batendo o próprio Borg na decisão, 1983 e 1984, o norte-americano John McEnroe ensaiou a caminhada. Parou por aí. Coube ao seu compatriota Pete Sampras estabelecer um novo reinado.

Campeão sete vezes entre 1993 e 2000, perdendo apenas uma edição, em 1996, Sampras transformou a arte do saque e voleio. Definitivo? O suíço Roger Federer, em plena atividade, já ganhou seis taças depois disso…

Se a coroa britânica já está bem no passado, na terra batida a sua dinastia durou mais tempo. O jogo mais cadenciado visto no saibro é uma especialidade de poucos.

Talvez por ter acompanhado o mito de perto, o sueco Mats Wilander até aprendeu direitinho. Foi tri em 1988. De origem plebeia no tênis, o brasileiro Gustavo Kuerten atravessou o Atlântico, desbravou Paris e também triunfou três vezes na quadra central. Reinados curtos. Até a garra inabalável do espanhol Rafael Nadal.

Nadal é praticamente imbatível em Roland Garros. Em 53 partidas, venceu 52. O único revés ocorreu diante de Robin Söderling, sueco. Discípulo de Borg…

O sétimo título de Nadal, conquistado nesta temporada, evitou o career grand slam de Novak Djokovic e o colocou com o maior tenista da história do saibro. Com 35 títulos, segue atrás do austríaco Thomas Muster (40) e do argentino Guilhermo Villas (45).

Essa estatística, considerando todos os torneios, não o diminui em nada. Como também não fez a menor diferença para Björn Borg, unanimidade no piso vermelho até este 11 de junho de 2012, quando perdeu a sua segunda coroa.

Virou uma lenda eterna, até por ter encerrado a carreira de forma inesperada em janeiro de 1983, com apenas 26 anos, 64 títulos e 608 vitórias em 735 jogos…

Björn Borg em Wimbledon

Eurocopa – Dia 3: Campeões mundias quites e Croácia em 1º

Eurocopa 2012: Itália 1x1 Espanha. Foto: Uefa/divulgação

Duas escolas completamente distintas no futebol estiveram em ação neste domingo. O eterno ferrolho da Azzurra contra o cadenciado toque de bola da Fúria.

Distintas e vencedoras. Na abertura do grupo C da Euro, os últimos campeões mundiais, Itália (2006) x Espanha (2010). Fizeram um duelo parelho em Gdansk, na Polônia.

Na Itália havia a pressão pelo resultado. O time dirigido por Cesare Prandelli não marcava um gol desde novembro. Vinha de duas derrotas na preparação para o torneio.

No primeiro tempo, algumas chances. Parando no goleiro Casillas, a dupla formada por Cassano e Balotelli acabou substituída. Entraram Di Natale e Giovinco.

O gol azul saiu apenas na etapa final, aos 16, com Di Natale, que acabara de entrar, recebendo passe de Pirlo. Para a pragmática Itália, o gol era merecido. E bastava…

Já Espanha, que começou no esquema 4-6-0, é um time com rotatividade entre ataque  e meio-campo, com destaque para Iniesta. Mas precisa de uma referência.

Apesar disso, buscou o empate três minutos depois, em boa conclusão de Fábregas, cravando o 1 x 1. Com Fernando Torres, mais chances criadas.

Fechando a primeira rodada da chave, na polonesa Poznan, Irlanda e Croácia jogaram de cara todas as fichas para tentar conquistar uma vaga nas quartas de final.

Uma vitória era questão de vida ou morte para encarar na sequência as principais forças. Os croatas, órfãos de Suker, se saíram melhor e venceram por 3 x 1.

De 1 a 10, qual é a chance de classificação da Irlanda a partir de agora?

Eurocopa 2012: Croácia x Irlanda. Foto: Uefa/divulgação

A Fórmula 1 mais sortida da história

Em sua 63ª temporada, a Fórmula 1 acaba de registrar um recorde incrível.

Nada Senna, Prost ou Schumacher dominando o cenário de forma absoluta…

Nas sete primeiras corridas de 2012, sete vencedores diferentes.

Antes deste ano, o recorde pertencia à edição de 1983, com cinco vencedores diferentes nos cinco primeiros circuitos. A marca foi pulverizada. Confira abaixo.

Como curiosidade, o desempenho de Michael Schumacher em 2004, quando o heptacampeão mundial ganhou 13 das 18 corridas, ou 72,2% dos grandes prêmios!

O campeonato de 2012 está realmente competitivo ou nivelado por baixo?

A mudança no regulamento da F1, equilibrando um pouco os orçamentos, está algum resultado, além da limitação tecnológica.

Falando em nível técnico, qual é a sua expectativa para ver novamente a vitoria de um piloto brasileiro na maior categoria do automobilismo?

GP da Austrália: Jenson Button, inglês da McLaren

GP da Malásia: Fernando Alonso, espanhol da Ferrari

GP da China: Nico Rosberg, alemão da Mercedes

GP do Bahrein: Sebastian Vettel, alemão da Red Bull

GP da Espanha: Pastor Maldonado, venezuelano da Williams

GP de Mônaco: Mark Webber, australiano da Red Bull

GP do Canadá: Lewis Hamilton, inglês da McLaren

O alternativo campeão da Oceania. A caminho do Brasil

Copa da Oceania 2012, final: Taiti 1 x 0 Nova Caledônia. Foto: Fifa/divulgação

Era quase uma certeza. A Nova Zelândia seria a representante da Oceania na Copa das Confederações de 2013, aqui no Brasil. Seria…

O time neo-zelandês, o único invicto do Mundial de 2010, domina o fraco futebol do continente desde que a Austrália, em busca de um melhor nível técnico, conseguiu junto à Fifa uma transferência para a federação asiática.

Numa zebra daquelas, o país sequer disputou a final da Copa da Oceania desde ano.

Eliminada na semifinal, a Nova Zelândia assistiu à alternativa decisão entre Taiti e Nova Caledônia. Duas pequenas ilhas no Oceano Pacífico sob domínio francês.

A primeira localizada na Polinésia e a segunda na Melanésia.

Juntos, os dois arquipélagos têm apenas 422 mil habitantes. Bem menos que a cidade de Jaboatão dos Guararapes, por exemplo.

Deste jogo no acanhado estádio Lawson Tama, nas Ilhas Salomão, sairia um campeão inédito. Foi o Taiti, que venceu por 1 x 0, gol de Steevy Chong Hue.

Sim, o Taiti. Filiado à Fifa há apenas oito anos. E amador como a Nova Caledônia.

Nem os jogadores pareciam acreditar no feito alcançado neste domingo, com uma bonita festa. Futebol e suas surpresas, algo vital para a paixão por esse esporte.

Será que essa seleção, em 179º lugar no ranking da Fifa, jogará na Arena Pernambuco?

O sorriso que ganhou a capa

Capa do Superesportes: 10-06-2012

Foi um sábado com a grade esportiva apuradíssima.

Jogos da Eurocopa, treino oficial da Fórmula 1, final do torneio feminino de tênis de Roland Garros e um clássico do futebol com Brasil x Argentina.

Qual seria o destaque do caderno esportivo deste domingo, 10 de junho?

Com três gols, Lionel Messi certamente roubaria todas as manchetes. Mas eis uma boa justificativa para mudar o foco. Maria Sharapova.

A justificava, com uma boa dose de ironia, está no título publicadado na capa…

Confira os bastidores da edição do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes através do blog Direto da Redação.

O blog é escrito pelos editores-executivos do Diario, Sérgio Miguel Buarque e Paulo Goethe, e pelos editores da primeira página do jornal, Fred Figueiroa e Humberto Santos.

O melhor do mundo e o aprendizado da Seleção

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: AFP PHOTO/Mehdi Taamallah

Lionel Messi vivia sob desconfiança da torcida argentina há um bom tempo. Os hermanos alegavam que o seu desempenho na seleção era bem aquém daquele no Barcelona, onde suas arrancadas quase sempre resultavam em gols. E olhe que foram 78 tentos na recém-encerrada temporada europeia, um recorde histórico. Ganhando confiança com a camisa albiceleste a cada partida, Messi vai quebrando estigmas.

Neste sábado, em amistoso nos EUA, diante da Seleção, o craque teve uma atuação de gala. Marcou três belos gols e deu a vitória por 4 x 3 de seu país sobre o time Sub-23 do Brasil, em sua reta final de preparação para Olimpíada. O último argentino a balançar três vezes as redes da Seleção Brasileira havia sido Sanfilippo, no distante ano de 1959.

Se por um lado a imprensa argentina publicou nos principais sites manchetes de pura empolgação como “Messi Superstar”, no topo jornal Olé, no Brasil ficou uma preocupação nítida com o sistema defensivo da equipe. A ausência do capitão Thiago Silva, ainda com dores no joelho, foi sentida pelo grupo. A zaga formada por Bruno Uvini e Juan falhou no posicionamento, marcando à distância, e esteve um pouco lenta. Algo venal para conter as investidas de Messi, bem municiado por Di María.

Já em relação ao ataque, apesar dos gols perdidos por Hulk, a garotada brasileira merece elogios, pois endureceu a partida contra o time principal do rival. E foi um jogo eletrizante. A Seleção até abriu o placar com Rômulo, revelado pelo Porto de Caruaru, mas Messi, aos 30 e aos 33, lançado em velocidade, virou o placar no primeiro tempo.

Oscar, após tabela com Damião, empatou aos 10 da etapa final. O camisa 10, substituto de Ganso, era um dos destaques. No embalo, Hulk, após várias chances, enfim marcou, aos 26. A grande reação brasileira foi brecada pela terceira virada no placar. Primeiro com Fernández, de cabeça, e depois em um chutaço de Messi aos 39.

O clássico das Américas encerrou a série de quatro amistosos do time Sub-23, com duas vitórias e duas derrotas. Ao técnico Mano Menezes, após mais um revés diante de uma seleção tradicional, mais pressão no cargo. A sua lista final com 18 nomes para os Jogos de Londres será divulgada em 6 de julho. Do meio-campo para trás, será preciso uma análise mais apurada. Afinal, esse foi o papel principal durante o amistoso…

Amistoso 2012: Brasil 3 x 4 Argentina. Foto: AFP PHOTO/Mehdi Taamallah

Eurocopa – Dia 2: Laranja descascada e eficiência alemã

Eurocopa 2012: Dinamarca 1 x 0 Holanda. Foto: Urefa/divulgação

Depois dos primeiros duelos na Polônia, a festa da Eurocopa chegou à Ucrânia, que divide a organização do torneio. No moderno e compacto estádio Metalist, com 35 mil lugares, a eterna Laranja Mecânica, atual vice-campeã mundial, teve um dia difícil…

A Holanda de Robben, Sneijder e Van Persie jogou melhor, criou mais oportunidades e sufocou a Dinamarca. Só não balançou as redes. Na defesa, o descuido custou o revés.

Apontada como a 4ª força do equlibrado grupo B, a Dinamarca ganhou por 1 x 0, gol de Krohn-Dehli aos 23 minutos do primeiro tempo. Suportou a pressão depois.

À Holanda, vale se abraçar com a história. A seleção não perdia em uma estreia na Eurocopa desde 1988. Curiosamente, faturou o título daquela edição.

Na Arena Lviv, um dos jogo mais aguardados desta 1ª rodada, com o talentoso time da Alemanha e Portugal do craque Cristiano Ronaldo, o atleta mais valorizado do torneio.

O atacante de 90 milhões de euros (R$ 225 mi) bem que tentou, mas o restante do time luso não acompanha o seu ritmo. Eficiente como sempre, o escrete germânico tocou bem a bola e usou a força da marcação para impor o seu jogo.

Apesar disso, o empate sem gols teimava em não sair do placar neste sábado. Aos 27 da etapa final, enfim, o gol da vitória alemã por 1 x 0.

Maria Gómez seria substituído por Klose, já aquecendo. Mas o centroavante do Bayern cabeceou firme e comemorou. Depois, acabou saindo de todo jeito…

No fim, festa dos tricampeões europeus, que em onze estreias na Eurocopa jamais foram derrotados. E seguem favoritos como sempre.

Eurocopa 2012: Alemanha x Portugal. Foto: Uefa/divulgação