Íbis, Olinda e Timbaúba em ação no campeonato mais equilibrado do mundo

Série A2 do Estadual 2015: Íbis 1x8 Olinda, Timbaúba 2x8 Íbis e Olinda 0x1 Timbaúba. Fotos: Ibismania/twitter e FPF/site oficial

A sequência de jogos entre Íbis, Olinda e Timbaúba, na segunda divisão pernambucana de 2015, chamou a atenção pelos resultados, sem qualquer nexo técnico, a não ser o fato de ser algo possível basicamente no “futebol”.

30/08 – Íbis 1 x 8 Olinda
06/09 – Timbaúba 2 x 8 Íbis
09/09 – Olinda 0 x 1 Timbaúba

Quem levou de 8, marcou 8. E que perdeu deste, se reucuperou vencendo o primeiro a ganhar de 8. Sem contar o fato de que todas as vitórias ocorreram fora de casa na competição restrita a atletas de até 23 anos.

A partir desses três jogos, vale apresentar como curiosidade os campeonatos mais equilibrados da história, segundo banco de dados do site RSSSF, especializado em estatísticas do futebol. E é preciso ir bem longe, no tempo e nas divisões, para achar algo realmente surpreendente.

O torneio mais parelho que se tem notícia foi o campeonato romeno da terceira divisão da temporada 1983/1984. Exceção feita ao campeão, sete pontos à frente do vice, os outros 15 times foram separados por três pontos após trinta rodadas! Nove equipes terminaram com 29 pontos, entre o 7º e o 15º, este rebaixado. E sem contar o fato de que oito times são chamados de “Minerul”.

Vitória valendo 2 pontos e empate 1 ponto.

Campeonato Romeno da 3ª divisão de 1983/1984. Fonte: RSSSF

O segundo caso de maior equilíbrio foi na África, na edição 1965/1966 do campeonato marroquino. Com 14 clubes, também no formato pontos corridos, a diferença entre o campeão (Wyad Casablanca) e o lanterna (Maghreb) foi de apenas oito pontos. O Kawkab, de Marrakech, terminou em 5º lugar, com 53 pontos, a quatro pontos do título e quatro pontos do rebaixamento.

Vitória valendo 3 pontos, empate 2 pontos e derrota 1 ponto (sim, derrota).

O campeonato marroquino de 1965/1966. Fonte: RSSSF

Da sala de Mia Jawdat, em Zurique, todas as negociações internacionais do futebol

Sede do TMS, na Fifa. Crédito: Fifa/facebook

Em uma pequena sala na sede da Fifa, em Zurique, Mia Jawdat coordena a equipe de estatísticas das “janelas do futebol”, através do Transfer Matching System (TMS), o sistema eletrônico da entidade, criado em 2011, para registrar oficialmente todas as negociações internacionais. Contando com os demais departamentos, o quadro não chega a 50 funcionários. De lá da Suíça, todas as 13 mil transferências anuais (legais) do futebol são guardadas e analisadas.

Existem duas janelas (períodos) de negócios entre os países filiados a cada ano, entre dezembro e fevereiro e entre junho e agosto, com as devidas exceções provocadas pelo fuso horário. O calendário europeu, com o intervalo entre competições no meio do ano (2014/2015, 2015/2016 etc) faz com que a “janela de verão” (deles) seja a mais movimentada, sobretudo no Big 5, termo usado pelo próprio TMS para definir Alemanha, Espanha, França, Inglaterra e Itália.

Dados internacionais entre 1º de junho e 31 de agosto, antes do #deadlineday:

2015
5.816 jogadores negociados
US$ 2,7 bilhões em 936 vendas (16% dos atletas)

2014
6.013 jogadores negociados
US$ 2,8 bilhões em 945 vendas (15% dos atletas)

E olhe que o último dia da janela é o justamente o principal, com mais de 400 transferências internacionais, em acordos firmados no apagar das luzes. Uma a cada 3 minutos! Em 2014 isso correspondeu a 500 milhões de dólares movimentados em apenas 24 horas (ainda não saiu o quadro de 2015).

Balanço do Fifa TMS sobre a janela brasileira em 2015. Crédito: Fifa TMS/twitter

No Brasil, o saldo histórico é o de cash recebido. Este ano, por exemplo, a diferença entre gasto e receita foi de US$ 85 milhões! Em relação à chegada de jogadores (527, ou 148 a mais que a saída), a explicação se deve ao formato dos acordos, com 63% sem contrato com outros clubes (logo, mais baratos).

No momento em que se “paga” pelo empréstimo ou se formaliza a compra dos direitos econômicos, os atletas brasileiros seguem imbatíveis. No cenário mundial, foram 622 transferências internacionais, 286 a mais que a segunda nacionalidade mais procurada, a francesa. São alguns dos números guardados lá no escritório de vendas e marketing do TMS, comandado por Mia.

Número de jogadores transferidos internacionalmente (01/06 a 31/08 de 2015), divididos pelas nacionalidades. Crédito: Fifa/TMS

O custo de um árbitro a cada jogo nas principais ligas nacionais de 2015

Escudo da arbitragem brasileira. Crédito: CBF

As seguidas (e justas) críticas ao trabalho dos árbitros no Brasileirão de 2015 levantou mais uma vez sobre a estrutura atual de arbitragem, bastante falha. Tanto na preparação quanto no controle. Um caso local, o árbitro Emerson Sobral, serve como exemplo, sendo ao mesmo tempo o recordista de jogos decisivos no Estadual e também de punições desde 2010. Em defesa dos árbitros e assistentes, há de se ressaltar o amadorismo da categoria em um meio marcado por receitas cada vez maiores aos demais atores.

Um quadro produzido pela Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (Anaf) e divulgado no programa Seleção Sportv comparou a situação dos árbitros brazucas a outras ligas tradicionais, com as cotas cada um nos campeonatos nacionais da primeira divisão em 2015 (entre as principais, falou a Bundesliga). Além de o valor por jogo ser o mais baixo, o Brasil ainda tem a particularidade de não ter receita mensal. Só em outro lugar acontecer isso, na Premier League. Entretanto, cada juiz inglês receber R$ 100 mil por jogo, podendo chegar a renda mensal de até 400 mil reais (ou 68 mil libras esterlinas, a moeda inglesa).

Na prática, apenas os dez árbitros brasileiros com a insígnia da Fifa têm uma condição financeira mais favorável, devido ao maior repasse.

Cota do árbitro por jogo (R$)
100 mil – Inglaterra
17,0 mil – Itália
15,5 mil – Espanha
10,0 mil – França
2,6 mil – Argentina
2,6 mil – Brasil

Salário do árbitro (R$)*
46,2 mil – Espanha
33,6 mil – Itália
11,5 mil – França
18,0 mil – Argentina
*Na Inglaterra e no Brasil não há remuneração fixa. 

No Brasil, até a década de 1990, o pagamento ao trio de arbitragem era atrelado às bilheterias das partidas. O trio ganhava 1% da renda bruta, sendo 0,5% para o árbitro e 0,25% para cada assistente. Voltando ao presente, o contraponto sobre o amadorismo. Que a arbitragem seja profissionalizada pela CBF (Por que a resistência?), acabando os “bicos” e criando uma tendência de melhora técnica, para resultados mais justos. Paralelamente a isso, aumentará a cobrança por bons trabalhos, sem espaço para desculpas esfarrapadas.

Pro Evolution Soccer 2016 com 24 times brasileiros, incluindo o Sport, pela 4ª vez

Clubes brasileiros licenciados no Pro Evolution Soccer 2015. Crédito: PES/twitter

O game Pro Evolution Soccer 2016 confirmou os clubes brasileiros licenciados. São 20 da Série A, com o Corinthians firmando um contrato de exclusividade e com o Itaquerão digitalizado, e mais 4 times da Série B. Da segundona, apenas Botafogo, Bahia, Vitória e Criciúma foram contemplados na franquia da Konami. Com lançamento em 15 de setembro de 2015, o jogo repete a maior quantidade de times nacionais com nomes e marcas oficiais, do PES 2014. Na ocasião, se chegou ao número porque o Sport, então na Série B de 2013, também disputou a Copa Sul-Americana, um dos torneios licenciados pela desenvolvedora.

E o foco é realmente ampliar o mercado no país, com a manutenção da elite e mais equipes da segunda divisão. Concorrente direto do Fifa Football, mas com uma fatia bem menor no mercado internacional, o Pro Evolution Soccer mira os torcedores brasileiros há quatro anos, quando começou a oferecer todos os times do Brasileirão. Entre 2008 a 2010, quando foi ultrapassou nas vendas, havia apenas um time, o Inter, em alta com os títulos internacionais no período.

No cenário local, na versão 2016, o Sport foi licenciado pela 4ª vez seguida.

O máximo que Pernambuco conseguiu até hoje foi emplacar dois times no jogo, três vezes, sempre com rubro-negros e alvirrubros (o Santa ainda não apareceu). Este ano, Santa Catarina chega com cinco representantes…

Clubes brasileiros licenciados no PES
2008 – 1 time
2009 – 1 time
2010 – 1 time
2011 – 5 times
2012 – 6 times
2013 – 20 times (Náutico e Sport)
2014 – 24 times (Náutico e Sport)
2015 – 21 times (Náutico e Sport)
2016 – 24 times (Sport)

Os 24 clubes apresentados oficialmente estão inseridos no game físico. Qualquer outra equipe que eventualmente apareça em 2016 será no formato downloadable content (DLC), um conteúdo extra a ser baixado via internet.

Robben participa do lançamento da camisa “holandesa” do Sport

Robben apresentando a nova camisa do Sport, em Munique. Crédito: Youtube/reprodução

A camisa azul do Sport já havia sido vazada no mercado, mas o lançamento oficial acabou surpreendendo. A parceria com a Adidas acabou viabilizando a participação do astro holandês Arjen Robben, do Bayern, ambos patrocinados pela marca alemã. A escolha do garoto-propaganda se deveu à justificativa da nova camisa, uma homenagem à ligação histórica entre o Recife e a Holanda.

Falando em inglês, num vídeo gravado em Munique, o jogador  de 31 anos, vice-campeão mundial em 2010, mandou um recado de “boa sorte na temporada” ao Leão, devidamente vestido com o novo uniforme do Rubro-negro.

“Muito obrigado por ter sido o primeiro a receber essa camisa”.

Haja marketing…

Hernanes, o pernambucano que mais movimentou dinheiro entre clubes

Hernanes acertou com a Juventus em 2015. Foto: Juventus/twitter

O meia Hernanes é o jogador pernambucano que mais movimentou dinheiro entre clubes na história do futebol. Com o acerto na Juventus, por três anos, o atleta chegou a três transações milionárias. Ao todo, US$ 57,1 milhões. Superou um mito, Rivaldo, que também teve três transações de peso, somando 42 milhões. Hernanes foi revelado pelo Unibol, clube-empresa hoje licenciado na FPF, indo sem custo ao São Paulo. De lá, seguiu para a Lazio, depois para a Internazionale e agora chega à Velha Senhora, tudo entre 2010 e 2014.

Usando as ferramentas de cálculos monetários à disposição na web, o blog atualizou os números dos dois jogadores, com as cotações de cada época. Por mais que a moeda utilizada nas transferências de Hernanes tenha sido o euro, o levantando utilizou o dólar para fazer a comparação a Rivaldo, uma vez que na época das transferências do melhor do mundo em 1999 sequer existia o euro – que curiosamente entrou em vigor no ano em que ganhou a Bola de Ouro.

Revelado pelo Santa, Rivaldo foi para o Mogi no fim de 1991. Apesar do valor irrisório na época, a Placar publicou em 1999 que a venda teria sido firmada em 250 mil dólares (carecendo de fontes locais). Teoricamente, Rivaldo movimentou mais dinheiro que Hernanes, mas não entre clubes. Após deixar o Milan, ele passou a ser “livre”, dono dos próprios direitos federativos. Assim, recebeu integralmente no Olympiakos, AEK, Bunyodkor e Kaburscorp, entre 2004 e 2012.

Hernanes
08/2010 – US$ 17.613.000 (R$ 31 milhões), São Paulo/Lazio
01/2014 – US$ 27.234.000 (R$ 64 milhões), Lazio/Internazionale
08/2015 – US$ 12.334.000 (R$ 44,7 milhões), Internazionale/Juventus
Valor absoluto em dólares: 57.181.000
Valor absoluto em reais: 139.700.000

Rivaldo
12/1994 – US$ 2.400.000 (R$ 2.016.000), Mogi Mirim/Palmeiras
07/1996 – US$ 9.000.000 (R$ 9.045.000), Palmeiras/La Coruña
07/1997 – US$ 29.600.000 (R$ 31.672.000), La Coruña/Barcelona
Valor absoluto em dólares: 41.000.000
Valor absoluto em reais: 42.733.000

Apesar da comparação dolarizada, de acordo com a economia mundial, também vale fazer uma análise mais aprofundada no mercado nacional, com a correção da inflação, uma vez que foram seis períodos distintos. De acordo com o índice IGP-DI, em 31/08/2015, a correção seria a seguinte:

Hernanes: R$ 157.156.080
Rivaldo: R$ 174.501.309

Os primeiros contratos inscritos na FPF: Hernanes e Rivaldo.

Pernambuco x Argentina, do primeiro duelo internacional do estado à Sula

Pernambuco x Argentina

Tudo começou com um buffet em 17 de dezembro de 1936. Fazendo valer o apelido de “boêmio”, o elenco do Atlanta fez uma despedida na calle Humboldt, em Villa Crespo. No dia seguinte, a delegação partiu do porto iniciando uma longa viagem no vapor Monte Pascoal. Destino? Brasil. Pela primeira vez o Clube Atlético Atlanta jogaria no país vizinho. Ao todo, disputaria 13 partidas até março do ano seguinte. Em janeiro, o navio argentino atracou no porto do Recife. Chegou com atração (foto abaixo)

Com a ajuda financeira da Confederação Brasileira de Desportos, a atual CBF, para promover o esporte local, a técnica agremiação portenha enfrentaria adversários pernambucanos. De forma inédita, então, o futebol pernambucano receberia um time do exterior. Foram duas partidas no Campo da Avenida Malaquias, o antigo estádio rubro-negro. Bem superior, o Atlanta começou com um rotundo 10 x 6 sobre o Náutico. Na sequência, 7 x 2 sobre o Sport. O Diario de Pernambuco foi categórico sobre o espetáculo visto na cidade.

“O Recife pode ter assistido a jogo de conjunto superior ao do Atlanta; não nos lembramos, porém, de quando teria acontecido tal fato”.

A história entre pernambucanos e argentinos ganharia força na década de 1950, com a passagem de três clubes tradicionais de Buenos Aires. Vélez, Chacarita e Independiente, que futuramente seria o maior campeão da Libertadores. A primeira vitória local coube ao Santa, sobre o “Chaca” da Villa Maipú, o rival do pioneiro Atlanta. Jogo em pleno Natal de 1952, na Ilha. No acervo do pesquisador Carlos Celso Cordeiro há até o registro até de uma viagem da Seleção Argentina de Novos, atual Sub 20, entre Recife e Caruaru. A classificação do Sport às oitavas da Copa Sul-Americana de 2015 promoveu o reencontro depois de 42 anos. A diferença é que enfim garantiu uma visita à terra dos hermanos, iniciando uma era de confrontos válidos pela Conmebol…

Atualizado até 14 de janeiro de 2018

Jogos entre clubes (16)
29/01/1937 – Náutico 6 x 10 Atlanta
31/01/1937 – Sport 2 x 7 Atlanta
06/12/1951 – Náutico 2 x 3 Vélez Sarsfield
09/12/1951 – Santa Cruz 1 x 3 Vélez Sarsfield
25/12/1951 – Sport 2 x 3 Vélez Sarsfield
25/12/1952 – Santa Cruz 2 x 1 Chacarita Juniors
28/12/1952 – Náutico 2 x 2 Chacarita Juniors
01/01/1953 – América 1 x 3 Chacarita Juniors
06/01/1953 – Sport 0 x 1 Chacarita Juniors
06/12/1956 – Santa Cruz 1 x 1 Independiente
09/02/1973 – Santa Cruz 2 x 2 Argentinos Juniors
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (Sul-Americana)
30/09/2015 – Huracán 3 x 0 Sport (Sul-Americana)
24/01/2016 – Sport 2 x 0 Argentinos Juniors (Taça Ariano Suassuna)
06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal de Sarandí (Sul-Americana)
27/07/2017 – Arsenal de Sarandí 2 x 1 Sport (Sul-Americana)
14/01/2018 – Sport 2 x 0 Atlético Tucumán (Taça Ariano Suassuna)

17 jogos disputados, 4 vitórias de PE, 4 empates, 9 derrotas; 29 GP, 42 GC

Jogos entre clubes e seleções (5)
08/12/1956 – Seleção Pernambucana 1 x 0 Independiente
12/01/1968 – Náutico 2 x 0 Seleção Argentina de Novos
24/01/1968 – Santa Cruz 1 x 2 Seleção Argentina de Novos
28/01/1968 – Sport 2 x 0 Seleção Argentina de Novos
05/02/1968 – Central 2 x 1 Seleção Argentina de Novos

O escrete do Atlanta no Recife, em 1937, iniciando a história PE x ARG…

O time do Atlanta, da Argentina, durante a passagem no Recife em 1937. Crédito: Diario da Manhã/reprodução

Na greia entre Painho e Papai da Cidade, capas do Aqui PE repercutem no Sportv

Manchete do Aqui PE no dia 27 de agosto de 2015. Crédito: reprodução Sportv

O jornal Aqui PE é conhecido pela greia nas manchetes, sem poupar ninguém em Pernambuco. A linha editorial é ainda mais instigada quando se fala do futebol local, tanto positiva, quanto negativamente. Nos dias 20 e 27 de agosto, as quintas-feiras seguintes aos jogos entre Sport e Bahia, pela Copa Sul-Americana de 2015, as capas deixaram isso bem claro.

Após o duelo em Salvador, “Painho” ganhou vez na chamada, devido à boa vantagem para estabelecer 7 x 1 em mata-matas no clássico nordestino. Com a reviravolta no Recife, o velho apelido leonino, “Papai da Cidade”, ganhou uma versão curta e direta. As duas capas foram repercutidas no programa Redação Sportv, do canal Sportv, comandado pelo jornalista André Rizek.

Além da repercussão nacional, as duas manchetes rodaram bastante nas ruas de Pernambuco, uma vez que o Aqui PE é o jornal de maior circulação no estado, com 479 mil leitores diários, segundo o instituto Marplan/2014.

Manchete do Aqui PE no dia 20 de agosto de 2015. Crédito: reprodução Sportv

Podcast 45 (165º) – Classificação do Sport e tira-teima entre Grafite e Brocador

O Sport se classificou às oitavas da Copa Sul-Americana ao golear, de forma emocionante, o Bahia. O jogo e as suas consequências pautaram o 45 minutos, com debate sobre a escalação, escolhas de Eduardo Batista e o futuro na Argentina. O programa também fez uma prévia dos jogos de Náutico e Santa na Série B. Para completar, um tira-teima com a opinião de toda a mesa sobre quem está sendo mais decisivo. Grafite, com 3 gols ou 4 jogos, ou Hernane Brocador, com 4 gols em 6 partidas? Sem ficar em cima do muro.

Confira um infográfico com as principais atrações da gravação aqui.

Nesta edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Com emoção até o fim, Sport goleia o Bahia e vai pela primeira vez à Argentina

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

No futuro, o placar da partida talvez tire a tensão do jogo, da emoção nos minutos finais a cada bola disputada na Ilha do Retiro, com quase todo mundo em pé, tentando empurrar um time que não cansava de lutar. Aí, quem sabe, alguém lembre de ver algo básico, a ficha técnica. Lá, o clássico nordestino começará a ser desvendado, com o 1 x 1 até os 33 minutos do segundo tempo, em um mata-mata no qual o adversário havia vencido pelo score mínimo em Salvador, indo à loucura com o gol marcado no Recife.

E o gol de Maxi Biancucchi só não mandou todo mundo de vermelho e preto para a casa antes da madrugada porque os pernambucanos eram bem superiores. Para comprovar isso, lá na frente, basta acessar ao Youtube ou outra rede social a ser criada até lá e assistir aos melhores momentos. O Sport foi melhor de forma categórica, marcando mais, tocando mais a bola e, acima de tudo, finalizando muito mais, o jogo inteiro. O time da casa chutou nove vezes em direção ao gol, contra apenas um, letal, do visitante indigesto até então. O empate àquela altura, francamente, era um castigo, que boa parte da torcida entendeu. Tal condição pode ser comprovada por quem esteve no estádio.

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Mas enfim veio a reviravolta da noite. O time de Eduardo Batista partiu pra cima, acuando o tricolor, vendo uma vantagem tão grande sumir. Pela ordem, Hernane Brocador (33), Elber (41) e Brocador (49) de novo, com vaga pra mais. Os gols marcaram uma vitória maiúscula, a primeira em muito tempo contra o Baêa, diminuindo o péssimo retrospecto. Um resultado que apaga o rendimento na Fonte Nova, que era mesmo para esquecer.

O importante torneio internacional – que hoje, no “presente”, não sabemos até onde o time irá, claro – desta vez recebeu em campo a disposição tão cobrada por quem faz o clube, a sua torcida. Classificado às oitavas de final da Copa Sul-Americana, o Sport carimbou o passaporte para ir à Buenos Aires pela primeira vez. Foi difícil, foi festejado, foi com o corazón. E o 4 x 1, no fim das contas, para a história, só deixa esse capítulo ainda melhor…

Copa Sul-Americana 2015, 2ª fase: Sport 4x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press