Santa Cruz desperdiça chances e perde do Corinthians, no 6º revés em 7 partidas

Série A 2016, 11ª rodada: Corinthians 2x1 Santa Cruz, com Romero comemorando o segundo gol. Foto: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dois sábados seguidos atuando na capital paulista, com derrotas diante de Palmeiras e Corinthians e roteiros semelhantes para o Santa. No primeiro tempo, uma enorme pressão dos mandantes, abrindo dois gols de vantagem. No comecinho da segunda etapa, Grafite mandando para as redes, ensaiando a reação. No Allianz Parque, o time pernambucano acabou sofrendo outro gol, que matou o jogo, apesar da bola na trave e das defesas de Fernando Prass. Na arena do Timão, o 2 x 1 se manteve até o fim, deixando um gosto mais amargo no povão, que viu o time equilibrar o jogo e criar oportunidades claras.

Em vez de Prass, a insegurança de Cássio, que entregou o gol coral, que deixou o Grafa na artilharia isolada do Brasileiro, com 8 gols, a 7 de sua meta para a competição. Jogando de forma mais veloz, já sem o meia Daniel Costa, substituído, o tricolor voltou a ter a seu favor a velocidade de Keno pela ponta esquerda. Por lá, a grande chance da noite, aos 32 minutos. Num cruzamento, Wallyson recebeu livre, mas cabeceou pra fora. A diferença na qualidade para definir foi clara no jogo, uma vez que o primeiro gol corintiano foi parecidíssimo, mas com Luciano não dando qualquer chance a Tiago Cardoso.

Com a derrota, o Santa chegou a 6 derrotas nas últimas 7 rodadas, com o pior desempenho neste recorte, que marca o fim de sua invencibilidade. Não por acaso, o Z4 nunca esteve tão próximo. Contra Ponte Preta (casa) e Botafogo (fora), tem a chance de recuperação, até pelo perfil dos adversários, agora concorrentes diretos. E sem mais espaço para tanto desperdício, Grafite à parte.

Série A 2016, 11ª rodada: Corinthians 2x1 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Gazzanel/Futura Press/Estadão conteúdo

Náutico perde do Ceará e chega a quatro jogos sem vitória, se afastando do G4

Série B 2016, 12ª rodada: Ceará 2x1 Náutico. Foto: Christian Alekson/CearaSC.com

A série de quatro jogos sem vitória afastou o Náutico no G4. Na 8ª rodada, quando o time apresentava um embalado aproveitamento de 66%, entre os quatro melhores, havia uma vantagem de dois pontos sobre o 5º colocado. Após a derrota no Castelão, na 12ª rodada, o rendimento do time caiu para 50%. A campanha foi junto, agora em 8º lugar, com 18 pontos, a três do último integrante do grupo de acesso, o Criciúma. Somou 2 pontos em 12 possíveis, num recorte com três jogos como visitante e apenas um no Recife.

A vitória do Ceará por 2 x 1, que deixou o alvinegro alencarino na vice-liderança, não é o ponto fora de curva nesta Série B. O clássico regional ocorreu na sequência de uma viagem à Caxias do Sul, incluindo uma para de um dia (de treinamento) em São Paulo. Uma logística complicada para qualquer visitante, somada à drástica mudança climática dos jogos, do frio de 8 graus ao calor de 30. Pior. Indo para o intervalo com dois gols de desvantagem, ao Timbu restava o tudo ou nada. Nem o gol de Rony, no comecinho, adiantou. 

Na Segundona, a oscilação é absolutamente natural, mesmo para quem briga lá em cima. O que não pode ocorrer é perder o foco plenamente, como o Bahia, com quatro derrotas consecutivas (discussão de jogadores, queda de técnico etc). Para o Náutico, (ainda) basta retomar o mando de campo, com dois jogos na Arena nas três próximas rodadas. Um novo recorte para mudar a gangorra.

Série B 2016, 12ª rodada: Ceará 2x1 Náutico. Foto: LC Moreira/Estadão conteúdo

Podcast – A análise dos empates de Sport e Náutico e da derrota do Santa Cruz

O 45 minutos analisou as apresentações do Trio de Ferro durante a semana, com atuações atípicas. Em 270 minutos de bola rolando, nenhum gol local. Ainda assim, dois pontinhos conquistados fora de casa, com alvirrubros, na gelada Caxias do Sul, e com rubro-negros, pela primeira vez evitando uma derrota para o São Paulo lá. O único revés foi justamente no Recife, com o Santa Cruz parando no goleiro Muralha (!), com Grafite perdendo duas ótimas chances. Confira as impressões do podcast, em gravações exclusivas.

21/06 – Brasil-RS 0 x Náutico

22/06 – Santa Cruz 0 x 1 Flamengo

23/06 – São Paulo 0 x 0 Sport

Classificação da Série A 2016 – 10ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 10 rodadas. Crédito: Superesportes

Lá em cima, o Palmeiras não só manteve a liderança da Série A, já passando de 25% da tabela, como abriu dois pontos sobre o Inter, que ficou no empate no Couto Pereira. Uma disputa que, hoje, está polarizada por causa da zebra em Porto Alegre, com o Vitória superando o Grêmio. Enquanto isso, os rivais das multidões tentam evitar a zona de rebaixamento. No caso coral, a entrada. No leonino, a saída. Na quarta, o Santa Cruz perdeu em casa do Flamengo, chegando a 5 derrotas nos últimos 6 jogos. Em relação à rodada anterior, caiu do 13º para o 15º lugar, com o Z4 ficando mais próximo, agora a dois pontos.

Na quinta, o Sport foi a São Paulo encarar o seu maior fantasma no Brasileiro, o São Paulo no Morumbi. Até então, eram 17 derrotas em 17 jogos, mas finalmente saiu sem perder. O Leão empatou com o Tricolor Paulista, estancando uma sangria de 42 anos. Ainda assim, perdeu uma posição (agora em 18º) e viu o 16º abrir dois pontos. Pior, é o Cruzeiro, que numa semana contratou Ábila (carrasco rubro-negro na última Sula) e Rafael Sóbis. Não luta contra o descenso…

A 11ª rodadas dos representantes pernambucanos: 

25/06 (21h00) – Corinthians x Santa Cruz (Arena Corinthians)
Histórico em São Paulo pela elite: 1 vitória coral, 1 empate e 5 derrotas 

26/06 (18h30) – Sport x Chapecoense (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 2 jogos e 2 vitórias leoninas

Após 17 tentativas, o Sport enfim pontua diante do São Paulo na capital paulista

Série A 2016, 10ª rodada: São Paulo 0x0 Sport. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

O São Paulo segue sem sofrer derrotas para times pernambucanos atuando em casa no Brasileiro. É assim desde o primeiro confronto, em 1974, com 34 jogos do Trio de Ferro. O caso do Sport é ainda mais gritante, até então com 17 derrotas em 17 jogos, no cenário mais adversário do clube. A viagem “zerada” ao Morumbi era praxe, com a sensação de que ficar treinando no Recife seria mais produtivo. Mas não é que finalmente o rubro-negro conseguiu pontuar lá?

O empate em 0 x 0 foi importante psicologicamente, acabando a sina, além de deixar o time em condições de sair o Z4 em caso de vitória na próxima rodada, quando receberá a Chape. Pelo primeiro tempo, a expectativa foi até maior, com uma boa atuação, mesmo com míseros 31% de posse, segundo o Footstats. Apesar do pouco tempo com a bola nos pés, o time foi objetivo, com Diego Souza puxando dois ataques, entortando Maicon em ambos. Faltou caprichar nas finalizações. Em busca do G4, Bauza mudou o tricolor na etapa final. Durante 30 minutos, o leão ficou totalmente acuado.

O Sport ainda saiu no lucro, com o árbitro deixando passar um pênalti cometido por Matheus Ferraz, num carrinho incompreensível – com Ronaldo Alves regularizado, a sua titularidade parece fadada. Parte do sufoco se deve ao esgotamento físico, com Diego, Edmílson e Everton caindo de rendimento. Apenas o camisa 87 terminou o jogo, até pela liderança, conduzindo o time, reposicionando os companheiros (Mancha e Luis Antônio), com a autorização de Oswaldo de Oliveira. O susto final, numa bola raspando a meta de Magrão (com boa atuação) só lembrou a dificuldade da missão na capital paulista.

Série A 2016, 10ª rodada: São Paulo 0x0 Sport. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Santa Cruz perde do Flamengo no Arruda, com 5 derrotas nas últimas 6 partidas

Série A 2016, 10ª rodada: Santa Cruz 0x1 Flamengo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

O Santa foi derrotado no Arruda outra vez. A terceira em casa nesta Série A. O revés diante do Flamengo foi o 5º nos últimos 6 jogos, acendendo o sinal de alerta no campeão nordestino, numa aproximação perigosa da zona de rebaixamento, outrora a léguas. A atuação contra o rubro-negro carioca oscilou bastante, com um bom número de oportunidades na primeira etapa, mesmo sem a posse de bola, praxe no sistema de jogo coral, de contragolpes, usando as pontas. Keno e Grafite (duas vezes) tiveram chances claras para marcar.

Enquanto isso, o adversário, se limitando a marcar forte (em alguns momentos além da conta), só finalizou uma vez na meta de Tiago Cardoso. Em todo o jogo! Claro, se arriscou outras vezes, mas na barra, apenas uma. Bastou. De longe, Willian Arão mandou no ângulo, com o goleiro coral adiantado. Em vantagem, o Fla foi cirúrgico, jogando sem pressa. Vem sendo assim como visitante, com o clube subindo na tabela. Apesar disso, o futebol tricolor no primeiro tempo, com disposição, deixou uma boa expectativa para a retomada.

O time pernambucano, entretanto, caiu demais. Só teve uma chance, com o Grafa, livre, batendo em cima de Muralha. Lance oriundo de uma falha na saída de jogo dos cariocas, pois criação propriamente dita não existiu. Com a vitória por 1 x 0, o Flamengo desempatou o retrospecto no Brasileiro, até então equilibradíssimo (7v-7e-7d). Ao Santa, as vaias, num protesto que já deixou de ser pontual. A necessidade de reforçar o meio-campo (Leandrinho e Daniel Costa como titulares mostram que a lacuna técnica existe) é urgente. Até porque a tabela segue complicada, ainda mais com 6 jogos em casa nos 10 disputados. Sábado, vai a São Paulo encarar o atual campeão nacional…

Série A 2016, 10ª rodada: Santa Cruz 0x1 Flamengo. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

A 11ª classificação da Segundona 2016

A classificação da Série B 2016 após 11 rodadas. Crédito: Superesportes

O Náutico pontuou em Caxias do Sul, mas acabou saindo do G4 da Série B, mesmo chegando aos 18 pontos. Após quatro rodadas lá em cima, foi ultrapassado por Criciúma e Ceará, caindo para o 6º lugar. Segue totalmente na briga, a dois pontos do grupo de acesso, mas tem como fator complicador para uma volta imediata o jogo seguinte, outra vez fora de casa. O Timbu parte para Fortaleza, onde enfrentará no sábado o ascendente Vozão, que entrou no G4 justamente nesta rodada, ao vencer o Oeste pelo placar mínimo.

Também digno de registro, o Bahia chegou à terceira derrota consecutiva na competição, incluindo um revés em casa para o Londrina e outro para o Tupi. Mesmo como visitante, era o favorito, pois o adversário tinha apenas uma vitória em dez apresentações. Com a segunda maior cota de tevê da Série B (R$ 35 milhões), o tricolor baiano começa a se complicar de graça…

Evolução da campanha timbu
1ª rodada – 15º (0 pt)

2ª rodada – 11º (3 pts)
3ª rodada – 15º (3 pts)
4ª rodada – 8º (6 pts)
5ª rodada – 9º (7 pts)
6ª rodada – 5º (10 pts)
7ª rodada – 4º (13 pts)
8ª rodada – 4º (16 pts)
9ª rodada – 4º (16 pts)
10ª rodada – 4º (17 pts)
11ª rodada – 6º (18 pts)

No G4, um carioca, um goiano, um catarinense e um cearense.

A 12ª rodada do representante pernambucano
25/06 (16h30) – Ceará x Náutico (Castelão, em Fortaleza)

Em partida fraca, no frio gaúcho, Náutico empata sem gols com o Brasil e sai do G4

Série B 2016, 11ª rodada: Brasil-RS 0x0 Náutico. Foto: Jonathan Silva/Brasil-RS

Sob um frio de 8 graus na serra gaúcha, o Náutico teve uma atuação muito discreta. Se não correu riscos, lá frente também foi quase inofensivo. Diante de um Brasil de Pelotas bem longe de Pelotas (379 km), o time acabou arrancando um pontinho importante para o decorrer da segundona. Não especificamente para esta 11ª rodada, uma vez que o resultado tirou o timbu do G4 após quatro rodadas consecutivas. Agora está a dois pontos, em 6º lugar.

Em Caxias do Sul, no estádio Centenário, substituindo o Bento Freitas, em obras, o Náutico jogou com uma formação bem diferente em relação àquela vista diante do Bragantino. Joazi voltou à lateral-direita, deslocando o zagueiro Rafael Pereira para a sua função original. A principal mudança efetuada por Gallo, esta negativa, foi a escalação de Caíque Valdívia no lugar de Renan Oliveira. O meia selecionado não fez absolutamente nada. Colaborou para o futebol pouco objetivo da equipe, cuja melhor chance foi consequência de uma “furada” da defesa gaúcha, com a bola sobrando para Rony, livre.

Como havia ocorrido contra o Vasco, Rony teve tudo para abrir o placar, aos 22 minutos. Perdeu, mostrando mais uma vez que o seu poder de decisão não é dos melhores. Na segunda etapa, com Renan acionado (no lugar de Caíque, obviamente), o Náutico deu uma melhorada, explorando mais o passe, cruzando com perigo algumas vezes. Enquanto isso, o Brasil, sentindo o campo às moscas, só exigiu Júlio César uma vez, numa prudente saída do gol. E nada mais além disso, com o 0 x 0 sendo um retrato da partida.

Série B 2016, 11ª rodada: Brasil-RS 0x0 Náutico. Foto: GEREMIAS ORLANDI/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Arena das Dunas recebe a Seleção pelas Eliminatórias da Copa, a 286 km do Recife

Arena das Dunas, em Natal. Foto: arenadunas.com.br

O jogo entre Brasil e Bolívia, em 3 de outubro, completa a passagem da Seleção nas arenas do Nordeste pelas Eliminatórias da Copa de 2018. Após Fortaleza, Salvador e Recife, chegou a vez de Natal, com a Arena das Dunas recebendo o time verde e amarelo pela primeira vez. Até hoje, a capital potiguar só tinha um jogo oficial da Canarinha, uma vitória sobre a Alemanha Oriente por 3 x 1, em 1982, num amistoso no antigo Castelão. O giro na região, em detrimento de outras arenas do Sul/Sudeste, soa como um claríssimo indício de uma busca por apoio, devido ao mau momento da equipe, agora comandada por Tite.

O jogo deve ser a oportunidade mais próxima do Recife neste ciclo mundialista, com 286 km via estrada, pela BR-101, ou 254 km no trajeto aéreo, com voos diretos. A tendência é de pelo menos 16% do público oriundo de estados próximos, repetindo o perfil da torcida no clássico entre Brasil e Uruguai.

O palco natalense é o menor dos quatro nordestinos erguidos para a Copa do Mundo de 2014, com 33 mil cadeiras – no torneio chegou a 43 mil, através de arquibancadas provisórias. Pela capacidade, o valor dos ingressos (com setores semelhantes, incluindo arquibancada superior e inferior, além do setor premium) deve ser próximo ao aplicado em março em São Lourenço. Não por acaso, o Castelão, o maior estádio neste contexto, foi o de menor tíquete médio.

Arena das Dunas (03/10/2016)
Setores à disposição: arquibancada superior, arquibancada inferior e premium

Arena Pernambuco (25/03/2016): Brasil 2 x 2 Uruguai
Arquibancada superior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 160 (inteira) e R$ 80 (meia)
Lounge (oeste inferior): R$ 200
Deck premium (leste): R$ 200
Camarote: R$ 300 (por pessoa)
Setor Villa Mix: R$ 250

Público: 45.010
Renda: R$ 4.961.890
Tíquete médio: R$ 110,23

Fonte Nova (17/11/2015): Brasil 3 x 0 Peru
Arquibancada superior: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Lounge: R$ 200 (inteira)
Camarote: R$ 300 (por pessoa)  

Público: 45.558
Renda: R$ 4.186.790
Tíquete médio: R$ 91,90

Castelão (13/10/2015): Brasil 3 x 1 Venezuela
Arquibancada superior: R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia)
Arquibancada inferior: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)
Premium: R$ 180 (inteira)
Premium VIP: R$ 220 (inteira)
Camarote: R$ 300 (por pessoa)

Público: 38.970
Renda: R$ 2.722.220
Tíquete médio: R$ 69,85

Diego Souza emplaca o primeiro golaço da rodada do Sport no Brasileiro

A arrancada do meio-campo, ganhando de dois marcadores e passando por Cavalieri, rendeu ao meia Diego Souza o “gol da rodada” da Série A. Através do Facegol, a CBF elegeu o lance, que definiu a vitória do Sport sobre o Fluminense, como o mais bonito da 9ª rodada.

O gol de DS87 teve 51% dos votos, segundo a enque promovida na página oficial da confederação no facebook, numa disputa com Marquinhos Gabriel (35%), do Corinthians, e Vitinho (14%), do Internacional. 

Essa é a terceira vez, em 2016, que um clube pernambucano emplaca o golaço da rodada. Grafite já havia sido eleito duas vezes (veja aqui).