Santa quebra a invencibilidade do Bahia e vai à final do Nordestão pela primeira vez

Nordestão 2016, semifinal: Bahia 0x1 Santa Cruz. Foto: Santa Cruz/twitter (@scfc_oficial)

O Santa Cruz voltou a se agigantar na Fonte Nova. Repetindo o feito na Segundona, quando arrancou para o acesso, os corais conquistaram em Salvador a vaga na decisão do Nordestão. Uma campanha inédita na história coral, consolidando um momento vitorioso na história do clube, com quatro títulos estaduais em cinco anos. A vitória por 1 x 0 foi o resultado da confiança após o desempenho no Arruda, quando dominou o Bahia e só não saiu com o resultado positivo por uma infelicidade, num pênalti bobo nos minutos finais.

Aquele prêmio ao Baêa manteve uma invencibilidade que já capengava desde as quartas de final, quando se classificou com o adversário mandando três bolas na trave. Contra o Santa, não. Na décima apresentação baiana na Lampions, a primeira derrota, fatal. Foi o quarto clássico entre os dois times no torneio. Ao Santa, com duas derrotas e um empate até então, era preciso vencer. Na prática, as contas com empates eram inglórias.

Nordestão 2016, semifinal: Bahia 0x1 Santa Cruz. Foto: Bahia/site oficial

Daí, a formação coral, extremamente aberta no início da partida. Wallyson substituiu o suspenso Lelê no meio, ambos atacantes. Time exposto? Sim, mas focado no objetivo, consciente das apresentações irregulares do Bahia. O mandante até começou apertando a saída de bola, com os pernambucanos tendo dificuldades para passar da meio do meio-campo, mas a partir de uma sucessão de erros baianos a tarde de domingo virou.

Começou com um recuo sem força, seguiu com um domínio sem jeito e terminou numa saída errada do goleiro. Nos três lances, a atenção total de Grafite, que se aproveitou e mandou para as redes, obtendo a vantagem necessária aos onze minutos. Impôs ao rival um nervosismo visível – o Brocador escapou de ser expulso ainda na primeiro etapa. Em um segundo tempo mais nervoso, com chances claras dos dois lados, os corais mostraram o mesmo copeirismo visto no Castelão contra o Ceará, também com um triunfo. Algo mais que necessário para levantar a inédita orelhuda dourada. 

Nordestão 2016, semifinal: Bahia 0x1 Santa Cruz. Foto: Bahia/site oficial

O ranking de patrocínio-master no Brasil em 2016, com disputa acirrada no NE

Ranking de patrocinador-master no futebol brasileiro em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

O Ibope-Repucom fez um levantamento sobre os maiores contratos de patrocínio-master do futebol brasileiro em 2016. No gráfico divulgado pelo diretor do instituto, José Colagrossi, foram indicados os 15 primeiros times. Não se trata da soma de receitas com o padrão, que pode ser até uma colcha de retalhos, mas do principal investidor, estampado na área nobre do uniforme.

A lista considerou valores oficiais, o que justifica a ausência do Santa Cruz. No acordo recém-firmado, o Tricolor deverá receber R$ 6 milhões anuais da MRV Engenharia, segundo reportagem do globoesporte.com. O valor colocaria os corais em 10º lugar no país, ao lado do rival Sport e de outras três equipes. Vale destacar que a mesma empresa estampa a marca no padrão do Bahia, cujo valor também não foi revelado, mas é especulado em R$ 7 milhões.

No topo, os dois times mais populares do país, Flamengo e Corinthians, ambos patrocinados pela Caixa Econômica Federal. Por sinal, também deve-se ao banco o maior patrocínio da Série B, com R$ 9 milhões ao Vasco, em 8º no geral. Entre os nomes tradicionais, Santos, Flu e Botafogo são as lacunas, pois não têm contratos vigentes – no máximo, acordos pontuais a cada partida.

Maiores patrocínios do Nordeste em 2016
R$ 7 milhões – Bahia (MRV)*
R$ 6 milhões – Sport (Caixa)
R$ 6 milhões – Vitória (Caixa)
R$ 6 milhões – Santa Cruz (MRV)*
* Valores não confirmados

Santa acerta com a Globo de 2019 a 2024 e emissora mantém o domínio no Recife

Santa Cruz fechando com a Rede Globo para o Campeonato Brasileiro de 2019 a 2024. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A negociação sobre os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro nunca foi tão repercutida quanto no momento atual, com o Esporte Interativo entrando na briga com a Rede Globo, na figura do Sportv, pelo mercado de televisão por assinatura a partir de 2019. O objetivo do canal controlado pelo bilionário grupo Turner era ter oito clubes na elite a partir do futuro contrato, um número que garantiria uma grade mínima de jogos. Divulgando propostas até dez vezes maiores que o braço de tevê paga da Globo, o EI conseguiu captar clubes como Santos, Inter e Atlético-PR. No Nordeste, o objetivo era obter um time de massa em cada uma das três maiores metrópoles: Recife, Salvador e Fortaleza. Faltava só a capital pernambucana para cumprir a missão.

O Santa vinha sendo seduzido pelo EI há meses. E após os anúncios de Sport, em 23 de fevereiro, e Náutico, em 16 de março, ambos com a Globo, o tricolor se decidiu. Aguardado para um evento em São Paulo, no anúncio das equipes confirmadas pelo Esporte Interativo, o presidente coral, Alírio Moraes, revelou ao repórter Yuri de Lira, do Diario de Pernambuco, o acerto com a concorrente.

“Temos como cravar a Globo, mas só daqui para o fim do mês que vou viajar para sacramentar os valores.”

O dirigente evita falar de cifras, mas garantiu o acerto de 2019 a 2024, o mesmo período dos alvirrubros – os leoninos assinaram por dois anos, 2019/2020. Considerando todas as plataformas (tvs aberta e fechada, ppv, internet e sinal internacional), o mandatário timbu, Marcos Freitas, projeta R$ 45 milhões caso dispute a elite. É improvável que a cota coral seja inferior. Com a decisão, os três clássicos locais poderão ser exibidos no Sportv, menos para o Recife, que segue no modelo pay-per-view. Vale lembrar que o clube do Arruda já topara a proposta pontual de R$ 26 milhões para a Série A de 2016.

Tricolor, o que você acha do acordo entre Santa e Globo de 2019 a 2024?

Impeachment nas semis do Nordestão, sem Santa Cruz e Sport na TV aberta

Muro do Impeachment, em Brasília. Foto: Victor Soares/Agência Brasil

Os jogos mais importantes de Santa e Sport nesta temporada, até o momento, serão realizados em horário nobre, às 16h do domingo. Ambos fora de casa, contra Bahia e Campinense, em busca de um lugar na final do Nordestão de 2016. Por mais que todas, absolutamente todas as partidas dos times mais populares do estado tenham sido transmitidas pela Globo Nordeste quando atuaram como visitantes (oito vezes), desta vez os dois estão fora da grade.

A direção nacional da emissora optou por transmitir a votação sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados, e antecipou para as 16h20 do sábado as partidas da grade. Foi assim no Paulista, Mineiro, Gaúcho, Cearense, Alagoano… Nada de futebol no domingo. Em vez de arquibancadas lotadas, um país dividido pelo muro em Brasília, em frente ao Congresso. Duas exceções: o Carioca, com os quatro grandes jogando no domingo, apenas no pay-per-view, e o Nordestão, em sua fase decisiva.

No caso, Bahia x Santa e Campinense x Sport serão exibidos apenas pelo Esporte Interativo, alcançando 71% do mercado de televisão por assinatura. Sem a necessidade de atender à tevê aberta no Recife e em Salvador, por qual motivo as partidas seguiram no mesmo horário, repartindo a audiência? Afinal, mesmo com dois canais, o EI, detentor dos direitos, poderia passar um no sábado e outro no domingo, ou dois no domingo, às 16h e às 18h30.

Com a palavra, o diretor do EI, Fábio Medeiros, que respondeu ao blog no twitter:

“A gente também preferia (jogos em horários diferentes), mas a Globo pediu pra ser nesse horário, pois antes ela passaria os dois (um para o Recife e outro para Salvador). E agora não dá pra mudar. Quando fomos avisados não dava mais tempo, infelizmente. Seria espetacular. Uma pena! E também entendo a necessidade deles (Globo) fazerem a cobertura de Brasilia”.

Ou seja, além dos assinantes do canal (até 440.179 na Bahia e 273.587 em Pernambuco) e das ondas do rádio, o único jeito para assistir aos jogos, cercados de ansiedade, é viajar. São dois mil ingressos aos corais na Fonte Nova, no terceiro anel, e dois mil aos leoninos no Amigão, na arquibancada da sombra. Limitação total para dois jogos esperados por milhões…

Setorização da Fonte Nova para Bahia x Santa Cruz, pela semifinal do Nordestão 2016. Crédito: Fonte Nova/reprodução

Setorização do Amigão para Campinense x Sport, pela semifinal do Nordestão 2016. Crédito: Campinense/twitter

Podcast 45 (233º) – Análise dos jogos de ida da semi e projeções do Nordestão

Em dois jogos movimentados no Recife, cinco gols anotados e cenários completamente abertos para as partidas de volta pela semifinal da Copa do Nordeste de 2016. O Santa Cruz vencia o Bahia até os 37 do segundo tempo, mas acabou cedendo o empate, 2 x 2. Já o Sport empatava sem gols com o Campinense até os 49 minutos, 1 x 0. Com o futebol objetivo demonstrado no Arruda, qual é a chance coral de voltar classificado em Salvador, no domingo? Com a desorganização tática na Ilha, o que Leão deve fazer em Campina Grande, sobretudo com as suspensões de Durval e Rithely? Pauta suficiente para o 45 minutos, que ainda debateu o texto infeliz, na visão do blog, do Movimento Ocupe Estelita, defendendo a Torcida Jovem (veja aqui).

Neste podcast, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Santa Cruz 2 x 2 Bahia (gravado em 14/04)

Sport 1 x 0 Campinense, Bahia x Santa e Estelita/Jovem (gravado em 15/04)

Irreconhecível em campo, Sport vence o Campinense aos 49 do segundo tempo

Nordestão 2016, quartas de final: Sport 1x0 Campinense. Foto: Williams Aguiar/Sport

Havia gente demais na Ilha, com o borderô informando 23.390 pessoas. Todas conscientes do mau futebol apresentado pelo Sport, desorganizado taticamente. Não que tenha feito grandes jogos em 2016, mas foi muito abaixo. O hiato entre a zaga e o ataque era enorme. O próprio Diego Souza, esperado para armar, estava lá na frente, de costas, como um pivô. Na criação, a bola insistia em passar nos pés do volante Serginho, incapaz de um passe vertical certeiro. Quando cansou de errar, fez o feijão e arroz de sempre, tocando de lado.

E aí, outro problema, com os dois zagueiros, Durval e Henríquez, saindo no aperto nas laterais, quase sempre sem sucesso. Com o mandante totalmente travado pela bem postada equipe do Campinense, o capitão leonino se arriscou nos lançamentos. Outra arma ineficaz, do começou ao fim – inclusive gerando perigosos contragolpes, desperdiçados pelos paraibanos. E o apoio da torcida, ainda na rua, na chegada do ônibus com a delegação, foi virando apreensão.

Nordestão 2016, quartas de final: Sport 1x0 Campinense. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Como o jogo só fazia piorar, o sentimento virou revolta. Misto de vaias e aplausos nas duas primeiras substituições, vaias elevadas na terceira (pela saída de Lenis e pela entrada de Maicon) e xingamentos de “burro” para Falcão. Atmosfera preocupante na semifinal. Na base do “6-0-4”, os lançamentos iam sendo brecados. Com a bola no chão, passes curtos, com uma barreira branca à frente. O Sport entrou poucas vezes na área de Glédson – quando conseguiu, foi através de toques rápidos, algo esperado durante toda a noite.

Já nos descontos, a placa com cinco minutos de acréscimo. Muito? Seis substituições, carro-maca acionado três vezes para jogadores do Campinense e jogo parado por mais dois minutos com o goleiro, em dois lances seguidos. Cera. Mas, francamente, faltava futebol mesmo. A ponto de a vitória, aos 49 minutos, sair com um centroavante improvável, por mais eficiente que seja no fundamento. De Maicon, que ainda não havia jogado bem uma vez sequer, para Durval, 1 x 0. Vantagem no apagar das luzes. Na comemoração, um desabafo geral. Está certo o camisa 4. Time e torcida precisam jogar juntos, até o fim.

Nordestão 2016, quartas de final: Sport 1x0 Campinense. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Os torneios olímpicos de futebol no Rio

Sorteio dos torneios olímpicos de futebol em 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Os torneios olímpicos de futebol em 2016, tanto masculino quanto feminino, foram definidos em sorteio no Maracanã, palco da decisão dos Jogos do Rio de Janeiro, com a Seleção Brasileira buscando o inédito ouro nas duas categorias. Tem cinco pratas ao todo. Entre os homens, na mais que conhecida obsessão da Canarinha, o time Sub 23 ficou num grupo fácil, com Iraque, África do Sul e Dinamarca. Para o evento, que será realizado em seis cidades (apenas Salvador no Nordeste), o time deverá contar com Neymar, liberado pelo Barcelona. O craque será um dos três convocados acima do limite de idade.

O degrau mais alto do pódio vem passando pertinho há algumas Olimpíadas. As cinco medalhas foram conquistadas nas últimas oito edições, com três pratas (1984, 1988 e 2012) e dois bronzes (1996 e 2008). Até hoje, 18 seleções conseguiram o ouro olímpico no futebol, incluindo os rivais Uruguai e Argentina, ambos bicampeões (1924/1928 e 2004/2008). Logo, o Brasil só aparece em 19º lugar no quadro de medalhas (abaixo). O regulamento no Rio é o mesmo das últimas edições, com quatro grupos de quatro times, nos quais os dois melhores avançam. Na sequência, quartas de final, semifinal e final. É a chance.

Grupos do torneio olímpico masculino de futebol de 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Tabela da seleção masculina na 1 fase:
04/08 – Brasil x África do Sul (Mané Garrincha, 16h)
07/08 – Brasil x Iraque (Mané Garrincha, 22h)
10/08 – Brasil x Dinamarca (Salvador, 22h) 

Já no torneio feminino, onde a Seleção também bateu na trave, são doze países, divididos em três chaves. Ou seja, além dos dois melhores de cada grupo, os dois melhores terceiros lugares avançam ao mata-mata. Ainda liderado por Marta, o time verde e amarelo tem como missão chegar ao menos na semifinal. Nas cinco edições realizadas desde Atlanta, em 1996, as mulheres brasileiras só caíram nas quartas uma vez, justamente na última edição, em Londres.

Grupos do torneio olímpico feminino de futebol de 2016. Crédito: twitter.com/Brasil2016

Tabela da seleção feminina na 1ª fase:
03/08 – Brasil x China (Engenhão, 16h)
06/08 – Brasil x Suécia (Engenhão, 22h)
09/08 – Brasil x África do Sul (Manaus, 22h)

Palcos selecionados: Maracanã, Engenhão, Mané Garrincha, Arena Corinthians, Mineirão, Fonte Nova e Arena da Amazônia. Sobre ingressos, veja aqui.

Eis o quadro de medalhas dos finalistas do torneio masculino de 1900 a 2012…

Quadro de medalhas no torneio masculino de futebol de 1900 a 2012. Crédito: Wikipedia/reprodução

Eis o quadro de medalhas dos finalistas do torneio feminino de 1996 a 2012…

Quadro de medalhas no torneio feminino de futebol de 1900 a 2012. Crédito: Wikipedia/reprodução

Santa domina o Bahia, mas cede empate no fim e terá que se superar em Salvador

Nordestão 2016, semifinal: Santa Cruz 2x2 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruza

O Santa jogou bem melhor que o Bahia, abrindo a semifinal do Nordestão. Levou um gol no começo, mas se impôs para virar, na velocidade e na técnica. Finalizou bastante, tentando ampliar, mas acabou penalizado, literalmente, no fim. Empate em 2 x 2 no Arruda, obrigando o time a se superar na Fonte Nova, diante do ainda invicto rival – nada que o povão não tinha visto na última Série B. A torcida, com a presença decepcionante de 12 mil espectadores, saiu encharcada pelo toró, mas condicionada a manter a confiança até domingo. No campo, o time deu essa esperança, com intensidade em jogadas pelas pontas, sobretudo com Keno, e uma marcação consistente, travando o adversário, que mal conseguia sair jogando, arriscando ligações diretas para Hernane Brocador.

A isso se deve a formação. Milton Mendes escalou o Santa sem surpresa, com Lelê no meio, com um trio ofensivo. Idem no lado baiano, mas sem toque de bola. Menos participativo, o ataque visitante teria que jogar no erro adversário, e do árbitro. Num contragolpe aos 19 minutos, com os corais reclamando uma falta não marcada em Allan Vieira, o lance seguiu num chute cruzado, defesa de Tiago Cardoso e rebote do Broca. Após 34 dias parado, o centroavante marcou duas vezes em dois jogos. No ano, são dez tentos em nove partidas. Tem faro.

Nordestão 2016, semifinal: Santa Cruz 2x2 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruza

De cabeça erguida, o time coral permaneceu no campo adversário. Pouco depois, teve um gol (corretamente) anulado – sinal de que Lomba teria trabalho (e foi bem). Com 67% de posse, seguiu assim até os 44. Numa baita jogada, Keno passou por dois e bateu da quina da área, no cantinho, chegando a sete gols na temporada. Igualou sua melhor marca, de 2013. No intervalo, o recado foi claro: manter o ritmo, pois o Bahia não reagia. Após duas chances, a virada veio com Grafite, que tirou a inhaca de sete jogos, após uma rápida infiltração. 

Exausto, Keno seria substituído por Daniel Costa, que, sem surpresa, diminuiu a rotação. Porém, sem comprometer. Sem chegar com perigo uma vez sequer, o Baêa conseguiu o empate aos 37. Vacilo de Wellinton Cézar, com a mão na bola num bololô após o escanteio. Pênalti, cobrado e convertido pelo ex-coral Luisinho. A vantagem do empate praticamente sumiu. Pior, Milton terá que repor a vaga de Lelê, expulso. Opções? Leandrinho, Daniel e Léo Moura. Ou uma nova improvisação ou um novo esquema. Tem três dias para decidir, com a confiança depositada pela torcida para ir à final da Lampions…

Nordestão 2016, semifinal: Santa Cruz 2x2 Bahia. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruza

Semifinalistas do Nordestão no cinema

Promovendo as semifinais da Copa do Nordeste de 2016, o canal Esporte Interativo, detentor dos direitos de transmissão do torneio, tratou os clubes como filmes famosos, com direito a “trailers”. Foram lançados quatro vídeos (devidamente compartilhados nas redes sociais), com um minuto cada. Entre imagens e depoimentos, peças emulando os cenários cinematográficos.

No Santa, o ídolo Grafite assume o papel de Don Vito Corleone, O Poderoso Chefão da máfia italiana, na aclamada trilogia baseada na história escrita por Mario Puzo. Adversário dos corais, o Bahia, com uma campanha ainda invicta, teve um filme foi apropriado: Invictus. Em vez do presidente sul-africano Nelson Mandela (Morgan Freeman) e do capitão da seleção nacional de rúgbi François Pienaar (Matt Damon), o técnico Doriva e o goleiro Marcelo Lomba.

Já o Sport, cujo vídeo alcançou 430 mil visualizações em uma semana no facebook, o filme escolhido foi o último da trilogia O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei. Virou “O Senhor da Ilha”, na imagem de Diego Souza, substituindo Aragorn. E o Campinense? O campeão de 2013 quer, claro, repetir a história. Não por acaso, ganhou uma versão de De volta para o futuro.

Aprovou o filme escolhido para o seu time?

Para assistir aos vídeos, clique nos hiperlinks azuis nos nomes dos clubes.

Santa Cruz

Grafite como "O Poderoso Chefão". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Bahia

Doriva como "Invictus". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Sport

Diego Souza como Aragorn, em O Retorno do Rei. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Campinense

O Campinense querendo ir "De volta para o futuro". Crédito: Esporte Interativo/reprodução

As duas Taças das Bolinhas do Nordeste a 500 metros de distância, no Recife

As Taças das Bolinhas de 1988 (Bahia) e 1987 (Sport). Fotos: Bahia/twitter e panoramio.com

No embalo da semifinal do Nordestão, contra o Santa, o Bahia realizou um encontro oficial de torcedores que moram no Recife, com a “embaixada tricolor”. O evento aconteceu em um restaurante, com a presença de Beijoca, ídolo baiano, e de dois diretores, entre eles Nei Pandolfo, ex-Sport, repassando informações do clube e distribuindo 26 ingressos para o jogo no Mundão. Para completar, foi exposta a Taça das Bolinhas de 1988, conquistada diante do Inter.

Pois é, a direção de marketing do Baêa costuma fazer um tour com o maior troféu do clube, num ato que não passa à margem da torcida. Por isso, também chamou atenção a localização do evento, na Madalena, em frente ao supermercado Extra. A aproximadamente 500 metros da Ilha do Retiro, onde está guardada Taça das Bolinhas de 1987, do Leão. Ou seja, as duas réplicas oficiais do famoso troféu do Brasileirão, de 1975 a 1992, as únicas do Nordeste, nunca estiveram tão próximas. Normalmente, a distância é de 807 quilômetros…

Encontro oficial de torcedores do Bahia no Recife. Foto: Bahia/twitter