Com os jogos na terça e na quarta, a gravação do 45 minutos começou no início da madrugada de quinta-feira, após Corinthians 4 x 3 Sport, que foi o tema principal desta edição. O pênalti marcado contra o Leão, no finzinho, teve destaque, claro. Na sequência, o empate do Náutico na Fonte Nova, evitando o “X” dos tricolores e dando fôlego ao elenco de Lisca, que ainda carece de reforços. Por último, a segunda vitória do Santa Cruz com a assinatura de Grafite. Analisamos a projeção de G4 a partir da curva ascendente.
Ah, o tira-teima desta vez foi sobre a luta entre Luciano Todo Duro e Reginaldo Holyfield. O que você achou da realização do embate entre os veteranos?
Neste podcast, de 1h37, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Antes do início da 18ª rodada, o Corinthians tinha 21 gols marcados. Dois pontos atrás do líder Galo, com 32 gols. O poder ofensivo do time paulista sofria críticas apesar do sistema tático competitivo de Tite, com a melhor defesa até então (10 tentos). Em Itaquera, contra o Sport, tudo se inverteu. A zaga não ajudou, sendo vazada três vezes, algo raro. Ainda mais raro foi o desempenho lá na frente, com quatro gols, garantindo o 4 x 3 e a liderança provisória. Ao Rubro-negro, ficou a frustração, uma vez que o time teve uma reação impressionante.
Após o gol contra de Samuel Xavier aos 14 do segundo tempo – o terceiro dos leoninos na Série A, sendo o time que mais cometeu essa besteira -, a equipe se entregou. Com 3 x 1 para o Timão à aquela altura, ocorreram jogadas sem verticalização, muitas falhas de posicionamento e nenhum chute. Não parecia o Sport visto em boa parte do Brasileirão. Até que Eduardo Batista foi para o tudo ou nada, colocando Hernane Brocador e Régis nas vagas de André (que já deixara o dele) e Elber (pouco instigado). No primeiro toque na bola o Broca diminuiu, num belo gol por cobertura. No segunda finalização, aos 31, empatou, escorando um cruzamento rasteiro. Mostrou o esperado faro de gol.
Com a igualdade no placar somada à derrota do Flu em Porto Alegre, o Leão dormiria no G4. Uma reação pontual, que acordou o time. Até que, aos 39 minutos, o árbitro paulista Luis Flávio de Oliveira marcou pênalti de Rithely, que cortou um cruzamento com o braço direito, totalmente aberto. Por mais que não tenha sido intencional, não há como negar que o volante se expôs no lance, duvidoso. Jadson cobrou bem e definiu a vitória alvinegra. Ao Leão, que perdeu apenas a 2ª partida em 18 apresentações, resta retomar o equilíbrio entre ataque e defesa contra a Ponte Preta, na Ilha, encerrando o turno.
Após quatro rodadas, os representantes pernambucanos pontuaram na mesma rodada. O script foi o mesmo, com uma vitória em casa e um empate fora. Nesta 18ª jornada, o Santa Cruz venceu o Mogi Mirim, no Arruda, e o Náutico empatou com o Bahia, na Fonte Nova. O Tricolor melhorou a sua condição, diminuindo a distância para o G4 de cinco para quatro pontos, enquanto o Alvirrubro viu o hiato aumentar de dois para três pontos. Ainda assim, os rivais estão plenamente na luta pelo acesso. Basta dizer que a distância do Santa, em 7º, para o líder Vitória, é de seis pontos. E na próxima rodada, que encerra o primeiro turno, será justamente esse o confronto…
Vale registrar também o desespero do Ceará, num cenário impressionante. O atual campeão do Nordeste perdeu dois jogos seguidos no Castelão, contra integrantes do G4, e agora precisa de 11 vitórias nos 20 jogos restantes para evitar o descenso, que seria o seu primeiro à Série C.
No G4, dois baianos (inclusive o líder), um mineiro e um carioca.
A 19ª rodada dos representantes pernambucanos
14/08 (19h00) – Vitória x Santa Cruz (Barradão)
15/08 (16h30) – Náutico x Bragantino (Arena Pernambuco)
Além do fraco rendimento como visitante nesta Série B, até então de 20,8%, o Náutico teria contra o Bahia, numa noite estrelada na Fonte Nova com 23 mil torcedores, a pressão de poder ser ultrapassado pelo Santa Cruz. Algo irreal na sexta rodada, quando a diferença a favor dos alvirrubros já era de doze pontos. De lá para cá, curvas distintas dos rivais. E no Recife o Tricolor fez a sua parte.
O “X” na classificação só seria evitado se o time de Lisca pontuasse em Salvador. Conseguiu. Pela reta final do clássico regional, o 1 x 1 ficou de bom tamanho para os pernambucanos. No entanto, não há como não lamentar o contexto aos 5 minutos do segundo tempo. Àquela altura, o Alvirrubro estava à frente, com Patrick Vieira escorando o cruzamento de Gastón no finzinho da primeira etapa. Bem postado, criou duas ótimas oportunidades para ampliar. Na primeira, Fabiano Eller conseguiu o impossível. Num rebote, com o goleiro no chão, o zagueiro, a um metro da barra, acertou a trave. Logo na sequência, numa falta, o volante Willian Magrão acertou o travessão.
Não demorou sete minutos para sair o empate, com Vítor Costa acertando um chutaço da ponta da área. Golaço, cruel. No finzinho, com Rodolpho (de volta após oito anos, substituindo o machucado Júlio César) seguro e o ex-alvirrubro Souza mandando uma cobrança de falta na barreira, ficou o pontinho somado, que manteve o time dos Aflitos a uma vitória do G4. E à frente do Santa.
Antes dos trinta minutos o Santa já havia virado o placar. O Mogi Mirim, bem diferente do outrora “rebaixado” nas primeiras rodadas da Série B, marcou aos 13, após uma falha de posicionamento dos corais, com Geovane aproveitando o rebote de Tiago Cardoso. Entretanto, não houve afobação e não houve pressa em jogar, até mesmo pelo campo pesado com a chuva que teima em cair nos jogos do Tricolor. Mas, curiosamente, a situação melhorou rapidamente.
Os gols saíram com Grafite (dois gols de cabeça em três finalizações até aqui, num rendimento excelente) e Anderson Aquino chegando a dez gols na competição. Cobrou um pênalti após a bisonha falta cometida pelo time paulista. O placar de 2 x 1 seria mantido até o final, uma vez que o segundo tempo foi fraco tecnicamente. Com o time de Martelotte satisfeito com o resultado, o visitante, sem Rivaldo e ainda na zona de rebaixamento, precisava se expor. E nem isso aconteceu, com uma timidez ofensiva.
Na noite em que os veteranos laterais Lúcio (esquerdo) e Vitor (direito) jogaram, não haveria (em tese) força para um contragolpe. Na reta final, coube a Grafite dar um belo passe, deixando Luisinho livre, mas bateu por cima. Ao menos o lance deixou claro que que o investimento no ídolo se pagará rapidamente através do nível técnico. A terceira vitória em quatro rodadas, deixou o Santa na entrada do G4. Está na briga, mas em breve precisará aumentar o ritmo.
Mensurando a pesquisa aos dados oficiais sobre a população do Brasil na época, segundo o IBGE, vamos às estimativas absolutas, que apontam um montante considerável para o futebol pernambucano. Somadas, as torcidas de Sport, Santa e Náutico representam 6.191.807 pessoas. O Leão da Ilha, aliás, aparece na liderança entre os nordestinos, onde costuma se revezar com o Bahia, e em 11º lugar nacional, repetindo a sua melhor posição, até então alcançada uma vez, em 2010, num estudo do Ibope (veja aqui).
Um claro diferencial nesta análise do Paraná é a presença de duas casas decimais nos percentuais de cada clube citado. Ibope e Pluri Consultoria, por exemplo, adotam apenas uma casa decimal. E há quem não use “vírgula” alguma. As pesquisas do Datafolha apresentam dados arredondados, para cima ou para baixo, por entender que os decimais poderiam causar uma “impressão falha de precisão”. Entre outros motivos (geográfico e histórico), a diferença nas torcidas em relação às demais pesquisas nacionais, inclusive as mais recentes, também se deve à margem de erro, neste caso de 1%.
Paraná Pesquisas / Brasil 2013
Período: julho a dezembro de 2013
Público: 7.302 (258 municípios)
Margem de erro: 1,0%
População estimada (IBGE/2013): 201.032.714
No início do Campeonato Brasileiro de 2015, o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Sérgio Corrêa, anunciou uma medida polêmica. Ele autorizou a escalação de árbitros do mesmo estado do clube mandante ou visitante. Anteriormente, isso só acontecia em clássicos, naturalmente.
A explicação do cartola: “Estamos trabalhando aos poucos, vai ser uma coisa lenta, porque as pessoas têm que se habituar a confiar. O grande problema é que ninguém confia em nada. Isso não existe. Agora, os árbitros têm que fazer a parte deles”.
Dos dez jogos da 18ª rodada da Série A, apenas um teve um árbitro do mesmo estado do time da casa. Levando em conta as 180 partidas até aqui, esta foi apenas a oitava vez, desconsiderando os clássicos estaduais, em que um juiz do estado de um dos clubes (mandante ou visitante) foi sorteado. Numa briga direta pelo G4, a situação de Corinthians x Sport é ainda mais curiosa porque todo o quadro é ligado ao futebol paulista. Caso inédito. Na visão do blog, por mais que, a partir de uma “nacionalização”, Sérgio Corrêa alegue que “era assim na década de 1970”, trata-se de impor ainda mais a pressão sobre o trio.
Mesmo árbitro do mandante
31/05 – Internacional 0 x 0 São Paulo – Leandro Vuaden (Fifa-RS)
02/08 – Figueirense 3 x 1 Ponte Preta – Heber Roberto Lopes (Fifa-SC)
12/08 – Corinthians x Sport – Luis Flávio de Oliveira (Fifa-SP)
Mesmo árbitro do visitante
31/05 – Goiás 1 x 1 Grêmio – Anderson Daronco (Fifa-RS)
13/06 – Sport 2 x 1 Joinville – Heber Roberto Lopes (Fifa-SC)
20/06 – Grêmio 1 x 0 Palmeiras – Raphael Claus (Fifa-SP)
02/07 – Figueirense 3 x 1 Goiás – Wilton Sampaio (Fifa-GO)
19/07- Joinville – 1 x 1 Ponte Preta – Rapahel Claus (Fifa-SP)
O 45 minutos esmiuçou os jogos dos grandes clubes pernambucanos pelo Brasileiro no fim de semana. Nesta 159ª edição, a pauta principal foi o Santa Cruz, com a estreia de Grafite. Foram quase 40 minutos sobre a vitória coral e o peso da presença do atacante para o decorrer da Série B. Na sequência, a má fase do Náutico, derrotado no Rei Pelé e queimando a sua gordura na classificação. Por fim, o amargo empate do Sport em Curitiba, sofrendo um gol do Atlético-PR aos 52 do segundo tempo.
Neste podcast, de 1h32m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O pelotão que briga por um lugar na Libertadores é composto, até aqui, por oito equipes. Na 17ª rodada da Série A, apenas um venceu, achatando ainda mais a classificação. No Grenal que encerrou o domingo, o Grêmio atropelou o Inter por 5 x 0 e saltou para o 3º lugar. Logo cedo, na Arena da Baixada, com 27 mil torcedores, o Sport cedeu o empate ao Atlético-PR no último minuto. Com o resultado, o Leão passou o resto do dia secando os adversários.
À tarde até deu certo, com o 1 x 1 entre São Paulo e Corinthians, o empate do Galo no Serra Dourada e a derrota do Palmeiras diante do atual bicampeão brasileiro, o Cruzeiro. À noite, não adiantou. Com isso, o Rubro-negro saiu do G4 pela terceira vez nesta edição. Ainda assim, aparece com os mesmos 30 pontos do 3º colocado. Está atrás no critério de vitórias (9 x 7).
A 18ª rodada do representante pernambucano
12/08 (22h00) – Corinthians x Sport (Itaquerão)
Histórico em Sampa pela elite: 3 vitórias do Sport, 4 empates e 4 derrotas.
A história de Atlético-PR x Sport começa pelo último lance. Aos 52 minutos e 10 segundos do segundo tempo, após a cobrança de escanteio pelo lado direito, o zagueiro chileno Vilches ganhou a disputa para o até então invencível Matheuz Ferraz e acertou o cantinho de Danilo Fernandes, cuja cota de milagres estava em dia mais uma vez, com duas defesaças em Curitiba. Mas não deu nessa derradeira tentativa, que empatou o jogo em 1 x 1, evitando a primeira vitória do Leão como visitante neste Brasileirão, que mesmo assim tem apenas um revés em 17 jogos. Os rubro-negros (pernambucanos) se queixaram do acréscimo dado pelo árbitro Anderson Daronco, do quadro gaúcho. Só por isso?
Foram sete minutos além dos 45. Antes dos erros do Sport (chegaremos lá), vale esmiuçar o tempo extra. A parada técnica para hidratação durou 1min35s e foram efetuadas quatro substituições (as outras duas ocorreram no intervalo), além do atendimento ao goleiro Danilo Fernandes, após uma bolada no estômago. Sete minutos parece um exagero. Pior. O gol ainda saiu depois disso, e em tese o juiz só precisa esperar em caso de pênalti. Gol nos descontos à parte, até porque o Sport também marcou na mesma circunstância contra Goiás, Santos, Avaí e Palmeiras, o maior problema foi a mudança de postura.
O primeiro tempo foi exemplar, com as linhas bem postadas e domínio das ações, mesmo em vantagem – num jogo bom, com 70% de bola rolando. Na virada de campo, o Furacão abriu as pontas e acelerou a transição, dando trabalho demais, mesmo com Walter apagado. Com o Leão se limitando a tirar a bola da área, Eduardo Batista mexeu três vezes, acionando os reservas imediatos de cada posição. Mesmo pressionado, o time da Ilha fazia a sua parte e teve a chance pra matar, com Diego Souza, pouco antes de sofrer o empate. Cara a cara, o camisa 87 desta vez não decidiu. Acontece, empate amargo.