Classificação da Série A 2014 – 29ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 29ª rodada. Crédito: Superesportes

Enquanto vencia o Botafogo, o Sport subiu para o 9º lugar e aumentava para nove pontos a distância em relação ao Z4. O gol sofrido custou caro. Derrubou o Leão para o 12º lugar e reduziu a vantagem para sete pontos. Apesar de enfim ter pontuado longe de Pernambuco, o time volta pressionado ao Recife, pois já não vence há seis jogos. E precisa de ao menos três vitórias para apagar qualquer risco de descenso.

Já na briga pelo título, o Cruzeiro voltou aos trilhos, vencendo em Salvador. No Barradão, palco onde foi campeão brasileiro em 2013, o time mineiro venceu com um gol a seis minutos do fim. Quando os concorrentes vencem, o Cruzeiro não deixa por menos.

A 30ª rodada do representante pernambucano
22/10 – Sport x Goiás (21h30)

Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, nenhum empate e 2 derrotas.

Sport soma pontinho fora de casa, mas ainda sem agradar plenamente

Série A 2014: Botafogo 1x1 Sport. Foto: FERNANDO SOUTELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Eram oito derrotas seguidas como visitante. Apenas um gol marcado, de pênalti.

Considerando isso, o empate do Sport com o Botafogo em 1 x 1 foi até bom.

Em Volta Redonda, neste domingo, o time pernambucano brecou a série de derrotas e aumentou de 6 para 7 pontos a margem sobre o Z4.

No entanto, vamos além disso. Vamos considerar o desempenho em campo. Aí, para quem assistiu ao jogo, o resultado foi ruim.

Sobretudo pela boa postura no primeiro tempo, quando o Rubro-negro, instigado pelo discurso do Bope, buscou o ataque, jogando no erro de um adversário em crise. Sim, era preciso usar a crise alheia ao seu favor. Atrás, a segurança de Rodrigo Mancha, enfim recuperado.

O gol saiu aos 21 minutos – Mancha já havia acertado o travessão -, Diego Souza marcou um belo gol. Recebeu, ajeitou de cabeça e finalizou com força.

A vantagem pressionou ainda mais o mandante. Mas o Leão seguia criando. Pena ter vacilado tanto nas finalizações. Em uma delas, é preciso admitir, o mérito foi do goleiro Jefferson, novamente com Diego Souza.

Manter o futebol do primeiro tempo era o mínimo a ser feito na volta do intervelo. Repetindo uma prática comum no futebol brasileiro, o time de Eduardo Batista optou por recuar.

Mesmo ruim – o time carioca cheira à Série B -, o Botafogo conseguiu encostar mais no ataque, aproveitando os inúmeros chutões do Sport. Sair com a bola rasteira foi algo escasso.

Seguiu assim até a falta boba cometida por Wendel (bem, mesmo improvisado na zaga). Bem na meia lua. Wallyson cobrou mal, no meio da barreia. Gol…

Somente após tomar o empate o Sport resolveu – pra surpresa de pouca gente – jogar bola novamente. Pressionou, mas não finalizou com perigo.

Mesmo com a partida se estendendo até o 49 minutos, o placar se manteve.

O Sport pontuou fora, mas também chegou a seis jogos sem vitória…

Série A 2014: Botafogo 1x1 Sport. Foto: FERNANDO SOUTELLO/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Os problemas da Arena Pernambuco numa escala cada vez maior

Acesso da torcida coral na Arena Pernambuco para o jogo Santa Cruz 1x0 Vasco, na Série B de 2014. Crédito: divulgação/twitter

O borderô da Arena Pernambuco já variou de 354 a 30.061 espectadores.

Há uma organização específica para cada partida na arena.

Segundo o consórcio que administra o estádio, a divisão de funcionários em atividade é a seguinte, considerando o público presente:

5 mil torcedores – 600
15 mil torcedores – 1.000
30 mil torcedores – 1.600
40 mil torcedores – 2.200

Fica claro que é preciso “acertar” a expectativa de segurança, limpeza, manutenção, catraqueiros, bares, orientadores e administração. Um erro de cálculo pode ser fatal para todo o esquema.

A vitória do Santa Cruz sobre o Vasco registrou, oficialmente, 24.283 torcedores.

Isso corresponde a 52,5% da capacidade total da arena, com 46.214 assentos.

Acesso da torcida coral na Arena Pernambuco para o jogo Santa Cruz 1x0 Vasco, na Série B de 2014. Crédito: Allan Robert/twitter

Mesmo com percentual mediano, o número foi suficiente para uma tarde de problemas em São Lourenço da Mata.

Somando a isso a onipresente mobilidade falha – e ainda não finalizada pelo governo do estado -, a acessibilidade no estádio pecou.

A primeira imagem deste post, com uma multidão do lado do de fora, foi feita às 16h50, quando o jogo da Série B já estava com 40 minutos de bola rolando!

A cada segundo a mais, o nervosismo (justo) do torcedor só aumentava.

O tal torcedor se deslocou mais que o habitual em relação ao Arruda, pagou ingresso e simplesmente não conseguiu entrar no seu setor.

O cenário torna-se ainda mais crítico quando levamos em conta o fato de ser o estádio mais moderno de Pernambuco, no mais alto padrão de infraestrutura.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

O volume de pessoas acabou fazendo com que a organização liberasse o setor inferior sul, embaixo dos visitantes e que geralmente fica vazio.

Apesar da presença maciça do povão, o sábado não estabeleceu o recorde de público entre clubes, ainda pertencente à final do Estadual deste ano entre Náutico e Sport – na Copa, lembrando, a organização coube à Fifa.

Trata-se da única arena do Nordeste que ainda não lotou (veja aqui).

E mesmo assim segue apresentando problemas…

Antes, durante e após os jogos. A saída do estacionamento – uma queixa recorrente dos torcedores alvirrubros, diga-se – se estendeu aos corais, com relatos de até 1h30 para deixar o local. Sempre por um portão congestionado.

A Arena Pernambuco é espetacular, não há dúvidas sobre isso. Porém, a experiência no estádio ainda não é equivalente. Longe disso.

Saída da torcida coral na Arena Pernambuco para o jogo Santa Cruz 1x0 Vasco, na Série B de 2014. Crédito: Allan Robert/twitter

A 30ª classificação da Segundona 2014

Classificação da Série B 2014, na 30ª rodada. Crédito: Superesportes

Após muitas rodadas, a Série B de 2014 enfim apresenta o mesmo número de jogos para todos os vinte participantes. O Santa, que tinha um jogo adiado, aproveitou bem a semana, vencendo duas vezes, chegando a 45 pontos e empatando com o Náutico, que ficou no 1 x 1 no Maranhão. Ambos a sete pontos da zona de classificação a elite. Faltam apenas oito rodadas…

No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.

A 31ª rodada dos representantes pernambucanos
21/10 – Boa Esporte Náutico x (20h50)
28/10 – Santa Cruz x Vila Nova (18h30)

Apagado no primeiro tempo e brigador no segundo, Timbu empata no Maranhão

Série B 2014, 30ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: Site Oficial do Sampaio Corrêa/Assessoria

Com a derrota do Avaí na terça-feira, uma vitória no sábado deixaria o Náutico a cinco pontos do G4. Era mais uma grande chance batendo na porta. Claro, não seria fácil vencer o Sampaio Corrêa no Maranhão. Portanto, seria preciso uma dedicação absoluta nos 90 minutos. Infelizmente, faltou atitude na primeira metade. Não há como pensar diferente.

O time pernambucano ficou preso na marcação adversária até com certa facilidade. Nos primeiros minutos, faltou buscar mais tabelas, impor um ritmo mais rápido. Para piorar o cenário, o Náutico foi vazado rapidamente. Aos 12 minutos, liberdade no escanteio para Mimica, que aproveitou o desvio para mandar de cabeça para as redes.

Relembrando o contexto do jogo, somente a vitória importava para uma chance mais clara de acesso. A pressão pelo resultado parece mesmo ter feito a diferença, sem qualquer reação.

No intervalo, Dado Cavalcanti cobrou mais organização tática de sua equipe. Mais gana em um campeonato tão complicado. Enquanto isso, do outro lado, nada de treinador. O ex-alvirrubro Lisca cumpria suspensão e assistia a tudo, nervoso como sempre, num camarote.

E de fato, o segundo tempo pareceu até outro jogo. Um Alvirrubro mais aceso, mais brigador. O mínimo que a torcida esperava. Com Júlio César se garantindo embaixo da trave, o empate em 1 x 1 veio com o volante Paulinho, marcando pela quarta vez nesta Série B. O maior volume na etapa final só não foi realmente premiado por causa do pênalti não assinado em Cañete, no finzinho. O lance deixou os alvirrubros na bronca. Uma pena que esse esforço todo não tenha começado logo às 16h10…

Os tricolores encheram a arena e saíram com os três pontos diante do Vasco

Série B 2014: Santa Cruz 1x0 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Antes do jogo contra o Vasco, os tricolores viveram dias turbulentos. Sobretudo na quinta-feira, com a paralisação dos atletas devido aos dois meses de salários atrasados. Havia a expectativa acerca do desempenho contra um integrante do G4 após o episódio.

Em campo, não foi possível perceber tal lacuna, numa vitória de muita raça, 1 x 0. Numa Arena Pernambuco com presença maciça do povão, o Santa começou afoito, partindo com tudo. Tanto que foi preciso pisar no freio e atuar com mais segurança, tomando consciência do adversário em questão.

A melhor chance no primeiro tempo foi num chute de canhota de Tiago Costa. Isso mesmo, só uma chance (de ambos os lados). O jogo acabou ficando pegado, com muitas reclamações de ambos lados – inclusive um pênalti não marcado a favor dos corais.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

O segundo tempo cresceu tecnicamente. A isso, uma bela atuação do vascaíno Maxi Rodríguez, dando trabalho demais. Porém, as chances continuaram escassas. A melhor delas, desta vez, foi para o Vasco, com Tiago Cardoso salvando.

Com o visitante pressionando cada vez mais e o empate sendo um “bom negócio”, o Tricolor levantou a arena, já aos 40 minutos do segundo tempo. Num longo lançamento, Cassiano dominou – aquele mesmo, que passou oito meses se recuperando de uma lesão. Limpou a jogada e bateu no cantinho.

O gol para manter o sonho vivo, ainda que distante, a sete pontos do G4. À parte disso, levantou a Arena Pernambuco e quebrou a invencibilidade carioca no returno.

Já valeu o sábado.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Domínio pernambucano no hóquei sobre patins

Time do Sport no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Sport/facebook

O hóquei pernambucano conquistou o seu 11º título nacional masculino.

São dois títulos na extinta Taça Brasil e nove no Campeonato Brasileiro.

O triunfo de 2014, em Sertãozinho, vai para a galeria do Sport, que pela primeira vez em sua história venceu nacional em dois anos consecutivos. Foi também a primeira vez que o Leão sagrou-se campeão brasileiro fora do Recife.

Títulos nacionais de Pernambuco
Português: 1966 e 1967 (ambos na Taça Brasil), 1980, 1981, 1998 e 2000
Sport: 1993, 1997, 2010, 2013 e 2014

Apesar de atualmente contar com um campeonato estadual de hóquei sobre patins com apenas três equipes – incluindo aí o Náutico, campeão nordestino em 2013 -, quase sem patrocínios, a modalidade é uma das mais vitoriosas do esporte pernambucano. Não por acaso, a capital sediou o Campeonato Mundial em 1995.

Time do Náutico no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Náutico/facebook

A modalidade foi introduzida no estado por Elísio Gomes, ex-presidente do Clube Português. O ano era 1953, na montagem da primeira equipe pernambucana. Todos os materiais (stick, bola, patins, joelheiras e luvas) foram importados de Portugal.

O tradicional Campeonato Pernambucano seria criado em 1959, tendo até hoje 32 títulos do Português, 21 do Sport e 2 do Náutico. O formato atual conta com três turnos, com cada um tendo jogos de ida e volta.

Já o Brasileiro, realizado nesta temporada no interior paulista, teve outro sistema. Foram sete equipes e turno único. E os três representantes locais conseguiram vitórias. Coube ao Sport a campanha perfeita na quadra, com seis vitórias, incluindo uma virada na última rodada, contra o Mogiana, então invicto.

Aos sobreviventes de uma modalidade sem recursos e com tantos títulos, parabéns!

Saiba mais sobre o hóquei pernambucano aqui.

Time do Clube Português no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2013. Foto: Português/facebook

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8… Gol do Náutico! Há 25 anos, o gol mais rápido do Brasileirão

Lance a lance de Nivaldo no gol mais rápido do Brasileirão, em 1989. Crédito: Youtube/Rede Globo

Nos mínimos detalhes, deu tudo certo para o Náutico. Do primeiro toque na bola, no drible, na arrancada e na finalização de fora da área.

Foram necessários apenas 8 segundos para o atacante Nivaldo abrir o placar contra o Atlético Mineiro no estádio dos Aflitos, lá na barra do country. É, até hoje, o gol mais rápido da história da Série A do Campeonato Brasileiro.

Neste 18 de outubro de 2014, o lance completa 25 anos. Ainda é surpreendente. Durante um bom tempo, como diz a narração da época, o gol teve “9 segundos”. Até que alguém cronometrou o lance e viu que o tento foi ainda mais rápido.

Aquele gol foi o primeiro de uma tarde movimentada, terminando com vitória alvirrubra por 3 x 2, com mais dois gols de Bizu, diante de 5.266 pagantes. Treinado por Paulo César Carpeggiani, o Timbu atuou com Mauri; Levi, Freitas, Romildo e Junior Guimarães; Gena, Erasmo, Leo e Nivaldo; Bizu e Augusto.

Vale reviver a história, ainda recorde, ainda alvirrubra…

No Eládio de Barros Carvalho, o futebol não foi tão rápido.

Videocast (1º) – Prévia de Sampaio x Náutico, Santa x Vasco e Botafogo x Sport

Iniciado no formato podcast, o projeto 45 minutos agora também conta com videocast. Em vez de gravações com mais de uma hora de duração, programas rápidos com dez minutos, com a prévia dos jogos dos clubes pernambucanos.

Nesta estreia, participo da gravação com Celso Ishigami e Fred Figueiroa, falando sobre os seguintes jogos: Sampaio Corrêa x Náutico, Santa Cruz x Vasco e Botafogo x Sport.

Entre os quatro melhores da Copa do Brasil

Copa do Brasil. Foto: CBF/divulgação

O G4 da Copa do Brasil é um reduto para poucos clubes…

O segundo torneio mais importante do país foi criado em 1989 e desde então foi ampliado várias vezes. Inicialmente, com 32 times, cada time precisava avançar três fases para alcançar a semifinal. Em 2013 o número de mata-matas para chegar à mesma etapa subiu para cinco, devido aos 87 participantes.

Chegar entre os quatro melhores da Copa do Brasil não é um trabalho nada fácil, mas com um bom rendimento de grandes clubes (Grêmio, Flamengo, Cruzeiro…). Por outro lado, é um terreno fértil para surpresas, do naipe de Linhares, 15 de Campo Bom e gente que chegou até mais longe, como Santo André e Paulista, campeões.

Até hoje, 32 times alcançaram a semi. A lista inclui dois clubes pernambucanos, com o Sport disputando em quatro oportunidades (1989/Goiás, 1992/Fluminense, 2003/Flamengo e 2008/Vasco) e o Náutico uma vez (1990/Flamengo).

Das cinco semifinais pernambucanas, duas resultaram em classificações. Contudo, isso é tema para outra postagem…

As semifinais da Copa do Brasil de 2014:

Cruzeiro x Santos
Atlético-MG x Flamengo

Post atualizado em 15 de outubro de 2014

Eis o número de semifinais de cada um. Entre parênteses, os títulos conquistados.

Ranking de clubes
11 – Grêmio (4) e Flamengo (3)
8 – Vasco (1)
7 – Cruzeiro (4)
6 – Corinthians (3) e Palmeiras (2)
5 – Coritiba
4 – Fluminense (1), Sport (1), Santos (1) e Goiás
3 – Internacional (1), Botafogo, Ceará, São Paulo e Atlético-MG
2 – Criciúma (1), Brasiliense e Vitória
1 – Juventude (1), Paulista (1), Santo André (1), Figueirense, Atlético-PR, Atlético-GO, Avaí, Ipatinga, Linhares, Náutico, Ponte Preta, Remo e 15 de Novembro

Ranking de estados
26 – Rio de Janeiro (5)
22 – São Paulo (8)
16 – Rio Grande do Sul (6)
11 – Minas Gerais (4)
6 – Paraná
5 – Pernambuco (1) e Goiás
4 – Santa Catarina (1)
3 – Ceará
2 – Bahia e Distrito Federal
1 – Espírito Santo e Pará