Quase um mês após o sorteio dos grupos, a CBF divulgou a tabela da Copa do Nordeste de 2015. O próximo torneio será o primeiro com os nove estados da região, o que aumentou o número de participantes de 16 para 20 clubes.
A curiosidade na tabela básica é o fato de todos os jogos estarem marcados para as quartas-feiras. Posteriormente, alguns jogos deverão ser modificados para terças e quintas, para condicionar a transmissão na tevê.
Pernambuco será representado por três clubes: Sport, Náutico e Salgueiro. O Santa Cruz tenta, através do STJD, uma mudança na composição do Nordestão, mas não há nada concreto em relação ao caso.
Abaixo, as datas e horários de todos os jogos da primeira fase. Da primeira fase vão avançar os cinco líderes e os três melhores segundos colocados.
Em seguida, quartas de final, semifinal e a grande decisão, ida e volta.
O campeão nordestino receberá uma premiação de R$ 3,185 milhões.
O futebol pernambucano conta com três experiências na psicologia…
Trabalho de orientação e capacitação mental para melhorar o rendimento.
Visando o Brasileirão de 2014, eis a quarta incursão local, com o Sport contratando os serviços do ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Milutar do Rio de Janeiro. Sim, é o Bope. O palestrante Paulo Storani foi consultado até para a produção dos dois filmes Tropa de Elite.
Trata-se de um estilo bem diferente dos anteriores nos rivais centenários.
2010, José Luiz Tavares/Náutico
O coach trabalhou no Timbu durante a Segundona, com o objetivo de motivar o time na briga contra o rebaixamento. Curiosamente, José Luiz exerceu o mesmo trabalho no Guaratinguetá, na reta final. Os dois clubes escaparam do descenso, terminando em 13º e 15º, respectivamente.
2011, Suzy Fleury/Sport
O Leão trouxe uma psicóloga com formação em coaching e famosa ao ser a primeira mulher na comissão técnica da Seleção Brasileira, em 2000, sob comando de Luxemburgo. Ela veio para a reta final do Estadual. Suzy chegou a ficar concentrada com o time, em Gaibu. O Sport foi vice.
2013, Desirée Farah/Santa Cruz
Especialista em gestão de recursos humanos, Desirée comandou sessões com elenco para elaborar um diagnóstico e estratégias de comportamento. Seu trabalho foi focado no próprio estádio do Arruda, antes das atividades físicas. O Tricolor chegou a viver uma crise, mas acabou campeão da Série C.
Coach, psicóloga, especialista em recursos humanos e policial militar…
O uso da psicologia no futebol brasileiro remete desde o primeiro título mundial do país. Em 1958, a delegação verde e amarela viajou para a Suécia acompanhada do psicólogo João Carvalhaes. Lá, a Seleção conquistou a Copa.
Sobre este tipo de função, um breve resumo.
“O psicólogo do esporte não é mágico, não tem uma bola de cristal e também nenhuma pílula que solucione todos os problemas. Ele estuda o comportamento do atleta e o ambiente a sua volta. E a partir daí pode propor intervenções para modificar esse comportamento e, assim, melhorar seu rendimento.”
“A preparação psicológica é um processo, e deve fazer parte da preparação global do atleta. Quando se fala em Psicologia, em um acompanhamento de um psicólogo, logo imaginamos o contexto de um consultório. O trabalho do psicólogo do esporte é um pouco diferente do psicólogo clínico, ele irá acompanhar o atleta no seu dia a dia, durante o período de treinamento e competição e o foco principal é o desempenho. ”
Os dois parágrafos acima fazem parte do artigo de Sâmia Hallage Figueiredo, doutora pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, USP.
Após muito tempo de espera, o time disputou a partida adiada contra o Bragantino. Um jogo vigente desde a 16ª rodada, que ficou para depois por causa da morte do ex-govenador de Pernambuco, Eduardo Campos.
Num jogo de muitos erros num gramado ruim, o Santa venceu o Bragantino por 2 x 1, chegando a 42 pontos, a nove do G4. É o 9º colocado.
A pergunta, ao torcedor e ao próprio time, é se ainda é possível sonhar com o acesso…
Um questionamento que seria muito fácil de ser respondida caso o time não tivesse cedido tanto o resultado após abrir o placar.
Neste Campeonato Brasileiro a cena se repetiu onze vezes. Inacreditável.
Imagine que pelo menos cinco dessas partidas tivessem terminado com vitória do Tricolor… seriam dez pontos a mais! Hoje, seria o 4º lugar.
Como o “e se” não muda nada, resta lamentar e correr contra o tempo.
Faltam nove rodadas, com seis jogos, sendo seis no estado. Em jogo, 27 pontos.
Nesta terça, Wescley (de fora da área) e Alemão (estreando a la centroavante) marcaram os gols da vitória que ampliou para quatro o número de jogos sem derrota. São duas vitórias e dois empates.
No fim, os 12.897 torcedores presentes aplaudiram o time de Oliveira Canindé.
A reação está acontecendo, um “pouco” tarde. Pontos importantes foram desperdiçados, mas a equipe parece não desistir. A partir de agora não há mais futurologia com o “e se ganhar do Bragantino”. Ganhou.
Se igualou aos demais no número de partidas e tem a mesma sequência…
Jogando para o gasto não será suficiente para algo mais. Somar a disposição em campo com mais organização tática é o caminho necessário para seguir sonhando.
O protesto da torcida do Magdeburg pela seca de gols do time foi histórico…
Em 2012, cansados de ver o time perder tantos gols no campeonato alemão, os bravos torcedores que ainda não haviam desistido do clube levaram setas gigantes ao estádio, apontando a direção da trave aos atacantes do time.
A cada ataque, dependendo de onde estivesse a bola, os torcedores corriam com as setes. Eram cinco partidas consecutivas sem um golzinho sequer na quarta divisão alemã. O gol acabou saindo. Só não adiantou muito, pois a vitória foi do Berliner AK, 2 a 1.
Em 2014 o Sport ficou 440 minutos sem balançar as redes no Brasileirão. Série à parte, vamos às piores médias dos pernambucanos nas quatro divisões. Alguns anos mereciam uma manifestação semelhante à do Magdeburgo…
Náutico
Pior na A: 0,57, em 2013, com 22 gols em 38 jogos
Pior na B: 0,50, em 1998, com 5 gols em 10 jogos
Pior na C: 2,09, em 1999, com 44 gols em 21 jogos
Santa Cruz
Pior na A: 0,66, em 1987, com 10 gols em 15 jogos
Pior na B: 0,75, em 1997, com 6 gols em 8 jogos
Pior na C: 1,00, em 2008, com 12 gols em 12 jogos
Pior na D: 1,25, em 2010, com 10 gols em 8 jogos
Sport
Pior na A: 0,52, em 1971, com 10 gols em 19 jogos
Pior na B: 0,91, em 1990, com 22 gols em 24 jogos
Curiosidades:
A pior média no Brasileiro unificado pertence ao Náutico, que em 1961 não marcou um gol sequer em dois jogos. Ainda assim, como entrou direto na semifinal, o Timbu foi o 4º colocado na Taça Brasil.
Em 1990, o Sport estabeleceu o seu pior índice na segunda divisão. Justamente no ano em que conquistou seu único título na Série B.
As piores médias do Santa Cruz vão ficando menores à medida em que a divisão mais alta é analisada.
A 70ª edição do 45 minutos focou a derrota do Sport para o Vitória em plena Ilha do Retiro – mais uma, pois também perdeu na Sul-Americana. No jogo, o técnico leonino Eduardo Batista foi bastante xingado pela torcida. Neste podcast, analisamos o perigoso cenário do Sport, além do desempenho de Náutico e Santa na Série B, no último fim de semana.
Estou nessa gravação (1 hora) ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.
A segunda derrota do Sport como mandante no Brasileirão custou caro. O revés ocorreu para um time que estava na zona de rebaixamento. Com os três pontos na Ilha do Retiro, o Vitória subiu para o 16º lugar, com 31 pontos. Paralelamente a isso, trouxe o Sport à mesma briga contra o descenso. Com uma diferença: a crise está no Recife.
No alto da tabela, o Cruzeiro passou vexame no Rio de Janeiro, goleado pelo Flamengo. Com a vitória do Inter no finzinho, a diferença na liderança caiu para seis pontos, esquentando um pouquinho a morna briga pelo título.
A 29ª rodada do representante pernambucano
19/10 – Botafogo x Sport (18h30)
Jogos no Rio pela elite: 1 vitória rubro-negra, 2 empates e 6 derrotas.
A preocupação com a parte de baixo da tabela é real. Um velho temor de volta.
Com a terceira derrota seguida, numa série de cinco jogos sem vitória, o Sport não pode mais fingir que não faz parte da enorme briga contra o descenso.
O revés por 2 x 1 neste domingo, diante do Vitória, foi o resultado de uma noite bem infeliz de Eduardo Batista, na escalação, posicionamento e mudanças.
Após as derrotas nas arenas de São Paulo e Porto Alegre, ele mexeu bastante na estrutura da equipe, montando um time sem um atacante de origem. Havia apenas Diego Souza, mais uma vez saindo de sua função.
O objetivo era trabalhar a bola e aproveitar os erros dos baianos, desesperados no Z4. Porém, qualquer discurso do treinador pernambucano sumiu aos 40 segundos, quando Rithely desviou de cabeça uma bola cruzada pela esquerda e marcou um gol contra, um dos mais rápidos da história do Brasileiro.
Sem pegada dos volantes, o time não promoveu qualquer reação. A ideia de trocar passes também foi um fiasco, pois a equipe errou bastante.
Quem não errou foi o Vitória, que abriu 2 x 0, num bela virada de Dinei aos 27 minutos. No lance, a zaga do Sport teve duas chances para tirar a bola.
O desespero mudara de lado. E só não foi pior no intervalo por causa do gol de Diego Souza – terminando o jejum do time de 440 minutos sem gols. Veio a primeira mexida, com Felipe Azevedo no lugar de Vitor. Perderia os gols de sempre e diminuiria a precisão no lado direito.
Depois, a mexida incompreensível, com a saída de Diego Souza (que não estava cansado ou machucado) para a entrada de Neto Baiano. O camisa 9 só tocaria na bola uma vez – não finalizou.
Os gritos de “burro, burro” surgiram antes do apito final, deixando claro que o lastro alcançado pelo técnico no primeiro semestre está esgotado.
Uma sacudida é vital para não esgotar tambpem a gordura na classificação.
O Náutico manteve a distância de sete pontos em relação ao G4 da segunda divisão ao vencer o ABC. O Santa Cruz perdeu a chance de melhorar a sua situação ao ceder o empate à líder Ponte Preta – foi a 11ª vez nesta competição que o Tricolor abriu o placar e não saiu vitorioso. A bronca para os pernambucanos é que agora faltam apenas nove rodadas…
No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.
A 30ª rodada dos representantes pernambucanos
18/10 – Santa Cruz x Vasco (16h10)
18/10 – Sampaio Corrêa x Náutico (16h10)
A tabela segue incompleta. Na 16ª rodada, devido à morte do ex-governador de Pernambuco, Santa x Bragantino foi adiado. para 14 de outubro.
A barra à direita das cabines de imprensa na Arena Pernambuco foi o cenário da partida entre Náutico e ABC, com dois pênaltis marcados e um não assinalado.
Entre os convertidos, um sofrido por Zambi (que já havia caído na área minutos antes) e muitíssimo bem defendido pelo goleiro Júlio César, quando o jogo estava 1 x 0 para o time da casa. O outro foi decisivo, aos 40 minutos do segundo tempo, quando Bruno Furlan foi derrubado. já com o empate no marcador.
A penalidade foi convertida com personalidade por Sassá – o nome do jogo, uma vez que também marcara logo aos dois minutos, aproveitando a confusa zaga potiguar.
Com o gol marcado a cinco minutos do fim, evitou que a pressão aumentasse. A torcida timbu vinha pegando no pé do time, ainda de cabeça inchada após a derrota na última terça, também na arena. Com o 2 x 1, o Náutico chegou a 13 vitórias na Série B e manteve a distância de sete pontos em relação ao G4.
Faltando nove rodadas, o time precisará de todas as suas forças para conseguir retornar à elite. Uma tarde na qual o goleiro pega um pênalti e o atacante cobra com firmeza na reta final da partida mostra que essa energia ainda existe nos Aflitos…
Estatisticamente, o Santa Cruz não soube segurar a vitória parcial na Série B pela 11ª vez. É um cenário quase onipresente (e angustiante) na campanha coral. Ao menos nesta vez, não é possível ficar só nesta análise.
Principalmente pelo contexto da partida, contra a empolgadíssima Ponte Preta, líder do campeonato no início da rodada, jogando em casa e com o apoio de sua torcida, que se movimentou durante o sábado em Campinas.
O gol de Everton Sena ainda no primeiro tempo recuou o Tricolor no restante do jogo, e a pressão não foi pequena. Tiago Cardoso apareceu bastante, tirando a paciência da torcida da Macaca. O sistema de marcação evitava cometer faltas na entrada da área, mas sem perder a pegada.
Ainda assim, o mandante empatou com Cafu e pressionou bastante para mudar o 1 x 1. Com muita disposição em campo, os corais seguraram. O gosto amargo no fim vem do fato de que o time enfrentou na sequência dois integrantes do G4 e em ambos os jogos a vitória esteve bem próxima…
Acabou abrindo mão de quatro pontos, vitais para um acesso hoje improvável.