Noite paulistana.
Com chuva.
Mesmo assim, mais de 15 mil corintianos foram ao Pacaembu.
E também algumas dezenas de alvirrubros, que representaram no estádio os milhares de torcedores do Náutico no Recife. Todos com o coração na mão.
Com a angústia de ser agarrar a 1% de chance de ficar na Série A.
Como já acontece há bastante tempo em Rosa e Silva, só a vitória interessava.
Ela até veio no primeiro tempo, com um gol de Bruno Mineiro, de cabeça, aos 38 minutos do primeiro tempo. Foi o 8º gol do atacante na Série A.
No segundo tempo, a esperança praticamente sumiu…
O Corinthians virou o jogo, com o atacante Ronaldo dando as cartas. Aos 5, marcou de cabeça. Aos 26, rolou a bola para Elias, que mandou uma bomba. E o Fenômeno ainda mandou uma bola na trave.
Vale lembrar que Bruno Mineiro já havia sido expulso naquele momento, quando teve um azar danado ao escorrer antes de trombar com o advesário.
Tudo mais difícil. Mas sempre foi assim com o incaível… 😈
O time seguia batalhando, mas estava complicado no campo.
Minutos finais. O relógio do árbitro Alício Pena Júnior já marcava 39 minutos. E nem mesmo o empate seria suficiente.
Mas Carlinhos Bala recebeu na área e mandou de perna esquerda mesmo. No desespero valia até de canela. E empatou, 2 x 2.
Como não acreditar que seria possível? O time de Geninho se mandou pro ataque.
Aos 43, Michel ainda mandou um foguete numa cobrança de falta, mas o goleiro espalmou. Evitou a virada. Porém, dois minutos depois, Escudero derrubou o meia Ailton num lance polêmico (fora da área).
Pênalti.
Desta vez a hierarquia foi respeitada. Ailton teria a missão de virar o jogo.
Na mesma trave onde ele havia feito o seu primeiro gol nesta Série A, contra o Santos.
Também de pênalti naquele dia, diga-se. Neste sábado, nada de “Ademar” ou “Galatto”.
Gol do Náutico! Vitória por 3 x 2 no Pacaembu. A segunda fora de casa em 18 jogos neste Campeonato Brasileiro. Agora, com 38 pontos, a 2ª tarefa da rodada: secar.
O incaível segue vivo.
Mesmo assim, a fanática torcida atleticana (líder de público no campeonato, com uma média de 40.521 pessoas por jogo) não desistiu do título. Acreditam no time de Tardelli.
