No clássico internacional, árbitro do quadro local

Árbitro Sandro Meira Ricci em ação em Pernambuco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Se algum torcedor esperava um árbitro estrangeiro para apitar o clássico entre Sport e Náutico na Ilha do Retiro, pela Copa Sul-americana, o anúncio do trio de arbitragem, nesta quinta, deve ter surpreendido…

O mineiro Sandro Meira Ricci, de 38 anos e com o emblema da Fifa, irá comandar a primeira partida, auxiliado por outros dois nomes brasileiros da Fifa.

Ricci, vale lembrar, deixou a federação do Distrito Federal para integrar o quadro da FPF. Irá apitar o Clássico dos Clássicos pela quinta vez.

25/03/2012 – Náutico 0 x 0 Sport (Estadual)
29/04/2012 – Sport 0 x 0 Náutico (Estadual)
26/08/2012 – Sport 0 x 0 Náutico (Série A)
17/03/2013 – Sport 2 x 1 Náutico (Estadual)

A assessoria da federação pernambucana de futebol informa que em torneios da Conmebol não é preciso realizar sorteios. Logo…

Qual é a sua opinião sobre a escala da partida do próximo dia 20, na Ilha?

Escala de arbitragem na Copa Sul-americana 2013. Crédito: Conmebol

A assinatura para o último campeonato estadual sem o trio de ferro

Jarbas Guimarães, presidente do Sport, assina o acordo para tirar o time do Campeonato Pernambucano de 1978. Foto: Arquivo pessoal

O Campeonato Pernambucano chegará a cem edições em 2014.

Até hoje, apenas o Santa Cruz participou de todas as competições desde 1915.

Náutico e Sport não jogaram o pioneiro torneio. Desde então, o Alvirrubro se fez presente em todos os estaduais.

Já o Rubro-negro ainda ficaria ausente mais uma vez. Há 35 anos…

Por não concordar com a tabela e por divergências com a FPF, o Sport tirou uma licença por tempo indeterminado, após decisão do conselho deliberativo.

O presidente leonino na época, Jarbas Guimarães, disse o seguinte:

“Em pescoço de leão, canga não, só a juba”.

O time da Ilha do Retiro voltou na temporada seguinte.

Em 1978, porém, o torneio vencido pelo Tricolor foi deficitário. Mas a situação acabou sendo ruim para todos, pois o próprio Leão, em crise e sem a bilheteria dos jogos, se desfez de alguns atletas para bancar as suas despesas.

Como parte das comemorações dos 80 anos do dirigente, a família de Jarbas Guimarães resolveu homenageá-lo, contando a sua história em um livro.

No acervo fotográfico para a publicação, a imagem do momento exato em que o Sport abdicou do campeonato estadual, com a assinatura de Jarbas.

Um ato histórico. Vale o registro do polêmico capítulo do futebol local…

A relação extraoficial de dirigentes e torcidas organizadas

Presidente de Náutico (Paulo Wanderley), Santa Cruz (Antônio Luiz Neto) e Sport (Luciano Bivar), com símbolos de Fanáutico, Inferno Coral e Torcida Jovem

A relação das torcidas organizadas com as direções dos clubes de futebol é quase umbilical. As primeiras aglomerações organizadas de torcedores surgiram em Pernambuco na década de 1970, num cenário completamente diferente, inclusive pela estrutura de comunicação da época.

Acredite, as torcidas dividiam o mesmo espaço nas arquibancadas. O objetivo era cantar mais alto, levar mais sacos de papel picado e bandeiras.

É difícil precisar o momento exato em que essas torcidas ganharam um poder além da conta, mas foi nos anos 1990. Um fenômeno de norte a sul. Ganharam espaços nos estádios, salas nas sedes dos clubes, caminho livre.

Foram ganhando dinheiro com produtos de suas próprias marcas, elevando o status entre os torcedores, sobretudo os mais jovens, em busca de uma identidade. E os gritos do clube foram abafados pela autoexaltação.

Aos poucos, 50 viraram 500, que viraram 5 mil e hoje são 50 mil.

No Recife não foi diferente. Disputas internas acabaram os grupos menores, incorporados à Fanáutico (20 mil), Inferno Coral (80 mil) e Torcida Jovem (90 mil). Uma massa humana assim, num processo democrático, pode ser utilizada de inúmeras formas. Nos jogos, determina a pressão ou apoio a um jogador ou dirigente na arquibancada. Nas eleições, uma conta exata de votos.

Conscientes disso, os diretores locais abraçaram as organizadas, alheios aos problemas causados pelas mesmas, responsáveis por 800 crimes em cinco anos, segundo o Ministério Público. Brigas, roubos, depredação etc.

Tudo via uma contrapartida extraoficial, de apoio financeiro por apoio maciço nas urnas, com mensalidades quitadas faltando poucos dias para o pleito.

Contudo, no palanque o tom até de presidentes é de apoio à presença das uniformizadas nas partidas, dentro e fora de casa. Tratam casos de violência como pontuais, por mais que a sensação seja onipresente em relação aos episódios envolvendo os supostos integrantes dessas facções.

Vestir uma camisa ou colocar um boné de uma organizada pode até gerar o apoio segmentado de parte da torcida a um dirigente.

Na maioria do público, o ato não parece ser encarado da melhor forma.

Os dirigentes também sabem disso. Mas enquanto isso não influenciar nas urnas, dentro e fora dos clubes, não deverá fazer muita diferença…

Segunda divisão pernambucana na tevê aberta

Transmissão da TV Nova Nordeste. Foto: TV Nova

Restam duas vagas para a centésima edição do Campeonato Pernambucano. Os últimos integrantes do torneio de 2014 serão definidos através da segunda divisão, composta por quinze clubes. O torneio deste ano terá duas novidades.

Em relação à formação dos elencos, cada time só poderá ter no máximo cinco jogadores com mais de 22 anos. A medida, claro, visa fomentar a revelação de novos atletas. A segunda é a transmissão ao vivo na televisão.

Acredite, o curioso fato não é inédito. Em 1999 a segundona local foi exibida pela TV Pernambuco, que passou a final entre Central e Íbis, em Caruaru, para todo o estado. Desta vez, novamente em sinal aberto, os jogos vão passar aos domingos na TV Nova Nordeste. Resta conferir o nível técnico da boleirada.

A transmissão será em estádios precários a partir de três mil lugares…

Participantes: Altinho, América, Araripina, Cabense, Jaguar, Centro Limoeirense, Ferroviário do Cabo, Flamengo de Arcoverde, Íbis, Olinda, Serrano, Sete de Setembro, Timbaúba, Vera Cruz e Acadêmica Vitória.

Na sua opinião, quais são os dois clubes favoritos ao acesso?

Saiba mais detalhes sobre a Série A2 de 2013 clicando aqui.

Transmissão da TV Nova Nordeste. Foto: TV Nova

Camisa especial no futebol, a partir de 50 partidas no clube

Camisas especiais de Náutico (Elicarlos/150 e Derley/150), Santa Cruz (Dênis Marques/50 e Tiago Cardoso/100) e Sport (Magrão/400 e Tobi/200). Fotos: Roberto Ramos e Alexandre Barbosa/DP/D.A Press, Jamil Gomes/Santa Cruz e twitter.com/sportrecife

Há alguns anos surgiu nos clubes pernambucanos o costume de homenagear atletas que completassem 100 partidas oficiais pela equipe. Um número considerável, alcançado em pelo menos dois anos, devido à pouca regularidade no esporte no país. Aos poucos, a ideia, atrelada às ações de marketing, ganhou inúmeras versões, quase sempre com variações de 50 em 50 jogos.

Nos atuais elencos no Recife, o goleiro e tricampeão estadual Tiago Cardoso chegou a 100 partidas no Arruda. No mesmo dia, o volante Tobi completou 200 partidas com no Leão – contudo, está longe de ser o atleta com mais jogos pelo clube. Derley, entre idas e vindas, já passou de 150 partidas no Timbu.

Na sua opinião, o seu clube deveria estabelecer um critério em relação à quantidade de partidas para promover uma camisa especial? Comente.

Tiago Cardoso (goleiro): 100 jogos no Santa Cruz entre 13/01/2011 e 10/08/2013.
Dênis Marques também já recebeu uma camisa, pelos 50 jogos, em 2013.

Recordista: Givanildo Oliveira (volante), com 599 partidas de 1969 a 1979.

O goleiro Tiago Cardoso recebe uma camisa especial pelos 100 jogos no Santa Cruz. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

Derley (volante): 150 jogos no Náutico entre 14/09/2008 e 25/05/2012.
No time atual, Elicarlos também passou de 150 partidas, em 2012.

Recordista: Kuki (atacante), com 386 partidas de 2001 a 2010.

Derley e sua camisa especial pelos 150 jogos no Náutico. Foto: Alexandre Barbosa/DP/D.A Press

Magrão (goleiro): 400 jogos no Sport entre 27/05/2005 e 30/08/2012.
Tobi foi o último a receber uma camisa especial, pelos 200 jogos, em 2013.

Recordista: Bria (zagueiro), com 556 partidas de 1949 a 1961.

Goleiro Magrão com a camisa especial pelos 400 jogos no Sport. Foto: twitter.com/sportrecife

Internacional no já histórico caminho do Salgueiro na Copa do Brasil

Fase final da Copa do Brasil 2013

Diego Forlán, D’Alessandro, Leandro Damião…  no Cornélio de Barros.

O Salgueiro receberá o Internacional nas oitavas de final da Copa do Brasil. O sorteio do chaveamento final do torneio foi feito nesta terça pela CBF.

Único representante pernambucano, o Salgueiro enfrentará o Colorado o estádio Cornélio de Barros, cuja capacidade de 9.916 lugares deverá ser tomada. Só a partir da semifinal a capacidade mínima subirá para 15 mil.

A campanha sertaneja já é histórica, despachando Boa, Vitória e Criciúma, mas o clube pode escrever de vez o seu nome no torneio. A classificação do Carcará às oitavas de final foi a 26ª em 61 participações do futebol pernambucano. Dessas, porém, em apenas sete os locais passaram às quartas de final.

O Salgueiro já acumula R$ 1,2 milhão em prêmios da CBF pelas quatro fases disputadas. Se chegar nas quartas, receberá mais R$ 700 mil.

É possível chegar mais longe…?

Confira o histórico do estado na Copa do Brasil aqui.

Gramado visualmente intacto na Arena Pernambuco

Retirada do palco do Maior Show do Mundo 2013, na Arena Pernambuco. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

O primeiro show na Arena Pernambuco durou a noite inteira, com milhares de pessoas no gramado. Na verdade, o público ficou em cima de uma proteção especial. A área de aproximadamente dez mil metros quadrados foi coberta com um piso de plástico propileno de alta resistência e proteção ao impacto.

Para ajudar na manutenção do gramado a curto prazo, o material contém ranhuras, permitindo a ventilação e a fotossíntese. O processo de colocação e retirada do piso especial pode ser feita em aproximadamente um dia.

Retirada do palco do Maior Show do Mundo 2013, na Arena Pernambuco. Foto: Arena Pernambuco/divulgação

O “Maior Show do Mundo” começou na noite de sábado acabou quase na manhã de domingo. Neste mesmo dia, à tarde, quase todo o material – usado nos shows do U2 e Madonna no Morumbi – já havia sido desmontado.

Um agrônomo a serviço do consórcio acompanhou todo o processo, monitorando o tratamento de adubação e nutrientes antes e após o evento. Segundo o especialista, o estado do gramado está aprovado, dentro do previsto. Vale lembrar que o parte do palco foi armada na arquibancada, reduzindo a “invasão” no campo. O estado do piso é um ponto a favor para novos shows.

Palco para shows na Arena Pernambuco. Fotos: augustoacioli/instagram e wandersonaraujo10/instagram

Voo do Gavião do Agreste chega a duas décadas

Centro de treinamento do Porto, em Caruaru. Crédito: Google Maps

O Clube Atlético do Porto completou 20 anos de história. A vida profissional do clube foi iniciada em 30 de julho de 1993.

Sob o comando de José Porfírio durante todo esse período, o tricolor caruaruense se consolidou como uma das principais forças do interior do estado. Em termos de estrutura é, disparado, o primeiro.

Conta com um centro de treinamento totalmente equipado, às margens da rodovia BR-232, na entrada de Caruaru. Lá, centenas de jovens valores convivem e treinam no principal investimento do clube.

Não por acaso o Gavião do Agreste costuma disputar o campeonato estadual com o time mais jovem, sempre com média de idade entre 21 e 22 anos.

O objetivo, claro, é negociar atletas e continuar avançando. Mesmo assim, já alcançou bons resultados. Foi vice-campeão pernambucano em 1997 e 1998 e semifinalista da Série C do Brasileiro de 1996.

Revelou Josué e Araújo, ambos com passagens na Seleção Brasileira.

Criou uma rivalidade com o Central, com o Clássico Matuto.

E embolsou R$ 5.173.134 em uma única negociação, na transferência do volante Rômulo para o Spartak Moscou, no ano passado.

São apenas vinte anos, com as dificuldades inerentes aos clubes pequenos, mas bem vividos. Chegou a perambular por Brejo da Madre de Deus e Belo Jardim em busca de incentivo. Retornou a Caruaru e fincou os pés.

E que o Porto siga crescendo e fortalecendo o futebol do estado. Parabéns.

Ninho do Gavião, o CT do Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Uma pernambucana entre as 100 tenistas do mundo, na busca por reconhecimento

Teliana Perera, número 100 no ranking da WTA. Crédito: Teliana Pereira/Instagram

A tenista pernambucana Teliana Pereira escreveu o seu nome na história do esporte no país. Natural de Águas Belas, a tenista de 25 anos alcançou o Top 100 do ranking feminino, em um feito raro na modalidade, que tem a campeoníssima Maria Esther Bueno como maior nome do Brasil, mas antes da era profissional.

Na lista divulgada nesta segunda, Teliana aparece com 660 pontos, fechando a lista com a nata do tênis, cuja liderança está nas mãos de Serena Williams, com 11.705 pontos. Em 2004, ainda adolescente, ela terminou a temporada de estreia como profissional em 936º. De lá para cá, muita dedicação. O Brasil não contava com uma representante entre as cem melhores do WTA há 23 anos.

Para se ter uma ideia, apenas outras cinco brasileiras repetiram o feito, de acordo com o ranking organizado pela Women’s Tennis Association desde 1973: Patrícia Medrado (1982), Cláudia Monteiro (1982), Niege Dias (1988), Gisele Miró (1988) e Andréa Vieira (1989). Niege teve a melhor colocação, 31ª.

Saiba mais detalhes sobre o crescimento no ranking de Teliana clicando aqui.

O seu próximo passo é a disputa de um Grand Slam…

E que a WTA reconheça agora a pernambucana em seu site oficial.

Teliana Pereira no site da WTA em 29 de julho de2013