O futebol e a TV

Futebol e a TV

Por Fred Figueiroa*

Como era de se esperar, a transmissão na TV aberta de Coritiba x Corinthians no último domingo – enquanto o Sport jogava no mesmo horário fora de casa – causou uma onda de revolta dos pernambucanos nas redes sociais. A decisão de optar pela partida do time paulista, naturalmente, não partiu da TV Globo Nordeste. Sequer foi uma escolha. Há uma determinação contratual que limita a transmissão de apenas um jogo por rodada para atender ao “interesse regional” de todas as praças com exceção de Rio de Janeiro e São Paulo (que têm sempre um jogo garantido com seus clubes em ação).

A revolta dos pernambucanos não é isolada e se repete em estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Bahia. E mais: ela se soma com a indignação crescente em torno da distribuição da cota de televisionamento que, a cada ano, amplia as diferenças econômicas entre os clubes do país. Onde este processo vai levar? Impossível prever.

A verdade é que o sentimento de revolta dos que ficam sem os jogos do seu time na TV releva apenas uma parte de um problema maior e que se consolida em uma espécie de ciclo de erros. Uma reportagem publicada ontem no site Uol, assinada por Daniel Castro, revela que a TV Globo – que detém os direitos de transmissão do futebol nacional – lançou uma ameaça (ou seria só uma bravata?) para os clubes que irão se reunir com a emissora esta semana: “se os espetáculos não melhorarem e a audiência não subir, dentro de alguns anos o esporte deixará de ser interessante para a TV aberta”, escreve Daniel Castro em seu texto.

A audiência de Coritiba x Corinthians, no último domingo, não foi bem digerida na emissora. Em São Paulo, ficou em apenas 13 pontos – a menor deste Campeonato Brasileiro. Se atingiu 13 em São Paulo, imagine então os números do Recife… Só para efeito de comparação, os jogos do Campeonato Pernambucano atingem, em média, 555 mil pessoas por jogo no Grande Recife. Algo em torno de 25 pontos (mais da metade das TVs ligadas).

Com comparativos inquestionáveis de audiência que a própria emissora possui, por que não abrir espaço de vez para explorar o público potencial de cada praça? Por que insistir na limitação contratual que privilegia Rio e São Paulo em detrimento de outros sete estados? E se a Globo pretende exigir dos clubes mais investimento em qualidade técnica por que não estabelecer uma divisão de cotas que diminua o abismo entre as equipes?

A resposta “padrão” para a última pergunta é que a remuneração dos clubes é feita conforme o número de jogos transmitidos e a audiência. Mas é justamente aí que se estabelece o ciclo vicioso. Tudo gira em torno dos mesmos clubes. Eles têm mais espaço porque recebem maior cota e têm uma cota maior justamente por terem mais espaço na grade de transmissão das partidas. E a tal audiência? Só diminui.

Será que não está claro que o futebol brasileiro precisa de outro modelo de investimento, transmissão e comercialização? A espanholização (termo usado para definir a intenção de transformar Corinthians e Flamengo) é um tiro pela culatra. O privilegiado futebol carioca – com todo protecionismo midiático e financeiro que tem da TV – tem hoje um time na Série B, um que deveria estar (mas foi salvo no tapetão), um na última posição da Série A e outro imerso em crise financeira e com cinco meses de salários atrasados. Juntos, os quatro possuem metade das dívidas fiscais do futebol nacional. Este é o caminho certo?

Destaco outro trecho da matéria de Daniel Castro: “A emissora apresentará aos dirigentes dos times um estudo que mostra que o futebol vem perdendo cerca de 10% da audiência a cada ano. Se continuar assim, em dez anos passará a ser um produto relevante apenas para a TV paga. Vai “morrer” na TV aberta, sua principal fonte de sustento atualmente”.

Antes de mais nada, o “morrer” na TV aberta na verdade deve ser entendido como “morrer” na emissora. Afinal se a Globo desistir das transmissões da Série A – o que duvido muito (tem contrato até 2019) – outra empresa poderia mudar a forma de “vender” o futebol, acabando, por exemplo, com o absurdo horário das 22h. Como seria a audiência dos jogos no meio de semana se fossem transmitidos na TV aberta às 20h30 por exemplo?

* Fred Figueiroa é editor de redes sociais do Diario e colunista de esportes.

Podcast 45 minutos (46º) – Clássico das Emoções, derrota do Leão e grade da TV

Nova edição do 45 minutos, análise sobre a derrota do Sport em Florianópolis, projeção para o Clássico das Emoções e a grade dos jogos na tevê aberta.

O 46º podcast teve 1h26min de gravação. Estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro.

Ouça agora ou quando quiser…

Classificação da Série A 2014 – 13ª rodada

Classificação da Série A 2014, na 13ª rodada. Crédito: Superesportes

Apesar da dura derrota em Florianópolis – na segunda goleada sofrida neste Brasileirão -, o Sport manteve a 5ª colocação na classificação. Se o Leão caiu diante do Figueirense por 3 x 0, os cinco clubes logo abaixo também tropeçaram nesta 13ª rodada. Por outro lado, a diferença em relação ao G4 subiu de 1 para 3 pontos. Já sobre o Z4 (o que realmente importa), o Rubro-negro se mantém dez pontos à frente, numa margem segura até aqui.

No topo da tabela, o G4 vai ganhando uma cara (aposta em alguém?), com o Cruzeiro isolado na busca pelo tetra.

A 14ª rodada do representante pernambucano
10/08 – Flamengo x Sport (16h00)

Jogos no Rio pela elite: 3 vitórias leoninas, 3 empates e 10 derrotas.

A tabela segue com um jogo adiado. Por causa da disputa da Recopa, o jogo do Galo contra a Chapecoense, em Chapecó, foi remarcado para 6 de agosto.

A queda do pragmatismo tático do Sport diante do lanterna

Série A 2014, 13ª rodada: Figueirense 3x0 Sport. Foto: Luiz Henrique/Figueirene/Flickr

O pragmatismo tático do Sport vem dando certo. Afinal, o time segue entre os primeiros colocados da Série A. Pontuando como mandante e visitante, chegou a impor uma série invicta de seis jogos. Enfrentar o lanterna parecia uma benesse da condição. A última colocação fazia justiça ao Figueirense, com péssimas atuações. Um pouquinho de ousadia caberia ao Leão em Floripa.

Em vez de jogar sempre atrás da bola, em busca de um contragolpe perfeito, poderia se dar conta da crise técnica vivida pelo rival e tratar melhor a bola, tomar gosto pelo domínio das ações. Não dá para condenar o pragmatismo, pois vinha funcionando, como já foi dito. Contudo, sem o fator surpresa, até o lanterna conseguiu furar o bloqueio pernambucano.

No primeiro tempo, diante de um Leão inoperante ofensivamente e sem tanta pegada (desta vez), o Figueirense pressionou. Abriu o placar aos 40 minutos – só não o fez antes porque a defesa ainda salvou em cima da linha. Mesmo em desvantagem, os rubro-negros insistiam em tocar para trás. Falta tesão.

Com a mesma (falta de) atitude da equipe no segundo tempo, o técnico Eduardo Batista enfim mexeu, aos 14 minutos. Acionou Danilo e Renan Oliveira, saindo Ananias e Zé Mário, apagados na criação. Quem entrou pouco produziu também. O primeiro foi extremamente lento e o segundo desatento.

Numa tarde horrível, errando passes curtos, o Sport cedeu contra-ataques ao Figueira, que goleou por 3 x 0. Acabou a boa série do Sport, com o pragmatismo tático em xeque. É preciso ter variações para seguir lá em cima…

Série A 2014, 13ª rodada: Figueirense 3x0 Sport. Foto: Luiz Henrique/Figueirene/Flickr

Jovem (Sport) x Gang da Ilha (Sport), a inexplicável e corriqueira briga, até em Florianópolis

Briga entre integrantes de de torcidas uniformizadas do Sprot durante Figueirense x Sport, pela 13ª rodada da da Série A 2014. Foto: Luiz Henrique/Figueirense/Flockr

Eles simplesmente não aprendem, porque não é o objetivo…

Torcer de forma organizada, colorindo o estádio, apoiando o time e ditando o ritmo das arquibancadas. Um dia o cenário foi esse. Há tempos não é.

As torcidas organizadas, ou “torcidas uniformizadas”, hoje utilizam o futebol como escudo para disseminar a violência no futebol…

Para cada boa ação, numa tentativa de diminuir a imagem arranhada, inúmeros crimes são noticiados, sempre afastando o grande público.

Brigas, roubos, depredação e até assassinato.

As direções das organizadas – seja qual for a cor do time – alegam que os autores seriam gente infiltrada. Acabam é corroborando com a tese de que não há controle.

Com o tempo surgiram as ramificações das TOs, com “torcidas aliadas” de outros clubes e rivalidades com outras facções. O complexo sistema faz com que torcidas de um mesmo clube se tornem rivais…

Neste domingo, as imagens do canal Premiere captaram ao vivo uma briga entre integrantes da Torcida Jovem e Gang da Ilha, as duas principais organizadas do Leão. Lá em Florianópolis, sob as vaias da torcida do Figueirense.

Mais de 20 jovens trocando socos e ponta-pés – cinco acabaram fichados pela polícia. Tudo pelo comando das arquibancadas, pois não há espaço para divisão. Não para eles.

Dividir o “poder”, a “influência”? Comprometeria a aquisição de novos adeptos, influenciados desde cedo pela “beca”.

Ao clube, sempre com a mão branda, fica o ônus…

A ameaça de perda de mandos de campo na Série A..

E pensar que neste mesmo 2014 o Sport já foi punido pelo STJD (no Nordestão) por casa da mesma torcida… Eles não aprendem. Nem eles e nem o clube.

Um milhão de torcedores alvirrubros, tricolores e rubro-negros no facebook

Páginas com mais curtidores em 01/08/2014. Pernambuco: 1) Sport, 2) Santa Cruz e 3) Náutico. Brasil: 1) Corinthians, 2) Flamengo e 3) São Paulo

Em maio de 2011, as páginas oficiais dos grandes clubes pernambucanos no facebook contavam com 10.612 curtidores. A evolução da rede social de Mark Zuckerberg no país foi gigante desde então, com grande parte dos usuários migrarando do orkut para o facebook, aumentando a demanda de futebol.

Em maio de 2012 as páginas de Náutico, Santa Cruz e Sport já haviam reunido 118 mil pessoas. Agora, um novo patamar para o trio…

Alvirrubros, tricolores e rubro-negros ultrapassaram a marca de 1 milhão!

O dado já está bem além, na verdade. Até a produção deste post, a quantidade exata era de 1.042.703. Há exatamente três meses o blog havia contabilizado 825.864 torcedores. Portanto, 216 mil pessoas ingressaram no período.

Como ocorre desde o começo do levantamento, a página leonina vem crescendo num ritmo acima dos rivais. No caso coral, um link extraoficial conta com 100 mil pessoas a mais que a oficial, deixando claro o potencial de crescimento…

Abaixo, os rankings estadual, regional e nacional, só com as versões oficiais.

Atualização até 01/08/2014

Top 3 // Pernambuco
1º) Sport (699.494)
2º) Santa Cruz (204.816)
3º) Náutico (138.393)

Top 10 // Nordeste
1º) Bahia (877.141)
2º) Sport (699.494)
3º) Ceará (445.711)
4º) Fortaleza (335.389)
5º) Santa Cruz (204.816)
6º) Vitória (194.591)
7º) América-RN (162.185)
8º) Náutico (138.393)
9º) ABC (136.246)
10º) Campinense (117.093)

Top 10 // Brasil
1º) Corinthians (8.898.184)
2º) Flamengo (8.590.253)
3º) São Paulo (5.166.490)
4º) Palmeiras (2.988.997)
5º) Santos (2.880.853)
6º) Cruzeiro (2.182.296)
7º) Vasco (2.168.706)
8º) Atlético-MG (2.040.252)
9º) Grêmio (1.736.694)
10º) Internacional (1.599.620)

FPF, a 5ª federação mais rica do país

Ranking das receitas das federações estaduais de futebol. Crédito: BDO

A receita da Federação Pernambucana de Futebol em 2013 foi de R$ 6,6 mihões. O orçamento foi utilizado na organização de campeonatos profissionais, amadores, de categorias de bases, feminino e departamento pessoal.

Trata-se da 5ª maior receita entre as federações do país, segundo um estudo produzido pela consultoria BDO, com dados de 2012 e 2013.

O dado torna-se ainda mais relevante ao perceber os quatro primeiros estados, justamente os mais tradicionais do esporte brasileiro, no eixo Sul-Sudeste. No nosso caso, muito dinheiro e poucos resultados práticos nos clubes.

Dos 27 federações, 23 publicaram balanços que puderam ser analisados pela empresa. Confira os detalhes do balanço pernambucano aqui.

Além do Todos com a Nota, a FPF se notabiliza pela cobrança de 8% da renda bruta de cada partida no estado, numa “taxa administrativa”. Até fevereiro de 2013 o valor era de 6%. Enquanto isso, na maior parte do país se cobra 5%.

Hoje, o patrimônio líquido da FPF é de R$ 5.620.941. Milionária.

As marcas de Sport, Náutico e Santa Cruz valem R$ 126,2 milhões no mercado

Valores das marcas dos clubes brasileiros de 2011 a 2014, segundo a consultoria BDO

As centenárias marcas de Sport, Náutico e Santa Cruz valem R$ 126,2 milhões.

Para se chegar ao valor, em 2014, foi realizado um extenso cálculo com 21 variáveis em três frentes: dados financeiros (marketing, estádio, sócios e mídia, à parte das transferências de atletas), torcida (tamanho, faixa etária, nível de renda e distribuição geográfica) e mercado local (informações econômicas e sociais sobre da região em que atua o clube).

A projeção aumentou em 25 milhões de reais o dado de 2013, ou 24%.

O levantamento foi produzido pela BDO RCS Auditores Independentes, o braço brasileiro da companhia britânica de mesmo nome.

No ano passado, o estudo apontou o valor agregado do trio em R$ 101,2 milhões. Apesar do rebaixamento no Brasileirão, o Náutico ainda viu a sua marca crescer (ainda que tenha sido menos de 1%). Já os acessos de Sport (à elite) e Santa (à segundona) turbinaram a projeção, sobretudo no caso rubro-negro, com uma evolução de 50%.

Apesar do aumento, o valor ainda é baixo no cenário geral. Só o Coritiba, em 13º lugar no ranking nacional, foi avaliado em R$ 118 milhões. Pendeu a favor do Coxa o poder econômico do estado do Paraná.

Lá no topo, dois clubes já ultrapassaram a barreira de R$ 1 bilhão…

Sem surpresa alguma: Corinthians e Flamengo.

Confira a evolução dos recifenses, tanto nos valores quanto no ranking nacional.

Sport
2014 (17º) – 62,6 mi (Série A), +50.8%
2013 (19º) – 41,5 mi (Série B), -0.9%
2012 (17º) – 41,9 mi (Série A), +6.6%
2011 (16º) – 39,3 mi (Série B), +5.3%
2010 (15º) – 37,3 mi (Série B)

Náutico
2014 (20º) – 38,3 mi (Série B), +0.7%
2013 (20º) – 38,0 mi (Série A), +23.3%
2012 (20º) – 30,8 mi (Série A), +16.2%
2011 (21º) – 26,5 mi (Série B), -1.8%
2010 (19º) – 27,0 mi (Série B)

Santa Cruz
2014 (25º) – 25,3 mi (Série B), +16.5%
2013 (25º) – 21,7 mi (Série C), +0.9%
2012 (24º) – 21,5 mi (Série C), +10.8%
2011 (23º) – 19,4 mi (Série D), +4.3%
2010 (23º) – 18,6 mi (Série D)

Desde o primeiro dado, em 2010, o trio, então com 82,9 milhões, valorizou 52%.

Valor da marca do Sport, segundo a consultoria BDO

Valor da marca do Náutico, segundo a consultoria BDO

Valor da marca do Santa Cruz, segundo a consultoria BDO

Podcast 45 minutos (45º) – Quase três horas com perguntas dos ouvintes

Podcast 45 minutos - edição 45

A 45ª edição do podcast 45 minutos foi especial.

A ideia era simples: teríamos que responder 45 perguntas enviadas pelos ouvintes dos programa através das redes sociais. Toda a mesa teria que encarar.

Participei da gravação com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Entrando na madrugada, o podcast durou 2h50min!

De tão longo, o programa foi dividido em dois. E todas as perguntas foram devidamente respondidas…

“Qual é o seu time?”, “E a maior torcida?”, “Maior gafe como jornalista”…

Ouça agora ou quando quiser.

Parte 1

Parte 2

A pesquisa secreta do Datafolha em 2014, com a Lusa à frente dos grandes do Recife

Pesquisa do Datafolha em 2014. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A cada dois anos o instituto Datafolha costuma realizar uma pesquisa nacional sobre o tamanho das torcidas dos clubes de futebol. A versão de 2014 ainda não foi divulgada oficialmente, mas os números já vazaram, trazendo novamente um dado incompreensível numa relação direta com Pernambuco…

Os dados, revelados pelo blog Teoria dos Jogos, de Vinícius Paiva, mostram que o instituto paulista havia feito um levantamento clubístico em seu último estudo, a poucos dias da Copa do Mundo, sobre questões relacionadas ao torneio.

Esses números foram comparados com o perfil do público presente no Mineirão para o jogo Brasil x Chile, nas oitavas de final (veja aqui).

A curiosidade é o fato de que há dois anos Flamengo e Corinthians tenham ficado num empate e agora a diferença a favor do time carioca seja de quatro pontos percentuais. E a pesquisa não ter ido ao ar…

Resultados das últimas quatro pesquisas do Datafolha:
2009 – Flamengo 19% x 13% Corinthians
2010 – Flamengo 17% x 14% Corinthians
2012 – Flamengo 16% x 16% Corinthians
2014 – Flamengo 18% x 14% Corinthians

Abaixo, os percentuais mensurados pelo blog com a população atual do Brasil. Perceba que ao contrário de outras pesquisas nacionais (Ibope, Pluri e Gallup), a Portuguesa aparece na frente dos grandes clubes pernambucanos.

Ponto fora da curva? Na verdade, é praxe no Datafolha. Nas últimas três pesquisas do instituto (no fim do post), a Lusa, sem qualquer apelo popular, ficou à frente de Náutico e Santa Cruz. Em relação ao Sport, o clube levou vantagem duas vezes. Estaria na (baixa) amostragem no estado a resposta?

Para este cenário, colabora o fato de não haver decimais nos dados. Em 2012, o Datafolha justificou essa ausência: “Justamente por serem aproximações, os números do Datafolha são arredondados, a exemplo do que faz a maior parte das empresas de pesquisas em outros países. Entendemos que a divulgação de números com casas decimais passaria a falha impressão de precisão que o método estatístico não proporciona”.

Datafolha / Brasil 2014
Período: 3 a 5 de junho de 2014
Público: 4.337 (207 municípios)
Margem de erro: 2%
População estimada (IBGE/junho de 2014): 202.639.820

1º) Flamengo – 18% (36.475.167)
2º) Corinthians – 14% (28.369.574)
3º) São Paulo – 8% (16.211.185)
4º) Palmeiras – 6% (12.158.389)
5º) Vasco – 5% (10.131.991)
6º) Grêmio – 4% (8.105.592)
7º) Cruzeiro – 3% (6.079.194)
7º) Santos – 3% (6.079.194)
7º) Inter – 3% (6.079.194)
10º) Atlético-MG – 2% (4.052.796)
10º) Botafogo – 2% (4.052.796)
10º) Fluminense – 2% (4.052.796)
13º) Bahia – 1% (2.026.398)
13º) Vitória – 1% (2.026.398)
15º) Portuguesa – 1%* (2.026.398*)
15º) Seleção Brasileira- 1%* (2.026.398*)
15º) Sport – 1%* (2.026.398*)

Outros times – 6%
Sem clube – 23%
* Não atingiu 1% exato

Datafolha 2014 (4.337 pessoas em 207 cidades)
Portuguesa 1%*
Sport – 1%*
Náutico e Santa Cruz – n/i

Datafolha 2012 (2.588 pessoas em 160 cidades)
Portuguesa 1%
Sport, Náutico e Santa Cruz – n/i

Datafolha 2010 (2.600 pessoas em 144 cidades)
Sport – 1%
Portuguesa 1%
Náutico – 1%*
Santa Cruz – 1%*

O blog já havia postado sobre o “fator Portuguesa” em 2012. Relembre aqui.