Presidente da Arena Pernambuco sugere que arena do Sport seja de 20 mil lugares

Arena Pernambuco e Arena Sport. Crédito: Odebrecht e Virtualize/Sport

Como já é público, o Sport só irá para a Arena Pernambuco se o projeto de seu novo estádio, de 45 mil lugares, for aprovado no Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU). A proposta do consórcio já está formatada.

Seriam cinco anos. Um período em que o operador do empreendimento em São Lourenço teria ao menos dois “clientes”. Existe a expectativa de que o Leão assine até o início de 2014. Portanto, mandaria seus jogos na arena até 2018.

E o futuro, a partir de 2019? A Arena Pernambuco não teria mais o suporte do Sport. Na verdade, teria a concorrência de um novo estádio no Padrão Fifa. O diretor-presidente do consórcio Arena Pernambuco, Sinval Andrade, afirmou em entrevista ao Superesportes que a Arena Pernambuco não teria como abrigar todos os jogos dos grandes clubes do estado.

Considerando que no Recife são três times, um segundo estádio seria necessário. Porém, admite que – pelo menos para a Arena Pernambuco – seria melhor que a nova Ilha do Retiro tivesse até 20 mil lugares.

“O Sport terá cinco anos para pensar de forma empresarial qual será o melhor negócio. Poderia, por exemplo, desistir de construir a arena ou construir uma para 10 mil ou 20 mil pessoas e trazer alguns jogos para a Arena Pernambuco.”

Questionado sobre a continuidade do projeto original, com 45 mil lugares, o executivo reconheceu a concorrência, mas acredita que isso possa ser até benéfico para o futebol local, numa busca por serviços melhores.

“A concorrência vai existir, não há como negar. Mas isso não significa uma coisa ruim. A concorrência não precisa ser predatória. Ela pode ser saudável, aumentar a qualidade e manter a criatividade. Existem empreendimentos que ajudam a criar demanda em conjunto.” 

E o Arruda? É claro que a casa tricolor está no jogo. Na visão de Sinval, entretanto, terá que passar por uma ampla reforma para se ajustar à demanda de exigências que o futebol deverá impor num futuro breve…

Pernambucanos na torcida continental pelo Galo

Atlético Mineiro e Olimpia, finalistas da Taça Libertadores da América 2013. Crédito: montagem sobre fotos da Conmebol

A finalíssima da Taça Libertadores da América desta temporada será no estádio Mineirão, que abrigará o último jogo do torneio pela terceira vez. Já havia sido o palco da decisão em 1997 e 2009, ambas com o Cruzeiro. Desta vez, com o local plenamente reformado, será com o Atlético-MG, que tentará reverter uma desvantagem de dois gols a favor do Olimpia.

Caso vença o time paraguaio por dois gols de diferença, independentemente do placar, o jogo irá para a prorrogação. Apenas uma goleada garante o título ao Galo no tempo normal. Apesar do cenário complicado, torcedores de Náutico, Santa Cruz e Sport demonstram confiança no inédito título para o clube mineiro.

Ao todo, a enquete realizada pelo blog teve 1.207 votos, com ampla maioria favorável ao Atlético, alcançando 68,10% das participações (822). Já o torcedores locais mais confiantes no Olimpia somaram 385 votos (31,90%)

Quem será o campeão da Taça Libertadores da América de 2013?

SportRubro-negro – 610 votos
Atlético-MG – 57,37%, 350 votos
Olimpia – 42,62%, 260 votos

Santa CruzTricolor – 310 votos
Atlético-MG – 84,83%, 263 votos
Olimpia – 15,16%, 47 votos

NáuticoAlvirrubro – 287 votos
Atlético-MG – 72,82%, 209 votos
Olimpia – 27,17%, 78 votos

O boom de gringos no futebol pernambucano

Mancuso e Johnson (Santa), Chumacero e Arce (Sport), Acosta e González (Náutico). Fotos: Ricardo Fernandes, Edvaldo Rodrigues e Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

O mercado estrangeiro ainda não decolou no futebol pernambucano. Contratações oriundas dos países vizinhos são escassas. Quando não é o salário, até baixo para padrão nacional, é o valor do passe, uma arcaica regra ainda presente na maioria dos países sul-americanos.

O boom visto no Recife em 2013, com cinco atletas do exterior nos grandes clubes, reativou o interesse no desempenho dos gringos nos gramados. A última vez em que os três maiores times do estado contaram com pelo menos um estrangeiro no elenco havia sido em 2007, mas sem grande destaque.

O futebol local já teve nomes como o apoiador uruguaio Raul Betancour, apontado por muitos como o melhor jogador do Sport, na década de 1960, e o folclórico centroavante jamaicano Alan Cole, no Alvirrubro, nos anos 70. Na lista abaixo, os gringos nos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro nos últimos quinze anos. A lista inclui nomes que não chegaram a disputar partidas oficiais.

A contratação mais cara no período foi a de Mancuso, que assinou por R$ 38,5 mil mensais em 1999, na época o maior salário já pago pelo Santa Cruz. Em 2007 o uruguaio Beto Acosta foi vice-artilheiro da Série A pelo Náutico.

Outros mais obscuros passaram nos testes e disputaram apenas jogos treinos, como o camaronês Nouga, de 19 anos, no Sport.

Qual foi o melhor estrangeiro do seu time? E o pior…?

Náutico (14)
1998 – Fábio de los Santos (Argentina, meia)
1999 – Cláudio Milar (Uruguai, atacante)
2002 – Liberman (Argentina, meia)
2007 – Escalona (Chile, lateral-esquerdo)
2007 – Acosta (Uruguai, atacante)
2008 – Laborde (Colômbia, meia)
2009 – Daniel González (Chile, meia)
2009 – Mariano Torres (Argentina, meia)
2009 – Nwoko (Nigéria, meia)
2012 – Breitner (Venezuela, meia)
2012 – Romero (Argentina, atacante)
2013 – Olivera (Uruguai, atacante)
2013 – Diego Morales (Argentina, meia)
2013 – Peña (Venezuela, meia)

Santa Cruz (8)
1998 – Ariel (Argentina, meia)
1999 – Mancuso (Argentina, volante)
1999 – Almandóz (Argentina, zagueiro)
1999 – Mario Reyes (Honduras, meia)
1999 – Cláudio Milar (Uruguai, atacante)
2002 – Koichi Hashimoto (Japão, meia)
2007 – Johnson (Angola, atacante)
2013 – Fabián Coronel (Argentina, volante)

Sport (9)
1999 – Cheppo (Honduras, lateral-direito)
1999 – Velásquez (Honduras, atacante)
2002 – Nozomi Hiroyama (Japão, lateral-direito)
2007 – Adams Ondigui (Camarões, volante)
2007 – Nouga Georges (Camarões, lateral-direito)
2008 – Salinas (Paraguai, lateral-esquerdo)
2009 – Juan Arce (Bolívia, atacante)
2011 – Pablo Pereira (Uruguai, atacante)
2013 – Chumacero (Bolívia, volante)

As 24 maiores negociações do futebol pernambucano

As 24 maiores vendas da história do futebol pernambucano

O Náutico confirmou o lucro do clube com a negociação dos direitos econômicos do lateral-esquerdo Douglas Santos, ao Granada da Espanha.

O Alvirrubro tinha 60% dos direitos e recebeu R$ 4,5 milhões.

Ou seja, o lateral de 19 anos tornou-se o jogador mais rentável já envolvido numa transação do clube, de acordo com o levantamento do blog, considerando o dólar, a moeda universal no mercado.

No geral, a transação de Douglas Santos foi a quarta maior do futebol pernambucano. No ranking, o blog listou apenas as verbas recebidas pelos clubes locais. Desde a implantação o Plano Real, há quase duas décadas, 24 jogadores foram vendidos por pelo menos um milhão de reais.

Entre os jogadores milionários são 13 do Sport (US$ 15.503.082), 6 do Náutico (US$ 6.287.626), 4 do Santa Cruz (US$ 3.471.000) e 1 do Porto (US$ 2.477.639)

O incompleto documentário sobre a Copa União de 1987

DVD "Copa União"

O Campeonato Brasileiro de 1987 é, disparado, o mais polêmico da história. Discutido até hoje, com reviravoltas até hoje. E inúmeras versões até hoje…

É inegável que o tema merecia um documentário. Pois o filme foi produzido, com 1 hora e 45 minutos. Pela Fla Filmes, com a apoio da Globo Marcas.

Além da campanha do excelente time do Flamengo em 1987, na disputa do Módulo Verde, o vídeo conta com inúmeros depoimentos de personagens centrais daquele campeonato. Sobretudo o campo jurídico, cujo imbróglio durou mais de uma década, favorável ao Sport.

Dirigentes e ex-presidentes de grandes clubes, advogados, ex-jogadores e jornalistas. Clubes dos 13, Flamengo, CBF, Inter, Vasco, Zico…

Até José Neves, presidente do Santa na época, foi ouvido. Porém, não há depoimento algum de dirigentes do rubro-negro pernambucano. Apenas trechos curtíssimos de reportagens de 2011 e 2013 com Milton Bivar e Gustavo Dubeux.

Todos os demais envolvidos foram entrevistados exclusivamente para o filme. Compreensível pela origem da produção, mas fere de morte a ideia de “documentário” sobre o infindável Brasileiro de 1987.

Além da claríssima ausência de Homero Lacerda, alguns tópicos estão incompletos, como por exemplo a entrada do Sport no Clube dos 13 em 1997, quando foi imposta ao clube a divisão do título em troca do ingresso.

No filme, claro, foi lembrado. Não a resposta do Leão na mesma ata (veja aqui).

À venda por R$ 24,90, o vídeo também já está disponível na grade da televisão. Abaixo, a sinopse no Canal Brasil. Confira o trailer aqui.

Um filme sobre o Flamengo no torneio, ok. Documentário? Jamais.

Programação do Canal Brasil com o filme "Copa União". Créditohttps://twitter.com/sportdepressao

Evandro Carvalho mirando a presidência da FPF até 2019. Depois é a vez da CBF

Evandro Carvalho, presidente da FPF. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Evandro Carvalho tornou-se presidente da FPF em setembro de 2011.

Assumiu o posto do falecido Carlos Alberto Oliveira. O ex-presidente estava no primeiro dos cinco anos do seu quinto mandato.

Seriam quatro, mas para que Carlos Alberto ficasse no comando no ano do centenário da entidade, em 2015, os clubes deliberaram e aprovaram o aumento de uma temporada extra no mandato.

Como vice-presidente, Evandro herdou o mandato integral.

Desde os primeiros dias ele sempre se posicionou contra a reeleição, fato comum nos dirigentes do futebol em todos os cantos do país.

Manteve o quanto pôde o discurso… Mas cedeu.

Durante uma entrevista ao blog, sobre a proposta para o novo Pernambucano, com até 60 clubes, o dirigente foi questionado sobre como implantaria a ideia, uma vez que seria na “temporada 2015/2016”, fora de sua alçada.

Admitiu que irá disputar um novo mandato, de quatro anos, de 2015 a 2019.

“Vou ser candidato. Entendemos que esse modelo pode ser rentável para Pernambuco. Se eu não for é porque terei saído da FPF para a CBF”.

Para quem iria exercer um mandato-tampão, nove anos na presidência da federação parece tempo demais. E a saída será só para um voo mais alto…

Campeonato Pernambucano articulado para se tornar o “Maior do Brasil”

Pernambuco

O Campeonato Pernambucano deverá passar por uma grande revolução estrutural. Adiantando que não é um devaneio, pois a proposta já está no papel.

Em breve, o Estadual poderá ser iniciado na temporada “anterior”. Exatamente. A edição de 2016, data da estreia do novo modelo, começaria em 2015.

Estilo europeu? Parou aí. Dos atuais doze clubes, em uma estrutura já inchada, a FPF prevê um novo formato com até 60 clubes. Repetindo: 60!

A CBF já aprovou verbalmente a mudança no calendário local. O governo do estado já foi contatado sobre a possibilidade de estender a campanha promocional Todos com a Nota nesse modelo.

Segundo o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, a resposta teria sido positiva para o aumento no subsídio.

Portanto, não haverá mais segunda divisão. Não nos moldes tradicionais.

Todos os clubes seriam agregados em um só torneio. Novas agremiações surgiriam, com o apoio de prefeituras, a especialidade da casa. Segundo Evandro, 26 prefeitos já toparam. Abaixo, o formato estudado há um ano pela federação pernambucana de futebol em parceria com consultorias.

1ª fase – De 30 a 60 clubes, integrando os atuais participantes da segunda divisão e novos times em processo de profissionalização na entidade.

A etapa será regionalizada, com o objetivo de fomentar a rivalidade entre as cidades, além de menor gasto de deslocamento. À medida em que a competição for afunilando haverá disputa entre as microrregiões locais.

Somente o campeão irá avançar à segunda fase.

Capacidade dos estádios: a partir de 1.000 lugares
Período: entre outubro e dezembro do ano anterior à fase final.

2ª fase – Com 10 clubes, a etapa será mais um classificatório, reunindo o ganhador da etapa preliminar e os nove times previamente classificados à elite estadual (de 2015, a possível última no modelo vigente) e fora do Nordestão.

Com turno único, essa fase dará vaga aos cinco primeiros lugares.

Capacidade dos estádios: a partir de 5.000 lugares
Período: a disputa seria paralela à Copa do Nordeste, de janeiro a março.

3ª fase – Com 8 times, enfim a fase final do Campeonato Pernambucano.

Turno e returno, 14 jogos. Falta decidir apenas se os vencedores dos turnos disputarão a taça ou se os dois melhores pontuadores irão à decisão, provavelmente na Arena Pernambuco.

Capacidade dos estádios: 5.000 lugares no turno e a partir de 15 mil na final.
Período: a etapa seria agendada entre março e maio, colada no Brasileirão.

Ao blog, Evandro Carvalho justificou a decisão…

“Conversamos bastante sobre isso e essa é a fórmula ideal para movimentar todo o estado e não só num pequeno período. Não queremos estádios e times ociosos. São 60 times, mas se a ideia evoluir, por que não 100?”

Não por acaso, a FPF tem, atualmente, 93 filiados.

Imagine o Conselho Arbitral desse possível torneio, numa soma de Séries A1 e A2, além da atual Copa do Interior de seleções municipais…

Em tempo: o maior Campeonato Pernambucano, em número de participantes, aconteceu em 1994, com 16 times divididos em dois módulos.

Você concorda com essa mudança radical na competição? Comente.

Noite agitada na Ilha do Retiro, com pressão, vitória e boa sequência

Série B 2013, 9ª rodada: Sport 2x0 Avaí: Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

O primeiro tempo indicava uma noite tranquila para o Sport. Até seria uma noite positiva para o time. Só não seria tranquila…

Na primeira metade do jogo o Leão avançou com jogadas rápidas, bola de pé em pé. Com Lucas Lima e Camilo fazendo a bola rolar certinha e Marcos Aurélio instigado mais à frente, o Sport foi bem superior ao Avaí.

Felipe Azevedo destoava, apesar de ter um papel tático importante, numa espécie de Gilsinho com grife. Porém, o saldo no período foi de apenas um gol. Magrão nem sujou o uniforme. Já o goleiro Diego teve algum trabalho.

O resultado diante de quase dezenove mil pessoas na noite desta terça viria, mas com uma boa dose de pressão catarinense. Na etapa final, surgiram dois novos personagens rubro-negros, com altos e baixos.

Com as oportunidades diminuindo à frente, o leão pernambucano se viu acuado pelo leão catarinense, conduzido por uma revelação da Ilha, Cléber Santana.

Contudo, o destaque foi Tobi, quase execrado pela torcida e símbolo duradouro de uma defesa flácida. Com entrega, precisão nas divididas e, quem diria, uma saída de bola razoável, o volante compensou toda a morosidade de Renan.

Renan pleiteava a titularidade. Ganhou a vaga com a suspensão de Rithely, logo no melhor momento do camisa 21. Mas os seus botes foram escassos e marcou à distância. Com a bola nos pés, errou passes bobos. Destoou…

Martelotte demorou bastante para enxergar isso e apostou em Fábio Bahia no lugar de Lucas Lima, já na metade da etapa final. Àquela altura, Magrão espalmava chutes de fora da área. Teve até bola no travessão…

Com a torcida nervosa, mas empurrando a equipe, o sexto triunfo na Série B foi sacramentado no último lance do jogo. O 2 x 0 veio numa bela cobrança de falta de Marcos Aurélio, após cansar de só deixar os companheiros na cara do gol.

Troca de passes, variação de jogadas, Tobi, pressão adversária, golaço. Uma noite agitada para reaproximar a torcida e time na Ilha do Retiro…

Série B 2013, 9ª rodada: Sport 2x0 Avaí: Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Semana literária no futebol pernambucano

Com mais de um século de paixão crescente, o futebol pernambucano tem muita história para contar. E num espaço intermitente, ela vem sendo contada. Confira alguns livros sobre o futebol no estado, disponíveis nas prateleiras das livrarias e perdidos em bibliotecas, com alguns exemplares desde a década de 1960. Outros, com edições bem antigas, só mesmo em sites de compra.

Para os fãs do futebol local, dois livros sobre o campeonato estadual formam um prato cheio de história, curiosidades e imagens. As estatísticas que dominam a imprensa esportiva atual foram colhidas nesses dois exemplares.

Livros do Campeonato Pernambucano, de 1915 a 1970 e 1971 a 2000. Crédito: Carlos Celso Cordeiro

Ainda sobre o Campeonato Pernambucano, que em 2014 terá a sua centésima edição, mais dois títulos. Em 1999, com o apoio da FPF, Givanildo Alves lançou “85 anos de bola rolando”, com histórias e causos do futebol local. O autor faleceu um ano depois, quando foi lançada a segunda edição, com nova capa. Já José Maria Ferreira revisou o certame estadual de 1915 a 2007, com uma linguagem mais técnica sobre a competição.

Livros "85 anos de bola rolando" e História dos campeonatos"

A série “Reis do futebol em Pernambuco”, criada em 2011, terá cinco capítulos. No primeiro, com 300 páginas, os maiores técnicos que trabalharam no estado, de Pimenta a Nelsinho. Os próximos serão sobre atacantes, meias, zagueiros e goleiros. Ainda sobre treinadores, a biografia do olindense Givanildo Oliveira, escrita em 2006 pelo jornalista Marcelo Cavalcante, tem o histórico do jogador e técnico, campeoníssimo no Recife, desde a infância na Vila Popular.

Livros "Reis do Futebol em Pernambuco - Técnicos" e "Givanildo - Uma vida de luta e vitórias"

O Náutico ganha dois livros em 2013, ambos com o selo da BB Editora. Primeiro, “Adeus, Aflitos”, com histórias e números de Carlos Celso Cordeiro, Lucídio José de Oliveira e Roberto Vieira sobre o estádio Eládio de Barros Carvalho, agora aposentado. Ainda neste ano, chegará a biografia “Kuki, o artilheiro do Nordeste”, sobre a carreira do quarto maior goleador da história do Timbu, com 179 gols em 357 partidas.

Livros do Náutico: Adeus, Aflitos e Kuki, o artilheiro do Nordeste. Crédito: BB Editora

Em 1996, o pesquisador Carlos Celso Cordeiro transformou a apuração de trinta anos em publicações, com uma série de livros preenchidos por estatísticas dos três grandes clubes do estado, com partidas, escalações, públicos etc. Começou com o Náutico, com as partes 1 (1909 a 1969) e 2 (1970 a 1984).

Livros do Náutico - Retrospecto: 1909/1969 e 1970/1984.

A série “Náutico – Retrospecto” continuou com mais dois volumes, de 1985 a 1999 e 2000 e 2009. O Timbu é o único com dados publicados sobre o século XXI. O pesquisador segue guardando dados sobre os jogos para futuros livros.

Livros do Náutico - Retrospecto: 1985/1999 e 2000/2009.

Em 2009 o tradicional clássico entre alvirrubros e rubro-negros chegou a cem anos de história. Com apoio da FPF, foi lançado um livro de capa dupla, “100 anos de história do Clássico dos Clássicos”, novamente com o trio de Carlos Celso/Lucídio José/Roberto Vieira. O incansável Carlos Celso ainda publicou uma edição especial sobre o Timbu com um vasto acervo fotográfico. A cada imagem, textos explicativos sobre escretes inesquecíveis.

Livros do Náutico: 100 anos do Clássico dos Clássicos em História em Fotos

Dessa vez, um trabalho solo do escritor Lucídio José de Oliveira, com o romance “O Náutico, a bola e as lembranças”. Em 2003, o jornalista Paulo Augusto lançou a “A guerra dos seis anos” sobre o hexacampeonato pernambucano de 1963 a 1968, com personagens e grandes jogos da saga.

Livros "O Náutico, a bola e as lembranças" e "A guerra dos seis anos"

Kuki terá a sua própria biografia. Contudo, esse será o segundo livro sobre o ex-ídolo alvirrubro. O pesquisador Carlos Celso já levantou todos os dados do atacante, que desembarcou nos Aflitos em 2001, na série “Grandes Goleadores”. Além do baixinho, há o exemplar sobre o Bita, o maior goleador do Náutico, com 223 gols em 338 partidas, com o tradicional apelido no título: “O Homem do Rifle”.

Livros do Náutico, na série Grandes Goleadores: Bita e Kuki

O próximo livro agendado sobre o trio de ferro é o do centenário do Santa Cruz, em 2014, pela BB Editora. Com um ano de produção, irá retratar a história do clube com doses de emoção. Em 2007 o Tricolor também teve a sua história revisada com resumos estatísticos, via “Retrospecto”, assim como os rivais. O trabalho nos mesmos moldes, com jogos, escalações, público e renda, vai de 1914 a 1999, em três livros distintivos.

Livros do Santa Cruz: Centenário 2014 e Retrospecto 1914/1959

Com o apoio do filho, Luciano Guedes, Carlos Celso conseguiu estampar capas coloridas nos três exemplares do Tricolor, fato alcançado com o apoio do clube, uma vez que a circulação do livro não contou com uma grande editora.

Livros do Santa Cruz - Retrospecto: 1960/1979 e 1980/1999. Crédito: Montagem sobre fotos do egoldosanta.blogspot.com

Editado em 1986 pela Cepe, o livro “Eu sou Santa Cruz de Corpo e Alma”, do falecido Mário Filho, conta histórias da Cobra Coral desde os anos 30, com causos sobre o povão e a formação da mística da torcida tricolor. Já em “Centrefó de Armação”, Aramis Trindade mistura realidades paralelas e ficção do futebol pernambucano de uma forma geral, mas com bastante humor. A capa foi ilustrada com um desenho do Santa Cruz.

Livro do Santa Cruz: "Eu sou Santa Cruz de corpo e Alma". Centrefó de Armação

Tendo o goleiro Magrão como personagem principal, o Sport lançou “Copa do Brasil 2008 – Há cinco anos o Brasil era rubro-negro”, com revelações de bastidores da segunda conquista nacional, como pressão de árbitro, viagens e orientações, editados por Rafael Silvestre. O Leão já contava com o levantamento de todos os seus jogos desde 1905, com três volumes. No primeiro, de 1905 a 1959, a diretoria do clube não apoiou no início e a capa, com baixo custo, foi preta e branca. A partir da segunda edição ela foi colorizada.

Livros do Sport: Copa do Brasil 2008 - Há cinco anos o Brasil era rubro-negro, e Retrospecto 1905/1959

A série “Sport – Retrospecto” continuou, enumerando todas as partidas do Leão de 1960 a 1999, seguindo o padrão adotado por Carlos Celso Cordeiro nos demais livros estatísticos dos grandes clubes do Recife. Nas capas três fases da Ilha, com os formatos da Copa de 1950, ampliação na década de 1970 e reforma em 1982.

Livros do Sport: Retrospecto 1960/1979 e 1980/1999

Durante muitos anos Fernando Bivar, irmão mais velho de Luciano e Milton Bivar, foi o curador do museu do Sport. Apreciador da história do clube, escrever alguns livros. Um deles foi “Coração Rubro-negro”, focando a importância da união do Leão em certas conquistas. Já o romance História da Garra Rubro-negra, editado pela Comunicarte, chama a atenção pela bela capa.

Livros do Sport: Coração Rubro-negro e Histórias da Garra Rubro-negra

A publicação “100 anos de história – O Clássico dos Clássicos” é, literalmente, a mesma do Náutico. A capa e a contracapa têm ilustrações distintas, uma para o Alvirrubro e outra para o Rubro-negro. São 25 capítulos para o Sport e 25 para o Náutico. A primeira edição, esgotada, teve 500 unidades. Também com uma linha romanceada, Costa Filho lançou as memórias de um paraibano louco pelo Sport, com “Meu coração de Leão”.

Livros do Sport: 100 anos de Clássico dos Clássicos e Meu coração de Leão

Autor do gol da vitória do Sport sobre o Santa Cruz por 6 x 5 na inauguração da Ilha do Retiro, em 1937, o saudoso Haroldo Praça também foi escritor. Com diversas crônicas sobre o futebol local, ele reuniu o material no livro “Gol de Haroldo”. Já a biografia “Clécio: o Halley” conta a vida do zagueiro, encontrado morto em um quarto de hotel aos 26 anos, em 2007. Revelado pelo Sport, Clécio viveu os altos e baixos no campo e fora dele.

Livros do Sport: Gol de Haroldo e Clécio, o Halley

Na década de 1980, Manoel Heleno escreveu dois livros sobre a história do Leão. Em 1985, no octogésimo aniversário do clube, saiu a primeira parte da “Memória Rubro-negra”, focando não só o futebol, mas a construção da identidade leonina na Ilha do Retiro. Em 1988 veio a segunda parte, compilando todos os fatos ocorridos de 1956 a 1988.

Livros do Sport: Memória Rubro-negra, volumes I e II

Há espaço também para os clubes intermediários. Começando pelos dois mais famosos, América, seis vezes campeão estadual, e Central, o maior do interior. Em 1990 o Alviverde da Estrada do Arraial ganhou um livro de Mário Filho, “O Periquito”. Já a Patativa viu a sua história contada por Zenóbio Meneses em “Meu Central, meu orgulho, minha paixão”, num esforço grande do torcedor/escritor. O livro foi publicado em espiral.

Livros "O Periquito", do América, e "Meu Central". Crédito: Washington Vaz

No embalo da fama de pior time do mundo, o jornalista Israel Leal conta a história do Íbis e todo o folclore que marca o famoso clube, no “O voo do Pássaro Preto”. Já Marcondes Moreno relembra a vida do Ypiranga, que cresceu paralelamente à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, desde a era amadora.

Livros do Íbis (O voo do Pássaro preto) e Ypiranga (Azul e Branco)

A oitava classificação da Segundona 2013

Classificação da Série B 2013, na 8ª rodada. Crédito: Superesportes

As duas vitórias seguidas como visitante nesta volta da Série B deixaram o Sport a um passo de retornar à zona de classificação. Se nos dois jogos longe da Ilha, em Joinville e Ceará Mirim, o Leão sofreu quatro gols, número alto, por outo lado balançou as redes em sete oportunidades, um dado altíssimo fora de casa.

A um ponto do G4, o Rubro-negro agora terá dois jogos seguidos no Recife. O primeiro pelotão, aliás, começa a abrir vantagem. Tanto que o Sport, em 5º lugar, ficará no máximo em 6º lugar em caso de revés na próxima rodada.

A 9ª rodada do representante pernambucano
16/07 – Sport x Avaí (21h00)