As capas dos games Fifa Football e Pro Evolution Soccer de 2007 a 2017

Capas dos games Fifa 17 e Pro Evolution Soccer 2017

A maior rivalidade do futebol nos videogames, com 21 anos de história, chega a mais um capítulo em setembro. No dia 13, o lançamento do Pro Evolution Soccer 2017. No dia 27, chega às lojas o Fifa 17. Com a pré-venda iniciada, as capas já foram reveladas, com mudanças drásticas nos atores.

No Fifa Football, nada de Lionel Messi – que virou a casaca novamente. Quem estampa a capa mundial é o atacante Marco Reus do Borussia Dortmind. O alemão venceu James Rodriguez do Real Madrid, Anthony Martial do Manchester United e Eden Hazard do Chelsea numa votação internacional organizada pela produtora EA Sports. Assim, assumiu o lugar centralizado já ocupado por Messi (2013-2016) e Rooney (2007-2012). Vale destacar que outros jogadores também figuraram nas capas ao longo dos anos, como os brasileiros. Ronaldinho (2007-2009), Kaká (2011-2012) e Oscar (2016).

Enquanto isso, no PES, a volta do craque argentino. Messi foi a capa do jogo produzido pela Konami de 2009 a 2011. Agora, tem companhia, pois o Barcelona foi contemplando. É a primeira vez que um time é contemplado na capa mundial. São cinco nomes, Neymar, Messi, Suárez, Rakitic e Piqué. Se deve ao fato do contrato de três do clube catalão com a desenvolvedora Konami, tendo a exclusividade do estádio Camp Nou no Pro Evolution Soccer – historicamente, um dos principais cenários escolhidos pelos jogadores nos videogames.

A ferrenha rivalidade Fifa x PES existe desde os consoles de 16 bits (Mega Drive e Super Nintendo), seguindo até o mais modernos (PS4 e Xbox One). No post, todas as capas internacionais lançadas desde 2007, lembrando que alguns anos contaram com capas regionalizadas, inclusive no Brasil, onde, por exemplo, o Flamengo de Guerrero foi a capa do PES 2016.

No viés local, Sport e Santa devem integrar os dois novos jogos, licenciados. Sem dúvida, a capa fictícia com Diego Souza e Grafite faria sucesso…

Confira os trailers do Fifa 2017 e do PES 2017 clicando aqui.

As capas dos games Fifa e Pro Evolution Soccer de 2003 a 2013

Classificação da Série A 2016 – 16ª rodada

A classificação da Série A 2016 após 16 rodadas. Crédito: Superesportes

Os times pernambucanos voltaram a inverter posições na classificação do Brasileirão, com o Santa Cruz perdendo em casa do Coritiba, no sábado, e o Sport vencendo o Cruzeiro o fora de casa, no domingo. Ao fim da 16ª rodada – coma  vitória do Flamengo sobre o cada vez mais afundado América Mineiro, na segunda-feira -, os rivais das multidões ficaram fora do Z4, num cenário raro nesta edição. Foram ajudados também pelos tropeços dos concorrentes.

Com os torcedores já fazendo as contas, o blog tenta ajudar. São duas projeções, uma com 46 pontos, a margem mínima com 100% de segurança (até hoje). A segunda considera a atual campanha do 16º lugar, curiosamente o próprio Santa, o primeiro acima da zona de descenso. Hoje com 35,4% de aproveitamento. Ao final de 38 rodadas, esse índice resultaria em 41 pontos. Veja o que tricolores e rubro-negros precisam fazer a partir de agora…

Sport – soma 18 pontos em 16 jogos (37,5%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 28 pontos em 22 rodadas
…ou 42,4% de aproveitamento
Simulações: 9v-1e-12d, 8v-4e-10d, 7v-7e-8d

Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 23 pontos em 22 rodadas
…ou 34,8% de aproveitamento
Simulações: 7v-2e-13d, 6v-5e-11d, 5v-8e-9d 

Chance de escapar: 81,0% (Chance de Gol), 79% (Infobola) e 74,2% (UFMG)

Santa Cruz – soma 17 pontos em 16 jogos (35,4%)

Para chegar a 46 pontos (margem segura):
Precisa de 29 pontos em 22 rodadas
…ou 43,9% de aproveitamento
Simulações: 9v-2e-11d, 8v-5e-9d, 7v-8e-7d

Para chegar a 41 pontos (rendimento atual do 16º):
Precisa de 24 pontos em 22 rodadas
…ou 36,3% de aproveitamento
Simulações: 7v-3e-12d, 6v-6e-10d, 5v-9e-8d

Chance de escapar: 60,1% (Chance de Gol), 58% (UFMG) e 55% (Infobola)

A 17ª rodada dos representantes pernambucanos 

30/07 (18h30) – Sport x Atlético-PR (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife na elite: 6 vitórias leoninas, 6 empates e 1 derrota

30/07 (21h00) – Atlético-MG x Santa Cruz (Independência)
Histórico em BH pela elite: nenhuma vitória coral, 2 empates e 2 derrotas

Índice do Itaú aponta Santa eficiente e Sport e Náutico com bons trabalhos

Ranking de eficiência esportivo-financeira no futebol brasileiro em 2015. Crédito: Itaú BBA

O relatório produzido pelo Itaú BBA sobre as finanças de 27 clubes, incluindo o trio recifense, traz o raio x dos balanços divulgados e a situação das dívidas fiscais, após a entrada em vigor do Profut. Concluindo o estudo, a equipe do banco criou o “Índice de Eficiência do Futebol”, rankeando as gestões. Para isso, cruzou o desempenho esportivo (colocações nos campeonatos disputados) e o desempenho financeiro (custos, investimentos e despesas).

Confira o gráfico em uma resolução maior clicando aqui.

Os resultados foram divididos em seis categorias (detalhes abaixo), de eficiente a perdulário. Entre os locais, o Santa teve o melhor desempenho, marcando 15 pontos e classificado como “eficiente” – foi campeão estadual e conseguiu o acesso à elite, mesmo com o modesto orçamento de R$ 15,1 milhões. Já Sport e Náutico aparecem com “bom trabalho”. Gastaram de forma regular, mas não ganharam campeonatos e permaneceram em suas divisões. Ambos zerados. No Leão, por pouco, pois foi o 6º lugar na Série A – a 4ª posição teria rendido dez pontos. Apesar do índice, o ano Timbu não foi bom, pois a permanência na Série B, mesmo racionalmente, não pode ser encarada como algo positivo.

A pior gestão, segundo o Itaú, foi a do Vasco de Eurico Miranda, rebaixado pela terceira vez nos pontos corridos (2008, 2013 e 2015). No ano, os cruz-maltinos tiveram a quarta maior cota de televisão (R$ 70 milhões, só abaixo de Flamengo, Corinthians e São Paulo). Isso pesou mais, em termos de administração, que o fato de o clube ter conquistado o título carioca, após doze anos de jejum.

Veja como é feito o índice de eficiência aqui.

Ranking de eficiência esportivo-financeira no futebol brasileiro em 2015. Crédito: Itaú BBA

Eficientes
São os que conseguiram mais conquistas gastando menos por ponto. Eficiência é conseguir resultados ao menor custo.

Eficazes
São os que conseguiram mais conquistas gastando mais por ponto. O resultado veio, mas a um custo excessivo

Bom trabalho
Gastaram relativamente pouco e apesar de não conquistarem nada, permaneceram em suas Séries

Deixaram a desejar
Estes também permaneceram em suas Séries, mas gastando muito mais. Ou seja, o gasto foi improdutivo.

Não deu
Gastaram pouco, era o possível, e o resultado não só não veio como o clube ainda foi rebaixado de Série

Perdulários
Gastaram muito e o resultado ao final da temporada foi negativo. Pode até ter conquistado um título menor, mas o rebaixamento de Série pôs tudo a perder.

O milionário ranking de dívidas fiscais dos clubes e o tempo de amortização

Ranking do Profut em julho de 2016. Crédito: Itaú BBA

O Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut) foi sancionado pelo governo federal em 5 de agosto de 2015, com o objetivo de refinanciar as dívidas fiscais dos clubes em até vinte anos. O primeiro quadro após a MP 671 mostra o tamanho do buraco. Os 27 times presentes no relatório do banco Itaú BBA (Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros de 2016) devem R$ 3,2 bilhões. No estudo, a partir dos balanços divulgados em abril, há a projeção de amortização cada um. Até mesmo de quem não aderiu ao Profut, como Sport, Palmeiras e Chape.

Por decisão do presidente Humberto Martorelli, o Leão ficou de fora por já ter negociado o seu passivo – ou seja, poderia cumprir sem ser submetido à rígida regra do projeto, como utilizar no máximo 80% da receita com futebol. No estado, a maior dívida fiscal é a do Náutico, de R$ 115 mi. O aumento (de 56% no passivo geral) se deve à atualização feita na gestão de Glauber Vasconcelos (2014/2015) nas informações fiscais junto à receita federal e à normalização da declaração de débitos e créditos tributários federais de 2010 a 2013. Segundo a nota do alvirrubro, houve uma redução de 70% do valor das multas, 40% do valor dos juros e 100% dos encargos legais por débitos até agosto de 2015.

Já o Santa acertou o parcelamento de R$ 15,3 milhões, apesar de o relatório apontar uma dívida fiscal de R$ 26 mi. Para manter o tricolor no Profut, o mandatário Alírio Moraes, que assinou a adesão, busca a regularização das certidões negativas de tributos federais, FGTS, INSS e de demandas com a Justiça do Trabalho e com a Prefeitura do Recife. Até porque não basta “pagar”, é preciso estar de acordo com todos os trâmites burocráticos.

As maiores dívidas fiscais do futebol brasileiro
1º) R$ 535 milhões – Botafogo
2º) R$ 347 milhões – Flamengo
3º) R$ 268 milhões – Vasco
4º) R$ 258 milhões – Atlético-MG
5º) R$ 237 milhões – Fluminense
6º) R$ 190 milhões – Corinthians
7º) R$ 167 milhões – Cruzeiro
8º) R$ 166 milhões – Santos
9º) R$ 146 milhões – Bahia
10º) R$ 124 milhões – Coritiba

As dívidas fiscais do Trio de Ferro
1º) R$ 115 milhões – Náutico
2º) R$ 47 milhões – Sport
3º) R$ 26 milhões – Santa Cruz 

Como o Itaú calculou a amortização
Para fins de avaliação, utilizou todas as dívidas fiscais registradas no passivo exigível a longo prazo, que em tese abarcam todos os tributos renegociados. Considerou para fins de análise que todos os clubes optaram pelo padrão de 240 meses, dentro das regras de correção pela Selic e escalonamento de pagamento, sendo: 50% da parcela em 2016 e 2017; 75% da parcela em 2018 e 2019; 90% da parcela em 2020; 100% da parcela a partir de 2021.

À parte dos balanços financeiros produzidos e divulgados pelos clubes, a ESPN divulgou em 23 de março de 2015 uma lista com as dívidas dos clubes com a União, através do relatório obtido junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional , com dados entre fevereiro de 2014 e fevereiro de 2015.

As maiores dívidas com a União
1º) R$ 284,2 milhões – Atlético-MG
2º) R$ 235,0 milhões – Flamengo
3º) R$ 215,4 milhões – Botafogo
4º) R$ 186,5 milhões – Corinthians
5º) R$ 173,9 milhões – Fluminense
6º) R$ 148,8 milhões – Vasco
7º) R$ 129,6 milhões – Internacional
8º) R$ 101,9 milhões – Guarani
9º) R$ 73,8 milhões – Palmeiras
10º) R$ 68,6 milhóes – Portuguesa

As dívidas do Trio de Ferro com a União
1º) R$ 59,1 milhões – Sport
2º) R$ 45,6 milhões – Náutico
3º) R$ 42,4 milhões – Santa Cruz

Podcast – Análise das vitórias de Náutico e Sport e da derrota do Santa Cruz

O 45 minutos analisou as últimas apresentações do Trio de Ferro. Jogos em dias distintos, começando com a vitória tranquila dos alvirrubros, na noite de sexta-feira, na Arena Pernambuco. No sábado, o Santa Cruz jogou muito mal e foi derrotado pelo Coxa, até então sem vitória como visitante – permaneceu fora do Z4, mas bem ameaçado. No domingo, o Sport quebrou um longo jejum, batendo o Cruzeiro no Mineirão após quase quatro décadas. Analisamos os jogos, desempenhos individuais e as consequências na classificação. Ao todo, 56 minutos em gravações exclusivas. Ouça agora ou quando quiser!

22/07 – Náutico 3 x 1 Avaí (21 min)

23/07 – Santa Cruz 0 x 1 Coritiba (17 min)

24/07 – Cruzeiro 1 x 2 Sport (18 min)

Sport vence o Cruzeiro no Mineirão após 38 anos, desta vez sob olhares da torcida

Série A 2016, 16ª rodada: Cruzeiro 1 x 2 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A grande maioria da torcida do Sport jamais havia visto o time vencer o Cruzeiro no Mineirão. A até então única vitória em BH ocorrera em 1978, por 2 x 1. Além do tempo, com 38 anos corridos, a transmissão não ajudou, ainda nos tempos do rádio. Gols da partida na telinha? Somente no dia seguinte, em preto e branco. Contexto bem diferente do importantíssimo resultado obtido em 2016, pelo mesmo placar. Ao vivo na tevê aberta para a capital pernambucana, com cores reluzentes em alta definição, num jogo duro do começo ao fim. Num confronto direto na briga contra o descenso, o time celeste martelou a meta de Magrão. Ao todo, finalizou 30 vezes, contra apenas 7 do Sport.

Mas a tal da crise, ainda que a equipe seja tecnicamente boa, chega para qualquer um. À parte das finalizações afobadas – 18 de forma errada! -, o Cruzeiro parou no camisa 1 do rubro-negro, numa atuação soberba. Saídas apuradas, elasticidade nos chutes e cabeçadas, tempo de reação. Uma tarde para orgulhar a torcida, de dedos cruzados diante da televisão, percebendo a iminência de deixar o Z4. Os gols de Rogério, concluindo um lançamento de três dedos de Diego Souza e uma baita jogada de Everton Felipe, arrancando do meio-campo, desestabilizaram a equipe mineira, já pressionada pelo público. Em um segundo tempo melhor, no qual até Serginho mereceu elogios, o Sport foi abrindo espaço em busca de contragolpes. Marcando forte, alto. Ao menos duas vezes teve a chance de chegar ao terceiro gol.

Lá atrás, já com três volantes em campo – Mancha entrou no lugar de Edmílson, esforçado e esgotado -, a vitória ia sendo assegurada. Até tomou um susto aos 47, no gol de Willian, com mais um minuto de acréscimo. Alguns podem ter desligado o aparelho ou mudado de canal para fugir do pior, mas o apito final de Leandro Vuaden, no centro da tela, foi a imagem definitiva do 2 x 1 na maioria das casas recifenses. Mais um tabu indo embora, e em boa hora. Então, hora de deixar o sofá e ir à Ilha do Retiro, com dois jogos seguidos por lá, contra Atlético-PR e América. Por mais vitórias, agora in loco.

Série A 2016, 16ª rodada: Cruzeiro 1 x 2 Sport. Foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

Banco Itaú faz raio x econômico de 27 clubes, incluindo Náutico, Santa e Sport

Relatório financeiro dos clubes brasileiros em 2015, com análise do Itaí

Uma equipe de profissionais do Banco Itaú BBA realizou um relatório sobre 27 clubes do futebol brasileiro. Um raio x sobre receitas e despesas. Considerando faturamento absoluto em 2015, foram R$ 3,64 bilhões, montante dividido em cotas de tevê (42,2%), bilheteria e sócios (17,4%), publicidade e patrocínio (14,9%), transações de atletas (12,4%), estádio (5,6%) e outras fontes (7,3%).

Todos os números foram colhidos nos balanços oficiais dos clubes, divulgados em abril deste ano. Além de “traduzir” as cifras, até porque os documentos não seguem um padrão (de informação), os especialistas deram o aval sobre a situação de cada um, projetando cenários em médio e longo prazo. Entre as equipes presentes, cinco do Nordeste, Bahia, Náutico, Santa, Sport e Vitória. Abaixo, as conclusões sobre os times da região, além da íntegra do documento Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros de 2016.

Ranking de receitas dos clubes brasileiros de 2013 a 2015. Crédito: Itaú BBA

Confira o ranking de receitas no triênio 2013-2015 numa resolução melhor aqui.

Bahia (da página 58 a 62)
Colocando a casa em ordem

O Bahia apresentou um comportamento bastante bom em 2015. Operacionalmente conseguiu aumentar suas receitas, reduziu custos e despesas e assim gerou mais caixa e de forma consistente. Fez investimentos corretos, liquidou dívidas, aderiu ao Profut. O desafio agora é manter esta política de austeridade sem ter sucesso esportivo, uma vez que segue no 2º ano jogando a Série B. Mas persistência e paciência andam junto com processos de ajuste, pois o resultado aparece apenas no longo prazo. Um clube saudável, equilibrado, tem mais chances de permanecer por mais tempo disputando a Série A.

Náutico (da página a 128 a 132)
Na corda bamba

O Náutico parece não se conhecer. Clube de alcance regional, tem acesso limitado a receitas, mas ainda assim apresenta custos e despesas acima das receitas há dois anos. Isso só dificulta o clube a manter as contas em dia. Se nada for feito para reverter o quadro, uma possível adesão ao Profut vai drenar caixa do clube e pode colocá-lo em risco num futuro próximo. Mas sem isso fica impossível se equilibrar.

Santa Cruz (da página a 143 a 147)
Procurando se encontrar

O Santa Cruz em 2015 deve ser analisado sob duas óticas: 1) esportivamente foi muito bem, especialmente considerando sua capacidade de investimento, pois dos clubes analisados é um dos menores orçamentos; 2) financeiramente foi bastante complexo, pois a geração de caixa foi negativa, teve pressão de giro relevante, muitas saídas de caixa e ainda teve que se apoiar em bancos para fechar suas contas. Vai contar com o crescimento das receitas de quem chega à Série A para organizar a casa. Ou não, caso utilize o dinheiro apenas para reforçar elenco e tentar permanecer na divisão de elite, o que não é recomendado se pensarmos em estratégias de longo prazo. Mais um clube que tem a vida difícil de quem tem poder financeiro limitado.

Sport (da página a 158 a 162)
Olhando para o futuro

O Sport apresenta uma gestão organizada, controlada, que mantém as finanças equilibradas. 2015 foi um bom ano nesse sentido, onde vimos a equipe reestruturar suas dívidas tributárias, ao mesmo tempo que se utilizou de adiantamentos para reforçar seu caixa e entrar em 2016 pronto para manter uma equipe competitiva mas dentro de suas possibilidades. É importante que o clube mantenha os pés no chão e suba de patamar de forma consistente.

Vitória (da página 168 a 172)
Vitória de todos os Santos 

Impressionante a postura correta adotada pela gestão do Vitória em 2015. Ao cair para a Série B e observar redução potencial de receitas o clube agiu e reduziu mais que proporcionalmente seus custos e despesas, adequando-os à realidade do ano. Resultado foi um desempenho econômico-financeiro equilibrado, com excepcional geração de caixa, contas aparentemente em dia, e dinheiro em caixa para iniciar 2016 na Série A com mais fôlego para buscar sustentabilidade de longo prazo na principal divisão do país. Comportamento exemplar, incluindo a manutenção de investimentos em base, que geram resultados de longo prazo. Claramente um clube pensando no futuro. 

A tabela definitiva do Troféu Givanildo Oliveira, com oito clássicos em 2016

Troféu Givanildo Oliveira. Crédito: FPF/divulgação

Com o Clássico das Multidões homologado na Copa Sul-Americana, aumentou a lista de jogos para o Troféu Givanildo Oliveira, a disputa comemorativa instituída pela FPF para celebrar o centenário do duelo entre rubro-negros e tricolores, comemorado em 6 de maio de 2016. O regulamento é simples, somando todas as partidas oficiais entre os dois rivais nesta temporada. Inicialmente, havia a possibilidade de 4 a 10 jogos, dependendo do desempenho de cada um. No fim das contas, 8 partidas – só não chegou ao máximo porque não houve a decisão no Nordestão, com o time leonino caindo na semifinal.

O vencedor do troféu, que homenageia o ídolo de ambos (detentor de 16 títulos estaduais), será o clube com mais pontos somados nos confrontos. Em caso em empate na pontuação, a taça ficará em posse da FPF, exposta no salão nobre da sede da entidade, na Boa Vista, uma vez que não há outro critério de desempate, como saldo de gols e gol fora de casa.

Jogos disputados em 2016
21/02 – Sport 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
10/04 – Santa Cruz 1 x 1 Sport (Estadual)
04/05 – Santa Cruz 1 x 0 Sport (Estadual)
08/05 – Sport 0 x 0 Santa Cruz (Estadual)
01/06 – Santa Cruz 0 x 1 Sport (Série A)

Jogos marcados a disputar
24/08 – Santa Cruz x Sport (Sul-Americana)*
31/08 – Sport x Santa Cruz (Sul-Americana)*
11/09 – Sport x Santa Cruz (Série A)
* As datas ainda serão confirmadas pela Conmebol

Classificação após 5 jogos
8 pontos – Sport
5 pontos – Santa Cruz

Para dar Sport
Com três pontos de vantagem, o Leão precisa, nos jogos restantes, de três empates ou, pelo menos, uma vitória e um empate. Curiosidade: como no Estadual, “decidirá” na Ilha.

Para dar Santa Cruz
A missão tricolor é complicada. Para levar a troféu, necessita somar ao menos sete pontos nos três jogos restantes. Logo, duas vitórias e um empate ou três vitórias seguidas.

Para ficar com a FPF
Como a regra prevê a posse “neutra”, existem duas situações de empate, com 10 x 10 ou 11 x 11. Ou seja, dois empates e uma vitória coral ou uma vitória leonina e duas vitórias corais.

Sport x Santa Cruz na Sul-Americana, em um Clássico das Multidões para a história

Sport x Santa Cruz, pela 2ª fase da Copa Sul-Americana 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP, sobre foto da Conmebol

Um confronto para história, digno de um duelo centenário. Sport e Santa Cruz vão se enfrentar na Sul-Americana de 2016, na primeira versão internacional do Clássico das Multidões. A composição deste jogo é um capricho (onipresente) do futebol, que condiz com uma das maiores rivalidades do país.

Com a pré-vaga ao torneio desde o 6º lugar obtido na última Série A, o Sport confirmou a prioridade na Sula, em detrimento da Copa do Brasil, em abril, em um comunicado oficial. Seria a quarta participação seguida dos leoninos. Neste período, o Santa Cruz ganhou força e conquistou o Nordestão, assegurando a mesma pré-vaga. Os rivais precisariam deixar a Copa do Brasil para confirmar a presença na copa internacional, devido ao esdrúxulo regulamento da CBF. Dito e feito, com Aparecidense e Vasco. No sorteio, o magnetismo do clássico deixou as bolinhas Brasil 1 (Sport) e Brasil 7 (Santa) frente a frente.

Retrospecto, segundo dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro
549 jogos
229 vitórias do Sport
166 vitórias do Santa
154 empates 

Logo, os jogos no Recife serão os capítulos 550 e 551, com muita coisa em disputa. Ambos já largam na segunda fase da Sula, ganhando cotas de R$ 988 mil. Ao vencedor do mata-mata, um lugar nas oitavas de final e uma premiação de R$ 1,23 milhão. E a partir daí começa a verdadeira rota internacional, já definida pela Conmebol. Eis os principais adversários a cada fase:

Oitavas – Independiente Medellín-COL, Universidad Católica-EQU, Sportivo Luqueño-PAR ou Peñarol-URU
Quartas – Santa Fé-COL, Cerro Porteño-PAR e Universidad Católica-CHI
Semi – Estudiantes-ARG, Atlético Nacional-COL, Brasil 6 e 4, Bolívar-BOL
Final – San Lorenzo-ARG, Independiente-ARG, Lanús-ARG, Brasil 3, Universitario-PER, Emelec-EQU e Libertad-PAR

Confira o chaveamento completo da Copa Sul-Americana clicando aqui.

Qual é a sua expectativa para a Sula? Quem larga como favorito no clássico?

Enquanto o tricolor estreia em torneios internacionais, o rubro-negro disputa a fase nacional da competição pela 4ª vez, sempre contra rivais nordestinos.

2013
Sport 2 x 0 Náutico
Náutico (1) 2 x 0 (3) Sport

2014
Sport 0 x 1 Vitória
Vitória 2 x 1 Sport

2015
Bahia 1 x 0 Sport
Sport 4 x 1 Bahia

2016*
24/08 – Santa Cruz x Sport
31/08 – Sport x Santa Cruz
* Datas a confirmar 

Nordestão = Brasil 7 na Sul-Americana

Copa Sul-Americana. Crédito: Conmebol/site oficial

O título da Copa do Nordeste passou a valer vaga na Copa Sul-Americana a partir de 2014. Inicialmente como “Brasil 8”, entre os representantes do país no sorteio do torneio. Em 2015 chegou à condição atual, como “Brasil 7”, ficando à frente do campeão da Copa Verde entre os oito times brasileiros na Sula. Naturalmente, as vagas Brasil 1, 2, 3 e 4 oferecem uma condição melhor que a 5, 6, 7 e 8, decidindo a fase nacional em casa, além de, em tese, serem preenchidas pelos times mais bem colocados no Brasileiro. O “em tese” se justifica justamente por causa da regra aplicada ao campeão nordestino.

Havia a dúvida se o campeão regional poderia ter uma condição melhor que o Brasil 7, caso também conseguisse a classificação através da “fila”, na relação Brasileiro/Copa do Brasil – com os melhores colocados no campeonato excluindo os classificados às oitavas da copa nacional.

Poderia ser o caso, por exemplo, do Santa Cruz em 2016. Após o inédito título na Lampions, garantindo a pré-vaga como Brasil 7, o time pernambucano poderia, também, ser o 6º melhor colocado na tal fila. Logo, evoluiria a sua condição internacional. Tecnicamente, faria sentido (na visão do blog, seria justo até). Ou, caso contrário, seria sempre Brasil 7 independentemente do lugar no fila? Basta citar o Sport, classificado à Sul-Americana como Brasil 1. Caso o rubro-negro tivesse sido o campeão nordestino deste ano, viraria Brasil 7?

Segundo a CBF, “sim” para as duas perguntas.

O blog entrou em contato com o departamento de comunicação da confederação, que tirou a dúvida via e-mail, citando um trecho do regulamento (conhecido, mas com brechas) e expondo, de forma clara, o fim do impasse:

“Regulamento Específico da Competição – Brasileirão 2015

Art. 6º – Para a Copa Sul-Americana/2016 classificar-se-ão os seis primeiros colocados do Campeonato Brasileiro da Série A de 2015, excluídos os clubes classificados para a Quarta Fase da Copa do Brasil/16; os clubes participantes da Série A/15 que obtiverem vaga à Copa Sul-Americana/16 através de competições regionais (Copa do Nordeste e Copa Verde), também são excluídos quando da identificação dos classificados oriundos da Série A.

O campeão da Copa do Nordeste não faz parte da distribuição de vagas a partir da classificação no Campeonato Brasileiro.”

Em 2016, esse posicionamento deixa o Clássico das Multidões no caminho.

Sobre o o resultado de Santa x Vasco, pela terceira fase da Copa do Brasil:

Se o Santa avançar no torneio nacional, Sport x Campinense na Sula
Se o Santa sair do torneio nacional, Sport x Santa Cruz na Sula