Ao estampar a capa da revista Playboy, a jogadora de vôlei Mariana Andra Costa, a Mari Paraíba, retomou uma tradição de desportistas na primeira página da edição brasileira da tradicional revista para o público adulto.
A sua beleza nas páginas da publicação era um desejo antigo de quem acompanha a Superliga, na qual ela é considerada a maior musa da atualidade, no Minas.
Neste post, doze exemplos de brasileiras que também já deixaram o habitat esportivo para encarar um ensaio sensual. As imagens foram organizadas por ordem cronológica.
Acima: Mari (vôlei, 2012), Ana Oliveira (futebol, 2007), Andrea Lopes (surf, 2007), Hérica (Triathlon, 2002), Vanessa Menga (tênis, 2001) e Ana Teixeira (jet-ski, 2000).
Abaixo: Débora Rodrigues (automobilismo, 1997), Ida (vôlei, 1996), Bel (futebol, 1995), Ana Alice (natação, 1995), Dora Bria (windsurf, 1993) e Hortência (basquete, 1988).
Superando os limites geográficos, seis capas com atletas gringas, como a jogadora italiana de vôlei Francesca Piccinini e a tenista americana Ashley Harkleroad. Veja aqui.
A aproximação da Olimpíada de Londres certamente foi o gancho da revista para a escolha da musa de julho. Isso se estende em outros cantos e redações pelo mundo.
A revista ESPN também traz as suas modelos, mirando o tênis. Confira aqui.
Entre as musas brasileiras do esporte, quem você gostaria de ver numa próxima edição?
Heróis do passado, gênios do esporte. A história nos apresenta monstros sagrados que se confundem com a próprias modalidades. Aprendemos a admirá-los em relatos dos pais, em livros, jornais, programas de televisão, documentários etc. Ídolos a toda prova.
Assistimos aos feitos marcantes em imagens captadas ainda em preto e branco, em vários casos, e convertidas posteriormente do vhs para o dvd e agora para o blu-ray. Vídeos remasterizados. Há casos até de peças colorizadas artificialmente.
Tudo em prol de um passado mais vivo, real, com a qualidade que a tecnologia nos oferece. Ainda assim, há também ídolos construídos somente através de textos. É justo.
Contudo, não é de hoje que se torce o nariz a novos postulantes ao status de melhor da história. Potencializados, em determinados casos, justamente por esse avanço tecnológico e associados à apuração técnica e ao profissionalismo.
O sentimento romântico do esporte talvez ajude a rebater esses nomes. Mas fica complicado quando estamos diante de não um, mas de vários atletas com esse perfil. A geração atual de amantes do esporte pode se sentir privilegiada de acompanhar ao vivo, em alta difinição ou in loco, a gênios que já entram no patamar “incontestável”.
Vamos a alguns exemplos, com técnica e números bem superiores aos passado.
Heptacampeão de Fórmula 1, o alemão Michael Schumacher suplantou o piloto argentino Juan Manuel Fangio, pentacampeão, e outros já na era a cores, como Prost e Senna.
Nas águas, o americano Mark Spitz ganhou sete medalhas de ouro na Olimpíada de Munique, em 1972. A sua marca durou décadas, mas o seu mergulho foi superado. O seu compatriota Michael Phelps conquistou oito nos Jogos de Beijing, há quatro anos. Já havia conquistado outras seis em 2004. Um mito em atividade. Braçadas robóticas.
No atletismo, o também norte-americano Jesse Owens tem o seu nome guardado para sempre por ter destruído a pose de Adolf Hitler no Estádio Olímpico de Berlim, em 1936. Owens, um negro no coração do nazismo, ganhou quatro ouros. Destaque para os 100 e 200 metros. Venceu com os tempos de 10,30 segundos e 20,70s, respectivamente.
Sem aparentar desgaste na pista, com direito a olhadinha para as câmeras, o jamaicano Usain Bolt aniquilou recordes em 2008. Ouro nas mesmas provas com 9,69s e 19,30s.
E o que dizer do tenista Roger Federer? Borg, Sampras, Agassi? Todos atrás. Grand Slam completo, 17 títulos na escala maior dos torneios da ATP, 286 semanas na liderança e muita classe nas quadras, de cimento, grama e barro. Recordes e mais recordes.
Não podemos deixar de lado o futebol, com o corriqueiro debate Pelé x Messi. Os números do argentino impressionam. Falta o Mundial. Mesmo sem ele, Lionel assusta.
Até porque, infelizmente neste caso, o reinado não é eterno no esporte…
Num futuro breve tudo isso poderá ser contado em 3D ou em alguma tecnologia a ser inventada, mas aproveite. Você está vendo a história ser escrita, com os melhores.
Criado em agosto de 1973, o ranking de tenistas profissionais, cuja complexa atualização sempre foi semanal, já teve 24 atletas no topo.
Lendas como o romeno e pioneiro Ilie Nastase, o sueco Bjorn Borg, o norte-americano Andre Agassi e o brasileiro Gustavo Kuerten já ocuparam o number 1.
Até este domingo, ninguém havia ficado tantas semanas na primeira colocação como o americano Pete Sampras, com incríveis 286, distribuídas entre 12 de abril de 1993 e 19 de novembro de 2000. Insuperável? Parecia.
A próxima lista com mais de 1.500 nomes a ser divulgada pela associação de tenistas profissionais, a ATP, nesta segunda-feira, mudará a história.
Ao vencer o representante da casa em Wimbledon, Andy Murray, por 3 sets a 1, o suíço Roger Federer, há tempos alçado ao status de melhor de todos os tempos devido ao enorme cartel de raquetadas, conquistou o hepta na grama sagrada (veja aqui).
Não só igualou o número de semanas como número 1, com 2.002 dias na liderança, como atingiu o número de troféus conquistados por Sampras no All England Club, que já dividia o recorde com o britânico William Renshaw, ainda na era amadora.
William Renshaw: 1881, 1882, 1883, 1884, 1885, 1886 e 1889
Pete Sampras: 1993, 1994, 1995, 1997, 1998, 1999 e 2000
Roger Federer: 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009 e 2012
Semanas na liderança à parte, o genial Federer, de 30 anos, ganhou o seu 17º título de grand slam, um recorde absoluto no tênis. Exclusivo.
Como em breve também deverá ser a marca em Wimbledon… Lenda viva e nas quadras.
Eneacampeã na grama sagrada de Wimbledon, entre 1978 e 1990, Martina Navratilova cravou o seu sobrenome na história do torneio.
Cansou de erguer para os súditos o prato de 48 centímetros com figuras mitológicas.
Nunca um sobrenome havia aparecido tanto no topo dos torneios femininos de simples no All England Lawn Tennis and Croquet Club como o de Navratilova, até mesmo porque a tradição londrina apresenta a alcunha familiar como destaque.
Desde 2000, aliando técnica a uma força muito acima da média no circuito profissional, duas irmãs mudaram o cenário, reescrevendo a história.
Foram dez títulos do grand slam de Wimbledon com o mesmo sobrenome.
Williams. Um revezamento constante entre Venus e Serena. Cada uma com o seu pentacampeonato, fora os títulos nas duplas!
Seguindo a ordem das fotos, o deca das Williams. Em cima, Venus: 2000, 2001, 2005, 2007 e 2008. Embaixo, Serena: 2002, 2003, 2009, 2010 e agora, 2012.
Em olhe que em quatro ocasiões as duas se enfrentaram na decisão, com três títulos da caçula Serena e um da precursora Venus.
Ao vencer a polonesa Agnieszka Radwanska por 2 sets a 1, neste sábado, Serena brincou com o público e com a irmã, na torcida na quadra central (veja aqui).
“Eu sempre quis tudo o que a minha irmã ganhou”.
Curiosamente, o troféu, o tal prato criado em 1886, chama-se Venus Rosewater Dish.
Por uma questão de justiça, o nome bem que poderia ser ajustado para Venus-Serena Rosewater Dish. Difícil vai ser convencer a mais que centenária tradição britânica.
De qualquer forma, dez réplicas do prêmio estão na posse da família Williams.
Venus e Serena têm 32 e 30 anos, respectivamente. Fisicamente, as duas mostram que a história ainda não acabou em Wimbledon.
Ainda há espaço na estante da família para mais algumas Venus Rosewater Dishes…
Depois de fritar o brasileiro Thomaz Bellucci em sua estreia, o campeoníssimo tenista espanhol Rafael Nadal voltou a seu costume no torneio de Wimbledon. Sempre que disputa o grand slam britânico ele cozinha para a família, hospedada em Londres.
Dono de uma concentração impressionante, o sueco Björn Borg foi o primeiro superstar do tênis, popularizando o circuito. Entre 1974 e 1981, ele combinou um domínio incrível, no saibro de Paris e na grama de Londres, com a dinastia “Iceborg”.
Foi hexacampeão na quadra Philippe Chatrier, em Roland Garros, e penta no All England Lawn Tennis and Croquet Club, em Wimbledon. Marcas insuperáveis, disseram muitos.
Com apenas 25 anos o tenista bon vivant havia conquistado a maior série de vitórias nas duas competições mais tradicionais da modalidade na open era.
Se tornou o primeiro a ganhar US$ 1 milhão em prêmios em um mesmo ano, 1979. Mas se existe algo óbvio no esporte é que recordes existem para ser quebrados.
O primeiro caiu na Inglaterra. Com os títulos de 1981, batendo o próprio Borg na decisão, 1983 e 1984, o norte-americano John McEnroe ensaiou a caminhada. Parou por aí. Coube ao seu compatriota Pete Sampras estabelecer um novo reinado.
Campeão sete vezes entre 1993 e 2000, perdendo apenas uma edição, em 1996, Sampras transformou a arte do saque e voleio. Definitivo? O suíço Roger Federer, em plena atividade, já ganhou seis taças depois disso…
Se a coroa britânica já está bem no passado, na terra batida a sua dinastia durou mais tempo. O jogo mais cadenciado visto no saibro é uma especialidade de poucos.
Talvez por ter acompanhado o mito de perto, o sueco Mats Wilander até aprendeu direitinho. Foi tri em 1988. De origem plebeia no tênis, o brasileiro Gustavo Kuerten atravessou o Atlântico, desbravou Paris e também triunfou três vezes na quadra central. Reinados curtos. Até a garra inabalável do espanhol Rafael Nadal.
Nadal é praticamente imbatível em Roland Garros. Em 53 partidas, venceu 52. O único revés ocorreu diante de Robin Söderling, sueco. Discípulo de Borg…
O sétimo título de Nadal, conquistado nesta temporada, evitou o career grand slam de Novak Djokovic e o colocou com o maior tenista da história do saibro. Com 35 títulos, segue atrás do austríaco Thomas Muster (40) e do argentino Guilhermo Villas (45).
Essa estatística, considerando todos os torneios, não o diminui em nada. Como também não fez a menor diferença para Björn Borg, unanimidade no piso vermelho até este 11 de junho de 2012, quando perdeu a sua segunda coroa.
Virou uma lenda eterna, até por ter encerrado a carreira de forma inesperada em janeiro de 1983, com apenas 26 anos, 64 títulos e 608 vitórias em 735 jogos…
Jogos da Eurocopa, treino oficial da Fórmula 1, final do torneio feminino de tênis de Roland Garros e um clássico do futebol com Brasil x Argentina.
Qual seria o destaque do caderno esportivo deste domingo, 10 de junho?
Com três gols, Lionel Messi certamente roubaria todas as manchetes. Mas eis uma boa justificativa para mudar o foco. Maria Sharapova.
A justificava, com uma boa dose de ironia, está no título publicadado na capa…
Confira os bastidores da edição do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes através do blog Direto da Redação.
O blog é escrito pelos editores-executivos do Diario, Sérgio Miguel Buarque e Paulo Goethe, e pelos editores da primeira página do jornal, Fred Figueiroa e Humberto Santos.
Musa do esporte, a russa Maria Sharapova cravou de vez o seu nome no tênis.
Ao conquistar o título de Roland Garros de 2012, a loura se tornou a 10ª mulher a completar o Grand Slam, com vitórias nos quatro maiores torneios da modalidade.
O triunfo em Paris era o que faltava desde 2008, quando conquistou o Aberto da Austrália. Ali, já havia vencido também Wimbledon (2004) e o US Open (2006).
A busca foi enorme. Desde que Sharapova entrou no circuto das grandes competições, em 2003, Roland Garros foi o único Grand Slam em que ele esteve sempre presente.
Neste sábado, de forma incontestável, Maria venceu a italiana Sara Errani por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/2 (veja aqui).
Abaixo, a lista de mulheres que conquistaram o Grand Slam e as respectivas idades.
Com a 27ª taça em sua galeria, levando em consideração todos os torneios, a russa soma agora mais de 13 milhões de dólares apenas em premiação na WTA.
Confira mais detalhes da carreira da tenista clicando aqui.
Aos 25 anos, Sharapova se junta a nomes como Martina Navratilova, Steffi Graf. Esta última é, também, a única que ganhou a medalha de ouro na Olimpíada.
Eis a nova missão para Sharapova? Antes, vale a festa na capital francesa. E para completar o feito, a 448ª vitória da bela devolveu a liderança no ranking mundial.
Por mais que a lembrança das raquetadas no saibro sigam recentes, o ano era 1997…
O Brasil já não acordava com a mesma empolgação esportiva na manhã de domingo.
A Fórmula 1 sem um ídolo não era a mesma coisa. Não é até hoje, diga-se.
Foi quando surgiu um catarinense de 21 anos, com uma camisa berrante nas cores azul e amarelo, bem diferente do tom sóbrio que marcava o circuito de tênis.
Como um cometa no esporte, Guga foi derrubando todos os adversários na mais improvável das caminhadas em Paris.
Estreia contra Slava Dosedel (3 a 0). Na sequência, só feras. Jonas Bjokman (3 a 1), Thomas Muster (3 a 2), Andrei Medvedev (3 a 2), Yevgeny Kafelnikov (3 a 2) e Filip Dewulf (3 a 1), na semifinal.
Durante duas semanas, Roland Garros se curvou àquele talento. Ainda mais pela origem, pois não havia brasileiro algum com um desempenho tão espetacular.
Na final, o embate contra o espanhol Sergi Burguera, bicampeão do Aberto da França em 1993 e 1994. Experiente e vencedor. A última barreira para a história.
Ali, o sonho de Guga já parecia realizado. Mas era apenas o primeiro de muitos.
O seu destino reservava inúmeras glórias a partir dali.
Em 8 de junho 1997, há exatamente 15 anos, Kuerten tornava-se campeão de Roland Garros pela primeira vez ao cravar 3 sets a 0 (6/4, 6/3, 6/2).
Naquela quadra central, de terra batida, ele seria rei, com o tricampeonato. Também com o status de número 1 do mundo, que chegaria em 3 de dezembro de 2000.
Abaixo, o registro histórico do dia em que o torcedor brasileiro voltou acordar feliz numa manhã de domingo…