A CBF divulgou o regulamento oficial do Campeonato Brasileiro de 2017. O documento (íntegra abaixo) é relativamente simples, com 15 páginas e algumas mudanças acerca da Série A, que terá três nordestinos nesta temporada: Sport, Bahia e Vitória. Destaco seis pontos da fórmula votada no conselho técnico da competição, realizado no Rio de Janeiro, há três semanas. O sistema de disputa, lembrando, é o mesmo desde 2006, com vinte clubes e pontos corridos.
Artigo 5 – As doze vagas internacionais… Libertadores: 1º, 2º, 3º e 4º na fase de grupos; 5º e 6º na fase preliminar Sul-Americana: 7º, 8º, 9º, 10º, 11º e 12º, todos na primeira fase
Obs. Caso os possíveis campeões da Liberta, Sula e Copa do Brasil de 2017 terminem na zona de classificação internacional, a vaga via Série A será do clube seguinte, excluídos os assegurados nas copas da Conmebol, claro. Logo, há a possibilidade de um recorde de classificados (Liberta + Sula): 15 times
Artigo 9 – Transferências de jogadores: entre clubes da elite, atletas com no máximo 6 jogos disputados. Durante a competição, cada time só poderá contratar até cinco nomes oriundos da Série A, sendo no máximo três de um mesmo clube. A partir disso, então, só em outros mercados (B, C, D e exterior)
Artigo 12 – Critérios de desempate na classificação: 1) vitórias, 2) saldo, 3) gols pró, 4) confronto direto (somando ida e volta), 5) menos cartões vermelhos, 6) menos cartões amarelos, 7) sorteio. Até hoje nunca se chegou ao sorteio…
Artigo 16 – Preço mínimo do ingresso: R$ 40, inteira (valor abaixo disso, só com autorização da CBF)
Artigo 19 – Punição por salário atrasado: 3 pontos por jogo caso atrase o pagamento da folha salarial a partir de 30 dias – execução da pena após o julgamento no STJD, naturalmente
Artigo 21 – Mudança de mando de campo: o clube só poderá jogar dentro da jurisdição de sua federação. No caso do Sport, atrelado à FPF, só na Ilha do Retiro, Arena Pernambuco, Arruda ou Cornélio de Barros. O Lacerdão também tem a capacidade mínima, de 12 mil lugares, mas o gramado está vetado
A dois meses do início do Campeonato Brasileiro de 2017, o Ibope-Repucom fez um levantamento com todos os patrocinadores fixos dos vinte clubes da elite. Ao todo, são 38 marcas estampadas nos uniformes (master, manga, ombro e barra) e 8 fornecedoras de material esportivo, considerando o critério do instituto: “A análise abrange apenas patrocínios de camisa, sem patrocínios pontuais”.
A marca mais presente é, de forma disparada, a da Caixa Econômica Federal, exposta em 16 clubes, incluindo os três nordestinos. Sport, Bahia e Vitória devem ganhar na faixa de R$ 6 milhões/ano, o mesmo montante desde 2014. Entre os patrocinados da Caixa, quatro só contam com a instituição bancária na camisa – o Flu também tem uma marca, a Frescatto, mas com o master vago.
Sobre as fabricantes, a Umbro tomou a dianteira da Adidas (7 x 5), com a Nike, outra gigante global, representada apenas pelo Corinthians – que, coincidência ou não, detém o maior acordo anual. Já o Leão da Ilha segue com a Adidas pelo 4º ano, mas com a cifra ainda não detalhada no balanço financeiro. Enquanto Timão, Fla e São Paulo ganham mais das fabricantes que dos patrocinadores regulares, o Palmeiras vai totalmente na contramão, com a Crefisa valendo quase 4x a verba da Adidas. No atual campeão brasileiro, a empresa (de uma conselheira do alviverde) paga por espaços na parte frontal, costas e ombros.
A seguir, os valores dos contratos já divulgados (ou estimados) na imprensa…
Nº de clubes por fornecedoras de material esportivo: 7 – Umbro 5 – Adidas 2 – Topper e Under 1 – Numer, Nike, Kappa e Puma
Maiores contratos de patrocínio-master em 2017: 1º) R$ 72,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado) 2º) R$ 30,0 milhões – Corinthians (Caixa) 3º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa)* 4º) R$ 15,7 milhões – São Paulo (Prevent Senior – privado)
5º) R$ 15,0 milhões – Santos (Caixa)
6º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul) 7º) R$ 12,5 milhões – Cruzeiro (Caixa) 7º) R$ 12,5 milhões – Atlético-MG (Caixa) 9º) R$ 9,0 milhões – Vasco (Caixa)
* O contrato prevê até mais R$ 5 milhões por desempenho esportivo
Nº de clubes por patrocínio-master:* 16 – Caixa Econômica 1 – Banrisul, Crefisa e Prevent Senior * O Fluminense é o único com o espaço vago
Confira o levantamento do Ibope-Repucom numa resolução melhor aqui.
Durante três dias, de 20 a 22 de fevereiro, dirigentes de 60 clubes se reuniram na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para debater sobre as formatações do Campeonato Brasileiro. A cada dia, uma divisão, A, B e C. O 45 minutos analisou as principais mudanças (ou não!) em cada competição, com o viés regional. Por sinal, são 16 clubes nordestinos presentes, ou 26% de todos os participantes nos torneios nacionais com calendário completo em 2017.
Neste podcast, de 45 minutos, estou com Fred Figueiroa e Celso Ishigami.
Série A (3 clubes) – Sport, Bahia e Vitória
Através do voto, a maioria dos clubes (incluindo o trio nordestino) vetou a venda de mando de campo para outros estados. Já a ideia de elencos limitados a 33 profissionais, apoiada pelos times da região, não foi aprovada.
Série B (5 clubes) – Santa Cruz, Náutico, Ceará, CRB e ABC
Os 18 não cotistas da tevê (à parte de Inter e Goiás) aprovaram uma nova forma de divisão de cota. Agora, os R$ 93 milhões são separados de acordo com a campanha anterior. O Santa foi o nordestino de maior receita, R$ 6,2 mi.
Série C (8 clubes) – Salgueiro, Fortaleza, CSA, ASA, Sampaio Corrêa e Moto Cub, Botafogo-PB e Confiança
Apesar da proposta do Fortaleza para mudar a fase final (dois quadrangulares, em vez de quartas de final), a CBF acabou vetando. O acesso segue no mata-mata, no qual o tricolor alencarino falhou três vezes seguidas no Castelão.
Além da divulgação da tabela da Série A de 2017, com rodadas entre 13 de maio e 3 de dezembro, os presidentes dos vinte clubes discutiram na sede da CBF, no Rio de Janeiro, sobre mudanças na formatação do campeonato – não relacionadas ao regulamento do campeonato. Foram propostas sugeridas pelos clubes e pela própria diretoria de competições da CBF, com a decisão da maioria prevalecendo a cada votação. No conselho técnico oficial, o Sport foi representado pelo seu presidente executivo, Arnaldo Barros.
Venda de mando de campo (vetada) A CBF estimou o veto à venda de mando para outros estados nas últimas cinco rodadas, mas o Galo propôs a proibição nas 38 rodadas, só sendo possível mudar dentro do mesmo estado. A maioria escolheu a segunda opção, tendo Fla e Flu como maiores opositores (logo, o Sport pode jogar na Ilha e na Arena).
Sport, Bahia e Vitória votaram contra a venda de mando.
Limite de jogadores inscritos (vetado) A CBF propôs um limite de 33 atletas por equipe. Neste modelo, poderiam ser feitas dez trocas, além do uso livre de jogadores Sub 20. Contudo, a maioria preferiu seguir com elencos ilimitados (e sem planejamento).
Sport, Bahia e Vitória votaram a favor do limite de 33 inscritos.
Grama sintética (vetada) A pedido do Vasco, que nunca jogou na grama artificial da Arena da Baixada, do Atlético-PR, foi votado o veto ao piso (avaliado e aprovado anualmente pela Fifa, diga-se). O pleito foi aprovado, mas será válido só em 2018 – o Náutico planejava colocar grama artificial nos Aflitos, mas a ideia deve ser travada. O Furacão questiona a legitimidade (afinal, tem autorização internacional!).
Sport, Bahia e Vitória votaram a favor da grama sintética.
Capacidade mínima Até 2016, os estádios precisavam ter pelo menos 15 mil lugares sentados para abrigar um jogo da elite nacional. Estranhamente, o número foi reduzido para 12 mil, priorizando o “conforto”, mas sem votação..
Avaliação estrutural No fim, houve um comunicado da confederação brasileira de futebol sobre a realização de “avaliações qualitativas e minuciosas” no estado do gramado, no placar, nos vestiários e nas cabines de imprensa.
A CBF divulgou a tabela básica do Brasileirão 2017, com o Sport representando o futebol pernambucano pela 4ª vez seguida. Com o rebaixamento do rival tricolor, os leoninos terão a companhia de outros nordestinos, Bahia e Vitória.
A Série A desta temporada, nos mesmos moldes desde 2006 (pontos corridos e 38 rodadas), começará em 13 de maio – a tabela detalhada será divulgada em breve. A estreia leonina será contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli. Apesar da largada como visitante, serão 5 jogos na Ilha do Retiro nas 8 primeiras rodadas. Já na última rodada, em 3 de dezembro, o Leão receberá o Corinthians. Abaixo, a agenda do rubro-negro e a íntegra da tabela, com 380 partidas.
Participações seguidas do Leão 2014 – 11ª lugar (vaga na Sula) 2015 – 6º lugar (vaga na Sula) 2016 – 14º lugar (vaga na Sula) 2017 – a disputar
Lembrando que o Leão tem uma cota fixa de transmissão de R$ 35 milhões, mesmo valor de Bahia, Vitória, Coritiba e Atlético-PR. Acima, onze times, entre R$ 60 mi e R$ 170 mi. Abaixo, apenas Ponte, Chape, Atlético-GO e Avaí. Ao todo, o contrato da televisão distribui R$ 1,297 bilhão em vinte cotas.
Turno 1ª) Ponte Preta x Sport (12 ou 14/05) 2ª) Sport x Cruzeiro (20 ou 21/05) 3ª) Sport x Grêmio (27 ou 28/05) 4ª) Avaí x Sport (03 ou 04/06) 5ª) Sport x Flamengo (07 ou 08/06) 6ª) Vasco x Sport (10 ou 11/06) 7ª) Sport x São Paulo (14 ou 15/06) 8ª) Sport x Vitória (17 ou 18/06) 9ª) Atlético-MG x Sport (21 ou 22/06) 10ª) Santos x Sport (24 ou 25/06) 11ª) Sport x Atlético-PR (01 ou 02/07) 12ª) Coritiba x Sport (08 ou 09/07) 13ª) Sport x Chapecoense (12 ou 13/07) 14ª) Botafogo x Sport (15 ou 16/07) 15ª) Sport x Atlético-GO (19 ou 20/07) 16ª) Sport x Palmeiras (22 ou 23/07) 17ª) Bahia x Sport (29 ou 30/07) 18ª) Sport x Fluminense (02 ou 03/08) 19ª) Corinthians x Sport (05 ou 06/08)
Returno 20ª) Sport x Ponte Preta (12 ou 13/08) 21ª) Cruzeiro x Sport (19 ou 20/08) 22ª) Grêmio x Sport (26 ou 27/08) 23ª) Sport x Avaí (09 ou 10/09) 24ª) Flamengo x Sport (16 ou 17/09) 25ª) Sport x Vasco (23 ou 24/09) 26ª) São Paulo x Sport (27 ou 28/09) 27ª) Vitória x Sport (30/09 ou 01/10) 28ª) Sport x Atlético-MG (14 ou 15/10) 29ª) Sport x Santos (18 ou 19/10) 30ª) Atlético-PR x Sport (21 ou 22/10) 31ª) Sport x Coritiba (28 ou 29/10) 32ª) Chapecoense x Sport (04 ou 05/11) 33ª) Sport x Botafogo (08 ou 09/11) 34ª) Atlético-GO x Sport (11 ou 12//1) 35ª) Palmeiras x Sport (15 ou 16/11) 36ª) Sport x Bahia (18 ou 19/11) 37ª) Fluminense x Sport (25 ou 26/11) 38ª) Sport x Corinthians (03/12)
A tabela básica do Brasileirão, sujeita à mudanças a pedido da TV
O Ibope vem atualizando mês a mês as bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento traz os 20 clubes da Série A e mais 20 clubes com os maiores quadros nas Séries B e C. Ao todo, são onze nordestinos presentes, sendo o Sport o melhor colocado no âmbito nacional, em 13º lugar. Em relação à janeiro, o balanço de fevereiro traz o rubro-negro pela primeira vez na liderança regional do youtube. Ou seja, das quatro redes sociais quantificadas, só não lidera no facebook (hoje, com 48 mil pessoas a menos que o Bahia, vice nas demais).
No ranking absoluto, a Chapecoense segue crescendo. Foram mais 146 mil pessoas (a maioria formada por torcedores de outros clubes) curtindo seus perfis, chegando a 5,5 milhões ao todo. Está a 4 mil do Grêmio, o 6º colocado. Na briga pelo topo, ainda que o líder Corinthians esteja quase na casa de 18 milhões, o Flamengo reduziu a diferença de 1 milhão para 879 mil.
Voltando ao Nordeste, há outra briga ferrenha, entre Santa e Fortaleza, com o tricolor cearense à frente por apenas 5 mil pessoas. Há um mês o hiato era de 10 mil, o que comprova a evolução da plataforma digital dos corais, já na dianteira no insta e no youtube. Por fim, o Vitória, cuja torcida no facebook é só a 6ª da região. Não por acaso, aumentou a divulgação da página. Somando os perfis, o clube registrou o maior aumento no mês, 90 mil. A seguir, listas com os times da região divulgados por José Colagrossi, diretor do Ibope-Repucom.
Os nordestinos com mais usuários nas redes sociais e a evolução no mês* 1º) Sport (2.546.041) +43.105 2º) Bahia (2.348.637) +28.756 3º) Vitória (1.484.263) +90.877 4º) Ceará (996.446) +15.368 5º) Fortaleza (823.568) +13.348 6º) Santa Cruz (818.321) +17.998 7º) América-RN (375.812) +4.435 8º) ABC (358.878) +6.510 9º) Náutico (344.004) +10.688 10º) Sampaio Corrêa (228.434) +2.128
11º) CRB (219.083) +5.162
Top 5 do NE no facebook* 1º) Bahia (1.093.667) 2º) Sport (1.045.090) 3º) Ceará (643.537) 4º) Fortaleza (580.845) 5º) Santa Cruz (566.943)
Top 5 do NE no twitter* 1º) Sport (1.253.998) 2º) Bahia (1.101.527) 3º) Vitória (960.217) 4º) Ceará (210.558) 5º) Fortaleza (131.893)
Top 5 do NE no instagram* 1º) Sport (224.574) 2º) Bahia (132.869)
3º) Ceará (131.074) 4º) Vitória (120.382) 5º) Santa Cruz (103.456)
Top 5 do NE no youtube* 1º) Sport (22.379)
2º) Bahia (20.574) 3º) Santa Cruz (18.493) 4º) Ceará (11.277) 5º) Fortaleza (8.783)
* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados.
A distribuição das vagas no novo Nordestão, num gráfico de Thiago Minhoca.
Em 2018, a Copa do Nordeste deve incorporar uma etapa no estilo “Pré-Libertadores”, elaborada para que a fase principal volte a ter 16 clubes. Trata-se da solução entre três frentes, envolvendo federações, Liga do Nordeste e o G7, grupo formado pelos sete maiores clubes (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza). Desde a ampliação da Lampions de 16 para 20 times, há três temporadas, os organizadores detectaram um excesso de jogos sem apelo, buscando, a partir desta visão, um critério técnico (necessário, é bom frisar) para manter as principais forças na disputa e a atratividade da competição, cuja premiação passou de R$ 5,6 mi para 18,5 milhões em cinco anos.
2) A Liga do Nordeste travava uma disputa de bastidores com as federações por acordos comerciais, tentando contemplar mais clubes. Se baseava no acordo judicial junto à CBF, que garante a Copa do Nordeste até 2022.
Num ano que começou com o presidente da FPF, Evandro Carvalho, ameaçando o torneio de extinção, ao que parece chegou-se a um entendimento. Primeiro, o presidente da Liga do Nordeste, Alexi Portela, adiantou a transformação em entrevista a Vitor Villar, do jornal baiano A Tarde.
“(…) para 2019 vamos precisar mudar o formato. Talvez garantir alguns times direto na fase de grupos e pegar terceiros e quartos colocados de cada Estadual e fazer um mata-mata antes da fase de grupos. É uma ideia, mas não tem nada fechado ainda. A ideia do novo formato é ter jogos mais atraentes desde a 1ª fase, com times de maior apelo popular.”
Depois, o presidente da federação cearense, Mauro Carmélio, esmiuçou todas as mudanças na Rádio Verdes Mares, de Fortaleza, com o processo de mudanças em dois anos. Em 2018, no formato. Em 2019, nos participantes.
O acordo triplo para o novo Nordestão:
1) A Copa do Nordeste tende a ser realizada num período distinto do campeonato estadual (ou antes ou depois, mas não mais simultaneamente). Possivelmente abrindo o ano. Ponto para as federações.
2) A competição mantém a mesma distribuição de vagas para os nove estados (20, somando a pré) e as 12 datas (na fase principal) utilizadas desde a volta oficial do torneio, em 2013. Ponto para a Liga.
3) O torneio de fato volta a ter 16 clubes, com 4 grupos de 4 times, com todos os vice-líderes avançando às quartas, além de adotar critérios de proteção (na prática) sobre as vagas. Ponto para o G7, que abdicou da segundona.
Ainda que a CBF não tenha chancelado a transformação da copa, vamos às principais mudanças das duas próximas edições, já com o “Pré-Nordestão”…
Formato de 2018: Respeitando os regulamentos dos campeonatos estaduais em andamento, as 20 vagas (3 de PE, 3 da BA e 2 para os demais) estão asseguradas através desses torneios locais. Porém, apenas 12 times estariam garantidos na fase de grupos (os 9 campeões estaduais e os vices de PE, BA e CE), com 8 times disputando a fase preliminar (demais vices e os 3º colocados de PE e BA). Ou seja, quatro mata-matas, com os vencedores entrando na fase principal.
Formato de 2019: Repete o regulamento, mas muda a forma de classificação, mais excludente. Seriam apenas 9 vagas via estaduais, todas para os campeões. As outras 11 seriam via Ranking da CBF, com 2 vagas por ranking para PE e BA (por que não o vice nesses dois casos?) e 1 vaga para os demais estados. Com 11 classificados via ranking, a presença de zebras tende a diminuir bastante.
Como curiosidade, eis a simulação da Nordestão 2017 com os dois novos formatos (abaixo). Em 2018, o Náutico, por exemplo, teria disputado a fase pré. Com a versão de 2019, o Ceará, 5º no estadual, entraria já na fase de grupos. Por sinal, seriam cinco participantes diferentes: Uniclinic/Ceará, CSA/ASA, Itabaiana/Confiança, Juazeirense/Vitória da Conquista e Altos/Parnahyba..
Em Pernambuco, com a implantação do modelo definitivo, um time do interior só conseguirá a vaga em caso de título (o que nunca ocorreu em 103 anos), uma vez que o Trio de Ferro detém as três melhores colocações no ranking… Justo?
A fase de grupos da Copa do Nordeste de 2017 chegou à metade, com três rodadas disputadas. Devido ao regulamento, implantado há dois anos, a análise da classificação dos grupos sofre uma influência direta das outras chaves. Explica-se: além dos cinco primeiros colocados, apenas os três melhores segundos lugares avançam. Hoje, estariam classificados, na liderança, os seguintes times: Santa Cruz (A), Bahia (B), River (C), CRB (D) e Vitória (E). As outras três vagas ficariam com Campinense (A), Sport (C) e Sergipe (E). Vice-líderes de suas chaves, Fortaleza (B) e ABC (D) sobrariam.
Os potes para o sorteio das quartas de final estariam assim: 1 – Santa Cruz, River, Vitória e Bahia 2 – CRB, Campinense, Sport e Sergipe
A partir da campanha do alvirrubro de Aracaju, hoje com a 8ª vaga, a projeção mínima de classificação (como 2º) é de 12 pontos. Sem dúvida, um desempenho alto. Neste contexto, o Náutico, por exemplo, teria que ganhar os três jogos.
A sexta e última rodada será em 22 de março, com dez jogos ao mesmo tempo.
Em tempo: quem passar de fase ganhará R$ 450 mil de cota.
O maestro carioca Eduardo Souto Neto foi o responsável por um dos jingles mais conhecidos do país, o “Tema da Vitória”. Hoje tocada nas (raras) vitórias brasileiras na Fórmula 1, a canção instrumental foi criada em 1983, a pedido da Rede Globo, para celebrar o vencedor do GP do Brasil, independentemente da nacionalidade. Acabou imortalizada nas 40 (das 41) vitórias de Ayrton Senna.
Pois bem, o mesmo maestro, hoje aos 65 anos, refez os arranjos da trilha oficial da Copa do Nordeste, visando a edição 2017. A gravação, desta vez solicitada pelo Esporte Interativo, foi feita em seu próprio estúdio, em sua casa no Rio de Janeiro. A música, liberada às emissoras de televisão e rádios que exibem o regional, costuma ser tocada na entrada dos times e nos gols.
“Eu gosto muito de futebol e eu procurei fazer uma coisa que fosse exatamente pra cima, porque o tema musical que já existe e que eu acho muito bonito, já tem essa característica toda nordestina naturalmente, já é melodioso e bonito. Faltava aquela coisa para levantar a torcida”.
Ouça à integra (1min15s) da nova versão instrumental da Lampions e opine…
O perfil exportador do futebol nordestino é bem antigo, com craques negociados desde o início do profissionalismo no país, como Ademir Menezes, do Sport para o Vasco em 1942. E do clube carioca para a Copa do Mundo. Caminhos para o Sul-Sudeste e também para o exterior. Ainda bem, há o caminho inverso. Mais recente e numa rotação menor, o clubes da região também vêm contratando jogadores com cifras milionárias. O blog reuniu as negociações (divulgadas) no Plano Real, em circulação desde 1º de julho de 1994 – considerando ao menos R$ 1 milhão independentemente do percentual adquirido sobre os direitos.
À parte da década atual, surpreende o Vitória em 1997, com quatro compras seguidas, no embalo da parceria com o Banco Excel, que bancou R$ 10,8 milhões nos reforços, além de mediar o empréstimo de Túlio Maravilha, então no Corinthians, também patrocinado pelo banco. Na temporada seguinte, também respaldado por um banco (o Opportunity), o Bahia entrou na estatística. A partir de 2012, no início da era das supercotas da televisão, no Brasileirão, quatro clubes da região conseguiram realizar transações neste porte, até o Náutico, o único ‘não cotista’, mas presente na elite no ano da vinda de Kieza.
Número de jogadores comprados (20 nomes até 11/01/2018*): 8 – Sport 7 – Vitória 4 – Bahia* 1 – Náutico
* O Bahia também comprou 55% de Hernane Brocador e 50% de Edgar Junio, mas com valores desconhecidos
Número de jogadores comprados por estado: 11 – Bahia 9 – Pernambuco
O ranking é apresentado tanto em reais quanto em dólares. Isso porque, em mais de duas décadas, o valor da moeda nacional já flutuou bastante. Se no início chegou a valer mais que o dólar, em determinado momento caiu para 1/4 da moeda americana. Por sinal, apesar de o euro ser a versão mais utilizada, hoje, no futebol internacional, o blog opta pelo dólar uma vez que a moeda europeia só foi criada em 1999, sendo impossível calcular valores anteriores.
A pesquisa engloba valores oficiais e extraoficiais, esses divulgados na imprensa (jornais e sites), uma vez que os clubes raramente revelam os números oficiais – nem em seus balanços financeiros. Na maioria dos casos, cada compra foi informada em um valor (real, dólar ou euro), com o blog convertendo nas duas colunas abaixo de acordo com o câmbio de cada época, precisamente no dia da notícia.
Ah, existe a possibilidade de alguns nomes terem sido esquecidos. Por isso, caso lembre, pode deixar o seu comentário no post, que a lista será atualizada.