De volta ao calendário oficial do futebol brasileiro, o Nordestão terá 62 jogos em 2013.
Ao campeão, um prêmio de R$ 1 milhão. A partir de 2014, provavelmente o mesmo valor e de lambuja a aguardada vaga na Copa Sul-americana (veja aqui).
Obviamente, a glória virá acompanhada de uma taça, cuja imagem foi revelada.
Como ocorre na Liga dos Campeões da Uefa, a Taça do Nordeste também circulará nas cidades da região como forma de divulgação do torneio junto aos torcedores.
Por sinal, o modelo lembra a famosa Orelhuda, como é chamada a taça europeia.
O tour começará em Salvador e vai seguir em Aracaju, Itabaiana, Maceió, Recife, Campina Grande, Natal e finalmente Fortaleza, onde ficará dois dias.
Na capital pernambucana a exposição do troféu será em 13 de janeiro, no Shopping Recife. Neste ano é o objeto de desejo de tricolores, rubro-negros e salgueirenses.
Apenas quatro clubes conquistaram o título oficial da Copa do Nordeste. Abaixo, as taças do tetra Vitória (1997), América-RN (1998), bi Sport (2000) e bi Bahia (2002).
Torcedor, o que você achou do modelo do novo troféu do Nordestão?
Uma rodada dupla no Castelão, em Fortaleza, deve marcar a exposição nacional da renovada Copa do Nordeste neste ano. De lambuja, um viés internacional…
Ainda que estejam agendados para a terceira rodada do torneio regional, em 27 de janeiro, Fortaleza x Sport e Ceará x Bahia terão uma presença ilustre na arquibancada.
No novíssimo estádio alencarino de 64.165 lugares, o primeiro da Copa do Mundo de 2014 a ser inaugurado, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, assistirá à primeira partida com o “Padrão Fifa” no Brasil, considerando as doze arenas.
“Em 27 de janeiro, estarei de volta ao Brasil para assistir pessoalmente ao jogo inaugural do Estádio Castelão, em Fortaleza.”
Declaração em seu artigo mensal no site da Fifa sobre a preparação do país (veja aqui).
Valcke conhecerá algumas das mais apaixonadas torcidas da região e um dos maiores estádios do país. Espera, claro, ver uma organização no nível exigido pela entidade.
Sobre o nível técnico do futebol nos 180 minutos diante do francês… A conferir.
No âmbito nacional, são escassas as conquistas do futebol do Nordeste na elite.
Nas 83 competições organizadas até hoje, foram apenas quatro títulos. Contudo, no cenário internacional o desempenho é ainda mais modesto…
Nos mais de cinquenta anos de torneios oficiais da Conmebol, os clubes da região só estiveram presentes em 16 oportunidades. Ao todo, oito clubes.
Até hoje, apenas uma final no currículo. Em 1999, no último ano da Copa Conmebol, o CSA alcançou a decisão contra os argentinos do Talleres.
O time alagoano se aproveitou da vaga aberta ao campeão da Copa do Nordeste, uma vez que o Vitória, vencedor daquela temporada, declinou do convite. O vice, Bahia, e o terceiro colocado, Sport, também. Na quarta posição, o alviazulino de Maceió topou.
Considerando os três torneios sul-americanos com vagas direcionadas por critério técnico, o recorde de participações não passa de quatro edições, com a dupla Ba-Vi.
Por mais que a Libertadores continue sendo o sonho de consumo, é inegável o foco na Copa Sul-americana, até mesmo pelo número de vagas para os brasileiros, oito.
Em 2013, o Náutico já tem assegurada a vaga virtual. Resta confirmá-la na Copa do Brasil. Bahia, Vitória e até o rebaixado Sport também correm por fora.
Será possível ver em um futuro não tão distante algum time da região no topo da Sul-americana? Até lá, é preciso ao menos encarar a disputa com seriedade, como uma grande oportunidade de visibilidade, que mexe com a autoestima do torcedor.
Avançar algumas fases, ganhando cancha no exterior, é a primeira tarefa. Das 16 participações, em 10 os clubes locais ficaram logo na primeira etapa…
Taça Libertadores da América
1960 – Bahia (quartas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1964 – Bahia (pré-libertadores, 1ª fase – 2 jogos)
1968 – Náutico (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1988 – Sport (fase de grupos, 1ª fase – 6 jogos)
1989 – Bahia (quartas de final, 3ª fase – 10 jogos)
2009 – Sport (oitavas de final, 3ª fase – 8 jogos)
Copa Conmebol
1994 – Vitória (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1995 – Ceará (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1997 – Vitória (quartas de final, 3ª fase – 4 jogos)
1998 – América-RN (oitavas de final, 1ª fase – 2 jogos)
1998 – Sampaio Corrêa (semifinal, 3ª fase – 6 jogos)
1999 – CSA (vice-campeão, 4ª fase – 8 jogos)
Copa Sul-americana
2009 – Vitória (oitavas de final, 2ª fase – 4 jogos)
2010 – Vitória (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2011 – Ceará (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
2012 – Bahia (fase nacional, 2ª fase – 2 jogos)
Participações internacionais
4 – Bahia e Vitória, 2 – Sport e Ceará, 1 – Náutico, Sampaio Corrêa, América-RN e CSA
Mais jogos oficiais
16 partidas – Bahia, 14 – Sport, 12 – Vitória, 8 – CSA, 6 – Náutico e Sampaio Corrêa, 4 – Ceará, 2 – América-RN
Os institutos de pesquisa constroem a credibilidade ao longo dos anos, através de acertos nos dados equiparados aos reais, posteriormente levantados de forma integral. Antes, a conversa estatística é sempre a mesma, com dados flutuantes com pontos percentuais para mais e para menos, dentro da margem de erro. De praxe.
No futebol, as principais pesquisas, e mais polêmicas, projetam o tamanho das torcidas. A nível local, a discussão já é enorme, histórica. Imagine então no cenário nacional! Em 2009, o Instituto Maurício de Nassau ouviu 3.363 pessoas em Pernambuco. Houve contestação. Pois em 2012 o Datafolha ouviu 2.588 em 160 cidades espalhadas no país.
O resultado final do instituto paulista promoveu uma série de debates.
No topo, o inédito empate técnico. Abaixo, as últimas três pesquisas Datafolha.
2009 – Flamengo 19% x 13% Corinthians 2010 – Flamengo 17% x 14% Corinthians 2012 – Flamengo 16% x 16% Corinthians
É possível concluir que 3% da torcida nacional virou a casaca do Flamengo para o Corinthians ou simplesmente 3% dos flamenguistas desapareceram do mapa, sem explicação, ou ainda que outros 3% de corintianos nasceram num crescimento muito acima da média histórica. Até então imbatível, o Fla protesta.
Ainda no ranking principal, a polêmica atinge Pernambuco de forma direta.
Os números publicados pelo Datafolha se estendem até o 15º lugar, ocupado pela Portuguesa. Nenhum representante do futebol pernambucano se faz presente.
Ou seja, a Portuguesa, com 0,51% da torcida nacional, está não só à frente de Sport, Santa Cruz e Náutico, como de outros times populares, como Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Remo, Paysandu, Ceará, Fortaleza… Um tanto surpreendente.
O dado corresponde a 989.129 pessoas na atualização do censo do IBGE, em 2012.
Vamos a um exercício de possibilidades, uma vez que as projeções dos clubes pernambucanos ainda não foram divulgadas. Estão inseridos no dado de “4,88%”, que corresponde a todos os times do país a partir do 16º lugar no ranking de torcidas.
Supondo que os três pernambucanos tivessem “um” torcedor a menos que a Lusa e que as três massas fossem iguais e morassem em Pernambuco, o número seria de 2.967.384. A população atual de Pernambuco é de 8.931.028 habitantes. Ou seja, as três torcidas locais teriam, segundo o Datafolha, no máximo 33,22% do estado.
De acordo com o supracitado instituto Maurício de Nassau, percentual é bem maior, de 50,1%. E não considera, conforme dito no exercício, os torcedores em outros estados. O número corrigido, hoje, elevaria a torcida do Trio de Ferro para 4.474.445 pessoas. Considerando as últimas quatro pesquisas realizadas no estado, por quatro institutos diferentes, o percentual mínimo das três torcidas agregadas, com a margem de erro para menos, seria de 35,8%, ainda assim, à frente do máximo via Datafolha (veja aqui).
Em tempo: o Datafolha ouviu neste ano apenas 727 pessoas em todo o Nordeste.
Vale destacar que até a recém-lançada pesquisa Sport e Santa não haviam ficado, em dez anos, com menos de 0,6% em âmbito nacional. Agora, estariam abaixo de 0,51%?! Neste mesmo 2012, a pesquisa da Pluri Consultoria, com 10.545 entrevistas, apontou Sport 1,1%, Santa 0,7%, Náutico 0,4% e Portuguesa 0,1%… Haja diferença.
Mas voltemos ao Datafolha, que em 2010, com 2.600 pessoas, indicou o Sport com 1,33 milhão de torcedores, contra 880 mil da Lusa. Em dois anos, mais cem mil lusitianos, dentro do mesmo instituto? Na Ilha, mais de 340 mil pessoas deixaram de torcer?
Acredite, tem mais. Há dois anos eram 600 mil alvirrubros e 520 mil tricolores. Sim, o Santa Cruz teria a menor torcida da cidade (veja aqui).
Também há dois anos, o Ibope ouviu 7.109 pessoas no país, quase três vezes mais, reduzindo a margem de erro. Na ocasião, a soma de rubro-negros, tricolores e alvirrubros chegava a 2,8% da população nacional, ou 5.430.512. O mesmo Ibope, em parceria com o diário esportivo Lance!, promete uma nova pesquisa com mais entrevistados em 2013, no embalo da polêmica provocada pelo concorrente.
A polêmica nunca vai deixar de existir. Discutir quem tem a maior torcida faz parte.
Porém, o fato precisa ser pelo menos plausível. Não há qualquer indício que aponte o time do Canindé com essa massa superior a tantos times tradicionais. Apresentar a Portuguesa com uma torcida maior fere de morte qualquer estatística.
A culpa, no entanto, não é do Datafolha. A “culpa” sobre a polêmica é do IBGE, que se nega a acrescentar uma simples perguntinha no censo…
São inúmeras variáveis, mas há quem consiga mensurar. A consultoria BDO vem fazendo um estudo anual sobre o valor de 17 clubes do país. Do Nordeste, constam três equipes, com Bahia, Vitória e Sport, segundo o Futebol Finance (veja aqui).
Enquanto o Corinthians tem uma marca estipulada em R$ 1 bilhão, o rubro-negro pernambucano valeria R$ 41 milhões. Em 2010, o Leão aparecia em 15º lugar, como o melhor nordestino. Acabou ultrapassado pela dupla baiana na nova rodada do estudo.
Os maiores clubes do Paraná, que englobam o mesmo patamar nas cotas de transmissão na televisão, apresentam o dobro, numa relação direta com a economia do estado.
A pesquisa considera dezoito tópicos com base em dados financeiros, análises dos perfis geográfico, econômico e social dos torcedores e dos seus hábitos de consumo, informações de marketing e dados econômicos e sociais do mercado brasileiro.
Não são consideradas as receitas com transferências de atletas, baseando-se apenas em receitas de marketing, estádio, associados e media geradas entre 2003 e 2011.
A partir do dia 14 de agosto do ano que vem, o pioneirismo local no torneio.
A Série B está ainda mais perto. Vermelha e preta.
Começará mais uma caminhada leonina em 25 de maio de 2013.
Após um longo e batalhado campeonato, o epílogo pernambucano na Série A desta temporada foi escrito às 17h36 do dia de 2 de dezembro de 2012.
Tão cedo esse Clássico dos Clássicos será esquecido, por todos.
Souza cobrou uma falta na área, Diego Ivo afastou mal e a pelota sobrou limpa para Araújo. Há quinze jogos sem marcar, o atacante encheu o pé na meta de Mateus, terceiro goleiro leonino, que acabara de entrar.
Definia a vitória pra lá de histórica do Náutico sobre o Sport, por 1 x 0, em um domingo repleto de gente no Eládio de Barros Carvalho, com 20.100 torcedores. O solitário gol de um clássico muito nervoso, com direito a pênalti desperdiçado pelo mandante.
Enquanto os resultados iam chegando no rádio, a festa da torcida alvirrubra só aumentava, consciente do belo capítulo escrito no velho gramado.
O triunfo do Náutico, o seu 13º jogando em 19 partidas em casa, garantiu, na prática, o retorno do clube dos Aflitos a uma competição internacional oficial, numa lacuna que vinha desde a Taça Libertadores da América de 1968.
O placar terminou de empurrar o adversário centenário para o segundo escalão nacional, que sequer teve resultados a seu favor nesta tarde.
Transformou o Timbu no único representante do estado na próxima edição da elite. Repete o ano de 1990, com o Clube Náutico Capibaribe soberano na primeira divisão.
Para completar o novo ano, um novo tempo, terá como palco a Arena Pernambuco.
Será uma estreia em grande estilo dos alvirrubros em sua nova e moderna casa, silenciando qualquer ato rival por um bom tempo…
Fim da trigésima sétima rodada da Série A, com dois empates em 1 x 1 para os pernambucanos, encarnados por sentimentos opostoso.
Tanto na Ilha quanto em Pituaçu, 32 mil torcedores. Casa cheia nos jogos decisivos.
No Recife, num domingo ensolorado, o Sport bem que tentou, mas a insistência do ataque esbarrou no excepcional Diego Cavalieri e nos zagueiros cariocas, terminando no empate que praticamente condenou o Leão.
Em Salvador, num dia com a temperatura também batendo lá no topo, o Náutico sentia o desfalque de Kieza e perdia o jogo. Faltando quinze minutos, Dimba acertou uma cabeçada e garantiu o pontinho necessário para manter o Timbu na elite.
A 38ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
02/12 (16h00) – Náutico x Sport
Mando de campo timbu: 11 jogos, 5 vitórias alvirrubras, 3 rubro-negras e 3 empates
Nos Aflitos: 4 jogos, sendo 3 vitórias alvirrubras e 1 rubro-negra
Agora sim. Não há mais raiz quadrada ou equação de segundo grau que mostre algo diferente. O Náutico está mantido na elite nacional, com 100%!
A campanha sólida durante toda a competição, considerando sobretudo os jogos em casa, resultou no principal objetivo timbu na temporada.
Apesar da receita escassa, uma das menores entre os vinte competidores, o Náutico conseguiu garantir a estreia de seu contrato na Arena Pernambuco logo na primeira divisão, em 2013. Deixará o seu caldeirão para atuar num palco de primeiro mundo.
Para não correr perigo e zerar de vez as projeções de um 1%, foi preciso se superar.
Em Salvador, com 32 mil torcedores em Pituaçu, o Timbu precisava de apenas um ponto, o que diminuiria a pressão de um time que havia conquistado apenas uma vitória nos dezoito jogos longe de Rosa e Silva.
Além deste placar, havia 26 combinações das 27 possíveis na rodada para favorecer o clube pernambucano. Dito e feito. Empate em 1 x 1.
Num pênalti bem meia boca marcado pelo árbitro, o Bahia abriu o placar aos 6 minutos do segundo tempo, através de Gabriel. Teve chance de ampliar. Porém, o Timbu, que lutou bastante neste domingo, buscou o seu gol.
Dimba, tão criticado, empatou de cabeça aos 32 minutos, aliviando os alvirrubros, conscientes naquele momento de que o clássico poderia ser decisivo na última rodada.
Mas não haverá qualquer lampejo de nevorismo nos Aflitos. Não para o Náutico.
O resultado não só manteve o Timbu na elite, como proporcionou uma chance daquelas de voltar a ser o único time do estado na elite, o que repetiria a edição de 1990.
Fim da trigésima sexta rodada da Série A, com uma vitória e uma derrota dos recifenses.
No Morumbi, diante do mairo público do campeonato, o Náutico acabou perdendo de virada para o São Paulo, neste domingo. No 2 x 1, com 62 mil torcedores presentes, o Alvirrubro abriu mão do ataque e deu sequência à sua sina longe de Rosa e Silva.
À noite, o Sport recebeu o Botafogo na Ilha do Retiro. Chegou a ver a Portuguesa abrir uma vantagem de 2 x 0 sobre o Grêmio, enquanto o Leão seguia no empate sem gols.
No fim, vitória rubro-negra por 2 x 0 e empate no Canindé. Festa na Ilha, por um dia.
A 37ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
25/11 (16h00) – Sport x Fluminense
No Recife (12 jogos): 5 vitórias rubro-negras, 4 empates e 3 derrotas
25/11 (16h00) – Bahia x Náutico
Em Salvador (8 jogos): nenhuma vitória alvirrubra, 2 empates e 6 derrotas
No Arruda, a maior média de público na América do Sul em 2011. Foram 36.916 corais.
Os primeiros dados do estudo sobre a presença na arquibancada haviam sido divulgados em junho deste ano, com as colocações de Santa Cruz, Corinthians e Bahia (veja aqui).
Agora, a pesquisa completa da Pluri Consultoria com os 100 clubes que registraram as maiores médias de público na temporada passada.
O bicampeão pernambucano, em 39º, é o primeiro dos três representantes do país na lista, que conta só o público pagante. Mais. É o único do planeta que entrou sem disputar as duas primeiras divisões nacionais. Paixão que não se mede.
Além da quantidade absoluta, há um outro importante dado, com o percentual de ocupação. No caso do Bayern de Munique, o incrível número de “100,1%”.