Ranking de pontos da Série A de 1971 a 2015, com 35 clubes nordestinos

Ranking de pontos do Campeonato Brasileiro (Série A) de 1971 a 2015

Série A, Brasileirão, Nacional… O Campeonato Brasileiro já teve inúmeras alcunhas desde a sua criação em 1971, através da CBD, a precursora da CBF, sucedendo o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e a Taça Brasil, hoje unificados. Na pioneira edição, vencida pelo Atlético Mineiro, o nome oficial foi “Campeonato Nacional de Clubes”, popularmente chamado de “Copão” por torcedores e imprensa na ocasião. Desde então, foram 45 edições, com a participação de 129 clubes na primeira divisão, sendo 35 representantes do Nordeste (lista abaixo). No ranking de pontos, o hexacampeão São Paulo lidera com 1.868 pontos, com 69 à frente do Inter, na seca de 1979, quando chegou ao tri.

Até hoje, quatro times pernambucanos jogaram a elite, com o seguinte número de participações: Sport 34, Náutico 27, Santa 20 e Central 2. O Leão finalmente ultrapassou o Bahia no retrospecto justamente na última rodada de 2015, quando venceu a Ponte em Campinas, com um gol de Diego Souza (952 x 951). Porém, no âmbito regional, segue atrás do Vitória, de volta à elite e com a confortável vantagem de 37 pontos. Também garantido em 2016, o Santa Cruz irá estrear na década, em busca do tempo perdido. Para subir na lista geral, precisa tirar 72 pontos de diferença em relação ao Paraná – na prática, basta ficar dois anos na Série A, com o adversário seguindo na B. Mesmo na Segundona, o Náutico não sofre ameaça sobre o 4º lugar regional. 

O levantamento do site Bola na Área, somando todas as campanhas, considera a pontuação de cada edição, com 2 pontos por vitória até 1994, tendo como exceção 1975 (três pontos com triunfos superiores a dois gols de vantagem) e 1988 (3 pontos por vitória e 2 pontos por empate seguido de vitória nos pênaltis).

Ranking do Nordeste (colocação geral)
1º) Vitória – 989 pontos (16º)
2º) Sport – 952 pontos (17º)
3º) Bahia – 951 pontos (18º)
4º) Náutico – 593 pontos (23º)
5º) Santa Cruz – 461 pontos (26º)
6º) Ceará – 357 pontos (29º)
7º) Fortaleza – 313 pontos (32º)
8º) América-RN – 204 pontos (38º)
9º) CSA – 162 pontos (44º)

10º) CRB – 108 pontos (47º) 
11º) Botafogo-PB – 107 pontos (49º)
12º) ABC – 94 pontos (54º)
13º) Tiradentes-PI – 88 pontos (55º)
14º) Sergipe – 81 pontos (59º)
15º) Sampaio Corrêa – 73 pontos (64º)
16º) Treze – 70 pontos (67º)
17º) Moto Club – 57 pontos (72º)
18º) Flamengo-PI – 47 pontos (77º)
19º) Confiança – 44 pontos (79º)
20º) Campinense – 42 pontos (80º)
21º) Ferroviário – 39 pontos (86º)
22º) River – 35 pontos (88º)
23º) Itabaiana – 33 pontos (91º)
24º) Leônico-BA – 32 pontos (92º)
25º) Central – 25 pontos (98º)
26º) Maranhão – 23 pontos (102º)
27º) Fluminense-BA – 23 pontos (103º)
28º) Itabuna – 19 pontos (107º)
29º) ASA – 15 pontos (110º)
30º) Galícia – 14 pontos (112º)
31º) Piauí – 9 pontos (117º)
32º) Potiguar – 7 pontos (120º)
33º) Auto Esporte-PI – 6 pontos (121º)
34º) Alecrim – 5 pontos (125º)
35º) Catuense – 2 pontos (127º)

Confira o ranking na era dos pontos corridos (2003-2015) clicando aqui.

Araújo e Carlinhos Bala, o ataque retrô e decisivo de Central e América

Araújo e Carlinhos Bala, atacantes de Central e América, balançando as redes no Pernambucano 2016. Fotos: Central/facebook (portal No Detalhe) e Emanuel Borges/twitter (@EmanuelBVA)

Araújo disputou o Campeonato Pernambucano pela primeira vez em 1997. Tinha 19 anos, revelado na base do Porto junto a Josué, e já mostrava o seu futebol no Antônio Inácio. Enquanto isso, Carlinhos Bala era apenas Carlinhos. Apareceu no Arruda em 1999, com a mesma idade, ganhando o “sobrenome” duas temporadas depois, ao se destacar num Clássico das Emoções.

Os dois atacantes rodaram demais. Araújo brilhou mais fora do estado, enquanto Bala conquistou o Brasil sem sair de Pernambuco. Muitos anos depois, já na inevitável curva descendente do futebol, os bons contratos minguaram. Mas não o desejo de seguir batendo uma bolinha à vera.

Aos 38 anos, Araújo agora veste a camisa do Central, seu time de infância.
Aos 36 anos, Carlinhos defende as cores do América, seu 4º time na capital.

Personagens de outrora, mas ainda com cartaz junto à torcida, os veteranos foram decisivos numa mesma noite em 2016. Marcaram os gols das vitórias alvinegra e alviverde sobre Atlético (1 x 0) e Vitória (2 x 1), esta aos 46 do segundo tempo. Na reta final das carreiras, Araújo e Carlinhos Bala caminham para o hexagonal do título. Um encontro com quase duas décadas de atraso…

As 69 taxas no cartório da Federação Pernambucana de Futebol em 2016

A última resolução oficial da FPF em 2015, em 29 de dezembro, decidiu os valores das taxas administrativas da entidade para a temporada 2016. Além da conhecida cobrança de 8% sobre todas as rendas brutas do Campeonato Pernambucano, a federação dispõe de uma planilha de emolumentos para qualquer movimentação do futebol local, para clubes profissionais e amadores. Uma espécie de “cartório do futebol”, com 69 opções, de R$ 30 a R$ 750 mil.

Os encargos (abaixo) estão divididos em 13 tópicos, como filiação profissional (o maior valor), mudança de sede, licenças e anuidades, transferências de jogadores calculadas pelos salários (de 2 a mais de 50 salários mínimos) e rescisões de contrato. Segundo o ato 32/2015, publicado no site da federação, só há isenção na primeira via da certidão para efeitos de aposentadorias (até 5 anos), na primeira solicitação para mudança na tabela, dentro do prazo, e nas licenças para amistosos, caso sejam agendados na pré-temporada.

Em relação às taxas dos jogos, vale citar os dados as três últimas edições do Estadual, de 2013 a 2015, quando a cobrança subiu de 6% para 8% – a maioria das federações cobra 5%. Foram 399 partidas, com R$ 24.514.143 de bilheteria. A FPF abocanhou R$ 1.961.131. Somando tudo isso, entende-se o patrimônio líquido de R$ 11,5 milhões. Só em 2014 o lucro foi de R$ 1,3 milhão.

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Valores das taxas de emolumentos administrativos da FPF em 2016. Crédito: reprodução

Agap, o adversário onipresente na pré-temporada do Trio de Ferro

Time da Agap-PE em 2016. Foto: Agap/facebook

Atualizado em 21/03/2018

Possivelmente, você já ouviu falar da Agap. Afinal, poucos times enfrentaram tanto o Trio de Ferro nos últimos anos. Foram 30 confrontos entre janeiro de 2014 e março de 2018. O retrospecto é péssimo, com 29 derrotas, sendo 19 goleadas, e um mísero empate, sempre na condição de visitante. Para fins estatísticos, essas partidas não são contabilizadas como “amistosos” de Náutico, Santa Cruz e Sport, mas como “jogos-treinos”, pois os clubes da capital não utilizaram os uniformes. Apesar do desempenho em campo, o objetivo do alviazulino é nobre.

Onipresente nas pré-temporadas, a Associação de Garantia ao Atleta Profissional de Pernambuco não é um clube profissional, federado, mas uma entidade sem fins lucrativos criada em 15 de janeiro de 1998 e sediada na Boa Vista, com o objetivo de ajudar atletas e ex-atletas de futebol do estado. Com cursos de adequação a outras profissões, auxílios de saúde e alimentação, e, claro, o princípio básico de movimentar jogadores sem clubes, em busca de um contrato. De jovens sem espaço na base a veteranos desempregados.

A Agap já contou com vários jogadores rodados no futebol pernambucano, como, por exemplo, o atacante Carlinhos Bala e o lateral-esquerdo Lúcio, então com 35 anos. Apesar da disciplina, a cada jogo-treino é uma nova formação, dificultando a coletividade da equipe, que tem a bandeira de Pernambuco no distintivo e também joga com outros dois padrões, branco e laranja. Sem um calendário oficial, a agremiação presidida por Fernando Silva, ex-volante timbu, fica à espera de convites, não só da capital. Outra curiosidade é que a premissa também vale para a comissão técnica, com oportunidades para técnicos fora do mercado e ex-jogadores na transição para a nova função. Em 2016, Neco, que já comandou Salgueiro e Sport, aceitou treinar o time contra Náutico e Santa. Foi auxiliado pelo ex-zagueiro Lima e pelo ex-lateral-direito Russo.

Jogos da Agap contra o Trio de Ferro
16/03/2018 – Agap 0 x 2 Sport (CT José de Andrade)*
25/01/2018 – Agap 1 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
07/01/2018 – Agap 0 x 6 Santa Cruz (Espaço Lazer do Hospital Português)
11/09/2017 – Agap 0 x 9 Sport (CT José de Andrade)*
07/04/2017 – Agap 0 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)*
16/03/2017 – Agap 0 x 2 Sport (CT José de Andrade)*
14/03/2017 – Agap 1 x 1 Santa Cruz (Arruda)*
09/03/2017 – Agap 0 x 6 Náutico (CT Wilson Campos)*
06/03/2017 – Agap 0 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
02/03/2017 – Agap 0 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)*
27/02/2017 – Agap 0 x 2 Santa Cruz (Arruda)*
22/02/2017 – Agap 0 x 6 Sport (CT José de Andrade)*
20/01/2017 – Agap 1 x 5 Náutico (Arena Pernambuco)
10/01/2017 – Agap 0 x 3 Santa Cruz (Grito da República)
04/04/2016 – Agap 0 x 6 Náutico (CT Wilson Campos)*
02/02/2016 – Agap 3 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)*
20/01/2016 – Agap 2 x 5 Náutico (CT Wilson Campos)
17/01/2016 – Agap 0 x 6 Santa Cruz (Chã Grande)
13/01/2016 – Agap 0 x 2 Náutico (CT Wilson Campos)
29/07/2015 – Agap 0 x 2 Sport (CT José de Andrade)
20/02/2015 – Agap 0 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
14/02/2015 – Agap 1 x 3 Santa Cruz (Arruda)
06/02/2015 – Agap 1 x 3 Sport (CT José de Andrade)*
26/01/2015 – Agap 1 x 4 Sport (CT José de Andrade)
19/01/2015 – Agap 0 x 4 Santa Cruz (Chã Grande)
15/01/2015 – Agap 0 x 8 Sport (CT José de Andrade)
29/09/2014 – Agap 1 x 2 Náutico (CT Wilson Campos)*
17/07/2014 – Agap 0 x 4 Sport (CT José de Andrade)
10/07/2014 – Agap 0 x 7 Sport (CT José de Andrade)
12/01/2014 – Agap 0 x 4 Náutico (CT Wilson Campos)
* Times reservas x Agap. 

Agap vs trio: 30 jogos, 1 empate e 29 derrotas, 12 GP, 123 GC (-111)

Jogos da Agap com outros clubes do estado
16/01/2017 – Agap 0 x 1 América (Ademir Cunha)*
11/04/2015 – Agap 0 x 5 Central (Lacerdão)
02/02/2015 – Agap 0 x 8 Salgueiro (CT José de Andrade)*
30/12/2010 – Agap 0 x 4 América (Olindão)

Geral (2010-2018): 34 jogos, 1 empate e 33 derrotas, 12 GP, 141 GC (-129)

Confira as maiores goleadas do Trio de Ferro sobre a Agap…

Santa Cruz 6 x 0 Agap, 2016 (foto) e 2018

Jogo-treino 2016, Santa Cruz 6x0 Agap. Foto: Antônio Melcop (Santa)

Sport 9 x 0 Agap, 2017

Jogo-treino em 2017: Sport 9 x 0 Agap. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Náutico 6 x 0 Agap, 2016 (foto) e 2017

Jogo-treino 2015, Náutico 8x0 Agap. Foto: Milton Neto/divulgação

De R$ 844 a R$ 3.888, as taxas de árbitros no Pernambucano 2016. O mandante paga

Taxa de arbitragem do Campeonato Pernambucano de 2016, segundo a FPF

Além da taxa de 8% sobre a renda bruta dos jogos, a FPF ainda cobra outros encargos aos clubes no Campeonato Pernambucano. Em 2016, os mandantes precisam pagar, a cada apresentação, por inúmeros serviços para a realização da peleja, incluindo árbitro, dois assistentes, delegado especial de arbitragem, assessor de arbitragem, delegado do jogo, supervisor de protocolo, assessor de protocolo e fiscal da FPF. As nove funções precisam ser preenchidas.

Cada partida é quantificada de uma forma. Logo, os valores da final são bem maiores do que uma partida no hexagonal entre dois intermediários. Somando essas taxas de funções, o gasto vai de R$ 3.109 a R$ 7.138. Fora a despesa com diárias para os árbitros. Quanto mais longe o estádio, partindo da capital, mais caro. A partir de Salgueiro, a 500 quilômetros, uma cota de R$ 240.

A responsabilidade de pagamento do mandante não é regra. Num viés local, basta dizer que na Copa do Nordeste as taxas de arbitragem são pagas pela CBF. No estado, os valores foram estipulados pela diretoria de competições da federação e pela comissão de arbitragem. No documento de 4 de janeiro, as assinaturas dos respectivos diretores, Murilo Falcão e Salmo Valentim.

Abaixo, os valores cobrados dependendo do nível do árbitro escalado. Confira todas as taxas de arbitragem do campeonato estadual clicando aqui.

Árbitro Fifa
R$ 3.888 – Mata-mata
R$ 3.110 – Clássico
R$ 1.430 – Grandes*
R$ 1.010 – Demais jogos

Árbitro CBF
R$ 3.564 – Mata-mata
R$ 2.852 – Clássico
R$ 1.310 – Grandes*
R$ 928 – Demais jogos

Árbitro FPF
R$ 3.240 – Mata-mata
R$ 2.592 – Clássico
R$ 1.200 – Grandes*
R$ 844 – Demais jogos
*Além do mando de campo do Trio de Ferro, a categoria inclui o Salgueiro

A capacidade máxima dos 12 estádios do Campeonato Pernambucano de 2016

Estádios do Pernambucano 2016. 1) Arruda, Arena Pernambuco, Ilha do Retiro e Lacerdão; 2) Ademir Cunha, Cornélio de Barros, Carneirão e Antônio Inácio; 3) Mendonção, Pereirão, Paulo Petribú e Joaquim de Britto

Os doze estádios inscritos no Campeonato Pernambucano de 2016 foram liberados após a atualização dos quatro laudos técnicos exigidos pela FPF, de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Os documentos publicados no site da federação apontam as capacidades de público de cada um, com números distintos em relação às medidas oficiais das estruturas.

No Recife, por exemplo, a pedido do Ministério Público em novembro, Arruda e Ilha do Retiro perderam 9.462 e 5.548 lugares, respectivamente. Ou seja, no máximo 50 mil torcedores no Mundão, que já recebeu 96 mil, e 27 mil na casa leonina, cujo recorde é superior ao dobro da atual capacidade. A própria Arena Pernambuco está “menor”. No laudo de 69 páginas, disparado o mais detalhado, o conhecido dado de 46.214 assentos sofreu uma redução de 369. Assim, estão à disposição 37.852 lugares para o público geral na arena, descontando camarotes, cadeiras vips e área de imprensa, o que corresponde a 83% do total. Entre as avaliações para o Estadual surpreende o número autorizado para o Antônio Inácio, cuja lotação histórica é de seis mil espectadores. 

Ainda em Caruaru, o Lacerdão ganhou 518 lugares em relação ao último cadastro nacional de estádios, da CBF. Já o palco de Pesqueira só tem 2.761 assentos nos dois lances de concreto, mas recebeu arquibancadas móveis, com 700 lugares, o suficiente para alcançar a capacidade mínima estipulada pela FPF, de três mil lugares na primeira fase e nos hexagonais. Somente na semifinal e na decisão a exigência aumenta, chegando a dez mil. Dos doze, apenas o Ademir Cunha foi vetado na primeira rodada pela falta de documentos. 

A capacidade máxima no Estadual 2016:
50.582 – Arruda (Recife)
45.845 – Arena Pernambuco (São Lourenço)
27.435 – Ilha do Retiro (Recife)
19.996 – Lacerdão (Caruaru)
12.500 – Ademir Cunha (Paulista)
12.070 – Cornélio de Barros (Salgueiro)

10.000 – Carneirão (Vitória)
7.307 – Antônio Inácio (Caruaru)
7.050 – Mendonção (Belo Jardim)
5.000 – Nildo Pereira (Serra Talhada)
3.600 – Paulo Petribú (Carpina)
3.461 – Joaquim de Britto (Pesqueira) 

Confira os detalhes sobre a capacidade mínima nos torneios do país aqui.

Pernambuco na Copa do Brasil com 86 classificações e 66 eliminações até 2015

Copa do Brasil. Crédito: CBF/site oficial

As estreias pernambucanas na Copa do Brasil de 2016 estão definidas. São quatro representantes, com os seguintes jogos: Santa Cruz x Rio Branco-ES, Salgueiro x Ferroviária-SP, Sport x Aparecidense-GO e Náutico x Vitória da Conquista-BA.

Confira os destalhes sobre os chaveamentos dos times locais aqui.

Até hoje, os clubes pernambucanos já disputaram 152 confrontos na história da Copa do Brasil, iniciada em 1989, com 86 classificações. Confira abaixo o retrospecto completo dos times locais, com sucesso e decepção a cada 180 minutos de bola rolando.

O atual troféu, inspirado na Liga dos Campeões da Uefa, foi instituído há quatro anos. Reveja os outros oito modelos de taças de 1989 a 2012.

Sport – 21 participações (168 pontos, 54,9%)
102 jogos (163 GPC e 106 GC, +57)
48 vitórias
24 empates
30 derrotas
34 classificações e 20 eliminações (62,9% de aproveitamento nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1992 e 2003
Quartas de final – 1998
Oitavas de final – 1991, 1993, 2007 e 2010
16 avos de final – 1995, 1997, 1999, 2001, 2002, 2004, 2012 e 2015
32 avos de final – 2000, 2011, 2013 e 2014
Eliminações na 1ª fase: 2000 e 2011

Náutico – 20 participações (138 pts, 52,8%)
87 jogos (134 GP e 110 GC, +24)
40 vitórias
18 empates
29 derrotas
26 classificações e 20 eliminações (56,5% de apt. nos confrontos)

Semifinal – 1990
Quartas de final – 2007
Oitavas de final – 1989, 1993, 2003, 2006, 2008, 2009 e 2011
16 avos de final – 1992, 1995, 2000, 2002, 2005, 2010, 2012 e 2015
32 avos de final – 2001 e 2014
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 2001 e 2013

Santa Cruz – 21 participações (112 pts, 47,8%)
78 jogos (105 GP e 101 GC, +4)
32 vitórias
16 empates
30 derrotas
20 classificações e 21 eliminações (48,7% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 1990, 1991, 1994, 1997, 2004, 2005 e 2010
16 avos de final – 1996, 2001, 2002, 2006, 2011 e 2014
32 avos de final – 1999, 2000, 2003, 2007, 2008, 2009, 2012 e 2013
Eliminações na 1ª fase: 1999, 2003, 2007, 2008, 2009 e 2012

Salgueiro – 2 participações (12 pts, 40,0%)
10 jogos (13 GP e 12 GC, +1)
2 vitórias
6 empates
2 derrotas
4 classificações e 2 eliminações (66,6% de apt. nos confrontos)

Oitavas de final – 2013
32 avos de final – 2015

Central – 2 participações (6 pts, 33,3%)
6 jogos (4 GP e 9 GC, -5)
1 vitória
3 empates
2 derrotas
2 classificações e 2 eliminações (50% de apt. nos confrontos)

16 avos de final – 2008 e 2009

Porto – 1 participação (0 pt, 0%)
2 jogos (0 GP e 3 GC, -3)
2 derrotas
1 eliminação e nenhuma classificação (0% de apt. nos confrontos)

32 avos de final – 1999
Eliminações na 1ª fase: 1999

Pernambuco – 67 participações (436 pts, 50,9%)
285 jogos (419 GP e 341 GC, +78)
123 vitórias
67 empates
95 derrotas
86 classificações e 66 eliminações (56,5% de apt. nos confrontos)

Título – 2008
Vice – 1989
Semifinal – 1990, 1992 e 2003
Quartas de final – 1998 e 2007
Oitavas de final – 1989, 1990, 1991 (2), 1993 (2), 1994, 1997, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010 (2), 2011 e 2013
16 avos de final – 1992, 1995 (2), 1996, 1997, 1999, 2000, 2001 (2), 2002 (3), 2004, 2005, 2006, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 (2), 2014 e 2015 (2)
32 avos de final – 1999 (2), 2000 (2), 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012, 2013 (2), 2014 (2) e 2015
64 avos de final – 2013
Eliminações na 1ª fase: 1992, 1999 (2), 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011, 2012 e 2013

Estadual começa sem vencedores, mas com cerveja liberada. Menos para os torcedores no Carneirão. Esqueceram…

Pernambucano 2016, 1ª fase (1ª rodada): Vitória x Serra Talhada. Foto: FPF/twitter

Em uma rodada marcada por empates, foi dada a largada no Campeonato Pernambucano de 2016, cuja primeira fase, toda em janeiro, classificará os líderes de cada chave ao hexagonal do título, com o Trio de Ferro.

Grupo A
Porto 0 x 0 Central
Belo Jardim 0 x 0 Atlético

Grupo B
Vitória 1 x 1 Serra Talhada
América 2 x 2 Pesqueira

Duas situações se destacam nesta abertura. A ausência do Todos com a Nota, suspenso pelo governo do estado, o que não acontecia desde 2007, e a volta da cerveja, o que não ocorria desde 2009. Como a FPF ainda não assinou o contrato com a “cervejaria oficial” da competição, foi dada autorização para que cada clube escolhesse a sua. No Ademir Cunha, nem ingresso nem cerveja, pois o América não obteve os laudos do estádio. Também não houve a venda de bebidas alcoólicas em Vitória de Santo Antão, mas por um motivo insólito. A direção do clube esqueceu que a lei havia entrado em vigor! Acontece.

No clássico caruaruense no Antônio Inácio, a maior movimentação do domingo. Foram 1.500 pagantes, esgotando a carga estipulada pelo Gavião do Agreste – que não esperava tanta gente. Nos bares da acanhada praça, a cerveja comercializada foi a Itaipava. Apesar das queixas naturais sobre o atendimento, a situação correu sem problemas. Em campo, Walasson perdeu um pênalti para o alvinegro com direito a um “caqueado” constrangedor. Em Belo Jardim, a diretoria do Calango optou pela mesma marca de cerveja.

Não houve registro de confusão entre torcedores dentro dos estádios.

Pernambucano 2016, 1ª fase (1ª rodada): Porto x Central. Foto: FPF/twitter

Como seria o regulamento perfeito do Estadual, segundo Evandro Carvalho

Evandro Carvalho, presidente da FPF em 2016. Foto: Rafael Martins/ Esp. DP. SUPERESPORTES

A seguir, o regulamento tido pelo presidente da FPF, Evandro Carvalho, como o ideal para Pernambuco no atual contexto do futebol brasileiro…

Participantes: 9 clubes

Primeira fase
Três grupos com três times cada, tendo Náutico, Santa Cruz e Sport como cabeças de chave. Cada clube só enfrentaria integrantes das outras duas chaves, em jogos de ida e volta, totalizando doze partidas. Assim, por exemplo, um componente do grupo A enfrentaria os três do B e os três do C. Apesar disso, a classificação valeria só dentro do próprio grupo. 

Mata-mata
Os líderes dos grupos A, B e C e o segundo colocado de maior pontuação avançariam ao mata-mata. Semifinal e final em ida e volta. Não haveria o “gol fora de casa” como critério de desempate nas fases eliminatórias.

Ao blog, o mandatário da FPF justificou a composição de duas formas. Primeiro, por garantir seis clássicos, atendendo a uma exigência da detentora dos direitos de tevê para manter o patamar financeiro das cotas. Com o mata-mata, o torneio poderia chegar a dez clássicos. A fórmula também faria com que seis times do interior atuassem na “fase principal” ao menos doze vezes. Hoje, apenas três intermediários disputam o hexagonal contra o Trio de Ferro.

Agora, vamos a alguns problemas para implantar essa fórmula:

1) Reduzir para 9 times seria algo difícil de articular. Desde 2008 são 12 times. Ou seja, seria preciso rebaixar cinco em um ano! Isso mesmo, pois ainda haveria a promoção de duas equipes da segunda divisão. Desconsiderando uma canetada, só uma assembleia autorizaria, com os próprios filiados decidindo.

2) O campeonato teria 16 datas. Contudo, segundo o calendário oficial da CBF em 2016, os estaduais presentes no Nordestão (caso de Pernambuco, claro) só têm direito a 13 datas. De forma excepcional, a FPF faz a disputa principal com 14 – fora a fase preliminar, em janeiro. Precisa-se de mais três datas.

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Um Campeonato Pernambucano sem subsídio estatal, a missão em 2016

Sport, Santa Cruz e Náutico. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O Campeonato Pernambucano de 2016 será a 27ª edição desde que a FPF começou a levantar os dados oficiais de público em 1990. De lá pra cá, mais de 17 milhões de torcedores assistiram aos 3,2 mil jogos disputados na primeira divisão local, segundo os dados publicados no borderô. Neste ano, a competição volta a acontecer sem o subsídio estatal nos ingressos após nove anos.

A lacuna em 2007 só ocorreu devido à transição dos governadores e dos respectivos programas, do Futebol Solidário (troca por alimentos não perecíveis) na gestão de Jarbas Vasconcelos para o Todos com a Nota (troca por notas fiscais) de Eduardo Campos, numa reedição da campanha criada pelo avô Miguel Arraes. Com o “vale lazer”, em 1998, foi estabelecida a maior média de público da história da competição, com 10.895 espectadores. Um marco, a ponto de manter durante esse tempo todo o apoio do estado.

Nas 17 edições subsidiadas o investimento nos clubes foi de aproximadamente R$ 64 milhões. A suspensão do TCN logo após o término do último campeonato, devido à crise econômica, de acordo com o próprio governo, atingiu 420 mil torcedores cadastrados somente na região metropolitana. Agora, para assistir in loco a algum dos 92 jogos agendados em 2016, só com ingresso pago. Historicamente, a média neste formato não chega sequer a quatro mil pessoas.

Confira as médias de público de Náutico, Santa e Sport de 2005 a 2015 aqui

Ingresso pago (1990-1997 e 2007)
Público: 4.331.057
Média: 3.695
Jogos: 1.172

Futebol Solidário (1999-2006)
Público: 4.752.561
Média: 5.487
Jogos: 866

Todos com a Nota (1998 e 2008-2015)
Público: 8.395.379
Média: 7.108
Jogos: 1.181

Total (1990-2015)
Público: 17.478.997
Média: 5.429
Jogos: 3.219

No gráfico abaixo, um comparativo entre as três “eras” do futebol local.