Impondo mais uma goleada no Arruda, o Santa Cruz manteve a liderança do Brasileirão, com dez gols marcados em três jogo, tendo Grafite como artilheiro isolado. Por sinal, nos pontos corridos, ninguém jamais havia marcado tantos gols em tão pouco tempo como o camisa 23. É o cara da competição até o momento, destaque no 4 x 1 do Tricolor sobre o Cruzeiro.
No Beira-Rio, o oposto – sim, você leu isso na última postagem sobre a classificação, mas o cenário segue o mesmo. Sem poder ofensivo, com apenas um chute na barra, o Sport perdeu do Inter, afundando na zona de rebaixamento do Brasileiro, num mau início que condiz com a montagem do time.
A 4ª rodadas dos representantes pernambucanos:
28/05 (21h00) – Chapecoense x Santa Cruz (Arena Condá, em Chapecó) Sem histórico de jogos na elite
29/05 (11h00) – Sport x Corinthians (Ilha do Retiro) Histórico no Recife pela elite: 9 vitórias do Leão, 4 empates e 6 derrotas
Começamos o 45 minutos com o Santa, que empatou com o Sampaio e se manteve a dois pontos do G4. Analisamos a partida, o gol anulado, as opções de Martelotte para a próxima rodada e o rendimento de Grafite. No Náutico, comentamos a segunda vitória seguida, que recolocou o time na briga pelo acesso. Na sequência foi a vez do Sport, que venceu a Chape, ganhando um pouco de tranquilidade para enfrentar o Huracán. Quais são as chances na Argentina? O campo reduzido pode induzir Falcão a mudanças?
Confira um infográfico com as principais atrações do podcast aqui.
Nesta 175ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
Na briga pelo título brasileiro de 2015, o Corinthians abriu sete pontos de vantagem sobre o vice-líder, pavimentando o caminho para o hexa. Na parte de cima, parece haver briga apenas pela 4ª vaga à Libertadores, com Galo e Grêmio fincados no G4. Enquanto isso,São Paulo, Palmeiras e Flamengo vão se revezando no ligar da última vaga ao torneio continental.
Tão embolada quanto no fundo da tabela, com o Vasco numa recuperação impressionante (13 pontos nos últimos 15 disputados). Pressiona ainda mais a turma logo acima do Z4. Na marola, a 5 pontos do G4 e a 9 do Z4, o Sport, em 10º lugar após a vitória sobre a Chape. Com a possibilidade de ter um fim de ano tranquilo na competição, o time da Ilha do Retiro pode mirar a Copa Sul-Americana. Lá, um brasileiro campeão faria o G4 da Série A virar G3.
A 29ª rodada do representante pernambucano
03/10 (18h30) – Internacional x Sport (Beira-Rio)
Histórico em Porto Alegre pela elite: 2 vitórias rubro-negras, 6 empates e 7 derrotas
Para tranquilizar a campanha no Brasileirão, a vitória sobre a Chapecoense era essencial ao Sport, que poderia abrir nove pontos sobre o 17º colocado, a dez rodadas do fim. Por mais que tivesse uma cara de decisão, a irregularidade da equipe afastou a torcida. Sem tanto apoio na Ilha, no encerramento da rodada, o time dirigido por Falcão – agora com quatro treinos até a peleja – conseguiu confirmar a expectativa e ganhou fôlego para ir a Buenos Aires com tudo.
É verdade que começou num ritmo lento. O Sport só finalizou uma vez no primeiro tempo, com Diego Souza aproveitando a sobra de um escanteio batido por Marlone. Bastou para ficar em vantagem, mas não sem tomar sufoco. Usando bastante o lado esquerdo rubro-negro, com a marcação de Renê e Danilo desordenada, a Chape levou perigo à meta de Danilo, que fez duas grandes defesas, em chutes de Bruno Rangel (livre) e Ananias (de fora da área).
A conversa no vestiário surtiu efeito, pois o Sport abriu mais o jogo, aumentando o aproveitamento no passe, finalizando mais. André perdeu três chances seguidas, no detalhe. E parecia ter sido dele o gol aos 33 minutos. De volta após as más atuações de Ferrugem, Samuel Xavier cruzou e André chegou para cabecear, mas Apodi deu uma ‘voadora’ e fez contra. No fim, Régis, ex-Chape e que acabara de entrar, fez boa jogada individual e cravou o 3 x 0. A goleada dá a tranquilidade necessária ao Leão, que na quarta enfrentará o Huracán precisando reverter o 1 x 1 em casa. É o jogo para manter “2015” ainda à vera..
Foram dois jogos seguidos fora de casa. Primeiro contra o vice-lanterna e depois contra o laterna. O saldo rubro-negro foi de um mísero ponto conquistado. No Maracanã, o Sport perdeu do Vasco, na 27ª rodada, e ficou a seis pontos da zona de rebaixamento, a menor margem nesta competição. Alerta vermelho já. No próximo domingo, o Leão enfrentará a Chapecoense. Uma vitória deixaria o time a nove pontos do Z4, numa margem mais tranquila. Matemática à parte, a maior dificuldade parece ser mesmo a futebol de um futebol competitivo na Ilha do Retiro. Às avessas, as decisões agora são para escapar do descenso. Precisa de nove pontos para evitar qualquer risco.
A 28ª rodada do representante pernambucano
27/09 (18h30) – Sport x Chapecoense (Ilha do Retiro)
Histórico no Recife pela elite: 1 jogo e 1 vitória leonina.
A 8ª rodada da Série A começou no dia 18 de junho e acabou somente no dia 24, com a derrota da Ponte Preta para o Flu, no Maracanã. O resultado deixou o Sport (líder isolado) como o único invicto da competição. A vitória do Leão sobre o Vasco, na Arena Pernambuco, igualou a maior arrancada nordestina nos pontos corridos, do Ceará, em 2010, também com cinco vitórias e três empates em oito jogos – contudo, o Vozão ocupou a 2ª colocação na época. Com uma rodada de vantagem para permanecer no G4, o time pernambucano parte agora para uma sequência de longas viagens, “Pernambuco / Santa Catarina / Pernambucano / Santa Catarina”, com Chapecoense, Inter e Avaí.
A 9ª rodada do representante pernambucano
27/06 (16h30) – Chapecoense x Sport (Arena Condá)
Histórico em Santa Catarina pela elite: 1 jogo e 1 vitoria da Chapecoense.
Na noite em que Magrão se tornou, ao lado de Bria, o atleta com mais jogos pelo Sport (569), o goleiro voltou a ser decisivo. Defendeu um pênalti, o 23º em dez anos de clube, e ajudou o Leão eliminar a Chapecoense na Copa do Brasil. A disputa na Ilha, encerrando um dia intenso pelos 110 anos, incluindo a estreia do novo uniforme, acabou sendo um “presentaço”, nas palavras do próprio ídolo leonino. O Sport estendeu o confronto até os pênaltis, com vitória por 4 x 2.
No tempo normal, dois tempos distintos. Um jogo insosso no primeiro, com o Leão sem concatenar jogadas. Festa à parte, o time foi para o vestiário sob vaias. No segundo, uma equipe mais aguerrida, a ponto de Durval ficar brigando pela bola no ataque. Na raça, conseguiu devolver o placar do jogo de ida, 2 x 0.
Aos 22, num lance de habilidade e sorte, Mike marcou. Na sequência, Wendel foi derrubado na área numa tesoura. Diego Souza, aumentando a confiança jogo a jogo, cobrou a penalidade no ângulo esquerdo. E Rithely ainda cabeceou na trave aos 45 do 2º tempo, mas o desempate sairia mesmo na marca da cal.
A tensão nas penalidades era bastante justa, pois valia demais a classificação. Por mais que a Copa Sul-Americana seja prioridade para os rubro-negros, não tinha como ignorar a cota de participação na próxima fase do torneio nacional, de R$ 560 mil. Contra o Santos, o Leão terá a última chance de sair da Copa do Brasil para ir à Sula. Portanto, a missão já está cumprida. Com parabéns.
A Copa Sul-Americana é um objetivo no Sport, que, por causa do regulamento estapafúrdio da CBF, precisa ser eliminado precocemente na Copa do Brasil para obter a vaga internacional. Porém, esta desculpa não serve para o rendimenento em Chapecó, em confronto pela 2ª fase. Sem qualquer volume ofensivo, sem criar uma chance real sequer, o Rubro-negro tentou controlar a partida, mas acabou vendo o time da casa avançar duas vezes pelo lado direito, com Hyoran e Maranhão mandando no cantinho de Magrão, 2 x 0.
Paradoxalmente ao fato de ter ficado “perto” da vaga na Sula, o time pernambucano deixou a torcida preocupada com a sequência de mau futebol, com o Brasileirão a seguir, já no próximo domingo. O que torna esse jogo contra a Chapecoense mais emblemático é o fato de ter sido o primeiro adversário da Série A nesta temporada, isso na 27ª apresentação oficial.
Samuel, Elber, Joelinton, Mike. Peças (acionadas) que não vem correspondendo no ataque só aumentam o questionamento sobre o trabalho do técnico Eduardo Batista – ou da diretoria, que parece negligenciar o setor, à parte de Hernane, que deve demorar a estrear. Os dois times voltam a se enfrentar dentro de uma semana, na Ilha do Retiro. Antes disso, e obviamente bem antes da Sula, o Sport terá o Figueirense pela frente. A postura na Arena Condá foi uma aula do que não fazer para ser competitivo. E olhe que esse contexto é repetitivo.
A derrota em Chapecó brecou a pretensãodo Sport de se aproximar do G4. Por outro lado, os resultados ajudaram e o time da Ilha permaneceu em 7º lugar. Até porque a rodada do Brasileirão marcou um domínio quase absoluto dos mandantes, com nove vitórias e um empate – justo o do Galo, que beneficiou o clube pernambucano.
Na briga liderança, num jogo com mais de 50 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo diminuiu de 7para 4 pontos a diferença em relação ao Cruzeiro. Resultado da convincente vitória por 2 x 0.
A 22ª rodada do representante pernambucano
17/09 – Sport x Internacional (21h00)
Jogos no estado pela elite: 4 vitórias rubro-negras, 4 empates e 6 derrotas.
Em casa, na Ilha do Retiro ou na Arena Pernambuco, o Sport vem fazendo muito bem o seu papel. Sofreu apenas uma derrota em dez jogos. Ao deixar o Grande Recife, o time parece assumir a bipolaridade.Vai fazer turismo, basicamente.
Já são cinco derrotas seguidas como visitante,quase sempre como uma presa fácil. É difícil para o comandante Eduardo Batista explicar ao torcedor rubro-negro os motivos de tanta passividade longe de casa.
O papel parece se repetir contra qualquer time, em qualquer situação. Na noite deste sábado, o Sport foi derrotado pela Chapecoense por 3 x 1. O time catarinense havia vencido apenas uma vez nas últimas oito apresentações.
O pior é que a equipe pernambucana começou bem distribuída em campo, jogando com tranquilidade. Criou as primeiras chances, abrindo espaço no campo catarinense. Aos poucos, a Chape apertou a marcação e ganhou faltas próximas à área adversária. Momento paralelo ao “mais do mesmo” do visitante. Lá do outro lado, o falso 9, o falso 11 e o falso 7 seguiam omissos ofensivamente.
Aos 41 minutos, numa falta cobrada pelo ex-rubro-negro Camilo, a bola sobrou para o zagueiro Grolli mandar um chutaço no ângulo de Magrão Na segunda etapa, Eduardo fez a mesma alteração da rodada passada, com Vitor no lugar de Érico Júnior – é incompreensível porque ele não escala logo assim, enquanto segue com desfalques. O discurso no vestiário sumiu aos 17 segundos. Foi o que a Chapecoense precisou para bater o centro, tocar a bola e ampliar com o pesado atacante Tiago Luís.
Com uma desvantagem ainda maior, o Leão insistiu bastante na jogada área, fora de sua característica. Porém, de tanto insistir ainda arrumou um pênalti aos 36. Lance convertido por Felipe Azevedo, agora com 2 gols em 21 rodadas (!). O que poderia ser uma reação parou no terceiro gol (outro de Grolli) após uma bola levantada na área do Sport…
Agora é juntar os cacos e fazer mais um check-in no aeroporto, novamente sem pontos na mala…