Sport perde outra do Salgueiro, agora na Ilha e com desgaste desnecessário

Pernambucano 2016, 9ª rodada: Sport 0x1 Salgueiro. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

Seguindo como carrasco, o Salgueiro venceu o Sport na Ilha do Retiro de forma incontestável. Arrumado e com mais vontade em campo, o time sertanejo foi cirúrgico em sua estratégia, diante de uma adversário desinteressado, com cara de feriadão, numa formação injustificável de Falcão. A vitória poderia dar a vantagem de decidir em casa no mata-mata estadual? Francamente, seria um bônus mínimo, ainda mais considerando que a escolha do mando é da FPF. Pois o treinador rubro-negro apostou no jogo e poupou apenas Danilo Fernandes e Durval, substituídos por Magrão e Luis Gustavo.

Manteve os três volantes – por que não testar uma variação, já que Diego Souza atuará no Nordestão? -, apresentando um futebol sem intensidade, com falso domínio através da posse de bola. No primeiro tempo, o Leão teve 67%, mas criou apenas três chances. Desperdiçadas por Gabriel Xavier (lance de maior perigo), Lenis (bateu fraco) e Túlio de Melo (cabeçada). Na etapa complementar, nem isso. Ligação direta e meias distantes do ataque. Tocando bem a bola e ganhando quase todas as sobras – num sinal claro de vontade -, o Salgueiro foi se adiantando, arriscando. Precisou nem entrar na área para vencer.

Aos 26 minutos, Toty bateu forte, de longe. A bola ainda tocou na trave antes de entrar, 1 x 0. Se a apresentação já desagrava os 4.370 espectadores, em desvantagem o time se portou ainda pior. Sem qualquer aspecto de coletividade, não houve reação. Com o revés, o Sport não pode mais acabar o hexagonal na liderança, e mesmo o segundo lugar está difícil. Ou seja, o domingo só rendeu desgaste (físico e de confiança) numa semana decisiva, com as quartas de final da Lampions. Quanto ao Carcará, atual vice-campeão estadual, foi dado mais um passo na campanha sólida, hoje com 74% de aproveitamento.

Pernambucano 2016, 9ª rodada: Sport 0x1 Salgueiro. Foto: Peu Ricardo/Esp. DP

Sport vence o Botafogo e terá Diego Souza nas quartas do Nordestão

Copa do Nordeste 2016, 6ª rodada: Sport x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O jogo foi bem mais difícil do que se imaginava. A pressão no Sport por uma vitória sobre o Botafogo era real e durante a noite na Ilha do Retiro chegou a ficar ainda mais tenso. O empate no intervalo, somado à vitória do Fortaleza em Teresina, simplesmente eliminava o Sport da Copa do Nordeste logo na primeira fase. Àquela altura, a torcida lamentava os dois empates contra o River, que deixaram o time, até então tranquilo, em situação complicada na tabela. Mas a vitória veio, mais na base da raça do que na técnica, 3 x 1. Um resultado que garante a inscrição do meia Diego Souza na competição.

O camisa 87, aliás, foi apresentado antes da partida. Precisou torcer pelo resultado positivo, ou ficaria praticamente inoperante até o início do Brasileirão, em maio. Em um camarote, viu o time rubro-negro com três volantes – deve tomar o lugar de um deles – jogar de forma modorrenta durante boa parte do primeiro tempo. Seguiu assim até os 34 minutos, quando começou uma sequência eletrizante. Gol do Sport, com Renê. O Botafogo respondeu com uma bola na trave. No ataque seguinte, Luis Antônio também acertou a trave. E aos 38, o time paraibano enfim mandou para as redes, com Carlinhos.

As vaias no intervalo também significavam apreensão. Com o jogo no Albertão com quinze minutos de atraso, após uma queda de energia, era preciso vencer para não depender de um milagre. Não chegou a tanto, pois o time da casa correspondeu, atuando bem melhor na retomada, com gols de Vinícius Araújo, pegando rebote numa falta de Luis Antônio, e Samuel Xavier, com direito à drible da vaca antes do chute. Passado o susto, o Sport vai ao mata-mata com a obrigação de se impor, indo além dos lampejos. Terá Diego Souza para isso

Copa do Nordeste 2016, 6ª rodada: Sport x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Sport goleia o América, se garante na semi e mantém escrita de G4 no Estadual

Pernambucano 2016, 8ª rodada: América 0x4 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

Por mais que houvesse um abismo técnico entre as equipes, os jogadores rubro-negros desejavam publicamente a “revanche” contra o América, após o surpreendente revés no primeiro turno, o que não ocorria desde 1973. Sem forçar, em um jogo até sonolento num Arruda às moscas, o Sport goleou por 4 x 0 e confirmou o óbvio, a presença na semifinal do Estadual. Os gols de Durval, numa cabeçada antes dos dois minutos, Túlio de Melo, Henríquez e Serginho garantiram ao Leão uma das maiores escritas do futebol pernambucano.

Desde 1979 o time se faz presente no G4. Os rivais Náutico e Santa, por exemplo, ficaram de fora em 2015 (6º)e 2008 (7º), só para citar as campanhas mais recentes. E olhe que 1978 é uma exceção na história leonina, pois o clube simplesmente abdicou de participar da competição, por não concordar com a tabela e por divergências políticas com a FPF, tirando uma licença autorizada pelo conselho deliberativo. Desconsiderando aquele ano, o Sport sempre ficou entre os quatro melhores do estado na era profissional, iniciada em 1937. A última campanha abaixo disso foi curiosamente na edição anterior, um 5º lugar.

Agora, ao se juntar a alvirrubros e salgueirenses no mata-mata de 2016, o Sport foca o Nordestão, aí sim com pressão. Na Ilha, precisa vencer o Botafogo para ir às quartas. Também precisará de apoio, em falta no ano, numa letargia impressionante nas arquibancadas – opinião ao trio de ferro. No Mundão, com mando do Mequinha, apenas 1.497 torcedores encararam a noite de sábado. Talvez a falta de interesse esteja relacionada justamente à falta de surpresas…

Pernambucano 2016, 8ª rodada: América 0x4 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sport goleia o Central na Ilha, tentando diminuir a desconfiança da torcida

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Sport x Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP

O primeiro tempo na Ilha foi fraco, com o Sport ineficiente diante do Central, lanterna do hexagonal. Mesmo com a vantagem no placar, após Gabriel Xavier se aproveitar de um corte mal feito do adversário, o intervalo foi marcado por um misto de vaias e aplausos da torcida, com apenas três mil presentes. Uma cobrança justa, pois mesmo combalida, a equipe caruaruense levou algum perigo, como no comecinho, com o veterano Lourival perdendo um gol de cego – o camisa 9 havia feito o mesmo há uma semana, contra o Santa. 

Taticamente, o Leão estava modificado em relação à pífia apresentação em Fortaleza. Na zaga, Henriquez ganhou uma chance no lugar de Matheus Ferraz, que falhou em 7 dos 12 gols sofridos pelo time no ano, entre estadual e regional. Falcão também voltou a usar três volantes. Na frente, Vinícius Araújo começou no banco, mas atuou o segundo tempo no lugar de Túlio de Melo. E com a noite já caindo, a Patativa voltou a ameaçar, em chutes de Araújo e Candinho.

Quando a voz da arquibancada voltava a se manifestar, o time deslanchou. Em mais um erro do visitante, Luis Antônio ampliou. No terceiro, enfim uma jogada trabalhada, numa tabela entre Vinícius e Lenis, que marcou. O Leão ainda teve um gol mal anulado, num impedimento inexistente de Vinícius, cujo primeiro tento sairia aos 26 minutos. E foi o gol mais bonito do sábado, com Lenis driblando na ponta e achando Luis Antônio, que tocou pra Serginho, passando de prima pra Vinícius driblar o goleiro e fechar a conta, 4 x 0. Enfim, aplausos.

Pernambucano 2016, 7ª rodada: Sport x Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com atuação lamentável, Sport perde do Fortaleza e se complica no Nordestão

Nordestão 2016, 5ª rodada: Fortaleza 2x1 Sport. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO

O Sport, que estava com a vaga encaminhada até os 47 minutos do 2º tempo contra o River, agora vai pressionado à última rodada da Copa do Nordeste, em busca da classificação às quartas de final. Consequência da frustrante atuação no Castelão, sobretudo no primeiro tempo, quando foi atropelado. Apesar da tímida reação na partida, o time pernambucano acabou derrotado pelo Fortaleza por 2 x 1. Com oito pontos, o Leão está obrigado a vencer o Botafogo na Ilha do Retiro, dia 23. Espera-se uma equipe mais organizada, com variação de jogadas e, sobretudo, consciência. Faltou na capital cearense.

De lá, o Sport só pode aproveitar a noite como lição sobre o que não fazer. A princípio, Falcão apostou na ofensividade. Abriu mão do esquema com três volantes, com Gabriel Xavier no lugar de Luis Antônio. A pegada não seria mesma, tendo como contrapartida a articulação de Gabriel, encostando em Lenis (mau posicionado), Vinícius Araújo (inúmeros erros nas finalizações) e Túlio de Melo (que marcou um gol e ao menos conseguiu faltas na entrada da área). Acabou adiantado demais, deixando um rombo no meio. Rithely e Serginho não deram conta e o Tricolor do Pici cansou de chegar com perigo.

O Fortaleza finalizou cinco vezes nos primeiros 25 minutos, com dois gols. No primeiro, Samuel Xavier marcou a bola num cruzamento e no segundo houve uma “doação” de Matheus Ferraz – gastando todo o seu crédito da Série A. O volume de jogo do time liderado por Everton deixava o Sport sem ação já na saída de bola. Aos 32, o técnico rubro-negro tentou recompor a formação mais usada, com Luis Antônio tomando o lugar de Gabriel. O golzinho antes do intervalo foi um achado. Reação? Não veio devido à inoperância do time, abusando da ligação direta. O tempo todo, sem sucesso

Nordestão 2016, 5ª rodada: Fortaleza 2x1 Sport. Foto: LC MOREIRA/ESTADÃO

Resumo da 6ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 6ª rodada: Náutico 1x1 Sport, Santa Cruz 3x0 Central e Salgueiro 3x0 América. Fotos: Paulo Paiva/DP (Arena), Antônio Melcop/Santa Cruz e Pedro Leandro/CarcaráNet (Cornélio)

Os 3.345 torcedores que foram ao Cornélio de Barros, no ensolarado domingo no Sertão, viram o Salgueiro golear o Mequinha e assumir a liderança do hexagonal, virtualmente classificado a mais uma semifinal do Pernambucano. Ultrapassou o Náutico pelo saldo (6 x 4), beneficiado pelo empate no Clássico dos Clássicos, com apenas 7.041 espectadores. Aliás, um público decepcionante na arena, mesmo com transmissão na tevê aberta. O borderô foi inferior, inclusive, ao insosso empate entre Santa e Central, com 9.116 torcedores no Arruda. O fim de semana também marcou o desfecho do hexagonal da permanência, com o rebaixamento do Porto, vice-campeão em 1997 e 1998, e do Pesqueira, que cai sem receber jogos de Santa e Sport.

Hoje, as semifinais seriam Salgueiro x Santa Cruz e Náutico x Sport. 

Em 18 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 38 gols, com média de 2,11. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Ronaldo Alves (Náutico) e Jhon (Salgueiro) lideram com 3 gols.

Santa Cruz 0 x 0 Central – Se no fim da Série B o Tricolor jogava “decisões”, o (mesmo) time agora atuar em “amistosos”. Sem pressa, sem objetividade. 

Náutico 1 x 1 Sport – O resultado foi justo, com os dois times mostrando muita vontade. Tecnicamente, o clássico ficou devendo um pouco.

Salgueiro 3 x 0 América – Atual vice-campeão, o time sertanejo segue mostrando força no torneio local, liderando após 60% do hexagonal.

Destaque – Jhon. O centroavante revelado no Náutico marcou duas vezes, assumiu a artilharia e ajudou o Salgueiro a chegar na liderança.

Carcaça – José Woshington. Entrou na arena com a pressão natural de uma estreia em clássicos. Disciplinarmente, comprometeu a partida.

Próxima rodada
12/03 (17h00) – Sport x Central, Arena Pernambuco
13/03 (16h00) – Salgueiro x Santa Cruz, Cornélio de Barros
14/03 (20h30) – Náutico x América, Arena Pernambuco

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 6ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

A classificação final do hexagonal da permanência após 10 rodadas.

A classificação do hexagonal da permanência do Pernambucano 2016 após 10 rodadas. Crédito: Superesportes

Empate no Clássico dos Clássicos com Náutico e Sport na bronca com o árbitro

Pernambucano 2016, 6ª rodada: Náutico 1x1 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

O segundo Clássico dos Clássicos no ano foi bem mais disputado. Desta vez com dois times vivos numa partida franca na arena, sem tanta importância para a classificação de ambos, mas com a rivalidade presente. Se o Leão buscava a sexta vitória seguida no confronto, o Timbu queria recuperar a confiança da torcida, após a última apresentação. Tecnicamente, o jogo teve limitações, mas o destaque negativo ficou mesmo para o árbitro José Woshington. Estreante em clássicos, o carpinense de 27 anos fez apenas o seu quarto jogo no torneio. O juiz não agradou a ninguém no 1 x 1, sobretudo disciplinarmente.

No primeiro tempo, não quis conversa, tratando qualquer lance mais duro com cartão amarelo – se bem que o primeiro foi justo, com Lenis tentando simular um pênalti. No segundo, assinalou uma penalidade bem duvidosa de Matheus Ferraz em Caíque Valdívia, caindo antes do contato – na visão do blog. No fim, com os jogadores nervosos, já pela falta de critério nas faltas, Woshington encerrou a sua jornada dando um vermelho direto para Gastón, pra lá de injusto. Ele se enroscou com Samuel Xavier numa disputa de bola na lateral.

Pernambucano 2016, 6ª rodada: Náutico 1x1 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

Voltando ao “jogo”, o Sport entrou com os seus três volantes, com Rithely, recuperado, sendo a surpresa. Se no primeiro duelo o trio dominou, desta vez foi diferente. Havia uma peça-chave de volta, Rodrigo Souza, que fortaleceu a marcação timbu e a saída de bola. Ainda assim o visitante começou se impondo e desperdiçando uma chance incrível. Após troca de passes, um cruzamento de Xavier para Xavier. De Samuel para Gabriel, livre, bater por cima. A partir daí, o Alvirrubro equilibrou e levou perigo à meta de Danilo Fernandes, sobretudo pela direita, com Walber (no lugar do improvisado, e machucado, Rafael) e Rony.

Apesar da intensidade, faltava espaço, com faltas, cartões e reclamações em interpretações distintas. Na segunda etapa, os gols. Aos 9, Ronaldo Alves se manteve 100% em pênaltis no ano, mandando no cantinho. Porém, a vantagem só durou cinco minutos, com Niel marcando contra – e o árbitro deu o gol a Rithely, que sequer estava no lance. Após a igualdade, o Sport se mostrou satisfeito, tentando encaixar contragolpes e evitando desgaste na maratona. Se o Náutico não chegou ao gol, ao menos mereceu os aplausos de sua torcida. Clássico dos Clássicos em 2016, agora, só num possível mata-mata…

Pernambucano 2016, 6ª rodada: Náutico 1x1 Sport. Foto: Paulo Paiva/DP

Resumo da 5ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Sport 2x0 Náutico, América 1x3 Salgueiro e Central 0x1 Santa Cruz. Fotos: Rafael Martins/Esp DP (Ilha), Ricardo Fernandes/DP (Arruda) e Marlon Costa/Esp DP (Lacerdão)

O Sport ganhou o segundo clássico seguido no Estadual, de novo mostrando superioridade na Ilha, desta vez com 14.504 torcedores. Com o resultado, o time se aproxima da liderança, ainda nas mãos dos alvirrubros, apesar do primeiro revés na competição – caiu o último invicto. Em Caruaru, com 2.177 pessoas (maioria coral), o Santa voltou a vencer, mas sem convencer. Ao menos entrou no G4. Encerrando a rodada, o andarilho América mandou o seu jogo no Arruda, com apenas 262 torcedores. No Mundão vazio, o Salgueiro venceu.

Hoje, as semifinais seriam Náutico x Santa Cruz e Salgueiro x Sport. 

Em 15 jogos nesta fase do #PE2016 saíram 33 gols, com média de 2,2. Em relação à artilharia, que a FPF considera apenas os dados do hexagonal e o mata-mata, Cássio (Salgueiro), Ronaldo Alves e Bergson (Náutico), Gaibu (América), Grafite (Santa), Túlio de Melo e Lenis (Sport) lideram com 2 gols.

Sport 2 x 0 Náutico – O Náutico estava invicto, sem sofrer gols. As duas marcas caíram, com o rival de longa data mandando na partida.

Central 0 x 1 Santa Cruz – Pegando um rebote de Grafite, Keno marcou o gol solitário em Caruaru, numa tarde de pouco futebol. Retomada?.

América 1 x 3 Salgueiro – Com quinze minutos o Carcará já vencia por dois gols, encaminhando a terceira classificação seguida à semifinal.

Destaque: Lenis. O colombiano custou mais de R$ 3 milhões ao Sport, mas já foi decisivo nos dois clássicos que disputou na temporada

Carcaça: Central. Uma campanha vexatória, com cinco derrotas em cinco jogos, sendo três em casa. Hoje, é um moribundo no hexagonal.

Próxima rodada
05/03 (17h00) – Santa Cruz x Central, Arruda
06/03 (16h00) – Salgueiro x América, Cornélio de Barros
06/03 (16h00) – Náutico x Sport, Arena Pernambuco

A classificação atualizada do hexagonal do título após a 5ª rodada.

A classificação do hexagonal do título do Pernambucano 2016 após 5 rodadas. Crédito: Superesportes

Desfalcado, Sport tira a invencibilidade do Náutico com vitória incontestável

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

A vitória Sport sobre o Náutico foi incontestável. Diante do rival, até então 100% e há 413 minutos sem sofrer gols, os leoninos dominaram o meio-campo, com os três volantes ditando o ritmo e roubando as bolas que resultaram nos gols, numa vitória sem dificuldades, com a impressão que o 2 x 0 na Ilha ficou barato. Agora, voltemos noventa minutos. Seria difícil imaginar um jogo assim quando saiu a escalação, com Falcão tendo dois desfalques de última hora, o centroavante Túlio de Melo e o meia Gabriel Xavier, decisivos no clássico anterior.

Entraram dois jovens da base, Juninho, de 17 anos, e Everton Felipe, no embalo da convocação à Seleção Sub 20. Sobre Mark, mais do mesmo, com o chileno sem condições. À frente, portanto, apenas o colombiano Lenis à vera. Após ser deslocado no comecinho para a esquerda, o atacante fez o que quis sobre Rafael Pereira, um zagueiro escalado na lateral e ofuscado no domingo. Buscando a linha de fundo e finalizando, Lenis comandou o ataque do Sport.

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

O gringo abriu o placar no primeiro tempo, de fora da área, e deu a assistência para Fábio – outro da base, acionado no segundo tempo. Contratação mais cara do clube, por R$ 3,16 milhões, o atacante começa a justificar o investimento – em xeque devido ao desconhecimento do nome. Quanto ao Timbu, derrotado pela quinta vez seguida pelo maior rival, os seus problemas, camuflados pela campanha perfeita até o Clássico dos Clássicos, foram escancarados. 

A linha ofensiva destoou do time. Pouca mobilidade e finalizações sem perigo. Thiago Santana, que entrou no decorrer, melhorou um pouco, tendo a principal chance, mas ficou nisso. Em uma semana, um novo confronto, desta vez na arena. Teoricamente, um cenário mais favorável ao Náutico, certo? Não. Considerando a volta das principais peças ofensivas do Sport, Dal Pozzo precisará, no mínimo, cobrar mais intensidade, pois se a bola voltar a ficar sob domínio de Rithely, Luis Antônio e Serginho, a chance de eficácia será maior.

Pernambucano 2016, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Podcast 45 (219º) – Análise dos empates de Santa Cruz e Sport no Nordestão

Santa e Sport entraram em campo como favoritos diante de Juazeirense e River, pela Copa do Nordeste. No caso tricolor, o cenário era (teoricamente) ainda mais favorável, pois jogava em casa e com o time principal. Ambos foram para o intervalo perdendo e empataram no fim. Ainda assim, tropeços. Eis a pauta do 45 minutos. Na análise, um Tricolor já pressionado pelo rendimento geral no ano (2 vitórias em 7 jogos). A manutenção absoluta do time da Série B foi posta em xeque. No Leão, a necessidade de reposição, sobretudo com o lateral Christianno, criticado na contratação e que deu razão a isso em Teresina.

Neste podcast, com 1h39, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!