Os oito pretendentes da 54ª Libertadores

Quartas de final da Taça Libertadores da América 2013: Fluminense x Olimpia, Newell´s Old Boys x Boca Juniors, Atlético-MG x Tijuana e Garcilaso x Santa Fé. Crédito: Conmebol/divulgação

O futebol brasileiro mostrou força ao classificar os seus seis representantes às oitavas de final da Taça Libertadores de 2013, num feito inédito. Ainda mais considerando que no início eram 38 clubes, sendo dez deles ex-campeões. O poder econômico do país, acima dos concorrentes vizinhos, depositava a esperança de mais uma final brasileira, como em 2005 e 2006, mas…

A chance ruiu já nas oitavas, com a eliminação de quatro times. A armada foi dizimada dia sim, dia não. Caíram São Paulo, Palmeiras, Corinthians e Grêmio.

Sobreviventes na língua portuguesa, só Galo e Flu. O chaveamento aponta o Atlético, caso avance, como adversário de Newell´s ou Boca. Assim como o time carioca, superando o tradicional Olimpia, enfrentaria uma surpresa, Santa Fé ou Garcilaso. No entanto, o regulamento aponta que se dois times de um mesmo país chegarem na semi o confronto é obrigatório.

Flu, campeão brasileiro, e Atlético Mineiro, vice-campeão, em rota de colisão?

Atlético-MG x Tijuana – Com a surpreendente eliminação do Palmeiras no Pacaembu, com frango e tudo mais, o estreante mexicano agora irá encarar o Galo Ronaldinho, que atropelou o São Paulo e vem jogando, sem dúvida alguma o melhor futebol da competição. A classificação mineira à semi passará por uma boa apresentação no campo sintético no México.

Newell´s Old Boys x Boca Juniors – O confronto dos hermanos já garante a Argentina na semifinal. Em grande fase e com uma heróica classificação diante do Vélez, o Newell´s conta o bom atacante Scocco, principal peça na estrutura montada por Gerardo Martino. No Boca, Riquelme marcou um golaço contra o Timão e reancendeu a aura copeira do clube, em busca do hepta.

Olimpia x Fluminense – O revés no campeonato estadual não marcou o Flu para o restante da Liberta. Contudo, preocupa o futebol burocrático do campeão brasileiro até aqui, como visto na passagem pelo Emelec. Fred segue como referência em busca do título inédito. Já o tricampeão Olimpia vem fortalecido após o embate contra o Tigre e não abre mão do jogo fora de casa.

Santa Fé x Real Garcilaso – Esse duelo é maior surpresa da competição. O Independiente Santa Fé despachou o Grêmio, que possuía uma folha de pagamento estratosférica. Em Bogotá, pressiona bastante os adversários. Já o Garcilaso, com apenas quatro anos de fundação, tirou o Nacional de Montevidéu nos pênaltis. Há espaço para uma nova surpresa peruana?

Pitacos dos classificados? Atlético-MG, Boca Juniors, Fluminense e Santa Fé.

Libertadores 2013, quartas de finl. Crédito: Conmebol

Projetando arenas país afora de acordo com os públicos

Estudo da Arenaplan sobre a projeção de futuros estádios no Brasil. Crédito: Arenaplan Consultoria

O projeto da nova arena do Sport ainda tramita na burocracia da prefeitura do Recife. No estágio atual, os rubro-negros estão buscando soluções para as exigências do poder público sobre a mobilidade urbana na Ilha do Retiro. Só depois da autorização o Leão poderá iniciar megaobra.

Vale lembrar o valor do projeto. No início, em 2011, apenas com o estádio, o orçamento era de R$ 400 milhões. No ano passado, já com empresariais e edifício-garagem, o custo disparou para R$ 750 milhões.

A capacidade de público seria a mesma, de 45 mil lugares. É para tanto? Esse é o questionamento levantado indiretamente pela consultoria Arenaplan, que produziu um relatório sobre futuras arenas de clubes sem contratos firmados com consórcios país afora. Entre os nove times está o Sport.

A previsão anual de faturamento do estádio, segundo o estudo, seria de R$ 32 milhões, incluindo eventos, naming rights e camarotes – e seriam 250, em vez dos atuais 147. Contudo, a capacidade traz uma discussão interessante.

O número “ideal” para o novo estádio seria de 35 mil lugares, numa previsão baseada nas médias de público do clube no Campeonato Brasileiro (veja aqui).

As projeções consideram apenas os valores dos estádios, sem anexos. No caso pernambucano – cujo custo por cada assento seria o segundo mais caro, devido aos camarotes -, o preço foi estimado em R$ 262 milhões.

Estudo da Arenaplan sobre a projeção de futuros estádios no Brasil. Crédito: Arenaplan Consultoria

Canal 100 reativado no Cine PE

Canal 100

O tradicional festival de cinema do estado, o Cine PE, em sua 17ª edição, entra no clima dos grandes torneios de futebol que o país irá sediar e terá o futebol como tema. Em 2013 o slogan é “Brasil – País do futebol e do cinema”.

Nos sete dias do festival, de 26 de abril a 2 maio, serão exibidos 39 filmes, com uma mostra especial sobre o esporte bretão. Além das películas, alguns exemplares de acervo histórico do Canal 100, o cine-jornal exibido nas salas de cinema do Brasil inteiro antes da proliferação da televisão aberta.

O Canal 100 produziu verdadeiros documentários sobre o futebol nacional de 1957 a 2000. Levou imagens em preto e branco do Maracanã lotado, de Pelé dando show no Pacaembu, sempre com narrações dramáticas.

No Cine PE serão exibidos três vídeos do Canal 100 com os grandes clubes do estado. No caso, três derrotas, mas ainda assim vale a pena pelo saudosimo.

29/12/1967 – Palmeiras 2 x 0 Náutico – Após uma vitória para cada lado, o título da Taça Brasil foi disputado num terceiro jogo em campo neutro, no Maracanã. Em uma noite chuvosa, o público da decisão foi de 16.577 pagantes.

12/11/1969 – Santa Cruz 0 x 4 Santos – Pelé marcou dois gols na goleada pelo Robertão e ficou a apenas um do gol 1.000. Com a enorme expectativa pela marca no Recife, a Ilha do Retiro foi tomada por 34.132 torcedores. O milésimo gol do Rei sairia uma semana depois, contra o Vasco, no Maracanã.

08/11/1975 – Fluminense 3 x 0 Sport  – O Leão já havia vencido o Flamengo no Maracanã naquele ano, com destaque para o meia Assis Paraíba. O desempenho rendeu uma filmagem na apresentação seguinte no Mário Filho, com 46.115 pessoas. Diante da “Máquina Tricolor” de Rivelino o Sport sucumbiu.

O Maracanã volta a impressionar do alto

Maracanã em 2013, sendo preparado para a Copa do Mundo de 2014. Crédito: Odebrecht/divulgação

Um gigante de concreto difícil de ignorar.

A cada voo no Rio de Janeiro o velho Maracanã está ali, bem visível da janela.

Se destaca das demais construções vizinhas. Virou um cartão-postal lá do céu mesmo. Seu formato tornou-se referência em estádios de futebol.

Os registros aéreos datam desde 1950, quando foi inaugurado com 183.354 lugares, segundo o cronograma de obras para o Mundial daquele ano.

Foram utilizados 500 mil sacos de cimento e 10 mil toneladas de ferro.

Em mais uma investida rumo à Copa do Mundo, a de 2014, veio o orçamento de R$ 1 bilhão para remodelar o maior estádio do país, agora com 78.639 lugares.

Após meses com a carcaça exposta, eis a nova cobertura com as membranas tensionadas esticando as lonas produzidas com teflon e fibra de vidro.

Com 68,4 metros de comprimento, a cobertura é bem maior que a antiga armação de concreto. Reconduziu os olhares das alturas ao Maraca.

Esta segunda versão, próxima dos 100%, deverá consumir 140 toneladas de ferro e 8,6 toneladas de cimento.

Seria mesmo difícil ignorar tanto concreto assim no horizonte…

Maracanã em 1950. Crédito: site História do Rio

A armada brasileira na Libertadores escancara a diferença econômica

Oitavas de final da Taça Libertadores de 2013. Crédito: pasionlibertadores.com

O avanço econômico do futebol brasileiro é nítido nas últimas temporadas. Contratações milionárias, invertendo o fluxo de jogadores, novos estádios, cotas de transmissão com valores inimagináveis na Série A até bem pouco tempo.

Por isso, não surpreende  recorde estabelecido pelo país, com seis clubes nas oitavas de final da Taça Libertadores da América de 2013. Atlético-MG (1º), Corinthians (4º), Fluminense (6º), Palmeiras (8º), Grêmio (15º)e São Paulo (16º) seguem na disputa pelo título continental. Confira o chaveamento aqui.

A presença brazuca é tão forte que Galo ou São Paulo poderão conquistar a Libertadores apenas com confrontos nacionais, desde que os conterrâneos sigam avançando. Assim, após o já agendado duelo nas oitavas, teria Palmeiras nas quartas, Corinthians na semifinal e Flu ou Grêmio na decisão.

O Brasil já proporcionou duas finais caseiras, em 2005 (São Paulo x Atlético-PR) e 2006 (Internacional x São Paulo). Na época, o poderio fez com que a Conmebol mudasse as regras, obrigando que dois times de um mesmo país se enfrentassem na semifinal, independentemente do chaveamento.

Porém, com uma presença massiva, não será tão difícil a partir de agora emplacar três times entre os quatro melhores, superando esta barreira.

Cabe projetar quanto tempo mais irá durar esse domínio. Nem uma eventual derrota neste ano mudará o cenário de fato para os próximos anos.

Atlético-MG x São Paulo – Bastava um “empate” ao Galo de Ronaldinho para despachar o Tricolor na fase de grupos. Derrotado, encara de novo o tricampeão da Libertadores, agora de ânimo renovado. Luís Fabiano pode voltar ao Tricolor.

Tijuana x Palmeiras – Mesmo na Série B, o Verdão faz uma campanha digna na Liberta. Vai encarar o time mexicano em um campo sintético, único deste tipo nas oitavas. O clube paulista vem jogando na base da garra.

Corinthians x Boca Juniors – A decisão continental de 2012 será reeditada logo nas oitavas de 2013. Apesar da camisa pesada, o time de Bianchi vem mal. Chegou a sofrer um 6 x 1 no campeonato argentino. Regular, o Timão é favorito.

Vélez Sarsfield x Newell´s Old Boys – Bom duelo argentino envolvendo dois times que brigaram recentemente pelo título nacional no país vizinho. O Vélez busca repetir a taça 1994. Bi-vice em 1988 e 1992, o Newel´s sonha o feito.

Fluminense x Emelec – O campeão brasileiro ainda precisa “engrenar”. Além de voltar a contar com Fred, o time precisa da torcida. Desfalcado do Maracanã e do Engenhão, o Flu jogou com apenas 10 mil pessoas em São Januário.

Olimpia x Tigre – O time paraguaio, três vezes campeão, passou sem sustos na 1ª fase. Vai encarar o time argentino mais fraco desta edição. O Tigre, porém, se classificou justamente goleando um paraguaio, o Libertad, fora de casa.

Santa Fé x Grêmio – Após conquistar o título colombiano depois de 37 anos, o Santa Fé mantém o embalo. Já a equipe comandada por Luxemburgo, repleta de estrelas, não mostrou regularidade no torneio, mas tem mais qualidade.

Nacional x Real Garcilaso – Um jogo de extremos. De um lado, um dos maiores participantes da Libertadores, com três títulos. Do outro, um estreante, fundado há apenas quatro anos. Se não der zebra, Nacional nas quartas.

Pitacos dos classificados? São Paulo, Tijuana, Corinthians, Newell´s, Fluminense, Olimpia, Grêmio e Nacional.

Miniatura de estádios com quebra-cabeça

Peças do quebra-cabeça do estádio Santiago Bernabéu. Crédito: NanoStad

As miniaturas de estádios de futebol já são realidade entre os principais clubes. Os produtos licenciados estão entre as recordações mais procuradas por torcedores. Saiba mais sobre esse nicho futebolístico clicando aqui.

Abaixo, uma galeria de imagens com miniaturas a partir de um quebra-cabeça de até 160 peças. Produzidos com o cartoes esponjosos, os miniestádios são voltados para crianças a partir de seis anos de idade (veja aqui).

Considerando que adutlos também se interessam pelo material, a empresa NanoStad firmou contrato com sete clubes de São Paulo e Rio de Janeiro – apenas o Flamengo, sem estádio, ficou de fora. Entre os estrangeiros, destaque para os gigantes espanhóis Real Madrid e Barcelona.

Enquanto as pequenas reproduções dos estádios (12cm x 12cm) custam entre R$ 80 e R$ 199, o quebra-cabeça (34cm x 34cm) sai por R$ 60. Enquanto isso, Náutico, Santa Cruz e Sport não licenciaram sequer os modelos de plástico, sem montagem, das miniaturas dos Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro.

Difícil achar que produtos assim não fariam sucesso no Recife…

Campeão brasileiro leva menos gente a campo que o Pior Time do Mundo

Borderô de Íbis x Pesqueira na Série A2 do Pernambucano de 2012. Crédito: FPF/divulgação

O Maracanã encontra-se num sono profundo com a quase bilionária reforma visando a Copa das Confederações e a Copa do Mundo.

O Engenhão, então elevado ao status de casa do futebol carioca, acaba de ser interditado pela prefeitura do Rio de Janeiro após um problema na cobertura.

Um vexame, considerando que o estádio foi inaugurado há apenas seis anos e será, em tese, o palco do atletismo nos Jogos Olímpicos de 2016.

Assim, o futebol carioca parte para Volta Redonda, no interior. Ou então em estádios mais modestos na capital.

A rejeição do torcedor carioca, no entanto, parece enorme neste cenário. Não só ao campeonato estadual com 16 clubes como nos estádios menos nobres.

Atual campeão brasileiro, o Fluminense conseguiu a proeza de atuar com apenas 703 pagantes na vitória sobre o Macaé, por 3 x 1.

O jogo foi em São Januário, bem na Cidade Maravilhosa…

Acredite, o Íbis leva mais gente. Acima, o borderô da estreia do Pássaro Preto na segunda divisão do Pernambucano de 2012, no Ademir Cunha, com 782.

Por sinal, os 215 jogos da última Série A2 tiveram 201.598 torcedores no borderô, proporcionando uma média de 937 (veja aqui).

Uma índice acima do badalado Flu, campeão do Brasil…

Borderô de Fluminense 3x1 Macaé no Carioca 2013

Molecagem de Fred

Fred do Fluminense. Crédito: Youtube/reprodução

No meio de uma avenida, você para o carrão e encontra uma menina numa moto. Conversa rapidamente e ainda consegue um beijo…

Fred do Fluminense conseguiu. Com direito à seguinte cantada:

“O que você faz além de sucesso?”

Teoricamente, o vídeo não deveria ter ido para o Youtube. Assista e entenda.

4,7 bilhões de reais em dívidas no futebol brasileiro

Dívidas do futebol brasileiro de 2003 a 2011. Fotno: Amir Somoggi/divulgação

As receitas do futebol brasileiro vêm crescendo num ritmo acelerado.

São novas fontes de receitas e renegociação com antigos parceiros econômicos.

No entanto, o caminho inverso também se mostra severo. O outro lado da moeda.

Se em 2011 o faturamento absoluto do futebol nacional chegou a R$ 2,7 bilhões, as dívidas bateram na casa dos R$ 4,7 bilhões…

Em 2003 o passivo dos clubes era de R$ 1,2 bilhão. Ou seja, o rombo aumentou 306%. Os dados são do estudo do consultor de gestão esportiva Amir Somoggi (veja aqui).

Da dívida total, com as iniciativas pública e privada, os 12 doze principais clubes do país agregam R$ 3.385 bilhões, ou 72%!

Entre as causas, endividamento bancário e outros tipos de empréstimo, além do reconhecimento de dívidas antigas com diferentes órgãos públicos.

Com um histórico de péssimas administrações, mesmo com o bom momento da economia nacional, os quatro grandes clubes cariocas ocupam os cinco primeiros lugares.

1) Botafogo – R$ 564 milhões
2) Fluminense – R$ 405 milhões
3) Vasco – R$ 387 milhões
4) Atlético-MG – R$ 368 milhões
5) Flamengo – R$ 355 milhões

O quarteto carioca deve R$ 1,7 bilhão. Se fosse num país um pouco mais sério, talvez esses débitos fossem executados um dia – sob pena de punições inclusive no âmbito esportivo -, e não empurradas com a barriga para a administração seguinte.

Vale ressaltar que as dívidas pernambucanas também não são das menores. Eis os dados aproximados, segundo levantamento do blog.

Sport – R$ 120 milhões (2009)
Santa Cruz – R$ R$ 69.775.334 (2011)
Náutico – R$ 62.442.207 (2011)

Os pretendentes da 54ª Copa Libertadores da América

Os 38 clubes da Copa Libertadores da América 2013. Crédio: pasionlibertadores.com/divulgação

Abarrotada, a Copa Libertadores da América de 2013 terá 38 clubes.

O formato engloba seis mata-matas na primeira fase, popularmente conhecida como Pré-Libertadores. Depois, uma tabela com 32 times na fase de grupos.

Avançando os dois melhores colocados das oito chaves, começa uma sequência de fases eliminatórias em 180 minutos, das oitavas de final à decisão.

Acima, o mapa dos participantes desta nova edição, a 54ª da história. Abaixo, a melhor campanha de cada um. Ao todo, dez campeões estão na disputa.

Há espaço para um novo campeão ou a tradição deve continuar sendo gravada na placa de metal que compõe a base do famoso troféu continental?

Saiba mais sobre as classificações das 38 equipes clicando aqui.

Campeão (10) – Boca Juniors, Vélez Sarsfield, São Paulo, Grêmio, Palmeiras, Corinthians, LDU, Olimpia, Peñarol e Nacional

Vice-campeão (4) – Newell´s Old Boys, Fluminense, Barcelona e Sporting Cristal

Semifinalista (9) – Bolívar, Atlético-MG, Universidad de Chile, Independiente Santa Fé, Tolima, Millonarios, Emelec, Cerro Porteño e Libertad

Quartas de final (2) – Defensor e Caracas

Oitavas de final (2) – The Strongest e Toluca

Fase de grupos (4) – Arsenal, San José, Huachipato e Deportivo Lara

Estreante (7) – Tigre, Deportes Iquique, Xolos, León, César Vallejo, Real Garcilaso e Deportivo Anzoátegui