O Emelec, do Equador, ganhou do Botafogo por 2 x 1, na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. Apesar do revés, o time carioca avançou para as quartas de final. Mas o que me chamou a atenção ao assistir os gols da partida foi o estádio George Capwell.
Uma “cancha” (estádio) simples, relativamente acanhada, mas muito organizada. Um nível bem acima dos estádios utilizados até mesmo na Série A do Brasileiro. Pesquisando um pouco, fica claro que não é uma exceção no Equador. Apesar de ser um país de 14 milhões de habitantes (a mesma do estado da Bahia), o Equador conta com clubes organizados e que investem em estrutura.
O título da Libertadores da LDU, em 2008, talvez seja o maior prêmio por esta organização, que resultou, também na participação da seleção equatoriana nos Mundiais de 2002 e 2006. E briga forte para ir em 2010.
O estádio, hoje remodelado, foi erguido em 1945. Custou menos de 20 mil dólares, com dimensões bem modestas. Podia receber apenas 11 mil pessoas.
Foi ampliado duas vezes nos últimos dez anos, em 1999 e 2006, chegando a 23,5 mil espectadores. Um nova reforma já está planejada, para aumentar para 40 mil torcedores. Agora, vai custar um pouco mais do que aquele valor de 6 décadas atrás…
Inaugurado em 1987, com capacidade para 55 mil pessoas, o Banco Pichincha foi reformado em 1994, para capacidade atual. Também é conhecido “Monumental Isidro Romero Carbo”.
Ao todo, o Barcelona gastou US$ 70 milhões. É um dos maiores estádios particulares do continente, abaixo do Morumbi (75 mil), do São Paulo.
Estádio Casablanca
Capacidade: 55.400 pessoas LDU (Quito)
Final da Libertadores de 2008
O estádio mais moderno do país. Com projeto semelhante ao Banco Pichincha, o Casablanca foi inaugurado em 6 de março de 1997. Custou US$ 16 milhões.
No 1º jogo na nova arena, a Liga de Quito bateu o Atlético-MG por 3 x 1, em um amistoso. Neste ano, o Sport esteve lá, quando venceu por 3 x 2, pela Libertadores. São 7.956 pessoas somente nos camarotes. Muito? Sim, mas o Banco Pichincha tem 15 mil no setor.
Investimento resulta em estrutura. Estrutura resulta em boas campanhas, títulos… E por aí vai. Simples, né? Uma boa aula para os clubes pernambucanos. 😎
Como o repórter Márcio Cruz lembrou bem, os estádios equatorianos acima ainda traçam um paralelo com Aflitos, Arruda e Ilha do Retiro.
Segundo clube de maior torcida no país, o Corinthians completa 99 anos nesta terça-feira. O centenário do alvinegro paulista começa cheio de expectativa sobre a participação do clube na Libertadores de 2010, ano em que completará o seu primeiro século de existência.
Objetivo não… Obsessão. Até porque deve ser mesmo complicado ter 3 grandes rivais (Palmeiras, São Paulo e Santos) e todos eles já terem vencido a maior competição das Américas. Pressão 24h por dia em busca da taça que ficou o Estudiantes neste ano.
Para isso, a primeira missão será negociar a permanência do atacante Ronaldo, que ganha cerca de R$ 1,1 milhão por mês (segundo a reportagem da revista Veja). O Fenômeno quer aproximadamente R$ 2 milhões para continuar por mais um temporada… É muito, mas muito cash. 😯
Mas muito mais vale o orgulho do corintiano, que não admite um novo fracasso na Libertadores. Algo que tornaria a competição um fantasma ainda maior do que já é em Parque São Jorge. Vide apelido de “sem passaporte”.
Ao Corinthians, parabéns! E boa sorte na temporada mais arriscada de um clube de futebol no Brasil…
A imagem acima está no site oficial do Corinhians. Abaixo, um vídeo com um passeio pelos 99 anos do clube que é a paixão da “Fiel Torcida”.
Os caminhos dos dois clubes foram bem diferentes após aquele 12 de maio…
Eliminado nos pênaltis da Taça Libertadores da América, o Sport viu o seu ano de 2009 ruir em questão de segundos após a defesa de Marcos no chute de Dutra, na última cobrança das oitavas de final.
Tristeza em plena Ilha do Retiro.
Um revés que marcou o clube, pois o time não se acertou mais no Brasileirão…
De favorito a uma nova vaga na maior competição das Américas (com um time bem montado e com o apoio da torcida), a equipe ficou estagnado na zona de rebaixamento da Série A.
Frustrações em casa, derrotas no último minuto longe da Ilha (já foram 3 assim) e a perda gradativa da confiança. Da torcida e do próprio time. Como consequência, o interino Levi Gomes já aguarda a chegada do 3º técnico do Sport na competição, na qual o Leão tem apenas 13 pontos em 15 jogos.
Já o Palmeiras, que acabou saindo da Libertadores na fase seguinte, conseguiu evitar o baque. A dor da eliminação no Palestra Itália também foi grande, mas até que Luxemburgo suportou a carga. Porém, acabou saindo depois por causa de problemas internos sobre a negociação do atacante Keirrison.
Mas o time centrou fogo no Nacional. Não guardou mágoas da Libertadores.
E foi somando pontos, vitórias, viradas… E chegará novamente na Ilha do Retiro, neste sábado, na ponta do campeonato, com 31 pontos nos mesmos 15 jogos.
O Verdão mudou de técnico também. Ninguém menos que o atual tricampeão brasileiro Muricy Ramalho. Que recebeu das mãos de Jorginho um time arrumado, com confiança, algo pra lá de importante no futebol.
A falta dessa confiança faz a outrora ensandecida torcida rubro-negra duvidar de um triunfo sobre o Palmeiras. No entanto, este jogo reserva uma esperança, que é a rivalidade construída nos últimos três anos. Será o 11º duelo entre dois times, que já se conhecem bastante, que já brigaram bastante. Marcos, Magrão, Igor, Pierre, Sandro Goiano, Cleiton Xavier, Ciro, Diego Souza… 😎
Abaixo, a lista infernal de jogos que acabou transformando esta partida em rivalidade.
01/08/07 – Palmeiras 1 x 2 Sport – Série A
04/11/07 – Sport 3 x 1 Palmeiras – Série A
24/04/08 – Palmeiras 0 x 0 Sport – Copa do Brasil
30/04/08 – Sport 4 x 1 Palmeiras – Copa do Brasil
08/06/08 – Sport 2 x 0 Palmeiras – Série A
04/09/08 – Palmeiras 0 x 3 Sport – Série A
08/04/09 – Sport 0 x 2 Palmeiras – Libertadores
15/04/09 – Palmeiras 1 x 1 Sport – Libertadores
05/05/09 – Palmeiras 1 x 0 Sport – Libertadores
12/05/09 – Sport 1 (1) x (3) 0 Palmeiras – Libertadores
01/08/09 – Sport x Palmeiras – Série A
14/11/09 – Palmeiras x Sport – Série A
No Brasil, a expressão “os 12 grandes” se tornou popular numa referência aos maiores times do país.
São eles: São Paulo, Corinthians, Palmeiras e Santos; Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo; Grêmio e Internacional; Cruzeiro e Atlético-MG.
A diferença entre alguns é gritante. Apesar do bom momento nesta Série A, o Atlético tem apenas 1 título brasileiro, e conquistado logo na primeira edição, em 1971. O São Paulo, por sua vez, tem 6, sendo o atual tricampeão, fora as 3 Libertadores e os 3 Mundiais.
Mas não importa a disparidade atual… Segundo a mídia e grande parte da torcida, esse grupo é “fechado”. Algo construído durante décadas, de fato.
Mas isso não é uma exclusividade brasileira. O mesmo ocorre na Argentina.
Lembram do Estudiantes? Aquele mesmo que venceu a Libertadores, na última semana… Ganhou a sua 4ª Libertadores, por sinal. Tetra! Fora o Mundial de 1968 e os 4 títulos nacionais na era profissional (sendo o último em 2006).
Pois é. No país vizinho, o Pincha ainda briga pelo reconhecimento como um ‘grande’. Basta ler a entrevista do presidente do clube, Rubén Filipas, ao Olé (veja AQUI).
“O Estudiantes está à altura dos grandes.” 😯
Lá, historicamente, apenas 5 times tem o status de “clube grande”: Boca Juniors, River Plate, Independiente, San Lorenzo e Racing. Os 5 maiores campeões argentinos. Ok.
Mas destes times, o Racing tem apenas um título nacional desde 1967, enquanto o San Lorenzo jamais foi campeão da Libertadores (*).
Na Argentina, a explicação para isso volta bastante no tempo. Volta até 1934, quando foi fundada a AFA (a “CBF” dos hermanos), e os clubes mais populares (os 5 listados acima) pressionaram a entidade em busca de mais poder.
O sistema de votação foi dividido em 3 categorias, e na principal os requisitos eram os seguintes: clubes com mais de 15 mil sócios, 20 anos de participação ininterrupta nos torneios oficiais (considerando a era amadora) e mínimo de dois títulos da 1ª divisão.
Coincidentemente, apenas Boca, River, Racing, Independiente e San Lorenzo preencheram o “formulário”. Mesmo com a boa fase de outras equipes, jamais mudou.
No entanto, sempre houve a discussão sobre o “sexto grande”. Uma penca de times disputa o posto, como Vélez Sarsfield (atual campeão nacional), Huracán (vice), Estudiantes, Rosário Central e Newell’s Old Boys (os dois maiores times do interior)…
Tudo, porém, é discutido segundo tabelas de títulos (nacionais e internacionais), médias de público, estrutura etc… Veja todas as tabelas (e mais história) AQUI.
Você acha que algum clube pode ‘furar’ a casta dos ‘grandes’? O que é necessário para esse reconhecimento…? Opine!
* Devido ao fato de não ser campeão continental, os hinchas rivais brincam com as iniciais do San Lorenzo (C.A.S.L.A.). De Club Atletico San Lorenzo de Almagro para Club Atletico Sin (sem) Libertadores de America. 😎
A Conmebol divulgou a média de público da Libertadores de 2009. A edição conquistada com méritos pelo Estudiantes ficou 15,9% abaixo da competição do ano passado. Os 2,4 milhões de ingressos vendidos proporcionaram uma média de 18.031 torcedores nos estádios das Américas (confira abaixo os dados das últimas três Libertadores).
Ao contrário do total de 138 jogos, neste ano foram apenas 134, pois os times mexicanos não participaram das oitavas de final, devido à polêmica da gripe suína (veja todos os públicos de 2009 AQUI).
Ano – Total (média)
2007 – 2.198.919 (15.934) 2008 – 2.959.178 (21.443) 2009 – 2.416.216 (18.031)
O Cruzeiro teve a maior média entre os 38 participantes, com 41.269 torcedores por jogo no Mineirão. Marca fantástica, de fato. E o maior público foi a decisão, em BH, com 64.800. A festa, porém…
O Sport colaborou com 88.637 ingressos em 4 jogos (média de 22.159). É claro que poderia ter sido bem mais, caso a diretoria rubro-negra não tivesse aplicado o ‘fumo’ no valor do bilhetes. Com a capacidade de 32,5 mil, a Ilha poderia ter recebido nos mesmos quatro jogos um público de 130 mil leoninos. Fica pra próxima…
Curiosidade: Apesar da regra da competição ser clara em relação à capacidade de público para a final (mínimo de 40 mil torcedores), o jogo de ida, em La Plata, teve apenas 36.789 hinchas do Estudiantes. 😯
Juan Ramón Verón fez história vestindo a camisa do Estudiantes.
O ponta-esquerda foi revelado no Pincha no início dos anos 60. Em 1968, começou a sua saga no gigante de La Plata, quando ganhou a sua 1ª Libertadores e marcou o gol do título mundial, diante do Manchester United, do craque maluco George Best.
Nos anos seguintes, já com o apelido La Bruja (a bruxa), ganhou mais duas Libertadores, transformando o Estudiantes no primeiro tricampeão da competição.
Em 1975 nasceu o filho de Juan Ramón. Batizado de Juan Sebastián. O novo Verón.
À sombra do pai, Verón cresceu no velho estádio Jorge Luis Hirschi. Além de ser um hincha (torcedor) fanático do clube, ele também passou pelas categorias de base do Pincha. Exibia certa categoria e liderança, mas a comparação com o seu pai, uma lenda viva (hoje com 65 anos), era um peso enorme.
Um peso do tamanho do futebol daquele meia que receberia anos depois o apelido de La Brujita (a bruxinha). Aos 19 anos, vestiu a camisa do clube pela 1ª vez, já como grande promessa. Diante de grande expectativa. Mas acabou migrando para Buenos Aires, onde passou uma temporada no Boca. Depois foi uma década na Europa (Itália e Inglaterra). Nesse meio tempo, inúmeras partidas pela seleção argentina.
Com 31 anos, quis voltar para casa. Sabia que ainda devia algo ao clube que o formou, que idolatra o seu pai. O clube que é a sua paixão. Mesmo com mercado, Verón topou uma proposta menor do Estudiantes. Jogou pela camisa. Uma camisa de tradição. Silenciada por décadas, é verdade…
Chute, passe, marcação, liderança, raça… Verón conseguiu se livrar da imagem do velho Juan Ramón. E também conseguiu deixar o seu nome escrito na história pincharrata. Primeiro, com o título nacional de 2006, quando o Estudiantes ganhou o Apertura após um jogo-desempate duríssimo contra o Boca. Só isso já seria algo histórico, pois eram 23 anos sem nenhum troféu argentino.
Mas La Brujita foi além. O careca, que é o dono da camisa 11, ensaiou a glória na América no ano passado, quando o título da Copa Sul-Americana bateu na trave, escapando apenas na prorrogação, no Beira-Rio, diante do Inter de Nilmar.
Quase 3 mil hinchas estiveram naquela noite em Porto Alegre. Eles festejaram a garra da equipe. Simbolizada no seu capitão, que ainda jogou a camisa para os fiéis após a partida. Veio 2009. Verón continuava em La Plata, já aos 34 anos, e num clube que se modernizava ano a ano. Não jogava mais naquela cancha acanhada, e inaugurada em 1907, mas sim no mais moderno estádio do país, o Ciudad de La Plata.
Com a nova temporada, veio o desejo final: “É o título da minha vida”.
A frase acima foi a que Verón cansou de repetir na Argentina sobre a disputa da Taça Libertadores. Uma edição emblemática. Nada menos que a 50ª. Três delas expostas no museu do clube, graças ao seu pai. Ele queria o mesmo.
Com uma campanha sólida (não levou um gol sequer jogando em casa e ainda teve o artilheiro da competição – Boselli, com 8 gols), o Estudiantes foi caminhando a passos largos até a final. E enchendo de esperança aquele antigo hincha, cujo primeiro sonho era apenas virar jogador de futebol.
Chegou a decisão. Contra o Cruzeiro, um time com 100% de aproveitamento em casa. Nos primeiros 90 minutos, em La Plata, 0 x 0. Um empate que tornou a façanha ainda mais surreal. Mas o sangue de Verón naquele jogo (o volante/apoiador levou uma cotovelada) não seria por nada…
Semana seguinte, capítulo final em Belo Horizonte. O jornal argentino Olé estampa na sua capa de quarta-feira, com uma foto de Verón treinando no gramado do Mineirão: “Campo grande. Coração enorme”. Perfeito!
Jogo tenso, brigado. Placar em branco na primeira etapa. Acompanhado de perto por 62 mil cruzeirenses e 4 mil pincharratas, que atravessaram uma distância de 2.170 km para ver de perto uma glória alcançada há 39 anos. Hinchas que cresceram ouvindo histórias fantásticas dos pais. Viram ao vivo. Vão poder contar para as próximas gerações.
Viram Henrique acertar uma bomba no 2º tempo, balançando as redes e, também, as arquibancadas do Mineirão com o gol celeste. Com uma tranquilidade que parece natural para os times argentinos na Libertadores, o Estudiantes conseguiu a virada… Primeiro com Fernández e depois com Boselli, numa cabeçada aos 27 minutos.
Fim de jogo. O Estudiantes é tetracampeão da Libertadores. Foram 620 partidas desde a estreia de Juan Sebastián Verón como profissional, em 24 de abril de 1994. Tempo suficiente para alimentar um desejo de criança. Agora realizado.
O Cruzeiro poderá devolver a Taça Libertadores ao Brasil nesta quarta. Diante dos argentinos do Estudiantes, o time celeste poderá fazer com que o país consiga a sua 14ª Libertadores.
O título não fica aqui desde 2006. E o termo “ficar” é bem apropriado, pois desde 2005 todas os jogos finais vêm sendo realizados em estádios brasileiros.
Nos últimos dois anos, porém, os visitantes a levaram para casa. Curiosamente, nas duas primeiras decisões, isso não teria sido relevante, pois foram finais 100% nacionais.
Apesar da tradição recente, a saga de títulos brasileiros começou em 1962, com o Santos do Rei Pelé.
Na verdade, o Peixe foi bicampeão, pois além de bater o Peñarol, o time da Baixada venceu o Boca Juniors na final de 1963, na Bombonera.
Depois foi a vez do Cruzeiro, de Piazza e Palhinha. Com 13 gols deste último, o time celeste conquistou o seu 1º título, numa final duríssima contra o River Plate, em 1976. Decidida apenas na “negra”, que aconteceu em Santiago, no Chile.
O Brasil só voltaria a comemorar um título continental de clubes em 1981, com o Flamengo. O Rubro-negro carioca viveu a sua melhor fase no início daquela década. Foram 3 títulos brasileiros, a Libertadores e o Mundial. Com participação marcante do atacante Nunes, revelado pelo Santa Cruz.
Dois anos depois, o Grêmio seria campeão da América. Com direito ao capitão uruguaio Hugo de León levantando a taça após a decisão de 1983, contra o Peñarol. Alegria ainda maior para o zagueiro, que era torcedor pelo Nacional, clube onde despontou em Montevidéu.
A conversa por aqui no Brasil sempre foi a mesma: A de que os clubes locais não davam tanta importância à Libertadores. A verdade é que os mata-matas contra argentinos e uruguaios eram verdadeiras guerras, sem policiamento suficiente para conter os torcedores rivais, conivência dos árbitros para a pancadaria em campo e até suspeita de doping! 😎
Enfim… Verdade ou não, foram 9 anos de fila. Até a defesa de Zetti numa disputa de pênaltis contra o Newell’s Old Boys, em 1992. Diante de 100 mil pessoas no Morumbi (isso mesmo), o São Paula sagrava-se campeão pela 1ª vez.
No ano seguinte, Raí comandou a festa tricolor que dominou o início da década passada. Após um chocolate por 5 x 1 no jogo de ida, em Sampa, o São Paulo só fez administrar a vantagem em Santiago, contra a Universidad Católica, e comemorou a glória de 1993.
Em 1995, Grêmio bicampeão. Quem ergueu o troféu? O agora treinador cruzeirense Adilson Batista… Que na época ficou conhecido como “Capitão América”! Dois anos depois, o mesmo Mineirão desta quarta recebeu o jogo final. Cruzeiro x Sporting Cristal.
Assim como em 2009, o time mineiro empatou sem gols no primeiro jogo. No segundo, um magro 1 x 0, gol de Elivélton, de fora da área. Cruzeiro bi em 1997… Depois, foi a vez do Vasco, que venceu em 1998. Para desespero rival rubro-negro, o time cruz-maltino ainda comemorava o seu centenário. Em grande estilo.
Completando a única sequência de três títulos do país, o Palmeiras, de Felipão, conseguiu o seu maior desejo. Um título chorado, nos pênaltis, e com o prazer de ter eliminado o Corinthians durante a campanha de 1999.
Pausa pra respirar… E chegamos a 2005. Primeira final com 2 times do mesmo país na história da competição. O surpreendente Atlético-PR, porém, foi aniquiliado pelo São Paulo com um 4 x 0 na decisão.
Os torcedores do Furacão criticaram bastante a atuação do zagueiro Durval, que depois seria liberado para o Sport (algum leonino achou ruim?).
No ano seguinte, nova final 100% nacional – feito que levou a Conmebol a modificar o regulamento, para tornar mais difícil a soberarina brasileira.
Em 2006 não deu para o Tricolor Paulista, que viu o timaço do Internacional (Fernandão, Rafael Sóbis, Tinga…) acabar com todas as piadas que existiam em Porto Alegre. “Inter-regional”, nunca mais. O nome do clube finalmente fez sentido.
Agora… É a vez do Cruzeiro de virar mais um capítulo nesta história. E pela 3ª vez. 😎
Nada de “já ganhou”, mas o Cruzeiro é favorito sim. Mas cuidado com o Pincha!
No jogo de ida, em Porto Alegre, vitória surpreendente por 1 x 0.
Nesta quinta, chocolate por 3 x 0 sobre o Internacional, no belo estádio Casa Blanca, em Quito. Na velha altitude de 2.850 metros acima do nível do mar…
Apesar da liderança isolada da Série A (20 pontos), o Colorado mantém um centenário turbulento. Começou com o título gaúcho, com goleadas espetaculares. Mas agora já são 2 vices seguidos. Primeiro na Copa do Brasil e agora no confronto dos campeões sul-americanos de 2008.
O título da LDU, aliás, foi o 3º do futebol equatoriano. Considerando clubes e a seleção nacional. E profissionais e categorias de base.
Curiosamente, os outros dois haviam sido no mesmo local: o Maracanã.
Em 2007, a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, quando bateu a Jamaica por 2 x 1. Os países mandaram times Sub-17, e o Equador eliminou o Brasil com uma vitória por 4 x 2! 😯
No ano passado, o maior de todos. A Libertadores, conquistada pela LDU diante do Fluminense. O título, por sinal, foi o passaporte para a disputa da Recopa.
Obs. Com a perda do título, o Inter deixou passar a chance de superar o rival Grêmio em taças internacionais. A briga continua empatada (4 x 4), com vantagem tricolor, que tem 2 Libertadores…
O inferno estava armado no estádio Ciudad de La Plata.
Quer dizer… Quase armado, pois a cancha, apesar de ser a mais moderna da Argentina, ainda está inacabada, já que falta a cobertura das arquibancadas – que deverá ficar pronta até 2011, quando o estádio receberá a final da próxima Copa América.
De qualquer forma, o Cruzeiro já havia enfrentado o Estudiantes neste palco, nesta mesma Libertadores. Com goleada argentina por 4 x 0… 😯
Na noite fria desta quarta, os dois times voltaram a se enfrentar na Argentina, e agora com a polêmica da gripe suína, da influenza A e da gripe H1N1 (entenda o trio AQUI).
E valendo o título continental.
O tricampeonato para os mineiros ou o tetra para o Pincha. Tradição pura!
Após 12 minutos de fumaça no gramado, com a belíssima festa da torcida do Estudiantes, finalmente começou a decisão da 50ª Libertadores.
E começou com o time de Verón pressionando, como era de se esperar. E catimbando ainda mais. Que o diga o zagueiro Rolando Schiavi, que bateu o quanto pôde.
Mas o Cruzeiro contava com o goleiro Fábio para evitar o pior. E o camisa 1 teve uma atuação brilhante. Fez belas defesas. Plásticas e difíceis. Não deixou passar um espirro.
Depois de sofrer um bocado com a pressão dos 36 mil hinchas no estádio, o Cruzeiro começou a se soltar no segundo tempo, criando ótimas oportunidades.
Primeiro aos 28 minutos, numa cabeçada do zagueiro Leonardo Silva.
Depois, aos 35, numa chance incrível, que foi desperdiçada pelo atacante Kléber, que conseguiu chutar pra fora diante de um gol vazio. Sem apelação, 0 x 0. 😎
Que esse “gol” de Kléber não faça falta na próxima quarta, no Mineirão. Serão 70 mil torcedores do time estrelado. Sem gripe.