O Sport vem consolidando a sua pré-temporada dentro de sua própria estrutura, com campos em bom estado e departamento de fisiologia à disposição no Centro de Treinamento de Paratibe. Além do alojamento, com os jogadores dormindo no local. A partir disso, a TV Sport, numa produção de Lucas Fitipaldi, registrou um dia do elenco leonino (17 de janeiro de 2017), bem além dos treinos.
Num divertido vídeo de 12 minutos é possível conferir a resenha típica dos jogadores de futebol, com dominó (batida cruzada de Neto Moura), música (Samuel Xavier no violão), videogame (Rogério no Fifa) e até disputa de carnaval (Recife ou Salvador?). Há também a seriedade de Durval…
Após golear o Grêmio em Porto Alegre, o Sport praticamente assegurou a permanência na Série A. Bastava vencer 1 dos 4 jogos restantes, “simples”. Contra o Cruzeiro, na Ilha, derrota. Contra o Atlético-PR, nada de futebol no campo sintético de Curitiba. Na terceira chance, diante do já rebaixado América, um frustrante empate, que, matematicamente, pouco acrescentou. O resultado, aliás, trouxe o Inter para o jogo. E por este motivo este texto tem uma vida útil curta, dependendo do resultado no Beira-Rio. A peleja entre Inter e Cruzeiro deve terminar por volta das 18h de domingo, no horário recifense. Caso o Colorado tropece, o Leão estará garantido no Brasileirão pela 4ª vez seguida.
Por outro lado, se o Internacional voltar a vencer, o jogo final dos rubro-negros, contra o Figueirense, que figurava como cumprimento de tabela, torna-se uma decisão. Considerando o pior lado – afinal, caso se garanta por antecipação, pouco importará o desempenho na 38ª rodada -, voltemos ao futebol praticado no Independência. Lá, esperava-se um Sport disposto a se impor diante do mandante, já fragilizado. O gol marcado logo aos 11 minutos, com Renê roubando a bola e servindo Rodney Wallace (quase sem ângulo na finalização), foi um disfarce. Afinal, o Coelho já mandara uma no travessão e àquela altura o time pernambucano estava longe de ser soberano. Mas ficou em vantagem e teve o momento favorável para definir logo. Não o fez, seguindo num ritmo muito abaixo para quem ainda briga contra o descenso. No meio-campo, Ronaldo seguiu burocrático e, pior, Rithely foi muito mal (e ele é um termômetro do time)
Atuando com quatro laterais (dois tradicionais e dois pontas), o time também poderia ter usado mais as descidas rápidas, aproveitando o espaço do América, que teria que se expor. Não usou bem a formação. No segundo tempo, tomou a virada em vinte minutos. O Sport só ganhou sobrevida após a expulsão de Makton, aos 23 minutos. Aos 34, empatou com Ronaldo Alves, adiantado no momento do cruzamento de Diego Souza. E a partir daí, com o 2 x 2, não teve mais jogo. O alviverde, inflado ou não por uma mala branca, fez tudo para segurar o resultado, mostrando uma instigação de fazer inveja à torcida leonina presente, que esperava o mesmo do seu time. E que, caso o domingo não ajude, irá cobrar dentro de uma semana, numa decisão não programada…
Dois jogos seguidos jogando muito mal, contra Cruzeiro e Atlético-PR. Duas derrotas e nenhum gol marcado. A situação tranquila, estabelecida após a goleada sobre o Grêmio, já não se faz presente. No gramado sintético da Arena da Baixada, o Sport cochilou no primeiro tempo, com 2 x 0 se mantendo na volta do intervalo, apesar do lampejo de reação. Na partida contra o Furacão, atual 5º colocado, com um pé na Libertadores, o time pernambucano iniciou numa apatia sem sentido. Errando muitos passes e sem uma recomposição eficaz.
Ligado, diante de um ótimo público, o melhor mandante desta Série A (87%!) invadiu a área pelas laterais. Sem cobertura, Samuel Xavier e Renê foram ultrapassados várias vezes. O primeiro gol saiu com 22 minutos, num cruzamento da esquerda, com André Lima completando. Magrão até espalmou, mas a bota bateu no atacante e entrou. Depois, com o visitante ainda sem levar perigo à meta de Wéverton, o Atlético ampliou num pênalti cobrado por Thiago Heleno, aos 34. Após jogada pela direita, o Atlético exigiu outra grande defesa de Magrão, com a zaga dormindo e Ronaldo cortando o rebote com o braço.
Sobre o ataque, vale “destacar” Everton Felipe, o pior em campo (já vinha mal), e Rogério, fora do tom na área. Já Diego Souza, infiltrado na marcação, pouco produziu. Na retomada, Daniel Paulista voltou a insistir em Túlio de Mello. Como na Ilha, o grandalhão foi nulo. Quase não toca na bola com os pés e de cabeça não ganhou uma. Que o técnico pense em outros nomes num próximo momento de dificuldade. Até porque nas rodadas finais, obrigado a vencer um jogo, o Leão enfrentará os rebaixados América (fora) e Figueirense (casa). Se tecnicamente não renderam, financeiramente devem chegar motivados por malas brancas de Porto Alegre e Salvador. Ao Sport, será preciso voltar a se impor, com a bola no chão, como no seus melhores (mas, infelizmente, poucos) momentos.
O jogo contra o Cruzeiro poderia ter sido o da permanência para o Sport, que chegaria a 46 pontos em caso de vitória. Aliviaria 2016. Assim, animados pela goleada em Porto Alegre, os leoninos esgotaram os ingressos com bastante antecedência. Mais de 25 mil torcedores, no segundo maior público do clube no Brasileirão. Entretanto, esse público saiu da Ilha do Retiro bastante frustrado. Pela derrota, 1 x 0, e pelo péssimo futebol apresentado, sobretudo no segundo tempo, lembrando a capenga equipe dirigida por Falcão.
Possivelmente pelo abalo psicológico causado no fim da primeira etapa. Do 1 x 0 ou 0 x 1 em menos de dois minutos. Aos 41, pênalti em Diego Souza. Artilheiro do campeonato, o meia partiu pra cobrança, no seu estilo característico, e acertou o travessão, com a bola quicando rente à linha. Enquanto o camisa 87 se mantinha perplexo (e era um dos melhores até ali), o lance seguiu, com o contragolpe celeste, resultando em mais um escanteio cedido por Matheus Ferraz, mesmo sem ser tão acossado. Após a cobrança, Henrique pegou a sobra e acertou o cantinho, no único espaço entre três rubro-negros.
Na volta do intervalo, o time mineiro obedeceu bem as ordens de Mano, com quase todos os azuis atrás da linha da bola. Uma barreira que o Sport não conseguiu furar em momento algum – no máximo, com Rogério em chutes rasteiros. Com a atuação piorando e a torcida já inquieta, Daniel Paulista mexeu. Lenis e Túlio de Mello. O colombiano ciscou pela esquerda, mas pouco produziu. O segundo, brigando pelo alto, fez menos ainda. Lembraram um Sport que parecia já distante. Porém, o revés, deixando o temor, mostra que o grupo segue com limitações. E nem sempre será possível depender de DS87…
Demorou 46 anos, mas finalmente o Sport venceu o Grêmio em Porto Alegre em um jogo oficial. Até hoje, eram 18 derrotas e 4 empates, incluindo o revés na final da Copa do Brasil de 1989. Algoz de longa data. Mas o primeiro triunfo, que deixou o rubro-negro a um triz da permanência no Brasileirão, foi categórico, 3 x 0. O placar tem nome: Diego Souza. Além de ditar o ritmo do jogo, o meia balançou as duas redes da arena gaúcha.
No último lance do primeiro tempo, ele marcou um golaço, batendo de fora da área – após quatro chutes sem direção dos companheiros. O lance foi aplaudido até pela torcida tricolor (pela pintura ou por complicar ainda mais o Inter?). A vantagem era a tranquilidade que o time pernambucano precisava para apurar os contragolpes na volta do intervalo. E logo na retomada praticamente matou o jogo, com Ruiz (muito bem) arrancando pela direita e cruzando para Rogério bater de prima. Outro golaço. A partir dali, o mandante, com uma formação mista, tentou diminuir de forma afobada, com a zaga leonina ligadíssima (apesar de algumas espanadas de Matheus Ferraz). Vale frisar que o próprio Sport jogou desfalcado de quatro peças, incluindo Rithely (neste ano, não havia vencido os noves jogos anteriores sem o camisa 21).
O jogo seguiu com muita aplicação e obediência tática do Sport, recuando quando preciso e trabalhando a bola. Durante a transmissão do Premiere foi possível ouvir a orientação de Daniel Paulista na beira do campo. O resultado, que abria cinco pontos em relação ao Z4, já era ótimo, mas Diego Souza parecia querer mais. Num contra-ataque, livre, tocou por cima de Grohe, mas a bola, caprichosamente, bateu na trave. No finzinho, após longa troca de passes (103!), DS recebeu livre e completou. Chegou a 13 gols na competição, assumindo a artilharia ao lado de Fred. Lembrando que DS87 é meia. Eis um indício claro de sua importância para essa recuperação do Sport, com direito a vitórias improváveis.
O Sport fez um ótimo primeiro tempo contra o Santos, um adversário qualificado, no G4 e com três vitórias seguidas até então. Forçando bastante, marcou na terceira tentativa de Rogério em dez minutos, e ainda teve três chances incríveis em cruzamentos rasteiros, duas com Gabriel Xavier e uma com Everton Felipe. Não ampliou, viu o adversário paulista chegar com perigo e no segundo tempo tomou um sufoco danado, suportando. A vitória por 1 x 0, “trocando” com o revés diante do Coxa, há uma semana, acalma o ambiente na Ilha do Retiro, com seguidas mudanças no time titular. Estamos no fim de setembro e o técnico Oswaldo de Oliveira ainda busca a formação ideal.
Mesmo sem Ricardo Oliveira, o Peixe envolveu o dono da casa, com Lucas Lima (sobretudo) e Copete criando bastante e exigindo boas defesas de Magrão. Mas vale destacar que o início desta pressão, na etapa complementar, surgiu numa jogada errada do Sport, com Everton Felipe tentando um passe de letra no campo defensivo. O adversário pegou a bola e segundos depois já estava na cara do gol. No rebote, numa bomba, a bola bateu no braço de Ronaldo Alves. Reclamação justa de pênalti, não assinalado. E o jogo continuou favorável ao Santos, com Rithely e Paulo Roberto (acionado no lugar de Neto Moura, após a mudança de intensidade) se desdobrando para desarmar. Enquanto isso, o Leão não conseguia encaixar contragolpes. Diego Souza, marcado, encontrava dificuldade para prender a bola, especialidade sua.
O sinal de vitória só começou a aparecer numa bobeira de Elano. O experiente meia de 35 anos conseguiu ser expulso com dois amarelos por reclamação em dez segundos. Com um a mais nos quinze minutos finais, o Sport passou a ter um pouco mais de posse, mas o nervosismo pelo resultado atrapalhou, com o alvinegro indo com tudo. Nos acréscimos, numa trama enfim bem articulada, DS87 conseguiu finalizar com perigo. Acredite, o contra-ataque desta jogada quase acabou em empate, expondo a dificuldade do jogo. Mas deu Sport, que voltou a terminar um jogo sem sofrer gols, sendo apenas a 5ª vez em 27 apresentações. Nada mais justo para Magrão, com a camisa 600 nas costas.
Imagine um jogador presente durante 10% na vida de um clube de 111 anos. Quase sempre como titular, como ídolo, como símbolo. A história de Magrão já se confunde com a do Sport, com cada nova marca reafirmando o status. Contra o Santos, o goleiro chegou a 600 partidas vestindo a camisa rubro-negra. Além do número redondo, já um recorde na Ilha, Alessandro Beti Rosa tornou-se o atleta com mais jogos em um clube nordestino. Superou Givanildo Oliveira, que marcou época no Santa da década de 1970, chegando à Seleção.
No Leão, o goleiro sempre soube conviver com a concorrência, cruel em sua posição. O carisma manteve intacta a idolatria, mesmo em momentos adversos, naturais em uma passagem superior a uma década. Obviamente, para passar tanto tempo embaixo da trave com dez leoninos à frente, Magrão fez por onde, com bastante reflexo, elasticidade, saídas apuradas, 24 pênaltis defendidos e muitas taças, oito ao todo. Uma delas a da Copa do Brasil.
Lembrando que o goleiro tem contrato com o rubro-negro até o fim de 2017, onde deve encerrar a carreira, aos 40 anos e ainda mais recordista…
As marcas históricas de Magrão no Sport 1º jogo (25/05/2005) – Sport 1 x 0 Guarani, Série B (Ilha do Retiro) 100º jogo (12/01/2008) – Sport 4 x 0 Salgueiro, Estadual (Ilha do Retiro) 200º jogo (07/06/2009) – Sport 4 x 2 Flamengo, Série A (Ilha do Retiro) 300º jogo (20/01/2011) – Sport 1 x 0 Ypiranga, Estadual (Ilha do Retiro) 400º jogo (30/08/2012) – Flamengo 1 x 1 Sport, Série A (Raulino de Oliveira) 500º jogo (21/05/2014) – Cruzeiro 2 x 0 Sport, Série A (Mineirão) 600º jogo (24/09/2016) – Sport 1 x 0 Santos, Série A (Ilha do Retiro)
Os jogadores com mais partidas nos maiores clubes do Nordeste* 600 jogos – Sport (Magrão, goleiro 2005-2016) 599 jogos – Santa Cruz (Givanildo Oliveira, volante 1969-1979) 589 jogos – Ceará (Edmar, volante 1971-1980) 492 jogos – ABC (Jorginho, atacante 1946-1965) 476 jogos – América-RN (Ivan Silva, lateral-direito 1973-1983) 448 jogos – Bahia (Baiaco, volante 1967-1980) 402 jogos – Fortaleza (Dude, volante 1998-2008) 387 jogos – Sampaio Corrêa (Rodrigo Ramos, goleiro 2009-2016)
386 jogos – Náutico (Kuki, atacante 2001-2010) 323 jogos – Vitória (Flávio Tanajura, zagueiro 1994-2000) * Lista atualizada até 24/09/2016
** O zagueiro Miguel Rosas atuou no CRB de 1943 a 1963, sem dados oficiais
O goleiro Magrão completa contra o Santos, na Ilha do Retiro, o seu 600º jogo vestindo a camisa rubro-negra, recorde do Sport, recorde no Nordeste. Iniciando a celebração do feito alcançado pelo ídolo, no clube desde 2005, o departamento de comunicação lançou um vídeo promocional de 30 segundos.
O vídeo “600 vezes Magrão” compila lances como a saída precisa no chute de Acosta, nos minutos finais da decisão da Copa do Brasil, a defesa no ângulo, que garantiu a vitória sobre o Colo Colo no Chile, e pênaltis defendidos, incluindo o de Rogério Ceni e os da Copa Sul-Americana contra o Náutico…
Foi um desfecho além do imaginável para o centenário do Clássico das Multidões. O oitavo e último confronto em 2016, ao vivo na tevê para todo o estado, foi, sem dúvida alguma, o jogo mais eletrizante. Sete gols somente no segundo tempo, sendo cinco dos rubro-negros, reviravoltas até o fim, empenho absoluto em campo, tristeza e comemoração de um lado, comemoração e tristeza do outro. O Sport fez 5 x 3 no Santa Cruz, somando seis pontos em cima do rival no Campeonato Brasileiro, num lá e lô que dá fôlego na briga contra o descenso. Naturalmente, empurrou o tricolor ainda mais para o buraco.
Para falar sobre o jogo, o primeiro tempo pode ser resumido na velocidade de Keno para definir as jogadas, abrindo o placar com seis minutos, e na atuação de Tiago Cardoso, praxe contra os leoninos, com três defesas incríveis. Nos descontos, num rebote do goleiro na pequena área, Durval conseguiu chutar por cima, passando aquela sensação de que seria mais uma tarde com festa na geral do placar. O cenário já era propício ao Santa e João Paulo, na volta do intervalo, acertou um chutaço, deixando uma possível reação estática. Por isso, talvez o gol mais importante do Leão tenha sido o primeiro, logo na sequência, trazendo estímulo à torcida e ao próprio time, visivelmente abatido pelo placar.
A partir dali, o Sport passou a jogar pelos lados, finalmente encontrando espaço. Os gringos, Rodney (esquerda) e Ruiz (direita) levaram vantagem, com a mobilidade do colombiano bem superior à peça anterior, Edmílson. Nem Léo Moura nem Allan Vieira deram conta das tabelas, com a bola passeando na área coral. Com Diego Souza sendo mais recuado (começou como atacante, numa função onde não rende), a bola aérea tornou-se um perigo. Após muita luta, o primeiro empate veio aos 24 minutos, com a pressão silenciada 120 segundos depois, com Bruno Moraes ensaiando mais uma atuação decisiva. O terceiro gol coral foi gerado numa sucessão de falhas, com a saída de Matheus Ferraz e com Magrão pregado na pequena área, deixando o general concluir.
Novamente em desvantagem, o Sport seguiria investindo nos cruzamentos, e Tiago Cardoso, quem diria, passaria longe da performance inicial. De cabeça, Ruiz marcou o seu primeiro gol na Ilha. Nova igualdade e confusão, com Diego Souza e Derley expulsos. Neste clima quente, quem perderia mais? Com o volume de jogo do Sport, ambos. Porém, o buraco deixado pelo volante foi maior que a participação de DS87, com outros nomes sobressaindo, Vinícius Araújo e Everton Felipe, acionados. Aos 44 e aos 46 minutos, ambos marcaram, em uma das maiores vitórias do Sport nos últimos tempos. Ao torcedor, cuja rivalidade pesa demais, não há como negar. Nem ao vencedor nem ao derrotado. E poderia ficar melhor para o Sport? Poderia e ficou. Com a conquista do Troféu Givanildo Oliveira, a simbólica disputa das multidões, numa legítima final.
Um bom primeiro tempo do Sport, em branco, se transformou em goleada do Corinthians em apenas 16 minutos na segunda etapa. A Série A não perdoa oportunidades desperdiçadas, não perdoa desatenção. Ainda que o jogo na arena paulista fosse dos mais difíceis, os leoninos foram para o intervalo conscientes do bom papel até então. Exceção feita a Everton Felipe e Gabriel Xavier, o restante do time esteve muito bem, marcando a saída de jogo e tocando bem a bola, com Diego Souza sendo o melhor campo. Infelizmente, coube ao próprio DS87 perder a maior chance do time – e olhe que foram dez finalizações. Com a zaga alvinegra atrapalhada, pedindo impedimento (que não houve), Samuel Xavier cruzou e o meia, livre, cabeceou em cima de Cássio. Se não fez, ao menos também não passou sustos no primeiro tempo.
Na retomada, o Timão veio com uma mudança , o atacante Gustavo (recém-contratado, com 11 gols na Série B). A sua presença mudou o posicionamento à frente e o sistema defensivo do Sport não acompanhou. Não mesmo. Cirúrgico, o Corinthians fez duas jogadas pelo lado esquerdo da área leonina, com o ex-rubro-negro Marlone limpando com tranquilidade e cruzando para Rodriguinho e Léo Príncipe. Em ambos os lances havia mais rubro-negros que corintianos na área. Em ambos, buracos, com os paulistas concluindo sem sombra. Em oito minutos, 2 x 0 e o Sport já entregue. Psicologicamente seria mesmo difícil reagir após a luta no primeiro tempo e o baque num recorte tão curto.
No G4 e buscando reduzir a diferença para o líder (e rival) Palmeiras, o Corinthians continuou o seu jogo cadenciado e com um aproveitamento impressionante nas finalizações. Em uma cobrança de escanteio, o zagueiro Vílson acertou uma cabeçada daquelas, 3 x 0. Suspenso, Oswaldo não esteve na área técnica, mas as mudanças (ainda que prévias) passaram por seu crivo, naturalmente. Por isso, com o jogo já perdido foi difícil compreender a entrada de Rogério, voltando de lesão. No fim, até Edmílson ganhou chance. Claro, alimentou a sua cota de gols perdidos. Pois é, a volta de São Paulo com uma derrota seria até compreensível (fator casa – com o Corinthians invicto -, momento e elenco), mas a forma como o jogo se desenrolou (tática e tecnicamente) abala um time há cinco jogos sem vitória, entre Brasileiro e Sula. E agora com um clássico pela frente, com o Z4 por um triz…