O Sport empatou o terceiro jogo seguido como mandante, todos com o mesmo placar. Desta vez, ficou em desvantagem com três minutos, melhorando no segundo tempo, sobretudo após a saída de Wesley – na coletiva, Luxemburgo admitiu que a vaia excessiva ao meia foi um dos motivos, embora não tenha concordado com a crítica. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (DS jogou bem? E a falha de Magrão?), além da situação na classificação. Estou neste debate com os jornalistas Lucas Fitipaldi e Rafael Brasileiro. Ouça!
Ao empatar com o Santos, em 1 x 1, o Sport alimentou uma estatística incômoda neste Campeonato Brasileiro. Já são sete partidas seguidas sem vencer como mandante, justamente num cenário historicamente favorável ao leão. Nesta sequência atual de participações, iniciada em 2014, o time venceu ao menos dez jogos em casa, Ilha ou Arena. Em 2017, soma apenas cinco resultados positivos, restando quatro jogos. Ou seja, ainda que vença tudo a partir de agora, terminará com o pior desempenho no recorte.
Tentar, o time vem tentando. Embora tenha repetido o placar contra Vasco, Atlético-MG e Santos, foram três jogos em que, na maior parte do tempo, o Sport foi melhor. Contra o peixe, diria até que foi bem incisivo. Tanto que passou da conta, pois tomar dois contragolpes no mano a mano em apenas três minutos é inacreditável. Foram duas finalizações de Ricardo Oliveira, com Magrão salvando na primeira e falhando na segunda. Já seria um compromisso difícil, imagine “largando dos boxes”. E o Sport buscou a bola aérea como solução. Nada menos que 65 cruzamentos. Dado elevadíssimo e pouco eficiente, com apenas 12 acertos (18%), segundo o Footstats.
Organização mesmo, só teve alguma após o intervalo, com a entrada de Juninho no lugar de Wesley (mal outra vez) e Samuel Xavier no de Prata. De cara, Luxa recuou Diego Souza para o meio, onde sempre rende mais – e foi o seu terceiro jogo seguido mostrando bom futebol -, e também puxou Patrick para o setor, embora tivesse continuado com liberdade para atacar.
Esse Sport, mesmo com a posse de bola equilibrada, jogou bastante no campo ofensivo, com o scout de finalizações, entre certas e erradas, apontando 26 x 8. Além da ótima performance de Vanderlei, foram vários desperdícios, alguns com Juninho. Ele foi bem na função de quebrar a linha de defesa adversária, mas concluiu mal, como ocorrera no domingo. Como se tratava de um adversário qualificado, a imposição leonina, recompensada com um gol de Rogério aos 38/2T, quase ruiu nos contragolpes cedidos, com direito a uma chance incrível de Kayke. Ficou o pontinho, grão em grão…
O jejum de vitórias do rubro-negro como mandante na Série A 23/07 (16ª) – Sport 0 x 2 Palmeiras (Arena Pernambuco) 02/08 (18ª) – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 13/08 (20ª) – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 10/09 (23ª) – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 25/09 (25ª) – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro) 15/10 (28ª) – Sport 1 x 1 Atlético-MG (Ilha do Retiro) 19/10 (29ª) – Sport 1 x 1 Santos (Ilha do Retiro)
7 jogos; 5 empates e 2 derrotas, 5 GP e 8 GC; -3 SG
O Sport empatou com o Galo com basicamente o mesmo time que venceu o Vitória. Para isso Luxa acionou Juninho no lugar de André. O time rendeu. Durante a partida, fez três mudanças, mas aí sem tanto resultado – sofrendo até mais perigo depois. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou o jogo nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais. Estou neste debate com os jornalistas Fred Figueiroa e Lucas Fitipaldi. Ouça!
Foi um jogo de muita luta, com os dois times buscando a afirmação. Após nove rodadas de jejum, o Sport tentava engatar a segunda vitória seguida. Para isso, Vanderlei Luxemburgo manteve a estrutura tática do time visto em Salvador, com Juninho no lugar do suspenso André – a escalação do jovem atacante, envolvido num inquérito policial, dividiu a torcida. Com o apoio na Ilha do Retiro, após o chamado atendido, com 20 mil espectadores, o leão conseguiu impor um ritmo veloz no primeiro tempo de um jogo equilibrado.
Atuando na ponta esquerda, o volante Patrick foi um dos melhores em campo, sendo o responsável pelo gol com apenas 9 minutos, após bela assistência de Diego Souza. Vantagem que manteve o time à frente, desperdiçando chances. Lá atrás, o encaixe dos laterais na recomposição não foi dos melhores, com Raul Prata irregular durante toda a partida e Mena driblado facilmente no gol de empate do Galo – com Fred concluindo de cabeça. Porém, é justo destacar que a equipe errou na saída de bola, numa desatenção que ocorreria outras vezes até o apito final, como visitante levando perigo nos contragolpes.
No segundo tempo, Juninho perdeu três ótimas oportunidades em sequência, tendo como mérito apenas a presença de área. Como também não participou muito coletivamente, acabou substituído, junto a Osvaldo. Numa troca dupla, aos 20, entraram Rogério e Thomás. O primeiro não conseguiu espaço para arremates, a sua principal caraterística. Já o segundo não produziu nada com a bola e foi ainda pior sem ela, sem cumprir a função no meio, fazendo DS87 – já como centroavante – recuar novamente para armar o time.
Com os volantes atuando muito bem, Anselmo (ladrão de bolas), Patrick (polivalente) e Rithely (até acabar o gás), o Sport foi competitivo, merecendo os aplausos da torcida. Contudo, ampliando a análise, o empate em 1 x 1 ampliou o jejum como mandante no Brasileirão. Não vence em casa desde 20 de julho! E no geral, tem apenas uma vitória nas últimas onze rodadas….
O jejum de vitórias do rubro-negro como mandante na Série A
23/07 (16ª) – Sport 0 x 2 Palmeiras (Arena Pernambuco) 02/08 (18ª) – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 13/08 (20ª) – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 10/09 (23ª) – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 25/09 (25ª) – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro) 15/10 (28ª) – Sport 1 x 1 Atlético-MG (Ilha do Retiro)
6 jogos; 4 empates e 2 derrotas, 4 GP e 7 GC; -3 SG
O Sport não vencia o Vitória no Barradão desde 1995. Eram 22 anos de jejum, tendo como exceção um triunfo pernambucano em Feira de Santana, na Série A de 2014. De forma, o tabu acabou, inclusive neste Brasileirão, cuja sequência negativa chegava a nove rodadas. Numa gravação exclusiva, o 45 minutos comentou a apresentação nas questões técnica e tática, se estendendo às análises individuais (Diego Souza como maior destaque?). Terminando, claro, com a situação na tabela. Estou neste debate. Ouça!
Eram 9 rodadas sem vitória na Série A, num jejum que derrubou o Sport da zona da Libertadores à zona de rebaixamento. Futebol e confiança abaixo, com foco em Diego Souza, cuja qualidade técnica molda o leão, positiva ou negativamente. Jogando mal e irascível, o meia acabou sofrendo a pressão que cabe a um atleta de sua categoria. Cabia ao próprio sair dessa, pois bola tem. E em Salvador, fez por onde, sendo o nome da vitória. Curiosamente, a última também havia sido na capital baiana, no 3 x 1 sobre o Bahia em 30 de julho. Em outro clássico nordestino, mas contra o Vitória, DS87 fez gol e deu assistência, tirando o time do Z4. Contando com uma rodada camarada, voltou à zona da Sula – a princípio, um objetivo mais modesto que o de outrora.
No Barradão, no duelo entre os rubro-negros, o pernambucano teve mais posse de bola no primeiro tempo. E não foi um falso domínio, pois o time rodou bastante, procurando o ataque. Em duas oportunidades o bom goleiro Caique apareceu muito bem, primeiro num chute cruzado de Diego, de canhota, e depois numa cabeçada de André, após boa trama com Wesley e Patrick. Tendo paciência, o visitante conseguiu abrir o placar aos 45 minutos, numa cobrança de falta. Diego Souza mandou no ângulo, golaço. Assim, tornou-se o maior goleador do Sport no Brasileirão, chegando a 34 gols.
Embora tenha arrancado triunfos de peso atuando como visitante, sobre Corinthians, Flamengo, Botafogo e Atlético Mineiro, tendo o segundo melhor rendimento neste contexto, o Vitória deve bastante em casa. Tem apenas dois resultados positivos em 14 partidas, sendo o pior mandante. Daí a pressão por mudanças na equipe. Aos 15/2T, Mancini promoveu a entrada de André Lima (centroavante) e Patric (ala), lançando o time ao ataque. No mesmo instante, Luxemburgo tirou Wesley (atuação ok) e Osvaldo (destoou), colocando Rodrigo e Lenis, reforçando a marcação e o poder de contragolpes.
E na primeira bola recuperada o Sport conseguiu ser fatal, com André limpando a jogada no meio-campo e tocando para DS, livre. O camisa 87 avançou e, na saída do goleiro, rolou para Lenis, com o colombiano empurrando para o gol vazio. No feriado, o Sport enfim se apresentou para o jogo. O resultado só não foi efetivamente tranquilo porque o rival diminuiu aos 38, com o também colombiano Trellez, numa sobra. Sufoco até os descontos, mas com a vitória assegurada, 2 x 1. Faz tempo… Precisamente, 74 dias.
Vitória x Sport na Bahia pelo Brasileirão (11 jogos)
6 vitórias do Leão da Barra
2 empates
3 vitórias do Leão da Ilha (1995, 2014 e 2017)
O Sport manteve o péssimo desempenho como visitante diante do São Paulo. Jamais venceu lá, tendo alcançado no máximo um empate, em 2016. Desta vez, o jogo foi até parelho, devido à péssima apresentação do tricolor paulista. Só que o leão não aproveitou. O 45 minutos analisou a derrota, que ampliou o jejum rubro-negro na Série A para 9 jogos, opinando sobre o desempenho coletivo, as escolhas de Luxa e os rendimentos individuais. Ouça!
São Paulo x Sport em SP, pelo Brasileiro (19 jogos) 18 vitórias do Tricolor 1 empate
Era um confronto de dois times desesperados na briga contra o rebaixamento. O São Paulo, que jamais caiu, não consegue se encontrar em campo, engatando jogos ruins, mesmo com a chegada de Hernanes, que voltou bem ao futebol brasileiro. Já o Sport é um time que se perdeu na competição, com um crescente jejum de vitórias e erros de Luxemburgo, cuja grife não esconde escolhas tão controversas no time. No Morumbi, com 43 mil torcedores, mantendo a ótima média de assistência do tricolor paulista, a partida foi bem fraca. Diria até que o mandante foi bem pior. Marcou mal e atacou mal.
No segundo tempo, talvez consciente da má apresentação, deu a bola ao Sport, que chegou a 70% de posse na reta final. Acertou na escolha, pois deu a bola a uma equipe que não consegue produzir nada de forma efetiva. O jogo do Sport é extremamente lento, passando por Wesley, cuja titularidade é injustificável. Na recomposição, deixou buracos. Na armação, viu os companheiros perdendo a paciência, com Rithely subindo e André voltando. Só assim a bola parecia seguir à frente, até a meta de Sidão.
É verdade que o Sport até começou bem, pressionando a saída de bola do São Paulo. E ainda acertou o travessão, com Anselmo batendo de fora da área. Essa imposição não durou muito. Primeiro pela questão física. Segundo porque psicologicamente o time se perde ao tomar um golpe, como foi o gol do domingo, com a zaga batendo cabeça. Aos 35/1T, num cruzamento sem tanto perigo, Henríquez cortou mal de cabeça, acertando Ronaldo Alves. A bola sobrou limpa para Marcos Guilherme marcar, 1 x 0.
Durante o jogo, Luxa fez três mudanças. Sander por Osvaldo, tentativa válida. Anselmo por Thallyson, incompreensível, uma vez que o volante era o melhor do time. Rogério por Thomás, a aposta perdida. Da torcida, pois a última troca manteve Wesley em campo. Desde a sua estreia, já foram cinco partidas. Enquanto esteve em campo, o leão não marcou um gol sequer – contra o Vasco, já havia sido substituído. No abafa, indo até os 50, o visitante ainda teve duas chances, em cabeçadas de Thomás e Henríquez, com o goleiro Sidão defendendo. Mais uma derrota na conta, a sexta no jejum de nove jogos. Dois meses sem vencer? A proximidade do Z4 não é acaso.
O jejum de vitórias do rubro-negro na Série A
02/08 – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 05/08 – Sport 1 x 3 Corinthians (Arena Corinthians, SP) 13/08 – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 20/08 – Sport 0 x 2 Cruzeiro (Mineirão, MG) 02/09 – Sport 0 x 5 Grêmio (Arena do Grêmio, RS) 10/09 – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 17/09 – Sport 0 x 2 Flamengo (Luso Brasileiro, RJ) 25/09 – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro) 01/10 – Sport 0 x 1 São Paulo (Morumbi, SP)
9 jogos; 3 empates e 6 derrotas, 4 GP e 17 GC; -13 SG
O Sport dominou o Vasco nos vinte primeiros minutos. Com a marcação adiantada, forçava o erro de um time que erra bastante. Era um jogo com intensidade e movimentação, incluindo Diego Souza, que enfim organizava a equipe, buscando a bola no círculo central. Assim, no embalo de 17 mil torcedores na Ilha, o time foi criando oportunidades, desperdiçadas por André, no detalhe. Até o lance realmente capital na noite. E não se trata da confusão aos 24 do segundo tempo. Na ocasião, Sandro Meira Ricci assinalou um pênalti a favor do leão, indicando mão na bola. Avisado por um auxiliar a mais de 50 metros, voltou atrás após alguns minutos. Embora discutível, mesmo propenso à interpretação de bola na mão, a interferência externa parece difícil de negar – semelhante a um Fla-Flu em 2016 com o mesmo juiz.
Esse lance fomenta uma discussão nacional sobre a arbitragem. Porém, para a partida entre Sport e Vasco, o estrago já estava feito havia tempo, com a expulsão de DS87 com vinte minutos. No lance, o meia puxava um contragolpe, sendo puxado por Wellington em sequência, com o Ricci vendo ‘vantagem’ em vez de assinalar logo a falta. Quando marcou, amarelou o vascaíno e o próprio Diego, por reclamação. Indignado – e aí, ele teve culpa pela falta de controle -, seguiu reclamando e foi expulso pelo árbitro, ex-FPF. Num lance favorável ao rubro-negro, o time acabou com um a menos. Pois é.
Ainda assim, no 10 x 11 por mais de 70 minutos, o Sport seguiu melhor em campo. Claro, ficou mais exposto. No primeiro tempo, bastou ao Vasco uma chegada, num lançamento em cima de Mena, com Nenê concluindo um cruzamento rasteiro. Até então, Magrão era um mero espectador. Na etapa final, o time pernambucano voltou a melhorar após a entrada de Oswaldo no lugar de Wesley, dando dinâmica à ponta direita, agora com infiltração.
Também entrou o volante Thallyson, desta vez efetivo. Ocupou a vaga de Anselmo, que foi bem, mas cansou. Diante de um adversário que pouco produzia, o time de Luxa foi todo superação, sendo premiado com um gol de André, o 10º na Série A e o 21º na temporada. O empate em 1 x 1 quebrou a série de derrotas, quatro seguidas, mas mantém o jejum de vitórias, agora de oito jogos. Valeu pela raça, pois na classificação o leão segue a perigo…
O jejum de vitórias do rubro-negro na Série A
02/08 – Sport 2 x 2 Fluminense (Ilha do Retiro) 05/08 – Sport 1 x 3 Corinthians (Arena Corinthians, SP) 13/08 – Sport 0 x 0 Ponte Preta (Ilha do Retiro) 20/08 – Sport 0 x 2 Cruzeiro (Mineirão, BH) 02/09 – Sport 0 x 5 Grêmio (Arena do Grêmio) 10/09 – Sport 0 x 1 Avaí (Ilha do Retiro) 17/09 – Sport 0 x 2 Flamengo (Luso Brasileiro, Rio) 25/09 – Sport 1 x 1 Vasco (Ilha do Retiro)
8 jogos; 3 empates e 5 derrotas, 4 GP e 16 GC; -12 SG
Após fazer 3 x 1 na Ilha do Retiro, jogando um bom futebol, o Sport voltou a mostrar apatia como visitante, perdendo em Campinas por 1 x 0. Nos 180 minutos, o leão se classificou diante da Ponte, chegando às quartas de final da Sul-Americana. Apesar da vaga, não escapou das críticas, com o sistema defensivo desorganizado e o ataque sem criatividade, sem apetite. O 45 minutos analisou o jogo, os desempenhos individuais e o coletivo, e já projetou o próximo confronto na copa internacional, contra o Junior de Barranquilla.