O Santa chegou a descer para o vestiário, no intervalo, classificado às oitavas da Copa do Brasil. O empate sem gols com o Vasco era o suficiente, construído por uma formação mista, como já havia ocorrido no Rio. Ainda que o meia João Paulo tenha sido acionado no segundo tempo, dando a impressão de um fortalecimento técnico, o time carioca foi mais obstinado, ficando sempre em vantagem, com Andrezinho, Pikachu e Jorge Henrique. Fez 3 x 2 no Mundão. O resultado encerrou a participação coral no mata-mata nacional, mas, por outro lado, confirmou a presença do clube na Copa Sul-Americana de 2016.
Trata-se de uma inédita participação internacional, desejada há tempos e prevista no plano de metas do presidente Alírio Moraes para 2017. Antecipou em um ano. Com a pré-vaga desde o também inédito título nordestino, o clube precisava escolher, devido à injustificável regra da CBF, entre Copa do Brasil e Sula. Ainda que a decisão não tenha sido tomada claramente, ao poupar seis titulares contra os cruz-maltinos – visando o importante jogo contra o Coritiba, pela Série A -, o tricolor pavimentou a ida ao torneio organizado pela Conmebol.
Claro, os 14 mil torcedores que foram ao estádio têm o direito de lamentar o revés. Porém, baixando a poeira e analisando de forma racional, a nova vaga merece ser comemorada, pois representa mais um passo na paulatina reconstrução do Santa. Se deixou de ganhar R$ 840 mil pela classificação nacional, assegurou R$ 988 mil pela participação internacional, onde o Santa terá de cara o Clássico das Multidões, sem direito à escalações alternativas.