A primeira Taça Ariano Suassuna fica na Ilha

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: Marlon Costa/FPF

A pioneira edição da Taça Ariano Suassuna foi conquistada pelo Sport. Num jogo duro, como não poderia deixar de ser, considerando o aguerrido adversário uruguaio, o Leão venceu por 2 x 1, em sua estreia em 2015. O Nacional, atual campeão nacional, vinha de quatro vitórias em sua pré-temporada, mas acabou superado na Arena Pernambuco, com 22.356 espectadores, um bom público.

No amistoso internacional, com inúmeras modificações, só se viu futebol no primeiro tempo. No 4-1-4-1, o Leão impôs um ritmo veloz, apesar da natural falta de ritmo. Substituindo Diego Souza, Régis mostrou valor. Só depende de sua condição física. Rápido e habilidoso, procurou tabelas e enfiadas de bola.

Antes de Régis se destacar, o Leão abriu o placar com o centroavante Samuel, concorrente de Joelinton. Aproveitando a ausência da revelação leonina – que só entrou no finzinho -, o estreante mandou para as redes. Depois, o lance mais bonito, numa tabela entre Régis e Elber, terminando com o gol de Danilo, atento.

O time ainda teve a mais chance, com Alex Silva, postulante à vaga deixada por Patric. A zaga uruguaia tirou em cima da linha. Do outro lado, Durval não teve a mesma sorte, cortando para as próprias redes, deixando o jogo “vivo”.

Tanto que na etapa final o árbitro Nielson Nogueira teve trabalho para controlar os ânimos, com muitas faltas. Além dos amarelos, houve um cartão vermelho, para o experiente centroavante dos visitantes, Iván Alonso, de 35 anos. No fim, foi preciso jogar na base do “copeirismo”. De fato, valia taça.

Taça Ariano Suassuna 2015, Sport 2x1 Nacional. Foto: Marlon Costa/FPF

Patch nas camisas da Copa, Champions, Libertadores e até Taça Ariano Suassuna

Camisas da Taça Ariano Suassuna 2015, Sport x Nacional. Imagem: sportrecife/twitter

Ao organizar a Taça Ariano Suassuna, o Sport tentou mudar a imagem de simples “amistoso internacional” para um torneio de pré-temporada do clube.

Primeiro, anunciou a regularidade da disputa, anual. Para valorizar a imagem de seu projeto, foi criado um logotipo oficial e até um troféu exclusivo, com elementos da obra do escritor, torcedor do clube. Mas não ficou só nisso.

O Leão também incorporou uma ação relativamente nova, que é a marca do torneio na própria camisa, numa espécie de selo chamado “patch”. Já se faz presente na Copa do Mundo, na Liga dos Campeões e na Libertadores, para citar as mais importantes. Para isso, contou com a colaboração do Nacional. A “Taça Ariano Suassuna” também está estampada no uniforme uruguaio.

Seja qual for o vencedor da edição de 2015, o Sport parece ter alcançado o seu objetivo, fomentando junto à sua torcida o desejo de assistir e conquistar o torneio amistoso. Quanto mais interesse, mais chance de continuidade.

Patch da Copa do Mundo, da Liga dos Campeões e da Libertadores

Traços armoriais na Taça Ariano Suassuna

Taça Ariano Suassuna. Fotos: Sport Recife/facebook

A Taça Ariano Suassuna, a disputa amistosa instituída pelo Sport para abrir a sua temporada no futebol, conta com os traços armoriais que marcam a história do famoso dramaturgo, torcedor do clube.

O troféu é feito em latão e com base de madeira. Foi criado pelo filho do artista, Dantas Suassuna, e apresentado junto ao logo da disputa.

O Nacional do Uruguai, campeão da Libertadores em 1971, 1980 e 1988, é o pioneiro adversário do confronto amistoso, agendado para a Arena Pernambuco.

Numa ação associada ao marketing – inclusive com a venda dos direitos de transmissão na televisão -, a diretoria do Leão pretende transformar a peleja, com a presença de outros times do exterior, em algo tradicional no calendário.

O troféu à beira do campo só aumenta o interesse…

O que você achou do troféu? Ele será o mesmo em todas as edições da disputa.

A pré-temporada de amistosos para os clubes pernambucanos em 2015

A pré-temporada instituída no mês de janeiro faz a sua estreia no futebol brasileiro em 2015. Assim, pela primeira vez os grandes times pernambucanos foram beneficiados com um período considerado “adequado” para a preparação, física, técnica e tática. Além da apresentação de jogadores, entre reforços e remanescentes do elenco anterior, os rivais podem experimentar formações distintas antes da estreia oficial, em fevereiro, no campeonato estadual.

Portanto, vamos aos amistosos agendados na pré-temporada do trio, variando tanto na tradição dos adversários quanto no número de partidas preparatórias.

Náutico

Pré-temporada do Náutico no CT da Guabiraba. Fotos: Julio Jacobina/DP/D.A Press

17/01 – Náutico x Decisão (apresentação do elenco)
22/01 – Náutico x Vitória (Supercopa do Maranhão)
25/01 – Náutico x Sampaio Corrêa ou Moto Club (Supercopa do Maranhão)

O Alvirrubro será o primeiro a entrar em campo, num amistoso nos Aflitos. Devido à falta de ritmo, apesar da rotina puxada no CT Wilson Campos, a partida terá dois tempos de 30 minutos. Outra curiosidade é que inicialmente o adversário seria a Ágape, uma associação de atletas profissionais, mas a FPF vetou porque não é um clube filiado. Veio então o Decisão, da segundona local.

A preparação de fato ocorrerá em São Luís, com a Supercopa do Maranhão. A federação maranhense criou o torneio amistoso para abrir a temporada. Além dos dois grandes clubes locais, foram convidados mais dois, Náutico e Vitória. No sistema mata-mata, com semifinal e final, o torneio ainda conta com uma premiação acumulada de R$ 300 mil para os participantes. Em contrapartida, a receita gerada (bilheteria, televisão, publicidade) irá para a federação.

Santa Cruz

Início da pré-temporada do Santa Cruz, no Arruda. Fotos: Julio Jacobina/DP/D.A Press e Jamil Gomes/Santa Cruz

22/01 – Santa Cruz x Zalgiris Vilnius, da Lituânia (amistoso internacional)
25/01 – Santa Cruz x Campinense

Mesmo com a pré-temporada em Chã Grande, após o início dos trabalhos no Arruda, o Tricolor programou seus dois amistosos para o Arruda. Inicialmente, a diretoria coral tentou contato com o Shakthar Donetsk, da Ucrânia, que organizou um tour no Brasil. Porém, a agenda do rico clube do leste europeu já estava cheia, com cinco jogos. Mas o status internacional se manteve.

Os tricolores aproveitaram a excursão de outro europeu, o desconhecido Zalgiris Vilnius, atual bicampeão da Lituânia e que também jogará contra Goiás e Gama. Três dias após esta partida, os corais tem pela frente o Campinense, campeão da Copa do Nordeste de 2013 e de volta ao regional deste ano.

Sport

Pré-temporada do Sport no CT de Paratibe. Fotos: Sport/assessoria e Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

24/01 – Sport x Nacional, do Uruguai (Taça Ariano Suassuna)

O Leão programou apenas um amistoso, à parte dos jogos-treino no CT José de Andrade Médicis. A ideia original era fazer um amistoso internacional contra o Boca Juniors, mas o poderoso clubes argentino enfrentará o maior rival, River Plate, em um amistoso numa data próxima. Assim, o Leão acertou com outro clube de tradição no continente, tricampeão da Libertadores.

Para aumentar a atratividade, foi criado um troféu em homenagem ao escritor Ariano Suassuna, torcedor do clube e falecido em 2014. Apesar do caráter amistoso, a organização incorporou o programa Todos com a Nota, com 15 mil ingressos. Obviamente, o fato de a disputa ser na Arena Pernambuco pesou na decisão, pois é do interesse do estado viabilizar o empreendimento.

Pernambuco x Uruguai, com seis décadas de história. Iniciada no mítico Centenário

Bandeiras de Pernambuco e Uruguai

No futebol, a história de confrontos entre pernambucanos e uruguaios data de 1955, segundo o historiador Carlos Celso Cordeiro. Naquele ano, o Náutico fazia uma excursão ao sul do país. Durante a viagem, a direção alvirrubra conseguiu agendar um amistoso contra o poderoso Peñarol, campeão nacional nos dois anos anteriores. No mítico estádio Centenário, o Timbu foi arrasado pelos charrúas, 6 x 0.

Depois, uma série de jogos no Recife. Já no ano seguinte veio o Rampla Juniors, do bairro de Villa del Cerro. Campeão uruguaio em 1927, o tradicional Rampla acabara de conquistar o Torneo Competencia de 1955, a fase preparatória da liga nacional. Na raça, os corais conquistaram o pioneiro triunfo local. Em 1957 foi a vez do Montevideo Wanderers excursionar no estado, jogando duas vezes nos Aflitos. Dois anos depois, viria desta equipe o meia Raúl Bentancor, marcado no Sport como o “Bigode que joga”, com 91 gols em 254 jogos. Ainda houve, em 1965, um amistoso da seleção estadual, com atletas alvirrubros, rubro-negros e tricolores, contra o Peñarol. Na Ilha, o visitante – que ganharia o Mundial Interclubes do ano seguinte – venceu.

Um hiato de 30 anos durou até 1995, quando o Santa firmou um contrato com a Parmalat, então a maior investidora do futebol brasileiro – e co-gestora do Palmeiras bicampeão brasileiro em 1993 e 1994. Para a estreia do uniforme com a nova patrocinadora foi organizado uma partida contra o Peñarol, pentacampeão da Libertadores. Numa noite chuvosa no Mundão, o Carbonero ganhou por 1 x 0, gol de Romero aos 31 do segundo tempo. Depois, novo hiato, agora de 20 anos, até a pioneira edição da Taça Ariano Suassuna, com o duelo entre Sport e Nacional. Em 2017, enfim uma partida oficial, com o confronto Sport x Danubio, pela Copa Sul-Americana.

Ainda é digno de nota os dois confrontos entre as seleções do Brasil e do Uruguai no Recife. Em 1985, num amistoso no Arruda, a Seleção venceu com gols Alemão e Careca, diante de 59.946 espectadores. Em 2016, pelas Eliminatórias da Copa, empate emocionante no recorde da Arena Pernambuco, com 45.010 pessoas. Outra curiosidade é o fato de o Nacional já ter jogado duas vezes no Recife, em 1997. Só não enfrentou times locais. Na Copa Renner, o tri da Libertadores perdeu do Bahia (4 x 1) e venceu o Cerro Porteño (5 x 2).

Atualizado até 11/05/2017

Pernambucano vs uruguaios
16/04/1955 – Peñarol 6 x 0 Náutico

11/03/1956 – Santa Cruz 3 x 2 Rampla Juniors
14/03/1956 – Sport 1 x 2 Rampla Juniors
11/07/1957 – Santa Cruz 1 x 1 Wanderers
16/07/1957 – Náutico 2 x 0 Wanderers
01/08/1965 – Seleção de Pernambuco 1 x 2 Peñarol
15/06/1995 – Santa Cruz 0 x 1 Peñarol
24/01/2015 – Sport 2 x 1 Nacional (Taça Ariano Suassuna)
06/04/2017 – Sport 3 x 0 Danubio (Sul-Americana)
11/05/2017 – Danubio (2) 3 x 0 (4) Sport (Sul-Americana)

10 jogos disputados, 4 vitórias de PE, 1 empate, 5 derrotas; 13 GP, 18 GC

Confronto entre selecionais no Recife
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai (Arruda)

26/03/2016 – Brasil 2 x 2 Uruguai (Arena Pernambuco)

Um torneio internacional para abrir a temporada, da Europa para Pernambuco

Troféus Joan Gamper (Barcelona) e Santiago Bernabéu (Real Madrid)

A abertura da temporada de futebol na Europa é marcada pela realização de inúmeros torneios amistosos. Como exemplo, os dois maiores times da atualidade, Barcelona e Real Madrid. Há décadas os rivais organizam copas regulares em seus estádios. Desde 1966 o Barça disputa o Troféu Joan Gamper, enquanto o clube merengue é o anfitrião do Troféu Santiago Bernabéu, instituído em 1979. Ambas em homenagens a ex-presidentes, as taças são disputadas em agosto, antes da abertura da liga espanhola. Outra particularidade é o fato de que as duas copas iniciaram com quatro participantes (semifinal e final), mas acabaram reduzidas para apenas duas equipes pela falta de datas. Ainda assim, estão sempre presentes no calendário.

Maiores campeões:
Joan Gamper: Barcelona (37) e Colônia (2)
Santiago Bernabéu: Real Madrid (24), Bayern de Munique (3) e Milan (2)

No Brasil, essa cultura nunca teve muito espaço. Primeiramente pela falta de calendário mesmo, mas também pela falta de times europeus interessados em vir até o Brasil. É rara a presença. Nem mesmo os sul-americanos costumam viajar para cá. Assim, até hoje foram realizados apenas torneios intermitentes. Contudo, com o novo calendário da CBF, a partir de 2015, incluindo uma pré-temporada completa em janeiro, haverá tempo para isso.

O Sport pretende abrir o ano disputando um amistoso internacional. A ideia pode ir além, instituindo um troféu em homenagem a algum ex-dirigente ou ex-jogador. Caso se concretize, o troféu seria apenas o quarto desde 1980.

Alguma sugestão para os nomes de torneios amistoso que poderiam ser organizados por Náutico, Santa ou Sport? Quais seriam os melhores formatos?

Jogos do triangular válido pelo Torneio Leopoldo Casado, de 1980, com Sport, Náutico e Seleção da Romênia. Fotos: Arquivo/DP

Torneio Internacional Leopoldo Casado – 1980

Um torneio internacional já abriu o ano em Pernambuco. Com a passagem da seleção romena no país, os pernambucanos convidaram a delegação para um triangular, com Sport e Náutico. O torneio marcaria a reabertura da Ilha do Retiro, após dez meses de obras na estrutura. Num regulamento bem incomum, sem saldo de gols, todos os times ganharam um jogo e perderam outro. Porém, o título – em homenagem a um dirigente rubro-negro – ficou em disputa no tradicional Clássico dos Clássicos. O Timbu tinha a vantagem do empate. Derrotado na estreia, o Leão precisava vencer no tempo normal e nos pênaltis. Dito e feito, com o triunfo duplo diante de 15.560 pagantes.

Triangular
08/02 -Sport 0 x 2 Seleção da Romênia
10/02 – Náutico 1 x 0 Seleção da Romênia
13/02 – Sport 2 (3) x (0) 1 Náutico

Torneio Internacional da Amizade de 1995, com jogos entre Náutico, Santa Cruz, Sport e Porto. Fotos: Edvaldro Rodrigues e Carlos Teixeira/DP/D.A Press

Torneio Internacional da Amizade – 1995

Campeão português na temporada 1994/1995, o Porto foi convidado para um rápido torneio, aproveitando o intervalo do meio do ano no Velho do Mundo. O time já havia disputado uma partida no Recife em 1975, quando venceu o Sport por 2 x 1. E acabou repetindo o placar na partida principal da rodada de abertura na Ilha, que na preliminar teve a vitória do Santa sobre o Náutico nos pênaltis. Dois dias depois, com 4.410 torcedores no Arruda, portugueses e tricolores disputaram o título. Liposei abriu o placar para os visitantes aos 31 do segundo tempo. Os corais chegaram ao empate aos 46 minutos, com Celinho. Nos pênaltis, porém, falharam bastante, com a taça voltando na bagagem do Porto.

Semifinais (Ilha do Retiro)
08/08 – Santa Cruz 0 (4) x (3) 0 Náutico
08/08 – Sport 1 x 2 Porto-POR

Disputa do 3º lugar (Arruda)
10/08 – Sport 1 x 0 Náutico

Final (Arruda)
10/08 – Santa Cruz 1 (2) x (4) 1 Porto-POR

Copa Renner de 1997, Sport 3x3 Bahia e Nacional-URU 5x2 Cerro Porteño-PAR. Fotos: Léo Caldas/DP/D.A Pres

Copa Renner/Torneio Internacional de Verão – 1997

A indústria de tintas Renner realizou em 1996 um torneio amistoso em Cidreira, no Rio Grande do Sul, reunindo quatro de seus clubes patrocinados: Grêmio, Sport, Cerro Porteño de Assunção e Nacional de Montevidéu. A ideia deu tão certo que em 1997 foi a vez do Recife receber o mata-mata. Em vez do Grêmio – o primeiro campeão -, o Bahia. Em dois dias seguidos quatro jogos foram disputados na Ilha. Na abertura, paraguaios e uruguaios foram despachados pelos nordestinos, que foram à decisão. Num empate de seis gols, com 6.892 espectadores presentes, o Baêa ficou com a tala nos pênaltis. Apenas uma cobrança foi desperdiçada, a do meia rubro-negro Wallace.

Semifinais
25/01 – Sport 2 x 0 Cerro Porteño-PAR
25/01 – Bahia 4 x 1 Nacional-URU

Disputa de 3º lugar
26/01 – Nacional-URU 5 x 2 Cerro Porteño-PAR

Final
26/01 – Sport 3 (4) x (5) 3 Bahia

“La Copa empieza en octavos de final”. A aula de Riquelme para San Lorenzo e Nacional

Final da Libertadores de 2014: San Lorenzo (Argentina) x Nacional (Paraguai). Crédito: Conmebol/site oficial

Riquelme foi a cara do vitorioso Boca Juniors a partir do ano 2000.

Com a camisa xeneize, o meia conquistou três títulos da Taça Libertadores.

Duríssimo em La Bombonera, o Boca também atuava com personalidade fora de casa, inclusive comemorando títulos no Morumbi e no Olímpico.

Certa vez, o ídolo argentino definiu a disputa da Liberta…

“La Copa empieza en octavos de final.”

Uma verdade absoluta nesta edição de 2014.

O mata-mata a partir das oitavas de final foi implantado no maior torneio do continente em 1988. Desde então, nunca o pior classificado, com a 16ª melhor campanha na fase de grupos, havia chegado à final.

Por si só, a presença do Nacional do Paraguai na decisão já seria emblemática, mas a disputa contra o San Lorenzo da Argentina torna o confronto histórico.

San Lorenzo (15º) x Nacional (16º), os piores times da fase de grupos em uma decisão da Libertadores. Alcançaram as vagas somando apenas oito pontos.

Depois, começou a verdadeira Libertadores, como diria o enganche…

Jogando a primeira partida sempre em Assunção, o Nacional Querido eliminou Vélez Sarsfield, Arsenal de Sarandí e Defensor. Também atuando em casa no jogo de ida, em Buenos Aires, o San Lorenzo de Almagro despachou Grêmio, Cruzeiro e Bolívar nos mata-matas.

Agora, o duelo definitivo, no Defensores del Chaco (06/08) e no Nuevo Gasómetro (13/08). Ao sobrevivente, o status de 25º campeão da história da Libertadores.

Com a taça na mão, ninguém lembrará da fraca campanha inicial.

“Lo importante es clasificar y creemos que la Copa empieza en el mano a mano.”

Sábias palavras, Riquelme.

Salgueiro a dois jogos de reviver a montanha-russa

Série D 2013, oitavas de final: Nacional-AM 2 x 2 Salgueiro. Foto: www.nacionalfc.com.br/facebook

O Salgueiro vive há quatro temporadas em uma gangorra no Brasileiro. A cada ano, uma divisão diferente. Acima ou abaixo. O voo do Carcará é imprevisível.

Em 2010, conquistou de forma espetacular o acesso à segunda divisão, ao derrotar o Paysandu em pleno Alçapão da Curuzu, em Belém.

Em 2011, com a promessa não cumprida de um novo estádio naquela temporada, o time se viu obrigado a jogar em Paulista, por causa da capacidade do Cornélio de Barros. Com investimento escasso e apoio modesto na arquibancada, caiu.

Em 2012, a surpresa, negativa. Vinha em uma campanha até certo ponto regular na terceira divisão. No entanto, acabou surpreendido na última rodada. Em vez de obter a vaga na fase seguinte, acabou rebaixado.

Agora em 2013, uma campanha na Série D construída na base da raça, buscando a vaga sempre fora de casa. Primeiro, vitória por 1 x 0 sobre o Parnahyba, no Piauí. Neste domingo, empate em 2 x 2 com o Nacional, em Manaus.

Copeiro, o Carcará está agora a apenas dois jogos de mudar mais uma vez de patamar na casta nacional. Desta vez, subindo…

Série D 2013, oitavas de final: Nacional-AM 2 x 2 Salgueiro. Foto: www.nacionalfc.com.br/facebook

Jogos internacionais na rota dos clubes pernambucanos

Sporting no amistoso internacional contra o Náutico em 22 de maio de 2013, na Arena Pernambuco. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Amistosos internacionais na rota dos pernambucanos.

Em 22 de maio, Náutico e Sporting se enfrentaram na Arena Pernambuco. O alviverde de Lisboa, um dos três maiores clubes de Portugal, participou da festa de abertura do estádio idealizado para a Copa do Mundo.

Em 30 de maio é a vez do Santa Cruz, contra o Nacional da Madeira, em Maceió. O tricampeão estadual enfrentará o alvinegro da Ilha da Madeira, 8º colocado na última edição da liga portuguesa.

No primeiro caso, um amistoso com o pagamento de uma cota ao Sporting. No segundo, a agenda foi articulada a partir da excursão do clube ao Brasil.

Os amistosos envolvendo os times do Recife levantaram discussões sobre a a viabilização de partidas internacionais de forma regular na cidade.

Calendário apertado e a própria falta de interesse dos dirigentes locais deixaram os times pernambucanos por mais de uma década sem partidas do tipo.

Considerando a dupla portuguesa, não é difícil traçar uma agenda, entre maio e junho com datas livres. Nas últimas três décadas o estado só recebeu três competições amistosas com times internacionais, em 1980, 1995 e 1997.

Formato num tiro curto, com semifinal e final, organizando a tabela com rodadas duplas. Além do intercâmbio com equipes estrangeiras, ainda que de porte mediano, haveria a possibilidade de negociar os direitos de transmissão na TV.

A Arena Pernambuco seria a força motriz na articulação de um novo torneio com times do exterior? E olhe que a ideia vem do próprio exterior (veja aqui).

Sair da mesmice pode ser uma forma de capitalizar e abrir novos mercados…

Nacional da Ilha da Madeira em amistosos no Brasil em 2013. Foto: ITAWI ALBUQUERQUE/TNH1

Os maiores bandeirões do mundo

Bandeirão do River Plate em 2012, em Buenos Aires. Foto: foros.riverplate.com

Haja pano, haja tinta, haja paixão no futebol.

Em 8 de outubro de 2012 a torcida do River Plate ganhou as ruas de Buenos Aires com uma bandeira monumental. Ligando o seu estádio em Nuñez à velha casa, numa distância de 7.829 metros, justamente o tamanho do trapo.

Mas vamos para dentro dos estádios, onde a bola rola de fato. Considerando as bandeiras nas arquibancadas, a Taça Libertadores da América se transformou no cenário ideal para a inauguração das maiores do mundo.

Em 2011, no mítico Centenário, a torcida carbonera do Peñarol desfraldou uma bandeira de 1,8 tonelada. Na ocasião, foram 400 litros de tinta, amarela e preta.

Era o recorde absoluto. Até esta semana, com uma quebra dupla da marca.

Na quarta-feira, os colombianos do Millonarios, um dos times mais populares do país, abriram uma bandeira de 750 metros de comprimento. No dia seguinte, também na Libertadores, o Nacional, maior rival do Peñarol, igualou o recorde, abrindo uma bandeira mais “curta”, mas com 10 metros a mais de largura.

É possível cobrir toda a arquibancada do futuro Maracanã? Seria difícil superar.

1º lugar – Nacional do Uruguai: 600m x 50m, com 30.000 metros quadrados

Bandeirão do Nacional de Montevidéu, inaugurado em 2013 no estádio Centenário

1º lugar – Millonario da Colômbia: 750m x 40m, com 30.000 metros quadrados

Bandeirão do Millonario da Colômbia inaugurado em 2013 no estádio El Campín

3º lugar – Peñarol do Uruguai: 309m x 45,8m, com 14.152 metros quadrados

Bandeirão do Peñarol de Montevidéu, inaugurado em 2011 no estádio Centenário

Os sete maiores bandeirões do Brasil (atualizado em 17/05/2013).

1º) Corinthians (Gaviões da Fiel): 250m x 35m (8.750m²)
2º) Atlético-MG (Galoucura): 210m x 40m (8.400m²)
3º) Cruzeiro (Máfia Azul): 205m x 40m (8.200m²)
4º) São Paulo (Independente): 162m x 50m (8.100m²)
5º) Santa Cruz (Inferno Coral): 175m x 45m (7.875m²)
6º) Ceará (Cearamor): 210m x 36,5m (7.665m²)
7º) Fortaleza (TUF): 155m x 38m (5.890m²)
8º) Guarani: 140m x 40m (5.600m²)

Maior bandeira do Santa Cruz: 175m x 45m (7.875m²), no anel superior

Bandeirão do Santa Cruz no anel superior do Arruda, em 2009. Foto: Hélder Tavares/DP/D.A Press

Maior bandeira do Sport: 90m x 34m (3.060m²), na arquibancada frontal

Bandeirão do Sport na Ilha do Retiro em 2011. Foto: Thereza Melo/divulgação

Maior bandeirão do Náutico: 60m x 40m (2.400m²), na arquibancada frontal

Bandeirão do Náutico nos Aflitos. Foto: Unidade Alvirrubra