Os 25 clássicos estaduais mais populares do Brasil, com 3 duelos pernambucanos

Os 25 clássicos mais populares do Brasil, segundo a pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, de 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As pesquisas que mensuram as torcidas brasileiras geram discussões desde a década de 1960. Indo além do tamanho das massas, sempre o foco principal desses levantamentos, o blog resolveu projetar o tamanho absoluto das rivalidades, com os clássicos estaduais mais populares do país – o que não é sinônimo de rivalidade mais acirradas, cuja visão é mais subjetiva. Tomando como base o estudo do Paraná Pesquisas, divulgado em 25 de dezembro de 2016, foi possível chegar a 25 confrontos (quadro abaixo). Desses, 24 envolvem mais de um milhão de torcedores rivais, com as cinco regiões representadas.

Devido à magnitude de seus seguidores (1/3 do total), Flamengo e Corinthians transformaram-se em “puxadores de torcida” para este contexto, com os seis clássicos envolvendo os dois no alto da lista. Sobre essa distorção, basta citar o Fluminense, que no geral ocupa o 13º lugar, mas através do Fla-Flu figura a 5ª posição. Também pudera, o rubro-negro carioca detém 91% do público deste clássico, que é o mais desequilibrado entre todos – a proporção de cada clube está no complemento do post, na caixa de comentários. 

Os clássicos estaduais* mais desequilibrados na divisão de torcidas:

1º) Flamengo (91,0%) x (8,9%) Fluminense
2º) Flamengo (90,5%) x (9,4%) Botafogo
3º) Atlético-PR (84,8%) x (15,1%) Paraná
4º) Coritiba (83,0%) x (16,9%) Paraná
5º) Corinthians (81,5%) x (18,4%) Santos
6º) Flamengo (77,8%) x (22,1%) Vasco
7º) Sport (75,8%) x (24,1%) Náutico
8º) Vasco (74,1%) x (25,8%) Fluminense
9º) Vasco (73,0%) x (26,9%) Botafogo
10º) Bahia (71,4%) x (28,5%) Vitória

Os clássicos estaduais* mais equilibrados na divisão de torcidas:

1º) Goiás (50,0%) x (50,0%) Vila Nova
2º) Botafogo (51,5%) x (48,4%) Fluminense
3º) Atlético-PR (53,3%) x (46,6%) Coritiba
4º) São Paulo (56,0%) x (43,9%) Palmeiras
5º) Grêmio (56,4%) x (43,5%) Internacional
6º) Ceará (57,8%) x (42,1%) Fortaleza
7º) Cruzeiro (58,8%) x (41,1%) Atlético-MG
8º) Figueirense (60,8%) x (39,1%) Avaí
9º) Santa Cruz (62,8%) x (37,1%) Náutico
10º) Remo (63,3%) x (36,6%) Paysandu
* Entre os 25 clássicos citados nesta postagem

À parte de Fla e Timão, o clássico local que reúne mais gente é o Choque-Rei, com Palmeiras e São Paulo. E saindo da ponte aérea o futebol mineiro mostra a sua força, com Galo x Raposa no top ten. No Recife, os três tradicionais clássicos ficaram entre os vinte melhores, com destaque, sem surpresa, para Sport x Santa, com mais de quatro milhões de agregados, entre rubro-negros e tricolores. No Nordeste, só ficou atrás do Ba-Vi, com quase seis milhões, num dado visivelmente favorecido pelo bom desempenho do Bahia nesta pesquisa – embora o Vitória tenha tido um percentual menor que sua média histórica.

Os clássicos estaduais mais populares do Nordeste:

5,7 milhões – Ba-Vi (Salvador)
4,1 milhões – Clássico das Multidões (Recife)
3,9 milhões – Clássico-Rei (Fortaleza)
3,5 milhões – Clássico dos Clássicos (Recife)
2,2 milhões – Clássico das Emoções (Recife)

Paralelamente ao ranking dos clássicos mais populares, o blog lembrou o recorde de público de cada duelo – afinal, a presença in loco também justifica o apelo popular. Com o Maracanã dos velhos tempos – cuja geral suportava 30 mil pessoas em pé -, os duelos cariocas estabeleceram números incomparáveis.

Obviamente, muitas rivalidades ultrapassam bastante as fronteiras municipais e estaduais, como Flamengo x Atlético-MG, Grêmio x Palmeiras, entre outros. Por isso, a lista regional. Ainda que historicamente não tenham a rivalidade mais acirrada, flamenguistas e corintianos, donos das maiores cotas de televisão, reúnem a atenção de 61 milhões de pessoas, com domínio absoluto no Sudeste.

Os confrontos interestaduais mais populares de cada região:

Sudeste: Flamengo (RJ) x Corinthians (SP) – 29,9% (61.618.347)
Sul: Grêmio (RS) x Internacional (RS)- 6,2% (12.777.047)
Nordeste: Bahia (BA) x Sport (PE) – 3,3% (6.800.686)
Norte: Remo (PA) x Paysandu (PA) – 0,9% (2.002.125)
Centro-Oeste: Goiás (GO) x Vila Nova (GO) – 0,4% (1.134.538)  

Abaixo, a projeção das torcidas absolutas dos clássicos a partir da estimativa oficial da população brasileira, atualizada pelo IBGE em 30 de agosto de 2016.

Os 25 clássicos mais populares do Brasil, segundo a pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, de 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Podcast – A escolha dos melhores e piores do futebol pernambucano em 2016

Encerrada a temporada, o podcast 45 minutos se reuniu para analisar e escolher os melhores e piores do futebol pernambucano em 2016. Melhor jogador, melhor contratação, melhor partida, gol mais emocionante, seleção do time etc. De Náutico, Santa Cruz e Sport, além do “vencedor geral” das categoria. Claro, o pior rendimento individual, o pior “reforço”, o gol mais amargo, o jogo mais triste. Ao todo, mais de cinco horas de bate-papo sobre futebol, com muita resenha e bom humor (mais do que necessário para a pauta). Tempo para suficiente para o recesso deste fim de ano. Por sinal, o blog só volta agora em janeiro. Até lá!

Estou nesta gravação com Cabral Neto, Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser…

Melhores do ano (parte 1), 1h21m – clube do ano e melhores jogos

Melhores do ano (parte 2), 1h28m – gol, jogador, contratação, surpresa e técnico

Piores do ano (parte 1), 1h19m – pior clube, derrota, jogador e contratação

Piores do ano (parte 2), 1h05m – pior técnico, gol, amargo e seleção

Raio x das pesquisas de torcida no Nordeste, em 2013 e 2016, com 906 mil torcedores a menos em Pernambuco

Pesquisas de torcida no Nordeste do Paraná Pesquisas, em 2016, e da Pluri Consultoria, em 2013. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Após a divulgação da pesquisa nacional de torcidas, o instituto Paraná Pesquisas apresentou o balanço regionalizado. No Nordeste, o ranking aponta as 15 maiores torcidas, com sete clubes nordestinos, quatro cariocas e quatro paulistas. Sem surpresa, o Flamengo ostenta a liderança, com uma vantagem inalcançável, turbinada pelas cidades do interior e por estados de menor tradição no futebol, como Piauí, Maranhão, Alagoas e Paraíba.

Em 2016, destaque para a ascensão do Ceará, que ultrapassou o Sport, ainda que nacionalmente esteja abaixo – pois o rubro-negro registrou torcida no Norte e no Centro-Oeste. Comparando com o levantamento da Pluri Consultoria, de 2013, o último com viés nordestino, o Vozão passou do 11º para o 7º lugar, com o time pernambucano caindo da 5ª para a 8ª colocação. Ainda que sejam institutos e (possivelmente) metodologias diferentes (embora os dois tenham entrevistado pessoas acima de 16 anos), ambos abordaram o quadro geral.

Comparação entre as pesquisas de torcida no Nordeste da Pluri Consultoria (2013) e Paraná Pesquisas (2016). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O blog tabelou as duas pesquisas (quatro quadros neste post), até pelo fato de os 15 times divulgados terem sido os mesmos, facilitando a comparação. O Bahia tornou-se o nordestino mais popular, aumentando a sua massa em 80%, chegando a quase quatro milhões (marca alcançada no restante do território nacional). Por sinal, a variação, tanto em percentual quanto em dados absolutos, é considerável. No Recife, o Trio de Ferro apresentou uma grande redução, indicando uma clara variação na margem de erro entre os dois estudos.

Enquanto a população total da região cresceu (3 milhões), a torcida acumulada de alvirrubros, rubro-negros e tricolores pernambucanos perdeu 906 mil seguidores, considerando. Essa é a projeção feita pelo blog a partir das estimativas populacionais oficiais (via IBGE) no período. Cenário inverso ao visto no futebol cearense, com dois milhões de torcedores a mais. Os estados da Bahia e de São Paulo também apresentaram crescimentos acima de um milhão, com os times do Rio de Janeiro perdendo 738 mil adeptos no período.

Pesquisas de torcida no Nordeste do Paraná Pesquisas, em 2016, e da Pluri Consultoria, em 2013. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Considerando o futebol nordestino de uma forma geral, a representatividade do “G7” na própria região passou de 19,5% para 24,1% – superando o Fla, ao contrário da primeira pesquisa. Tal torcida subiu de 10.511.889 para 13.716.738 torcedores. Eis um questionamento à própria análise do blog: Em vez da margem negativa em 2013, a variação poderia ter sido favorável a Pernambuco há três anos, em detrimento dos estados vizinhos? Poderia, mas a chance é menor, matematicamente, devido ao grau de confiabilidade das pesquisas.

Em 2013, a margem de erro era de 0,68%, enquanto agora é de 2,0%, com 2.832 entrevistas entre março e dezembro. De toda forma, os números moldam um cenário a médio/longo prazo para a aferição bruta das torcidas. Sempre válido.

Comparação entre as pesquisas de torcida no Nordeste da Pluri Consultoria (2013) e Paraná Pesquisas (2016). Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Feliz Natal de Náutico, Santa e Sport

Através das redes sociais, os grandes clubes de Pernambuco desejaram Feliz Natal aos seus torcedores. Além das imagens compartilhadas nos perfis oficiais, devidamente caracterizadas em cada time, foram publicadas frases diretas a alvirrubros e rubro-negros. Aproveitando a oportunidade, em 2016, também fica o desejo de Feliz Natal a todos os torcedores e leitores do blog. Um abraço!

Náutico
“Após um ano de luta e dedicação, chegou a hora de nos unirmos novamente e confraternizarmos pelo nascimento do menino Jesus. O Clube Náutico Capibaribe deseja um Feliz Natal para toda a família alvirrubra”.

Natal alvirrubro. Crédito: Náutico/facebook

Santa Cruz

Natal tricolor. Crédito: Santa Cruz/facebook

Sport
“Natal é um tempo pra estar junto e celebrar. E é nesse espírito, que a gente parabeniza todos os torcedores que estiveram junto com o Leão durante todo o ano. Desejamos um Feliz Natal”.

Natal rubro-negro. Crédito: Sport/facebook

Trio de Ferro com 1 milhão de torcedores no borderô e R$ 16 milhões de bilheteria em 2016. Números decrescentes…

As médias de público por temporada (2013-2016) de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A impressão de estádios vazios em jogos do Trio de Ferro, em 2016, se confirma com números (dos borderôs oficiais) em escala anual, com pouco mais de 1/4 de ocupação nas arquibancadas. Esta temporada foi a pior em público e renda, em dados absolutos e média, desde que o blog começou a fazer esse levantamento, em 2013. Nenhuma assistência acima de 40 mil foi registrada, chegando no máximo “39.999”, na semifinal estadual entre Santa e Náutico.

Considerando todos os mandos de alvirrubros, tricolores e rubro-negros, chega-se a 96 jogos, incluindo um em Cuiabá, no primeiro mando negociado por um grande clube pernambucano. Em 12 de outubro, os corais “receberam” o Corinthians na Arena Pantanal, com torcedores (do clube paulista) pagando ingressos de até R$ 200. A média geral foi 11.180, turbinada pelas promoções na reta final do Brasileiro, como a do Sport, que liberou o acesso aos sócios adimplentes nas últimas quatro partidas na Ilha – reunindo 100 mil pessoas.

O público total, por temporada, de Náutico, Santa Cruz e Sport. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Com o check-in dos associados, o Leão voltou a ter o melhor índice anual de público na capital, mas nem por isso também deixou de ter a melhor arrecadação, com R$ 1 milhão a mais que o rival do Arruda. Falando no Santa, a média na elite nacional não chegou a 10 mil, mesmo após uma década ausente. Pesou a campanha, claro. Já o Náutico teve dois de seus maiores públicos dos últimos tempos. Após um início às moscas na Série B, jogando três vezes com menos de dois mil espectadores, conseguiu atrair 25 mil alvirrubros em duas oportunidades, incluindo a rodada final, quando deixou o acesso escapar.

Vale destacar ainda a ausência de bilheterias milionárias, o que não ocorria desde 2012. A maior renda foi de Sport 1 x 0 Flamengo, na arena, com R$ 802 mil. Número bem decepcionante, acarretando num baque nas receitas locais.

A renda bruta obtida por Náutico, Santa e Sport de 2013 a 2016. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Abaixo, o total em cada competição em 2016 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.

Sport
33 jogos (30 na Ilha e 3 na Arena)
460.898 torcedores (média de 13.966)
47,97% de ocupação
R$ 7.112.818 de renda bruta (média de R$ 215.539)
Estadual – 7 jogos – 83.690 pessoas (11.955) – R$ 1.572.833 (R$ 224.690)
Nordestão – 5 jogos – 64.955 pessoas (12.991) – R$ 1.148.265 (R$ 229.653)
Série A – 19 jogos – 304.084 pessoas (16.004) – R$ 4.272.715 (R$ 224.879)
Copa do Brasil – 1 jogo – 1.599 pessoas – R$ 16.165
Sul-Americana – 1 jogo – 6.570 pessoas – R$ 102.840

Números de público e renda do Sport de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Santa Cruz
36 jogos (33 no Arruda, 2 na Arena e 1 na Arena Pantanal)
413.626 torcedores (média de 11.489)
22,95% de ocupação
R$ 6.058.465 de renda bruta (média de R$ 168.290)
Estadual – 7 jogos – 119.290 pessoas (17.041) – R$ 1.564.455 (R$ 223.493)
Nordestão – 6 jogos – 79.146 pessoas (13.191) – R$ 1.204.575 (R$ 200.762)
Série A – 19 jogos – 187.245 pessoas (9.855) – R$ 2.992.570 (R$ 157.503)
Copa do Brasil – 2 jogos – 16.954 pessoas (8.477) – R$ 158.445 (R$ 79.222)
Sul-Americana – 2 jogos – 10.991 pessoas (5.495) – R$ 138.420 (R$ 69.210)

Números de público e renda do Santa Cruz de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Náutico
27 jogos (25 na Arena e 2 na Arruda)
198.761 torcedores (média de 7.361)
15,93% de ocupação
R$ 3.574.304 de renda bruta (média de R$ 132.381)
Estadual – 7 jogos – 43.497 pessoas (6.213) – R$ 907.395 (R$ 129.627)
Série B – 19 jogos – 152.758 pessoas (8.039) – R$ 2.621.179 (R$ 137.956)
Copa do Brasil – 1 jogo – 2.506 pessoas – R$ 45.730

Números de público e renda do Náutico de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Trio de Ferro
96 jogos (35 no Arruda, 30 na Arena, 30 na Ilha e 1 na Arena Pantanal)
1.073.285 torcedores (média de 11.180)
26,76% de ocupação
R$ 16.745.587 de renda bruta (média de R$ 174.433)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B

Números de público e renda do Trio de Ferro de 2013 a 2016. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Relembre os levantamentos anteriores: 20132014 e 2015.

Ex-capitães, Tiago Cardoso e Júlio César invertem as traves no Santa e no Náutico

Anúncio oficial das contratações, através dos perfis oficiais de Náutico (Tiago Cardoso) e Santa Cruz (Júlio César)

Sem dúvida alguma, (mais) um capítulo peculiar do futebol pernambucano. Não é todo dia que jogadores de uma mesma posição trocam de rivais. Em 2008, já distante, o volante Daniel Paulista foi para o Sport, com o Náutico acertando com Ticão. Nem se compara à inversão de goleiros/capitães de Náutico e Santa em 2016. Tiago Cardoso é o símbolo da copeira década coral com seguidos títulos estaduais, calando a Ilha, além dos acessos. No Náutico, Júlio César disputou três Brasileiros, sendo o principal líder do time. Histórias encerradas.

Num fim de um ano atípico, Tiago acabou rescindindo com o tricolor após o rebaixamento (e os salários atrasados), assinando imediatamente com o Náutico, que “escolheu” qual goleiro teria em 2017. Para isso, claro, abriu mão de Júlio César. Com a contratação anunciada em 19 de dezembro, parecia óbvio (para quem acompanha o cenário local) o caminho inverso do ex-alvirrubro. Sem o vínculo renovado, ele foi procurado pela direção coral e acertou rapidamente as bases, três dias depois. Também assinou por um ano, partindo para o Arruda.

À frente, ambos têm o mesmo calendário, com Estadual, Nordestão Copa do Brasil e Série B. Por sinal, os goleiros de 32 anos (cabalístico) já têm a garantia de pelo menos seis edições do Clássico das Emoções, com sentimentos distintos das torcidas em relação aos ex-capitãs. Aos jogadores, traves e vestiários opostos no Arruda e na Arena Pernambuco. Qual foi a melhor troca?

Tiago Cardoso no Santa Cruz
6 anos (de 13/12/2010 a 13/12/2016)
276 jogos
6 títulos atuando*: 1 Nordestão (16), 4 Estaduais (11, 12, 13, 16) e 1 Série C (13)
3 acessos: Série D (2011), Série C (2013) e Série B (2015)
* Machucado, não entrou em campo no título pernambucano de 2015 

Em 2016: 83 gols sofridos em 66 jogos (média de 1,25)

Júlio César no Náutico
2 anos e 5 meses (de 07/07/2014 a 30/11/2016)
134 jogos
Nenhum título

Em 2016: 46 gols sofridos em 39 jogos (média de 1,17)

Santa Cruz x Náutico no Arruda, com os capitães Tiago Cardoso e Júlio César. Foto: Marlon Costa/FPF

A tabela detalhada do Nordestão de 2017, com datas, horários e jogos na televisão

Grupos da Copa do Nordeste 2017. Crédito: Esporte Interativo

A CBF divulgou a tabela detalhada (abaixo) da primeira fase da Copa do Nordeste de 2017, com a definição de datas, horários e jogos com transmissão na televisão. Com vinte clubes dos nove estados da região, o torneio terá 60 partidas na fase de grupos, de 24 de janeiro a 22 de março, com a abertura oficial na Arena, com Náutico x Uniclinic, uma terça. Na quarta, o Sport recebe o Sampaio e na quinta, fechando a primeira rodada, o repeteco da última decisão, com Campinense x Santa, no mesmo palco da conquista coral. Dos nove jogos agendados em Pernambuco, cinco estão marcados para o fim de semana.

Jogos com mando dos pernambucanos: 
Santa Cruz: Náutico (sábado), Uniclinic (domingo) e Campinense (quarta)
Sport: Sampaio Corrêa (quarta), River (sábado) e Juazeirense (sábado)
Náutico: Uniclinic (terça), Campinense (quarta) e Santa Cruz (domingo)

Jogos locais já definidos na Globo Nordeste*:
Juazeirense x Sport, Campinense x Náutico, Uniclinic x Santa e Náutico x Santa
* Na última rodada, escolha entre Uniclinic x Náutico e Sampaio x Sport

Jogos locais já definidos no Esporte Interativo:
Todas as 16 partidas envolvendo o Trio de Ferro na fase de grupos

Após a primeira fase, com oito classificados, sendo os cinco líderes e os três melhores segundos lugares, haverá um sorteio na sede da CBF para formar o mata-mata, com mais 14 jogos até maio. Com as Séries A e B já em andamento, o título será decidido em duas quartas-feiras, dias 17 e 24. Em relação à tabela básica, os horários foram ajustados pela entidade em conjunto com o Esporte Interativo, que exibirá 49 dos 60 jogos da fase de grupos, e com a Globo, com contrato de um jogo local por rodada para Recife, Fortaleza e Salvador. A 14ª edição da Lampions League terá uma premiação total de R$ 18,5 milhões.

Ranking Conmebol da Libertadores de 2016 lista o Sport em 100º, o único do NE

Ranking Conmebol da Libertadores, versão 21/12/2016. Crédito: Conmebol

A Conmebol atualizou o seu ranking de clubes, que considera apenas as campanhas na Taça Libertadores, sendo utilizado justamente para definir os cabeças-de-chave da edição seguinte. Como há um ano, quando foi criada, a lista de 2016 traz os cem primeiros colocados, com o Sport fechando. Num trabalho em conjunto com a Data Factory, que realiza os scouts dos jogos para o site oficial da entidade, o novo formato contempla histórico e performance recente, na Liberta e em títulos nacionais (que funcionam como bônus).

O ranking obedece três fatores em ordem de importância:
1) Performance nos últimos dez anos da Liberta (2ª edição, de 2007 a 2016)
2) Coeficiente histórico (com a pontuação de 1960 a 2006)
3) Títulos do campeonato nacional (2ª edição, de 2007 a 2016)*
* Apenas um por país, sem contar as copas nacionais. Em caso dois campeonatos nacionais por ano, vale metade da pontuação. 

A faixa da última década na Libertadores é a base da lista, que vai conferindo 100% da pontuação ao primeiro ano até 10% ao ano mais antigo. Caso ultrapasse os dez anos, a campanha passa ser mensurada no segundo quesito, “coeficiente histórico”, sem mais depreciações. É um pouco complicado, mas impõe uma certa justiça entre feitos recentes e a história escrita.

Sobre a atualização, o Boca Juniors manteve a liderança. O hexacampeão tem 1.364 pontos a mais que o rival River Plate, tri. O São Paulo, em 6º lugar, passou a ser o melhor brazuca, pois o Cruzeiro perdeu pontos no coeficiente, caindo de 4º para 7º no geral. Único nordestino, o Sport caiu de 80º para 100º devido à desvalorização da campanha de 2009. São 64 pontos a menos em relação ao ranking de 2015. E assim continuará até 2019, até que volte a participar. Apesar de a Conmebol só ter divulgado os 100 primeiros, o blog calculou a pontuação dos outros 12 brasileiros com histórico na Liberta (incluindo o Náutico, em 1968).

Brasileiros no Ranking 1960-2016 (entre parênteses, a posição geral):
1º) São Paulo (6º) – 4.227 pontos (3 títulos, 18 participações)
2º) Cruzeiro (7º) – 3.827 pontos (2 títulos, 15 participações)
3º) Corinthians (8º) – 3.813 pontos (1 título, 13 participações)
4º) Atlético-MG (9º) – 3.792 pontos (1 título, 8 participações)
5º) Internacional (11º) – 3.378 pontos (2 títulos, 11 participações)
6º) Grêmio (12º) – 3.134 pontos (2 títulos, 16 participações)
7º) Santos (15º) – 3.044 pontos (3 títulos, 12 participações)
8º) Palmeiras (25º) – 2.012 pontos (1 título, 16 participações)
9º) Fluminense (26º) – 1.918 pontos (1 vice, 6 participações)
10º) Flamengo (37º) – 1.501 pontos (1 título, 12 participações)
11º) Vasco (53º) – 902 pontos (1 título, 8 participações)
12º) Atlético-PR (71º) – 488 pontos (1 vice, 4 participações)
13º) Botafogo (79º) – 416 pontos (1 semifinal, 4 participações)
14º) São Caetano (94º) – 228 pontos (1 vice, 3 participações)
15º) Sport (100º) – 212 pontos (2 participações)
16º) Guarani – 138 pontos 1 semifinal, 3 participações)
17º) Bahia – 64 pontos (3 participações)
18º) Criciúma – 56 pontos (1 participação)
19º) Coritiba – 52 pontos (2 participações)
19º) Goiás – 52 pontos (1 participação)
21º) Paraná – 50 pontos (1 participação)
22º) Paysandu – 48 pontos (1 participação)
23º) Santo André – 24 pontos (1 participação
24º) Juventude – 20 pontos (1 participação)
24º) Paulista – 20 pontos (1 participação)
26º) Náutico* – 16 pontos (1 participação)
27º) Bangu – 8 pontos (1 participação)
* O Alvirrubro poderia ter 24 pontos, mas perdeu os pontos de uma vitória (8 no ranking) por causa de uma escalação irregular.

Relembre a versão 2015 do ranking oficial da Libertadores clicando aqui.

A premiação absoluta da Copa do Nordeste 2017 chega a R$ 18.520.000

A evolução das cotas de campanhas finais (somando todas as fases) da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A premiação total da Copa do Nordeste de 2017 aumentou em 24,9% em relação à última edição. Em cinco anos, são quase R$ 13 milhões a mais. Considerando a meritocracia no torneio, 41% do montante será distribuído nos mata-matas, correspondendo a R$ 7,6 milhões. As cotas das cinco campanhas possíveis no torneio foram ampliadas, com as seguintes diferenças para cada time: R$ 95 mil (primeira fase), R$ 20 mil (quartas), R$ 100 mil (semifinal), R$ 50 mil (vice) e R$ 250 mil (título). Acumulando todos os repasses, o campeão irá embolsar R$ 2,85 milhões, ou R$ 465 mil a mais que o Santa Cruz, que ergueu a orelhuda dourada em 2016. A premiação é bancado pela Liga do Nordeste, com a receita de parcerias, como a venda de direitos de transmissão junto ao Esporte Interativo.

Em 2017, o futebol pernambucano volta a ser representado pelo Trio de Ferro após três temporadas. Por sinal, quem chegar às quartas da Lampions League, numa campanha básica, superando a fase de grupos, já ganhará R$ 1 milhão. A observação cabe porque essa quantia já seria superior a toda a cota do Pernambucano, disputado de forma paralela. Por outro lado, o título regional não vale mais uma vaga na Sul-Americana, mas, sim, uma classificação direta às oitavas de final da Copa do Brasil de 2018 – após a canetada da Conmebol.

Voltando às cifras regionais, desta vez foram adicionadas cotas iniciais para maranhenses e piauienses – sob a avaliação da Liga até 2018. A verba é menor, com R$ 330 mil para clubes dos dois estados. Finalizando o acordo comercial no Nordestão, os vinte times não têm despesas com arbitragem, viagens e hospedagens. Segundo a regra das viagens: até 500 km, passagens de ônibus; acima de 500 km, passagens aéreas, com delegações de 26 pessoas.

Cotas da Copa do Nordeste, fase por fase, de 2013 a 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Eis as cotas absolutas (somando as fases) para as campanhas no Nordestão:

2017
Campeão – R$ 2,85 milhões (ou R$ 2,58 milhões para MA e PI)
Vice – R$ 2,15 milhões (ou R$ 1,88 milhão para MA e PI)
Semifinalista – R$ 1,6 milhão (ou R$ 1,33 milhão para MA e PI)
Quartas de final – R$ 1,05 milhão (ou R$ 780 mil para MA e PI)
Primeira fase (PE, BA, CE, RN, AL, PB e SE) – R$ 600 mil
Primeira fase (MA e PI) – R$ 330 mil
Total – R$ 18.520.000

2016
Campeão – R$ 2,385 milhões (Santa Cruz)
Vice – R$ 1,885 milhão (Campinense)
Semifinalista – R$ 1,385 milhão (Bahia e Sport)
Quartas de final – R$ 935 mil (Ceará, Salgueiro, CRB e Fortaleza)
Primeira fase – R$ 505 mil*
Total: R$ 14.820.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão

2015
Campeão – R$ 2,74 milhões** (Ceará)
Vice – R$ 1,24 milhão (Bahia)
Semifinalista – R$ 890 mil (Vitória e Sport)
Quartas de final – R$ 615 mil (Fortaleza, América-RN, Salgueiro e Campinense)
Primeira fase – R$ 365 mil*
Total: R$ 11.140.000
* Exceto para os clubes do Piauí e do Maranhão
** Com bônus de R$ 500 mil, pago pela CBF

2014
Campeão – R$ 1,9 milhão (Sport)
Vice – R$ 1,2 milhão (Ceará)
Semifinalista – R$ 850 mil (América-RN e Santa Cruz)
Quartas de final – R$ 600 mil (CSA, CRB, Vitória e Guarany-CE)
Primeira fase – R$ 350 mil
Total: R$ 10.000.000

2013
Campeão – R$ 1,1 milhão (Campinense)
Participação – R$ 300 mil
Total: R$ 5.600.000

A evolução da premiação total da Copa do Nordeste. Arte: Cassio Zirpoli/DP

As cotas de participação e premiações dos clubes pernambucanos em 2016

Receitas de Sport, Santa Cruz, Náutico e Salgueiro. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Encerrada a temporada 2016, vamos a um balanço econômico dos principais clubes pernambucanos, considerando o desempenho esportivo de cada um nas competições oficiais. Ao todo, considerando as quatro principais forças, um apurado de R$ 84.336.410. Neste contexto, se aplicam as premiações recebidas por fases e/ou títulos, além dos recursos recebidos pela transmissão de cada campeonato, à parte da bilheteria (em outro post, em breve).

Em campo, o Leão da Ilha pouco fez. Parou na semifinal regional, perdeu o título estadual para o Santa, caiu no primeiro mata-mata da Sula, também para o rival tricolor, e ainda foi eliminado da Copa do Brasil na 1ª fase – justamente para poder jogar o torneio internacional. Com tantos insucessos, só ganhou R$ 3,6 milhões, o que corresponde a 8% do montante geral, uma vez que recebeu R$ 42 milhões da televisão pelo Brasileirão, uma receita já assegurada em 2017.

Com a maior receita de sua história, mesmo somando apenas as cotas e premiações, o Santa chegou a R$ 30 milhões – até hoje, já adicionando bilheteria e sócios, chegara no máximo a R$ 17 mi, em 2011. Além da cota de tevê, a maior do clube mesmo sendo a menor da Série A, os corais fizeram por onde nos mata-matas. Títulos no Pernambucano (sem premiação à parte) e no Nordestão, 3ª fase na Copa do Brasil e oitavas na Sula. Só não “pontuou” no Brasileiro (até o 16º lugar) – o rebaixamento, aliás, já comprometeu 2017. Para neste ano, especificamente, a previsão mínima de receita foi superada em 38%.

Quanto ao Náutico, um ano pífio. Fora do Nordestão, o clube tinha na Copa do Brasil o caminho meio para receitas extras, mas acabou eliminado pelo modesto Vitória da Conquista. O acesso perdido na última rodada, também em casa, tirou mais R$ 200 mil do clube – além do maior impacto, de R$ 23 milhões em 2017.

Sport
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Nordestão –  R$ 1,385 milhão (semifinal)
Copa do Brasil – R$ 420 mil (1ª fase)
Série A (TV fixo) – R$ 35 milhões
Série A (TV ppv) – R$ 6,75 milhões
Série A (premiação) – R$ 900 mil (14º lugar)
Sul-Americana – R$ 988 mil (fase nacional)
Total : R$ 46.505.142 (R$ 3,875 milhões/mês)
Calendário: 66 jogos (R$ 704 mil/jogo)

A previsão mínima era R$ 42,381 mi (aumentou em R$ 4,12 milhões, ou 9,7%)

Santa Cruz
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Nordestão – R$ 2,385 milhões (campeão)
Copa do Brasil – R$ 1,56 milhão (3ª fase)
Série A (TV*) – R$ 23 milhões
Sul-Americana – R$ 2,224 milhões (oitavas)
Total: R$ 30.231.142 (R$ 2,519 milhões/mês)
Calendário: 73 jogos (R$ 414 mil/jogo)
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

A previsão mínima era R$ 21,805 mi (aumentou em R$ 8,42 milhões, ou 38,6%)

Náutico
Estadual – R$ 1.062.142 (fixo)
Copa do Brasil – R$ 240 mil (1ª fase)
Série B (TV*) – R$ 5 milhões
Total: R$ 6.302.142 (R$ 525 mil/mês)
Calendário: 54 jogos (R$ 116 mil/jogo)
* O valor conta todas as plataformas, incluindo o PPV

A previsão mínima era R$ 6,15 mi (aumentou em R$ 150 mil, ou 2,4%)

Salgueiro*
Estadual – R$ 122.984 (fixo)
Nordestão – R$ 935 mil (quartas)
Copa do Brasil – R$ 240 mil (1ª fase)
Total: R$ 1.297.984 (R$ 108 mil/mês)
Calendário: 42 jogos (R$ 30 mil/jogo)
* Na Série C, os clubes recebem apenas passagens aéreas e hospedagem

A previsão mínima era R$ 815.000 (aumentou em R$ 482 mil, ou 59,2%)