O 45 minutos produziu três gravações exclusivas sobre os jogos dos grandes clubes na 7ª rodada do hexagonal do Pernambucano de 2017, com a goleada coral, a vitória magra dos reservas rubro-negros e a derrota alvirrubra no Sertão, com o Salgueiro líder e já classificado à semi. Ao todo, 53 minutos de podcast, comentando desempenhos coletivos e individuais, mudanças dos treinadores, contexto da classificação e a possibilidades de mudanças para as próximas apresentações – na decisiva rodada do Nordestão, quarta-feira.
Neste podcast, estou com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça!
Após duas semanas, o Campeonato Pernambucano voltou à agenda dos grandes clubes. A saudade, pelo visto, não foi das maiores, com apenas 5.903 torcedores nos três jogos da 7ª rodada do hexagonal do título, com direito a um borderô com 437 testemunhas no Arruda, para assistir à magra vitória do Sport. O jogo, transmitido ao vivo na tevê aberta, fechou a rodada, que começara no sábado, com as vitórias de Salgueiro e Santa, líder e vice-líder. Hoje, só o Carcará está matematicamente classificado. Entretanto, o G4 é o mesmo desde a primeira rodada. Só um milagre mudaria este cenário.
Nos 21 jogos realizados esta fase do #PE2017 saíram 49 gols, com média de 2,33. Em relação à artilharia, com a FPF considerando os dados do hexagonal e do mata-mata, o tricolor Éverton Santos é o novo líder, com 4 gols.
Hoje, as semifinais seriam Salgueiro x Náutico e Santa Cruz x Sport.
Santa Cruz 5 x 1 Central – Jogo tranquilo no Arruda, definido já no primeiro tempo, com três gols. O jogo melhorou o ambiente após o revés no clássico.
Salgueiro 2 x 0 Náutico – Jogo equilibrado, com mandante se mostrando mais eficaz na finalização. Na campanha geral , tem 82% de aproveitamento.
Belo Jardim 0 x 1 Sport – O time reserva do Sport, utilizado pela 4ª vez na competição, desperdiçou inúmeras oportunidades. Venceu sem convencer.
Destaque: Éverton Santos. O tricolor não teve uma grande atuação, mas foi oportunista em dois rebotes, tornando-se o artilheiro isolado desta fase
Carcaça: Thomás. Não o do Santa, mas o do Central. Aos 39/2T deu dois carrinhos em dois segundos, ambos dentro da área! Cometeu o pênalti, óbvio
Próxima rodada 25/03 (16h00) – Náutico x Belo Jardim, Arena (Premiere) 26/03 (16h00) – Sport x Santa Cruz, Ilha do Retiro (Globo NE) 26/03 (16h00) – Central x Salgueiro, Antônio Inácio
Se o Santa segue trabalhando para se apresentar de forma mais organizada, parece certo que o Central deste Estadual não irá conseguir isso. Marca mal e ataca mal, facilitando bastante a vida do adversário – neste hexagonal já são seis derrotas em sete jogos. Enquanto isso, o atual bicampeão foi a campo com força máxima, para dar uma resposta imediata aos seus torcedores após o insosso desempenho no Clássico das Emoções. Jogou com seriedade, mas nem precisou se esforçar tanto. A goleada por 5 x 1 foi construída com extrema tranquilidade, avançando com a bola quase sempre com perigo. Uma rápida triangulação, por exemplo, era quase sinônimo de chance de gol.
Bom para quem estava devendo, como Éverton Santos. O atacante somava dois gols na competição, curiosamente na vitória sobre o mesmo Central, no jogo da terceira rodada, na arena. Balançou as redes novamente em dose dupla. Com menos de vinte de minutos de bola rolando, lances parecidos. Cruzamento na área, finalização de Halef Pitbull e rebote de Éverton Santos.
No geral, considerando também o Nordestão, o atacante chegou a cinco gols, se igualando naquele momento a Pitbull. Mas o camisa 9 não deixou barato. Logo depois, completou um passe de Vítor na pequena área. Essa disputa e importante, com as fases decisivas das duas frentes se aproximando. Embora a Patativa tenha diminuído numa falha de marcação no escanteio, o jogo seguiu controlado, com Eutrópio fazendo testes pontuais, como Gino no lugar de David. Salles (de falta) e o próprio Gino (aos 45/2T) fecharam o placar.
Artilheiros corais em 2017 (PE + NE, com 21 gols em 12 jogos) 6 gols – Halef Pitbull 5 gols – Éverton Santos
2 gols – Léo Costa, Thomás e Anderson Salles
1 gol – Barbio, Julio Sheik e Gino
1 gol contra (Ranieri, do Salgueiro)
Seguindo diretrizes da Fifa para a implementação de certificados e licenças em cursos de capacitação e formação de profissionais no futebol, a “CBF Academy” expandiu o trabalho em 2017. Em atividade desde 2005, o braço da confederação lançou cursos especiais fora do Rio. Entre as cidades, o Recife, utilizando a estrutura da sede da FPF, na Boa Vista. Entre as várias opções de gestão, a versão local será focada na Licença C. Com ela, a CBF passa a reconhecer os trabalhos dos treinadores nos níveis mirim e infantil, em clubes e escolinhas – sendo o 4º nível de uma longa e cara graduação.
Com aulas entre 29 de abril e 7 de maio, o curso está aberto a 50 alunos, com 140 horas de duração – abaixo, o quadro de disciplinas. Interessado? Pois o investimento pessoal é de R$ 5.267, ou 585 reais por cada dia de aula. Em caso de turma completa, a CBF Academy arrecadará R$ 263 mil.
Vale lembrar que a partir de 2018 entra em vigor a Licença de Clubes, já publicada pela CBF. É uma série de exigências técnicas e administrativas aos clubes para a chancela da participação em torneios nacionais. No caso, os treinadores passam a precisar da Licença Pro, três níveis acima da C.
Cronograma para a exigência de Licença Pro aos técnicos profissionais 2018 – Série A (20 clubes 2019 – Série B (20 clubes) 2020 – Série C (20 clubes) 2021 – Série D (68 clubes)
Na CBF Academy existem cinco níveis de licença para treinadores. À parte da pós-graduação, o nível profissional é voltado para ex-jogadores e treinadores, a partir da Licença B. As aulas práticas são realizadas na Granja Comary, em Teresópolis. Neste cenários, eis as disciplinas: preparação física e fisiologia do futebol profissional; psicologia do esporte no futebol profissional; treinamento de campo no futebol profissional; prática e análise do treinamento de campo; legislação esportiva aplicada III; e medicina esportiva no futebol profissional.
Pro – Excelência (370 horas) A – Futebol profissional (250 horas) B – Categoria de base (185 horas) C – Escolinha (140 horas) D – Projetos sociais
O Ibope publicou a nova atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de março traz os 20 clubes da Série A e mais 20 clubes com os maiores quadros nas Séries B, C e D. Ao todo, são onze nordestinos presentes, sendo o Sport o melhor colocado no âmbito nacional, em 13º lugar. Das quatro redes quantificadas nos últimos 30 dias, o rubro-negro foi o time da região que mais somou torcedores em três, e hoje só não lidera no face – são 44 mil pessoas de diferença em relação o Bahia, o vice nas demais redes.
No ranking absoluto, a Chapecoense segue crescendo. Foram mais 105 mil pessoas em seus perfis, sendo a maioria formada por solidários torcedores de outros clubes, chegando a 5,6 milhões ao todo. Com isso, ultrapassou o Grêmio e assumiu a 6ª colocação. Na briga pelo topo, ainda que o líder Corinthians já esteja na casa de 18 milhões, o Flamengo vem reduzindo a diferença mês a mês. Desta vez, de 879 mil para 775 mil. Na sequência, o São Paulo, completando o patamar acima de 10 milhões.
Voltando ao Nordeste, Santa e Fortaleza travam uma disputa ferrenha há tempos em busca do 5º lugar na região. Neste mês, o tricolor pernambucano enfim passou o tricolor cearense na soma de todas as plataformas. Por fim, o Vitória, cuja torcida é a 6ª no facebook, a maior rede social. Após o aumento fora da curva na lista anterior, com 90 mil pessoas a mais em suas bases, agora o leão soteropolitano somou 19 mil, voltando a ficar abaixo, neste quesito, de Sport e Bahia. A seguir, a análise dos times da região a partir da lista divulgada por José Colagrossi, diretor do Ibope-Repucom.
Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal 1º) Sport (2.574.383 seguidores) +28.342 (1º lugar em evolução no mês) 2º) Bahia (2.369.571) +20.934 (2º) 3º) Vitória (1.504.024) +19.761 (3º) 4º) Ceará (1.002.101) +5.655 (5º) 5º) Santa Cruz (829.222) +10.901 (4º) 6º) Fortaleza (829.147) +5.579 (6º) 7º) América-RN (378.524) +2.712 (11º) 8º) ABC (363.773) +4.895 (8º) 9º) Náutico (349.069) +5.065 (7º) 10º) Sampaio Corrêa (233.233) +4.799 (9º)
11º) CRB (222.914) +3.831 (10º)
Ranking do NE no facebook 1º) Bahia (1.094.212 curtidores) +545 (9º) 2º) Sport (1.049.560) +4.470 (2º) 3º) Ceará (643.750) +213 (10º) 4º) Fortaleza (581.775) +930 (7º) 5º) Santa Cruz (568.883) +1.940 (4º)
6º) Vitória (401.217) +4.553 (1º lugar em evolução no mês)
7º) América-RN (245.325) +23 (11º)
8º) ABC (221.206) +950 (6º)
9º) Náutico (209.696) +1.301 (5º)
10º) Sampaio Corrêa (141.860) +2.173 (3º)
11º) CRB (133.118) +680 (8º)
Ranking do NE no twitter 1º) Sport (1.271.078 seguidores) +17.080 (1º lugar em evolução no mês) 2º) Bahia (1.117.895) +16.368 (2º) 3º) Vitória (972.037) +11.820 (3º) 4º) Ceará (213.274) +2.716 (5º) 5º) Santa Cruz (135.937) +6.508 (4º)
6º) Fortaleza (133.918) +2.025 (8º)
7º) Náutico (98.341) +2.527 (6º)
8º) ABC (94.709) +2.376 (7º)
9º) América-RN (78.929) +1.550 (9º)
10º) Sampaio Corrêa (48.233) +1.381 (11º)
11º) CRB (42.903) +1.446 (10º)
Ranking do NE no instagram 1º) Sport (229.635 seguidores) +5.061 (1º lugar em evolução no mês) 2º) Bahia (136.400) +3.531 (2º)
3º) Ceará (133.452) +2.378 (5º) 4º) Vitória (123.585) +3.203 (3º) 5º) Santa Cruz (105.296) +1.840 (6º)
6º) Fortaleza (104.558) +2.511 (4º)
7º) América-RN (51.702) +1.042 (11º)
8º) ABC (45.356) +1.468 (8º)
9º) CRB (43.465) +1.616 (7º)
10º) Sampaio Corrêa (41.854) +1.102 (10º)
11º) Náutico (41.032) +1.237 (9º)
Ranking do NE no youtube* 1º) Sport (24.110 seguidores) +1.731 (1º lugar em evolução no mês)
2º) Bahia (21.064) +490 (3º) 3º) Santa Cruz (19.106) +613 (2º) 4º) Ceará (11.625) +348 (4º) 5º) Fortaleza (8.896) +113 (7º)
6º) Vitória (7.185) +185 (5º)
7º) CRB (3.428) +89 (10º)
8º) América-RN (2.568) +97 (9º)
9º) ABC (2.502) +101 (8º)
10º) Sampaio Corrêa (1.286) +143 (6º)
* O Náutico não possui perfil oficial
* Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. Inclusive, pode seguir perfis rivais, também contabilizados.
A transmissão dos jogos do grandes clubes do estado em 2017, através da Globo Nordeste, começou em 29 de janeiro, com o Clássico das Emoções pelo Campeonato Pernambucano. A exibição na televisão ocorre em sinal aberto para todo o estado, com duas partidas por semana. Em termos de mensuração de audiência, o Kantar Ibope costuma estimar o público sintonizado na Região Metropolitana do Recife. São dados para consumo interno, do instituto e da emissora. Assim, a audiência média das partidas é divulgada publicamente a conta-gotas. De toda forma, o blog compilou as cinco principais audiências em seis semanas de bola rolando, com horários e competições distintas.
A liderança (provisória) do Clássico das Multidões não surpreenda, pois é, disparado, o jogo de maior apelo popular no futebol local. Porém, a presença massiva do Sport na Copa do Brasil talvez seja um indício da força do mata-mata neste cenário, mesmo considerando as fases prévias. Até o momento, o hiato entre a maior e pior audiência é de 234 mil pessoas por minuto, ou quase dez pontos no Ibope. O blog vai seguir atento ao assunto…
O recorde local data de 18/02/2009, com Colo Colo 1 x 2 Sport, na Libertadores, com 57 pontos. Na época, correspondeu a 1,29 milhão de telespectadores.
753 mil (31,0 pontos) – Santa Cruz 1 x 1 Sport (18/02, sábado, Estadual)
670 mil (27,6 pontos) – Boavista 0 x 3 Spot (08/03, quarta, Copa do Brasil)
636 mil (26,2 pontos) – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (12/03, domingo, Nordestão)
570 mil (23,6 pontos) – Salgueiro 0 x 1 Santa Cruz (05/03, domingo, Estadual)
519 mil (21,4 pontos) – Sport 1 x 1 Náutico (01/03, quarta, Estadual)
Jogos com dados não divulgados: Náutico 1 x 1 Santa Cruz (29/01), Santa Cruz 0 x 0 Belo jardim (01/02), Juazeirense 0 x 1 Sport (05/02), CSA 1 x 4 Sport (08/02), Campinense 2 x 0 Náutico (12/02), Guarani 1 x 0 Náutico (15/02), Sport 3 x 0 Sete de Dourados (22/02), Uniclinic 0 x 2 Santa Cruz (25/02)
Com a Copa do Brasil de 2017 já em andamento, a CBF anunciou um aumento de R$ 17 milhões nas cotas de participação previamente divulgadas. O montante foi distribuído da primeira fase até a semifinal, com acréscimos variando entre 19% e 20%. O reajuste, obtido pela entidade através de fornecedores, alcançou todos os 91 participantes da edição vigente, dos 80 times que largaram no primeiro mata-mata (com repasses diferenciados de acordo com o ranking nacional) aos 11 pré-classificados às oitavas de final.
Inicialmente, considerando todas as oito etapas do torneio e o grupo 1 nas duas primeiras fases, o campeão poderia arrecadar até R$ 11,68 milhões. Agora, pode chegar a R$ 12,8 milhões, com um aumento absoluto de 9,5%. Os clubes em disputa a partir das oitavas, incluindo o Santa Cruz, como atual campeão nordestino, podem ganhar até 9,745 milhões de reais, ou 6,7% a mais que a meta anterior (de 9,13 mi). Entre os clubes pernambucanos, por sinal, a mudança na Copa do Brasil resultou numa injeção imediata de R$ 580 mil.
Abaixo, os novos ganhos dos quatro representantes do estado no torneio. R$ 1,93 milhão – Sport, até a 3ª fase (+310 mil) R$ 1,05 milhão – Santa Cruz, a partir das oitavas (+170 mil) R$ 300 mil – Náutico – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil) R$ 300 mil – Salgueiro – R$ 297 mil, eliminado, na 1ª fase (+50 mil)
Confira as cotas originais da Copa do Brasil, de 2012 a 2017, clicando aqui.
Em 12 jogos oficiais na temporada, o Náutico já disputou 5 clássicos. Nos últimos dois domingos, vitórias alvirrubras sobre Sport e Santa Cruz, ambas na Arena Pernambuco. No triunfo mas recente, válido pelo Nordestão, o timbu foi superior ao rival a tarde inteira. O 45 minutos analisou o terceiro Clássico das Emoções de 2017 destacando os pontos positivos e problemas dos dois times (individuais e coletivos), além da briga pela classificação, agora polarizada no grupo A. Estou neste podcast com Celso Ishigami e Fred Figueiroa. Ouça!
Animado pela vitória sobre o Sport há uma semana, pelo Estadual, o Náutico partiu para o tudo ou nada em outro clássico, desta vez contra o Santa, onde jogaria suas últimas fichas na Lampions. A conta era bem complicada. Precisava vencer os dois jogos restantes e secar adversários dentro do próprio grupo, para terminar em 2º lugar, e nas outras chaves, para ser um dos três melhores vice-líderes. Mas, como fica claro, o primeiro passo cabia ao próprio time. Já os corais foram à Arena com a tranquilidade que a campanha permitia, em busca da classificação antecipada (em caso de vitória). Só não mostraram organização.
Sem a pegada de outras partidas, o tricolor foi inoperante no ataque, mesmo tendo um controle maior da bola (55%). No primeiro tempo, sequer assustou o ex-goleiro Tiago Cardoso. Para ser justo, o Náutico também pouco fez, com Erick bem marcado. Para completar, Milton Cruz – que havia tido problemas para escalar a cabeça de área – foi obrigado a mudar duas vezes no primeiro tempo, com jogadores pedindo para sair, Tiago Alves e Marco Antônio.
Na primeira troca, aos 18 minutos, um cenário incrível. Nirley foi acionado, para finalmente estrear pelo timbu. Lá do meio-campo, acenou para Dudu, pedindo para o meia esperar na cobrança de escanteio. O zagueiro, então, correu para área e, livrinho, cabeceou para as redes. Um toque e apenas 14 segundos em ação pelo clube até o primeiro gol. Àquela altura, o Campinense já vencia com folga o Uniclinic (terminaria goleando por 4 x 0), mantendo o Náutico numa situação delicada em termos de classificação às quartas de final.
Na etapa final, os primeiros dez minutos foram de pleno domínio timbu, marcando a saída de bola e chegando bastante à meta de Júlio César, que evitou o pior. Sem mudar a postura do visitante, Eutrópio promoveu a estreia do atacante argentino Parra, após dez meses inativo. E, basicamente, passou mais um dia assim. Satisfeito nos quinze minutos finais, o Náutico segurou o 1 x 0 e ganhou sobrevida no Nordestão. Para isso, torce por outro revés do Santa dentro de dez dias. Resta saber se o tricolor voltará a jogar tão mal…
Troféu Gena* 4 pontos – Santa (1v, 1e, 1d) 4 pontos – Náutico (1v, 1e, 1d) * Título em homenagem ao centenário do clássico, somando os duelos em 2017
Vindo de Usina Trapiche, na zona rural de Sirinhaém, Ramón chegou ao Arruda ainda na adolescência. Já mostrando o faro de gols que o eternizaria no clube. Nos idos de 1967, com 17 anos e ainda no time juvenil, ele ganhou a primeira chance para treinar contra a equipe profissional do Santa Cruz. Com apenas cinco minutos de movimentação, segundo a própria memória, aproveitou uma sobra na marca do pênalti e mandou de bico, estufando as redes. Não demoraria a ser integrado no time principal, onde brilharia intensamente.
Pelo tricolor, marcou 148 gols, sendo 21 deles no Brasileirão de 1973, onde tornou-se o primeiro artilheiro atuando em um clube nordestino. De fato, viveu a era de ouro do clube nos gramados. É o 3º maior goleador da história coral, só abaixo de Tará e Luciano Veloso. Este, aliás, tornou-se um amigo, companhia constante nas cadeiras pretas do Mundão, onde ainda acompanha o Santa, 50 anos depois e já como conselheiro. No aniversário de 67 anos de Ramón, o Santa disponibilizou uma entrevista com o ídolo e suas histórias. Tem bastante.
Maiores artilheiros do Santa Cruz* 207 gols- Tará (1931-1948) 174 gols – Luciano Veloso (1968-1975) 148 gols – Ramón (1967-1983) 143 gols – Betinho (1971-1980) 123 gols – Fernando Santana (1967-1976)
* Segundo o acervo de Carlos Celso Cordeiro