Com 5 rodadas, Estadual 2018 soma 43 mil torcedores e R$ 805 mil de bilheteria

A 5ª rodada do Pernambucano de 2018 foi a primeira (e única) sem jogos do trio de ferro na capital. Foi, também, a de pior desempenho em termos de público presente até o momento. Com apenas 7.544 espectadores (47% concentrado num só jogo, Central x Sport), o índice foi de 1.508. Logicamente, ajudou a baixar a média da competição, já ruim. Por sinal, em Caruaru tíquete médio foi de R$ 32,40. Um valor elevado para os padrões locais, como já havia sido em Arcoverde, com um dado totalmente fora da curva (R$ 57,83). Justamente as partidas com a presença do atual campeão no interior, e também as únicas com bilheteria acima de R$ 100 mil – na capital do agreste o ingresso do tobogã, setor reservado ao visitante, saiu por R$ 50, mesmo preço aplicado aos rubro-negros em Arcoverde. Não por acaso, Flamengo e Central lideram a arrecadação, num cenário completamente incomum no futebol do estado – e que não bate com o ranking de público.

Abaixo, os rankings de público e renda, com ordem através das médias

Os rankings de público e renda do Pernambucano 2018 após 5 rodadas. Quadro: Cassio Zirpoli/DP

Os 10 maiores públicos
4.292 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda, 18/01 – 1ª rodada)
4.035 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda, 25/01 – 3ª rodada)
3.724 – Sport 2 x 0 Pesqueira (Ilha do Retiro, 29/01 – 4ª rodada)
3.685 – Náutico 3 x 0 Sport (Arena PE, 24/01 – 3ª rodada)
3.601 – Central 1 x 1 Sport (Lacerdão, 03/02 – 5ª rodada)
3.389 – Sport 2 x 0 Afogados (Ilha do Retiro, 20/01 – 2ª rodada)
3.000 – Flamengo 0 x 0 Sport (Áureo Bradley, 17/01 – 1ª rodada)
2.147 – Central 3 x 0 Náutico (Lacerdão, 21/01 – 2ª rodada)
1.861 – Central 0 x 0 Flamengo (Lacerdão, 28/01 – 4ª rodada)
1.824 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha, 21/01 – 2ª rodada)

Balanço geral – 25 partidas
Público total: 43.444 
Média: 1.737 pessoas
Arrecadação total: R$ 805.676 
Média: R$ 32.227 

Eis os borderôs da quinta rodada do campeonato estadual de 2018…

Central 1 x 1 Sport (Lacerdão); 3.601 torcedores e R$ 116.680

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Central 1 x 1 Sport. Foto: Central/instagram (@centraloficial)

Sagueiro 1 x 1 Santa Cruz (Cornélio de Barros); 1.393 torcedores e R$ 9.054

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Foto: Darlando Barros, via Carcará Net (@CarcaraNet)

Pesqueira 1 x 1 Náutico (Joaquim de Brito); 1.357 torcedores e R$ 35.970

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Pesqueira 1 x 1 Náutico. Crédito: globoesporte.com/reprodução

Flamengo 0 x 1 Afogados (Áureo Bradley): 624 torcedores e R$ 9.920

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Flamengo 0 x 1 Afogados. Foto: Torcida Portal do Sertão/instagram (@torcidaportaldosertao)

Vitória 5 x 2 América (Arena PE); 569 torcedores e R$ 4.370

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: mycujoo.tv/fpf (reprodução)

Ranking dos pênaltis e das expulsões (5)

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: Rede Globo/reprodução

A 5ª rodada do Estadual de 2018 registrou três expulsões e duas penalidades, distribuídas em apenas dois jogos. À parte do vermelho ao zagueiro Henríque, no Lacerdão, o que pesou mesmo foi o duelo entre Vitória e América, na Arena Pernambuco. O árbitro Péricles Bassols assinalou um pênalti para cada lado e uma expulsão pra cada lado. No tricolor das tabocas, a cobrança só foi efetivada no rebote – Thomas Anderson bateu, o goleiro defendeu e o próprio atacante marcou na sobra. E olhe que o jogo ainda teve 7 gols (Vitória 5 x 2).

Abaixo, as listas de pênaltis e expulsões após 25 partidas realizadas.

Pênaltis a favor (6)
1 pênalti – Afogados, América, Central, Náutico , Salgueiro (perdeu 1) e Vitória (perdeu 1)
Sem penalidade – Belo Jardim, Flamengo, Pesqueira, Santa Cruz e Sport

Pênaltis cometidos (6)
2 pênaltis – América (defendeu 1) e Vitória
1 pênalti – Afogados e Belo Jardim (defendeu 1)
Sem penalidade – Central, Flamengo, Náutico, Pesqueira, Salgueiro, Santa Cruz e Sport

Cartões vermelhos (7)
1º) América – 3 adversários expulsos; 1 vermelho recebido
2º) Central – 2 adversário expulsos; nenhum vermelho
3º) Belo Jardim – 1 adversário expulso, nenhum vermelho
4º) Vitória – 1 adversário expulso; 1 vermelho recebido
5º) Pesqueira – nenhuma expulsão
5º) Salgueiro – nenhuma expulsão
7º) Afogados – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
7º) Flamengo – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
7º) Náutico – nenhum adversário expulso; 1 vermelho recebido
7º) Santa Cruz – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho
7º) Sport – nenhuma adversário expulso; 1 vermelho

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Vitória 5 x 2 América. Crédito: Rede Globo/reprodução

Resumo da 5ª rodada do Pernambucano

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Flamengo 0 x 1 Afogados (Cláudio Gomes/Afogados FC), Central 1 x 1 Sport (Williams Aguiar/Sport), Pesqueira 1 x 1 Náutico (Léo Lemos/Náutico) e Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz (Premiere/reprodução)

Na semana pré-carnaval, a 5ª rodada do Campeonato Pernambucano de 2018 registrou a presença do trio de ferro no interior – ‘fugindo’ dos vários blocos e prévias na capital. Os três atuaram no sábado, finalizando com o mesmo placar, empate em 1 x 1. Com isso, a Acadêmica Vitória entraria na Arena PE, no domingo, para tomar a liderança. E conseguiu de forma categórica, com a maior goleada da competição. Se Náutico e Sport seguem no G4, na margem da tabela que decidirá as quartas de final em casa, o Santa segue na zona de rebaixamento – numa outra leitura, os corais têm a mesma pontuação do G8.

Com o Belo Jardim de folga, a rodada levou 7.554 torcedores aos estádios, com média de 1.507, a mais baixa até o momento. Quanto à artilharia, Thomas Anderson (Vitória) lidera isoladamente (como o seu time) com 5 gols.

Central 1 x 1 Sport – O alvinegro, que venceu o leão apenas 4 vezes neste século, segurou a vantagem até os 31 do 2º tempo, quando também tinha a vantagem numérica em campo. Tomou o empate numa falta de Marlone

Pesqueira 1 x 1 Náutico – Diante do lanterna da competição, o timbu utilizou vários jogadores da base, rodando o enxuto elenco. O gol de empate foi trabalhado por 2 reservas, os atacantes Daniel Bueno e Tharcysio

Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz – Festejando os 104 anos, o tricolor tentou a primeira vitória na temporada. Diante de um adversário historicamente complicado, os corais até abriram o placar. Pelo 2T, o empate foi aceitável

Vitória 5 x 2 América – De forma surpreendente, o vencedor seria o líder isolado – ao timbu, restava o empate. Mas a disputa foi meramente teórica, pois o tricolor das tabocas atropelou, fazendo 4 x 1 ainda no primeiro tempo

Flamengo 0 x 1 Afogados – A coruja vinha no limbo da tabela (9º), mas conseguiu a sua primeira vitória, ainda mais na condição de visitante. Gol de Willian, aos 23/2T, derrubando a invencibilidade de time de Arcoverde

Destaque – Thomas Anderson. Com os 2 gols na arena, o atacante do Vitória assumiu a artilharia da competição. Tem 5 gols, média de 1 por rodada

Carcaça – A ‘não transmissão’ em Pesqueira. Parecia coisa do passado, mas um jogo de um grande da capital ocorreu sem exibição alguma na televisão

Próxima rodada (Sport folga) – atualizada em 09/02
06/02 (20h00) – Náutico x Salgueiro (Arena PE) – Premiere
07/02 (20h00) – Belo Jardim x Vitória (Joaquim de Brito)
07/02 (20h00) – Flamengo x Pesqueira (Áureo Bradley)
07/02 (20h00) – América x Central (Ademir Cunha) – FPF/internet
14/02 (20h00) – Afogados x Santa Cruz (Vianão)

A classificação após 5 rodadas (verde = quartas; vermelho = descenso).

A classificação do Pernambucano 2018 após a 4ª rodada. Crédito: Superesportes

Machowski garante empate do Santa em Salgueiro, no 104º aniversário do tricolor

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

O Santa segue sem vencer na temporada, após seis partidas em três torneios distintos (0V, 4E e 2D), mas na noite sertaneja o resultado não deve ser tão lamentado. Além da dificuldade de atuar no Cornélio de Barros, o time vinha de uma dura eliminação, na Copa do Brasil, e testava um novo estilo de jogo, com o treinador Júnior Rocha mudando a saída de bola de pé em pé. Por enquanto, então, tiro de meta para o meio, disputa no alto e mais intensidade nas pontas. Mais força que técnica – que o time não mostrou tanto até aqui

É verdade que os corais foram para o intervalo em vantagem, após um gol do zagueiro Augusto Silva, aproveitando uma saída errada do goleiro Mondragon, mas, pelo volume de jogo do carcará na reta final, o 1 x 1 é aceitável. À parte da discussão sobre um lance no 1T, no qual a bola do tricolor teria passado a linha (a única câmera lateral é inconclusiva, na visão do blog), a vitória parcial dava ao time a chance de contragolpear na etapa complementar.

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

Contudo, o Salgueiro dominou o jogo e errou pouco. E lá na frente o mandante ficou por um triz. Empatou num gol de falta do meia Fabiano Menezes, aos 11, e depois conseguiu inúmeros cruzamentos perigosos, por cima e por baixo. O relógio já passava de 40 quando o goleiro Tiago Machowski tornou-se o nome da peleja. Se na cobrança de falta pode ter faltado mais atenção, nas três cabeçadas ele foi puro reflexo, espalmando finalizações bem ajustadas. A vitória no 104º aniversário não veio. Ao menos a derrota também não.

Histórico de Salgueiro x Santa Cruz (todos os mandos)
36 jogos
15 vitórias tricolores (41,6%)
10 empates (27,7%)
11 vitórias salgueirenses (30,5%) 

Pernambucano 2018, 5ª rodada: Salgueiro 1 x 1 Santa Cruz. Crédito: Premiere/reprodução

As redes sociais dos 40 principais clubes do Brasil até fevereiro de 2018, via Ibope

As redes sociais dos principais clubes do Brasil em 03/02/2018. Crédito: Ibope-Repucom

O Ibope publicou a atualização das bases digitais dos clubes do país, somando os perfis oficiais nas redes sociais mais utilizadas no futebol. O levantamento de fevereiro traz os 20 clubes presentes na Série A de 2018 e mais 19 times com os maiores quadros nas Séries B (12), C (5) e D (2), tendo a Portuguesa, sem divisão, como exceção – devido ao mercado paulista. Ao todo, são dez times nordestinos, com o Sport sendo o mais numeroso. Hoje, na lista combinada, o rubro-negro tem 278 mil pessoas a mais que o Baêa.

O leão só não lidera no face, com o rival baiano há frente há tempos. Por sinal, a rede de Mark Zuckerberg aponta um congelamento nos números, tanto que o maior crescimento regional (do Fortaleza, no embalo de Rogério Ceni) não chegou a 4 mil. O Bahia teve um aumento irrisório (40) e o Sport registrou decréscimo (682). Será que os clubes chegaram ao teto lá ou trata-se de um princípio de desgaste, como ocorreu no Orkut? A conferir. Se no quadro nacional o Trio de Ferro aparece com o Sport em 12º, Santa em 23º e Náutico em 31º, no regional as colocações são 1º, 6º e 9º, respectivamente.

A seguir, o comparativo em cada rede quantificada, entre 02/2018 e 01/2018.

Os nordestinos com mais usuários nas redes e a evolução mensal
1º) Sport (2.982.310 seguidores) +37.957 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (2.703.508) +37.213
3º) Vitória (1.702.404) +21.949
4º) Ceará (1.135.152) +14.076
5º) Fortaleza (990.685) +24.646
6º) Santa Cruz (929.812) +13.731
7º) América-RN (400.943) +3.613
8º) ABC (394.309) +3.714
9º) Náutico (381.976) +8.483
10º) CRB (271.140) +8.795

Ranking do NE no facebook
1º) Bahia (1.114.451 curtidores) +40
2º) Sport (1.085.405) -682
3º) Ceará (668.130) -178
4º) Fortaleza (629.588) +3.443 (maior evolução no mês)
5º) Santa Cruz (569.582) -738
6º) Vitória (436.257) +2.791
7º) América-RN (244.071) +17
8º) ABC (223.891) +107
9º) Náutico (211.864) +228
10º) CRB (139.280) +490

Ranking do NE no twitter
1º) Sport (1.521.083 seguidores) +26.766 (maior evolução no mês)
2º) Bahia (1.328.309) +24.093
3º) Vitória (1.092.460) +13.098
4º) Ceará (245.126) +5.995
5º) Santa Cruz (209.054) +11.208
6º) Fortaleza (181.200) +8.380
7º) Náutico (118.200) +6.189
8º) ABC (112.147) +1.550
9º) América-RN (91.196) +1.051
10º) CRB (62.798) +2.423

Ranking do NE no instagram
1º) Sport (317.658 seguidores) +9.098
2º) Bahia (214.793) +10.075 (maior evolução no mês)
3º) Ceará (193.897) +6.395
4º) Vitória (163.629) +5.506
5º) Fortaleza (157.314) +9.950
6º) Santa Cruz (123.999) +2.364
7º) CRB (62.393) +4.669
8º) América-RN (58.582) -252
9º) ABC (54.956) +1.801
10º) Náutico (51.912) +2.066

Ranking do NE no youtube*
1º) Sport (58.164 inscritos) +2.775
2º) Bahia (45.955) +3.005 (maior evolução no mês)
3º) Ceará (27.999) +1.864
4º) Santa Cruz (27.177) +897
5º) Fortaleza (22.583) +2.873
6º) Vitória (10.058) +554
7º) América-RN (7.094) +797
8º) CRB (6.669) +1.213
9º) ABC (3.315) +256
* O Náutico não possui perfil oficial

Obs. Uma pessoa pode ter contas em diferentes plataformas, com a lista contando cada uma delas. E pode seguir perfis rivais, também contabilizados.

Relatório da Fifa aponta que 254 clubes brasileiros (ou 35% do país) fizeram transferências internacionais em 2017

O total de jogadores negociados em transações internacionais no futebol, por ano. Crédito: Fifa TMS/reprodução

O nº de transferências no mundo, aumentando pela sexta vez consecutiva

Segundo a CBF, existem 722 clubes profissionais em atividade no país, dado de 2017. Cruzando essa informação com o novo relatório anual da Fifa sobre as transferências internacionais de jogadores, o Global Transfer Market Report 18, chega-se um quadro considerável e bem curioso. O sistema da Fifa, o TMS, aponta a CBF como a associação nacional com mais clubes envolvidos em negociações para o exterior – somando chegadas e saídas. Foram 254 times. Portanto, 35% dos clubes fizeram alguma negociação do tipo.

É quase o dobro da quantidade de clubes que disputaram as Séries A, B, C e D (128). Ao todo, 1.569 negociações tiveram o país como origem (821 atletas; US$ 288.8 milhões recebidos) ou destino (748 atletas; US$ 71.9 milhões gastos). Haja clube basicamente no papel e fazendo o papel de ponte – ou times amadores e ‘clubes formadores’, com apenas este propósito. Centros com divisões profissionais (principais e inferiores) bem mais fortes, a Alemanha e a Inglaterra tiveram 275 times presentes neste balanço. Juntas.

O total de clubes envolvidos em negociações internacionais de jogadores a cada ano e o total de clubes por país em 2017. Crédito: Fifa TMS/reprodução

No âmbito geral, a última temporada quebrou todos os recordes – total de jogadores, de clubes e países envolvidos e de dinheiro gasto. Mesmo com o freio no mercado chinês, que havia impulsionado os números de 2016, o futebol como um todo movimentou muita grana. Foram 15.624 negociações internacionais, ou 993 a mais. Quase 4 mil a mais em relação ao início da década, quando a Fifa passou a divulgar o relatório com regularidade.

O total de dinheiro gasto em transferências internacionais a cada ano. Crédito: Fifa TMS/reprodução

Em termos de investimento, o ponto alto foi a mudança de Neymar, do Barça para o PSG, por 264 milhões de dólares – a maior da história. No geral, o dado com transferências nunca havia chegado a 5 bi, pois foi além, finalizando em US$ 6,37 bilhões. Aumento de 32,7% num ano!. Numa média bruta, a título de curiosidade, isso daria 407 mil por cada jogador que mudou de país.

No meio dessas cifras gigantescas, o futebol pernambucano deu a sua contribuição. Tanto em saídas, como na venda dos direitos econômicos de atacante Erick, do Náutico para o Braga-POR (R$ 2,8 mi), quanto em chegadas, na aquisição do centroavante André, do Sporting-POR para o Sport (R$ 5,2 mi). Ambas devidamente registradas no Transfer Matching System.

As duas janelas brasileiras em 2018: de 10/01 a 02/04 e de 20/06 a 20/07.

Os tipos de negociações internacionais no futebol em 2017. Crédito: Fifa TMS/reprodução

Gita, de Raul Seixas, na versão Santa

Maestro Spok cantando a versão coral de 'Gita'. Crédito: Portão 10/facebook (reprodução)

A torcida ‘Portão 10’, do Santa Cruz, criou uma versão da música Gita, de Raul Seixas, com versos relacionados ao tricolor. Gravada em estúdio pelo Maestro Spok, a releitura do clássico de 1974 faz parte do álbum ‘Avante Santa Cruz’, agendado para o 104º aniversário do clube. Abaixo, um trecho do clipe e algumas mudanças na letra. Música já presente no Arruda…

A letra (em itálico, os versos originais da primeira estrofe):

Às vezes você me pergunta, por que é que eu sou tão pirado
Às vezes você me pergunta, por que é que sou tão calado

Não largo o meu o Santa por nada, estarei sempre ao seu lado
Não falo de amor quase nada, nem fico sorrindo ao seu lado

Eu penso em ti toda a hora
Você pensa em mim toda hora

Estou sempre a te apoiar
Me come, me cospe, me deixa

Talvez você não entenda, mas hoje eu vou te mostrar
Talvez você não entenda, mas hoje eu vou lhe mostrar

Tricolor, és minha alegria
Que eu sou a luz das estrelas

Tricolor, sempre vou te apoiar
Eu sou a cor do luar

Tricolor, tu és minha vida
Eu sou as coisas da vida

Pra sempre eu vou te amar
Eu sou o medo de amar

Colosso Coral, a 5ª versão para a cerveja oficial do Santa Cruz. Agora, pelo CT

Cerveja do Santa Cruz em 2018, a "Colosso Coral". Foto: NaTora HmB/divulgação

Entre 1995 e 2018, foram lançados cinco tipos de cerveja relacionados ao Santa Cruz. Da limitada primeira versão, importada dos Estados Unidos, à versão artesanal, a Colosso Coral, visando a receita para a construção do centro de treinamento do clube (como o bolo de rolo e os cadernos lançados). Produzido pela cervejaria NaTora HmB, sediada em Petrolina, o produto chega ao Arruda no aniversário de 104 anos do clube (R$ 25 a garrafa de 600 ml).

Eis a descrição da fabricante: “Cerveja clara, saborosa e aromática. Toques citricos e de frutas tropicais com discreto amargor a tornam bem refrescante”.

Abaixo, o blog relembra outras cervejas oficiais com a marca do Santa Cruz.

Cerveja tricolor em 2013
A última cerveja oficial do Santa, de 473 ml, havia saído em 2013, na ‘Lata Torcedora” da Brahma, com 17 clubes, sendo 5 do NE (com o trio de ferro).

Cerveja tricolor em 2012
Época do contrato mais amplo, com 35 clubes licenciados junto à Brahma, via campanha ‘Brasil, melhor futebol do mundo”. No latão: “o sabor de ser coral”.

Cerveja tricolor em 2000
A 1ª lata licenciada (350 ml) em grande escala foi a da Kaiser, via “Kaiser Clube”. O escudo coral tinha 8 estrelas, com o tri-super e o penta (69-73).

Cerveja tricolor em 1995
Foi uma edição limitada, de 355 ml, importada por Santa Cruz e Sport junto à Evansville, dos EUA. No modelo coral, destaque para o tri-super (57, 76 e 83).

Eis as versões anteriores da cerveja tricolor, da esquerda para a direita: Brahma (2013), Brahma (2012), Kaiser (2000) e Evansville (1995)

Pela ordem (esquerda pra direita): Brahma (2013), Brahma (2012), Kaiser (2000) e Evansville (1995)

Em Feira de Santana, Santa é eliminado na 1ª fase da Copa do Brasil pela 7ª vez

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Fluminense de Feira 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Tiago Caldas/Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

1999 – Treze-PB, 3 x 2 e 2 x 4
2003 – Coríntians-RN, 0 x 2 e 2 x 1
2007 – Ulbra-RO, 0 x 2 e 1 x 2
2008 – Fast-AM, 1 x 3 e 1 x 0
2009 – Americano-RJ, 0 x 2 e 2 x 4
2012 – Penarol-AM, 2 x 1 e 2 x 3
2018 – Fluminense de Feira-BA, 0 x 2

Pela 7ª vez em 24 participações, o Santa foi eliminado logo na abertura da Copa do Brasil. Desta vez a campanha foi a mais curta, um jogo. No primeiro mata-mata, segundo o regulamento criado há um ano, o pior rankeado joga em casa e o melhor rankeado tem a vantagem do empate. Na maior cidade do interior baiano, Feira de Santana, o tricolor passou longe desse empate. Com 25 minutos de bola rolando, o placar de finalizações apontava 5 x 2 para o Fluminense, que se aproveitaria bastante dos erros técnicos dos corais.

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Fluminense de Feira 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Gledson Santos/Fluminense de Feira/site oficial

Se Tiago Machowski vinha salvando, acabou dando rebote numa cafofa – num lance iniciado após a saída errada de Artur. No segundo tempo, a esperada reação não ocorreu, com uma chance efetiva aos 39 minutos, numa cabeçada de Daniel Sobralense. E o contragolpe foi fulminante, cravando o 2 x 0. Um resultado que mantém o time de Júnior Rocha sem vitórias em 2018, e já com um grande desfalque financeiro (R$ 600 mil) numa temporada apertada.

A cobra coral na 1ª fase da Copa do Brasil
24 participações

16 classificações (66%; última em 2016 – Rio Branco/ES)
7 eliminações (29%; última em 2018 – Fluminense/BA)
1 pré-classificação às oitavas (em 2017)

Os 5 jogos oficiais do tricolor em 2018 (0V, 3E e 2D)
16/01 – Confiança 1 x 1 Santa Cruz (Batistão), Nordestão
18/01 – Santa Cruz 1 x 1 Vitória (Arruda), Estadual
21/01 – América 2 x 0 Santa Cruz (Ademir Cunha), Estadual
25/01 – Santa Cruz 1 x 1 Central (Arruda), Estadual
31/01 – Flu de Feira 2 x 0 Santa Cruz (Joia da Princesa), Copa do Brasil

Copa do Brasil 2018, 1ª fase: Fluminense de Feira 2 x 0 Santa Cruz. Foto: Tiago Caldas/Santa Cruz/twitter (@santacruzfc)

Uninassau lança a 4ª pesquisa de torcida no Recife em 6 anos. A primeira em 2018

Os percentuais do Trio de Ferro nas pesquisas de torcida no Recife, segundo a Uninassau. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A primeira pesquisa de torcidas relacionada ao futebol local em 2018 foi produzida pelo Instituto de Pesquisas Uninassau, que trouxe um cenário sobre o Recife. Por sinal, considerando a versão anterior do instituto, chamada de Maurício de Nassau, ou IPMN, este foi o 4º levantamento na capital em seis anos – em todos os casos, encomendado pelo portal Leia Já. Acompanhando o tema nesse tempo todo, o blog traz aqui a evolução do trio de ferro, além da projeção absoluta considerando a população atual da cidade, segundo o IBGE. Em todos os estudos foram feitas 624 entrevistas, com pessoas acima de 16 anos. Hoje, a soma de rubro-negros, tricolores e alvirrubros, que mantiveram a ordem (1º, 2º e 3º), chegaria a 68,8% do público, o que daria 1.123.983 torcedores – somente na capital, pois a RMR tem 4 milhões de habitantes. Nesta pesquisa, especificamente, chamou a atenção o número de indecisos sobre uma simples pergunta: ‘Para qual time de futebol você torce?’.

Instituto de Pesquisas Uninassau / Recife 2018
Período: 22 e 23 de janeiro de 2018
Público: 624 entrevistados
Margem de erro: 4,0%
População estimada (IBGE/2017): 1.633.697

1º) Sport – 33,1% (540.753)
2º) Santa Cruz – 24,1% (393.720)
3º) Náutico – 11,6% (189.508)

Outros times – 1,0% (16.336)
Sem clube – 21,2% (346.343)
Sem resposta – 9,0% (147.032)

Desta vez há outro dado interessante. Após a pergunta básica sobre a preferência clubística, espontânea, foi feita uma segunda, direcionada a quem disse torcer por um clube: “Existe algum outro time de futebol do Brasil que você torce?”. Dos 69,8% que torcem, de acordo com a primeira pergunta do questionário, 26% afirmaram ter um segundo time – ou seja, em termos absolutos, isso corresponde a 18,1% de todas as pessoas entrevistadas. Dentro deste recorde de ‘torcedores mistos’, o Corinthians lidera com 27,2% (ou 4,9% do total), seguido pelo Flamengo, com 17,3% (ou 3,1% do total).

Voltando ao trio, eis os percentuais nas pesquisas e as respectivas projeções de torcidas, considerando as estimativas populacionais oficiais de cada ano.

Sport (7,7% de variação absoluta)
2013 – 32,3% (516.962 torcedores)
2014 – 28,4% (454.261), -62.701
2016 – 36,1% (583.803), +129.542
2018 – 33,1% (540.753), -43.050

Santa Cruz (9,4% de variação absoluta)
2013 – 19,0% (305.207 torcedores)
2014 – 21,2% (339.096), +33.889
2016 – 28,4% (459.279), +120.183
2018 – 24,1% (393.720), -65.669

Náutico (4,4% de variação absoluta)
2013 – 16,0% (256.241 torcedores)
2014 – 13,3% (212.735), -43.506
2016 – 12,8% (206.999), -5.736
2017 – 11,6% (189.508), -17.491

Sem time (15,2% de variação absoluta)
2013 – 32,1% (513.443 pessoas)
2014 – 26,0% (415.873), -97.570
2016 – 16,9% (273.303), -142.570
2018 – 21,2% (346.343), +73.040

Confira os levantamentos anteriores sobre o Recife: 2013, 2014 e 2016.