Aviões da Seleção Brasileira no Mundial

Avião da Gol para a Seleção Brasileira em 2014. Crédito: Gol/divulgação

São mais de vinte anos de tradição. A cada Copa do Mundo, a Seleção Brasileira embarca em um avião temático. A versão de 2014 é, sem dúvidas, a mais diferente na história da canarinha. Utilizando mil latas de spray, o grupo Os Gêmeos pintou a diversidade de etnias do país em um boeing 737-800, da Gol.

O avião, customizado no aeroporto de Confins, em Minas Gerais, irá transportar a delegação brasileira em todo o Mundial. A princípio, a aeronave não irá pousar no Aeroporto dos Guararapes. Porém, há uma possibilidade. Quando não estiver a serviço da CBF, a aeronave entrará na operação regular da companhia.

Será a primeira vez que a Gol irá transportar a Seleção em um Mundial. De 1962 a 2006 a viagem foi via Varig. Em 2010, foi a TAM. Abaixo, os aviões desde o Mundial de 1994 e da Copa das Confederações no país. Qual foi o mais bonito?

Em 2013, a Copa das Confederações marcou a estreia da parceria CBF/Gol. A aeronave foi a mesma escolhida para o Mundial. A pintura chapada, com amarelo, azul e verde cobriu mais da metade do avião.

Avião da GOL para a Seleção Brasileira. Foto: CBF

Em 2010, na África do Sul, a TAM escolheu um Airbus A330 de sua frota, com capacidade para 219 pessoas. O nariz foi pintado com a bola do Mundial de 70.

Avião da TAM para a Seleção Brasileira em 2010. Crédito: www.skyliner-aviation.de

Na última viagem da Canarinha a bordo da Varig, em 2006, o avião foi um MD-11. Antes de chegar na Alemanha, a festa na intertemporada em Weggis.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2006. Crédito: http://forum.contatoradar.com.br

Na viagem mais longa já feita, para o outro lado do mundo, em 2002, a Varig utilizou um boeing 767-300. Na Ásia, o pentacampeonato mundial.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 2002. Crédito: www.airlines.net

Na primeira tentativa para o penta, na França, a Varig disponibilizou um boeing 737. Em 1998 a companhia já havia apresentado um novo logotipo.

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1998. Crédito: airlines.net

Em 1994 a seleção tetracampeã mundial foi transportada por um DC-10 da Varig. Na volta, o desembarque aconteceu no Aeroporto dos Guararapes

Avião da Varig para a Seleção Brasileira em 1994

O Alto da Sé através do filme Maracaná

Cea do filme "Maracaná", sobre a conquista uruguaia em 1950. Crédito: ESPN/reprodução

O filme uruguaio Maracaná, documentário sobre a conquista celeste no Mundial de 1950, traz imagens restauradas e cenas inéditas da competição.

Alguns filmes foram encontrados em uma cinemateca em Montevidéu.

A partir disso, o vídeo de uma hora mostra todo o Maracanazo, mas no viés dos uruguaios. A lamentação brasileira, com o “estrondoso silêncio” do Maraca, está lá. Porém, há a grande recepção da delegação hermana na capital, após o bi.

No filme, exibido pela primeira vez na tevê brasileira na ESPN, há um registro bem interessante de Pernambuco, com dois segundos de duração.

O Uruguai não atuou aqui em 1950 – jogou em Belo Horizonte, São Paulo e Rio -, mas o Alto da Sé de Olinda acabou passando como lembrança da única partida no Nordeste, disputada na Ilha do Retiro, Chile 5 x 2 Estados Unidos.

Seis décadas depois, o sítio histórico parece idêntico. Bastava colorizar a foto…

Mais imagens do Recife no primeiro Mundial do Brasil?

Eis uma colagem com imagens do vídeo oficial da Fifa.

Copa do Mundo 1950, 1ª fase: Chile 5 x 2 Estados Unidos. Crédito: Fifa/reprodução

Rivaldo, Cafu e Hulk no Recife em eventos baseados na Copa. Sem coincidência, claro

A Copa do Mundo é um vetor fortíssimo para os negócios relacionados ao futebol. Empresas nacionais e multinacionais vêm tentando associar as suas marcas ao evento, direta ou indiretamente. Uma boa maneira é contratar um astro da Seleção Brasileira ou um campeão do mundo…

Em uma semana, três deles passaram no Recife. Todos em eventos distintos.

O atacante Hulk, convocado por Felipão para o Mundial de 2014, o lateral-direito Cafu, recordista de jogos pela Canarinha (149) e campeão em 1994 e 2002, e o meia pernambucano Rivaldo, uma das grandes estrelas do penta.

O trio veio com o pacote completo das ações de marketing: fotos, vídeos e entrevistas.

Rivaldo com a Taça Fifa o Tour da Taça no Recife. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Rivaldo / Coca-Cola (23/05)

Principal nome do evento Tour da Taça, com a apresentação da Taça Fifa aos pernambucanos, com aproximadamente 15 mil visitas no estacionamento do Shopping Recife. Como apenas campeões do mundo ou chefes de estado podem tocar no troféu, coube ao craque colocá-lo na redoma. Posou para a imprensa divulgando a marca da companhia de refrigerantes, claro.

“Já passei em Teresina, Natal e ainda vou para Fortaleza, mas levantar essa taça aqui em Pernambuco, na minha terra, e poder beijá-la, é especial.”

Evento da Vivo com Hulk. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Hulk / Vivo (20/05)

Garoto-propaganda da empresa de telefonia móvel, o atacante do Zenit recebeu fãs numa tarde de autógrafos e fotos com banners da empresa, no Shopping Riomar. Tudo antes da apresentação oficial com os outros 22 convocados da Canarinha, na Granja Comary.

“Quem não queria vez uma final entre Brasil e Argentina. É o maior clássico do mundo. E sem dúvida seria uma final histórica.”

Cafu em evento do Restaurante Week. Foto: Bernardo Dantas/ DP/D.A Press.

Cafu / Restaurant Week (20/05)

O capitão do pentacampeonato participou do evento, no Tapa de Cuadril, através de uma “permuta”. O festival gastronômico recifense conta com 30 restaurantes envolvidos. A cada R$ 1 pago a mais no menu promocional em todos os locais, o valor irá à Fundação Cafu. Não por acaso, as opções nos cardápios foram batizadas de “Sabores do Brasil”, em homenagem à Copa.

“Espero que as manifestações não atrapalhem o evento, não podemos passar uma imagem ruim, o mundo está vendo o nosso país.”

O reencontro de Rivaldo com a Taça Fifa, bem no Recife

Rivaldo ergue a Taça Fifa ao conquistar a Copa do Mundo de 2002. Crédito: Fifa/Getty

Enfim, o reencontro de Rivaldo com a Taça Fifa. O craque pernambucano foi campeão mundial como uma das estrelas da Seleção Brasileira em 2002.

Na Ásia, marcou cinco gols e ajudou Ronaldo na decisão contra os alemães.

Na festa em Yokohama, também teve o seu momento com a cobiçada peça de 36,8 centímetros, com cinco quilos de ouro 18 quilates.

O meia ergueu o troféu e gritou alto, com orgulho do feito. Doze anos depois, o agora aposentado Rivaldo terá o reencontro com seu maior momento.

O troféu chegará no Recife na sexta-feira, para o tour da taça.

A famosa taça esteve na capital pela última vez em 19 de julho de 1994. Vinte anos depois, retorna com um fortíssimo esquema de segurança. Para se ter ideia, a obra criada pelo artista italiano Silvio Gazzaniga, em 1974, só pode ser tocada por jogadores campeões mundiais e chefes de estado.

Daí, a presença de Rivaldo, que terá a missão de colocar a taça na redoma.

Em Pernambuco, o troféu ficará exposto nos dias 23 e 24 de maio, das 9h às 21h, no estacionamento do Shopping Recife. A expectativa é de 20 mil visitas à Taça Fifa. Apenas uma pessoas terá a taça em suas mãos. Fez por onde…

Os quartéis dos sul-americanos no Mundial do Brasil

A América do Sul terá seis seleções na Copa do Mundo de 2014, sendo cinco países oriundos das eliminatórias e um, claro, como país-sede.

A Conmebol divulgou as imagens dos locais de treinamento de suas equipes no Brasil no período de preparação para o Mundial. Hotel de luxo, campo com grama específica, sala de musculação, imprensa, perímetro de segurança etc.

Na rota, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Além do Brasil, vale a torcida pelos outros representantes do continente?

Brasil – Granja Comary, em Teresópolis/RJ. A reforma do local tradicional da Seleção custou R$ 15 milhões, aumentando a capacidade para 36 suítes.

Local de treinamento da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Argentina – Cidade do Galo (CT do Atlético-MG), em Belo Horizonte/MG. Com 244 mil metros², o local foi apontado em 2010 como o melhor CT de clubes do país.

Local de treinamento da Argentina na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Uruguai – Estádio do Jacaré, em Sete Lagoas/MG. O estádio foi utilizado pelos clubes mineiros durante a reforma do Mineirão. Fica a 75 km da capital do estado.

Local de treinamento do Uruguai na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Colômbia – CFA Laudo Natel (CT do São Paulo), em Cotia/SP. É uma das estruturas do Tricolor Paulista. Esta é voltada para as categorias de base.

Local de treinamento da Colômbia na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Chile – Toca da Raposa II (Centro de Treinamento do Cruzeiro), em Belo Horizonte/MG. Não satisfeito em ter um bom CT na década de 1980, o clube construiu outro ainda melhor, com hotel, piscina térmica e cinema…

Local de treinamento do Chile na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

Equador – Resort Vila Ventura, em Viamão/RS. O local com dois campos fica próximo ao hotel de 106 unidades, que será fechado apenas para a seleção equatoriana.

Local de treinamento do Equador na Copa do Mundo de 2014. Crédito; Site oficial da Conmebol

A diferença na bilheteria entre um amistoso do Uruguai e um do Brasil

Preços dos ingresos para os dois amistosos do Uruguai antes da Copa do Mundo de 2014. Crédito: AUF/site oficial

O Uruguai fará dois amistosos em casa antes da Copa do Mundo de 2014. O cenário será o tradicionalíssimo estádio Centenário.

Até aí, nada demais. Outras seleções que disputarão o Mundial no Brasil também vão disputar amistosos na fase preparatória. Contudo, vale conferir a tabela de preços dos jogos da Celeste contra a Irlanda do Norte e Eslovênia. A venda conjunta do setor mais barato sai por 200 pesos uruguaios.

Convertendo para a nossa moeda, R$ 19,13. A média por jogo é de R$ 9,56!

A Seleção Brasileira também fará dois amistosos antes do Mundial, ambos em casa. Em 3 de junho, no Serra Dourada (Brasil x Panamá), e 6 de junho, no Morumbi (Brasil x Sérvia). Nos dois casos, os ingresso mais baratos serão comercializados por R$ 100… ou 1.037 pesos uruguaios.

O primeiro amistoso do grupo verde e amarelo será na cidade que irá abrigar a preparação oficial, Goiânia. São apenas dois tipos de bilhete.

Venda de ingressos para o amistoso Brasil x Panamá, em 2014. Crédito: CBF/site oficial

O último amistoso da Canarinha será na mesma cidade da estreia. Em vez da arena do Corinthians, o palco será o estádio do São Paulo.

Venda de ingressos para o amistoso Brasil x Sérvia, em 2014. Crédito: CBF/site oficial

Encontrando os doze estádios nos frames do vídeo oficial da Copa do Mundo

Abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

A Fifa divulgou o vídeo oficial de abertura dos jogos da Copa do Mundo. A animação será utilizada antes do início da transmissão na televisão das 64 partidas do Mundial no Brasil. A regra vale para todas as emissoras licenciadas.

São 49 segundos num rápido passeio pelas doze subsedes. Alguns locais aparecem em apenas três segundos. É o caso do Recife, representado com a praia de Boa Viagem, incluindo uma barraca de coco. A imagem traz ainda Natal ao fundo. No mesmo frame é possível ver a Arena Pernambuco, a Arena das Dunas e o Castelão, todos em “castelos de areia”. Curitiba e Porto Alegre também aparecem juntas. Difícil mesmo é identificar o estádio corintiano.

No fim, todos os estádios surgem novamente, formando o logotipo oficial do torneio. No caso do estádio de São Lourenço, a presença da fachada de LED na cor azul, algo que ainda não existe…

Para assistir ao vídeo completo, clique aqui.

Abaixo, os registros de todos os estádios da Copa.

Brasília (Mané Garrincha) – Esplanada dos Ministérios.

Estádio Mané Garrincha (Brasília) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Curitiba (Arena da Baixada) e Porto Alegre (Beira-Rio)

Arena da Baixada (Curitiba) e Beira-Rio (Porto Alegre) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

São Paulo (Arena Corinthians) – Centro de São Paulo, com o edifício Copan.

Arena Corinthians (São Paulo) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Cuiabá (Arena Pantanal)

Arena Pantanal (Cuiabá) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Manaus (Arena Amazônia) – Floresta amazônica.

Arena Amazônia (Manaus) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Salvador (Fonte Nova) – Pelourinho.

Fonte Nova (Salvador) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Recife (Arena Pernambuco), Natal (Arena das Dunas) e Fortaleza (Castelão)

Arena Pernambuco (Recife), Arena das Dunas (Natal) e Castelão (Fortaleza) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Belo Horizonte (Mineirão)

Mineirão (Belo Horizonte) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

Rio de Janeiro (Maracanã)

Maracanã (Rio de Janeiro) na abertura oficial da Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa/youtube

As marcas da Copa América, de 2015 e 2016

Logotipo oficial da Copa América de 2016

O plano da Copa América foi modificado, com a realização das edições a cada quatro anos. Contudo, em 2015 e 2016 o torneio viverá um momento especial…

Em 2016, a tradicional competição completará um século de história. Ampliando a disputa futebolística, a Conmebol se uniu à Concacaf para realizar, pela primeira vez, um torneio com os três continentes americanos.

Assim nasceu a “Copa América Centenário”, que ocorrerá nos Estados Unidos. O logotipo foi divulgado (acima), já dando pistas da futura bola oficial. Em abril já havia sido lançada outra marca, a da Copa América de 2015 (abaixo). Esta no Chile, seguindo o curso normal dos torneios.

Enquanto em 2015 serão 12 países, sendo dez representantes da Conmebol e dois convidados, México e Japão, em 2016 serão 16 seleções, com os mesmos dez sul-americanos e seis das Américas Central e do Norte, com Estados Unidos e México garantidos e outros quatro oriundos da Copa Ouro.

Na sua opinião, qual foi o logotipo mais bonito? Após esse período especial, o torneio voltará a ser revezado pelos sul-americanos. Em 2019, será no Brasil.

Curiosidade: a vaga da Conmebol na Copa das Confederações de 2017, na Rússia, será gerada na Copa América de 2015. Já a vaga da Concacaf será decidida entre os campeões da Copa Ouro de 2013 (EUA) e 2015.

Logotipo oficial da Copa América de 2015

A um mês da Copa do Mundo, desta vez estamos atrasados até no jeitinho

Logotipos das Copa do Mundo de 1950 e 2014

Falta apenas um mês para a bola voltar a rolar na Copa do Mundo no Brasil, após 64 anos de espera. Em 12 de junho, a Seleção Brasileira fará a sua estreia conta a Croácia, diante de 60 mil torcedores em São Paulo. O fato de o jogo ser na Arena Corinthians é emblemático para a organização do torneio, no pior sentido. Mesmo com o orçamento estourado, chegando a R$ 1,1 bilhão, o estádio ainda não está pronto. A montagem dos vinte mil lugares provisórios segue em andamento, fora o trabalho de acabamento, interno e na cobertura. Não houve sequer um jogo-teste.

No sábado, foi realizada uma festa com ex-jogadores do Timão com 20 mil pessoas presentes. Nada muito diferente do que houve há um ano, na Arena Pernambuco, na partida de operários com sete mil pessoas no anel inferior. A pressa local era enorme para a Copa das Confederações. O apressado plano de mobilidade emperrou no evento-teste da Fifa, e o estádio ainda foi maquiado internamente, para encobrir áreas inacabadas. Voltando ao presente, a situação se estende aos outros cinco palcos programados para este ano. A Arena da Baixada, em Curitiba, quase foi cortada da lista. O estádio do Atlético Paranaense está num estágio ainda mais atrasado que São Paulo, aguardando a chegada de centenas de assentos O mesmo cenário aplicado em Cuiabá.

E assim caminha a “Copa das Copas”, já com um plano de divulgação do governo federal nas redes de televisão e rádio, mostrando um legado que dificilmente veremos durante o Mundial. Ao todo, o país teve 79 meses para se preparar. Faltando um, a situação é temerária na infraestrutura – como foi em 1950, em escala bem menor. Nunca se teve tanto tempo para organizar um torneio, nunca se gastou tanto. O investimento total, de acordo com a última revisão da matriz de responsabilidades, de 2013, é e R$ 25,6 bilhões, sendo R$ 17,6 bi em infraestrutura e R$ 8 bi nos doze estádios. O que faltou?

Competência e compromisso, o que falta em boa parte das grandes obras do país. Na base da burocracia, dos aditivos e da maquiagem, a Copa do Mundo vai sair. Um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), encomendado pelo Ministério do Turismo, aponta um acréscimo de R$ 30 bilhões no produto interno bruto brasileiro por causa da Copa. A expectativa é de que 3,34 milhões pessoas assistam in loco às 64 partidas, atingindo a carga máxima. Prontas (algumas) e maquiadas (as demais), as arenas receberão festas há muito aguardadas pelos brasileiros, sem dúvida. Até a chegada no estádio, porém, será uma dura missão para cada um, com planos de mobilidade refeitos de última hora, justamente pela falta da estrutura prometida.

Em Pernambuco, a aposta era no sistema BRT (bus rapid transit), uma linha de ônibus expressa, complementar ao metrô já usado no estádio. Infelizmente, das 45 estações projetadas, apenas três (três!) devem ficar prontas em junho. Para melhorar o fluxo, somente torcedores com ingressos terão acesso. Dos 40.605 torcedores previstos em cada um dos cinco jogos na Arena, a expectativa é de que até 25 mil deles cheguem de metrô. O desembarque, porém, deve ser repartido entre as estações do Tip e Cosme e Damião, uma vez que a estação próxima ao estádio não foi construída para uma demanda deste tamanho. Quer exemplo maior sobre a falta de seriedade? Difícil mesmo é achar que tudo isso é culpa da Fifa, num discurso quase padrão.

Bem diferente do que se imaginava em 30 de outubro de 2007, quando o Brasil escolhido como país-sede, o Mundial será feito no jeitinho. E até para isso estamos atrasados. Falta um mês.

Hernanes, o 10º pernambucano na Copa do Mundo

Hernanes em ação pela Seleção Brasileira em 2013, contra México (2x0), Itália (2x2), Zâmbia (2x0) e Suíça (0x1). Fotos: Jefferson Bernardes/Vipcom (México), Wander Roberto/Vipcom (Itália), Rafael Ribeiro/CBF (Zâmbia e Suíça)

Hernanes mantém a tradição de Pernambuco na Copa do Mundo.

Pela 7ª vez consecutiva, um jogador nascido no estado defenderá a Seleção Brasileira no Mundial. É assim de forma ininterrupta desde 1990.

O meia recifense de 28 anos é um dos 23 nomes confirmados por Luiz Felipe Scolari para o torneio no país. Fez jus à série de partidas disputadas com a camisa verde e amarela em 2013, nada menos que quinze, sempre com o número 8.

Essas atuações foram paralelas ao desempenho na Internazionale de Milão, contratado junto à Lazio. Sempre de forma versátil, com marcação forte, bom passe e apoio na criação de jogadas.

Ao todo, o “Profeta” já vestiu a camisa do Brasil em 23 oportunidades desde 2008.

Abaixo, em ordem cronológica, a lista completa dos pernambucanos, com a edição disputada e o clube de origem. Nenhum deles foi ao Mundial atuando no estado.

1 – Ademir Menezes, 1950 (atacante, Sport)
2 – Vavá, 1958/1962 (atacante, Sport)
3 – Zequinha, 1962 (volante, Santa Cruz)
4 – Rildo, 1966 (lateral-esquerdo, Sport)
5 – Manga, 1966 (goleiro, Sport)
6 – Ricardo Rocha, 1990/1994 (zagueiro, Santa Cruz)
7 – Rivaldo, 1998/2002 (meia, Santa Cruz)
8 – Juninho Pernambucano, 2006 (meia, Sport)
9 – Josué, 2010 (volante, Porto)
10 – Hernanes, 2014 (meia, Unibol)

Campeões mundiais: Vavá, Zequinha, Ricardo Rocha e Rivaldo. Boa sorte, Hernanes!

Relembre os primeiros contratos de todos os mundialistas do estado aqui.