A história de Atlético-PR x Sport começa pelo último lance. Aos 52 minutos e 10 segundos do segundo tempo, após a cobrança de escanteio pelo lado direito, o zagueiro chileno Vilches ganhou a disputa para o até então invencível Matheuz Ferraz e acertou o cantinho de Danilo Fernandes, cuja cota de milagres estava em dia mais uma vez, com duas defesaças em Curitiba. Mas não deu nessa derradeira tentativa, que empatou o jogo em 1 x 1, evitando a primeira vitória do Leão como visitante neste Brasileirão, que mesmo assim tem apenas um revés em 17 jogos. Os rubro-negros (pernambucanos) se queixaram do acréscimo dado pelo árbitro Anderson Daronco, do quadro gaúcho. Só por isso?
Foram sete minutos além dos 45. Antes dos erros do Sport (chegaremos lá), vale esmiuçar o tempo extra. A parada técnica para hidratação durou 1min35s e foram efetuadas quatro substituições (as outras duas ocorreram no intervalo), além do atendimento ao goleiro Danilo Fernandes, após uma bolada no estômago. Sete minutos parece um exagero. Pior. O gol ainda saiu depois disso, e em tese o juiz só precisa esperar em caso de pênalti. Gol nos descontos à parte, até porque o Sport também marcou na mesma circunstância contra Goiás, Santos, Avaí e Palmeiras, o maior problema foi a mudança de postura.
O primeiro tempo foi exemplar, com as linhas bem postadas e domínio das ações, mesmo em vantagem – num jogo bom, com 70% de bola rolando. Na virada de campo, o Furacão abriu as pontas e acelerou a transição, dando trabalho demais, mesmo com Walter apagado. Com o Leão se limitando a tirar a bola da área, Eduardo Batista mexeu três vezes, acionando os reservas imediatos de cada posição. Mesmo pressionado, o time da Ilha fazia a sua parte e teve a chance pra matar, com Diego Souza, pouco antes de sofrer o empate. Cara a cara, o camisa 87 desta vez não decidiu. Acontece, empate amargo.