Sport sofre gol aos 52 do segundo tempo e fica no empate na Arena da Baixada

Série A 2015, 17ª rodada: Atlético-PR 1x1 Sport. Foto: Gustavo Oliveira/Atlético-PR (site oficial)

A história de Atlético-PR x Sport começa pelo último lance. Aos 52 minutos e 10 segundos do segundo tempo, após a cobrança de escanteio pelo lado direito, o zagueiro chileno Vilches ganhou a disputa para o até então invencível Matheuz Ferraz e acertou o cantinho de Danilo Fernandes, cuja cota de milagres estava em dia mais uma vez, com duas defesaças em Curitiba. Mas não deu nessa derradeira tentativa, que empatou o jogo em 1 x 1, evitando a primeira vitória do Leão como visitante neste Brasileirão, que mesmo assim tem apenas um revés em 17 jogos. Os rubro-negros (pernambucanos) se queixaram do acréscimo dado pelo árbitro Anderson Daronco, do quadro gaúcho. Só por isso?

Foram sete minutos além dos 45. Antes dos erros do Sport (chegaremos lá), vale esmiuçar o tempo extra. A parada técnica para hidratação durou 1min35s e foram efetuadas quatro substituições (as outras duas ocorreram no intervalo), além do atendimento ao goleiro Danilo Fernandes, após uma bolada no estômago. Sete minutos parece um exagero. Pior. O gol ainda saiu depois disso, e em tese o juiz só precisa esperar em caso de pênalti. Gol nos descontos à parte, até porque o Sport também marcou na mesma circunstância contra Goiás, Santos, Avaí e Palmeiras, o maior problema foi a mudança de postura.

O primeiro tempo foi exemplar, com as linhas bem postadas e domínio das ações, mesmo em vantagem – num jogo bom, com 70% de bola rolando. Na virada de campo, o Furacão abriu as pontas e acelerou a transição, dando trabalho demais, mesmo com Walter apagado. Com o Leão se limitando a tirar a bola da área, Eduardo Batista mexeu três vezes, acionando os reservas imediatos de cada posição. Mesmo pressionado, o time da Ilha fazia a sua parte e teve a chance pra matar, com Diego Souza, pouco antes de sofrer o empate. Cara a cara, o camisa 87 desta vez não decidiu. Acontece, empate amargo.

Série A 2015, 17ª rodada: Atlético-PR 1x1 Sport. Foto: Gustavo Oliveira/Atlético-PR (site oficial)

A evolução da venda online na Arena Pernambuco, até o futuro com 100%

Bandeiras na entrada da Arena Pernambuco nos jogos de Náutico e Sport. Fotos: Milton Neto/twitter (@miltoncneto) e Sport/Facebook

O público pagante da peleja entre Palmeiras e Atlético-PR, na moderna casa alviverde, foi de 38.794 espectadores. A particularidade do jogo válido pela Série A, em 2 de agosto de 2015, foi o fato de todos os bilhetes terem sido vendidos através da internet, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014, com mais de três milhões de ingressos. Isso mesmo, 100%. Trata-se do ponto alto de uma silenciosa mudança cultural no futebol brasileiro.

A venda online vem evoluindo nas arenas do país, num contexto já evidente na Arena Pernambuco, cujo novo sistema de comercialização entrou no ar a partir da 10ª rodada da Série B, com o jogo Náutico x Oeste. Na oitava partida com o formato, o percentual de bilhetes vendidos na internet chegou a 25%, o maior índice entre clubes após dois anos de operação da parceria público-privada.

Em números absolutos, a partida local com mais ingressos vendidos pela internet foi Sport x São Paulo, justamente o recorde em São Lourenço, com 41.994 pessoas. Quase 7,9 mil torcedores adquiriram o bilhete pelo site da arena. A meta até dezembro é chegar a 50%, com mais dez jogos do Náutico, quatro do Santa e três do Sport. Para isso, é preciso ativar a venda para sócios, opção ainda em articulação entre clubes e consórcio.

Venda 100% online por essas bandas? Já não parece um devaneio…

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Jogos com venda online na arena e o percentual sobre o público pagante
04/07 – Náutico 2 x 1 Oeste (Série B) – 12% de 7.594
11/07 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Série B) – 10% de 10.427
12/07 – Sport 2 x 2 Palmeiras (Série A) – 12% de 32.291
15/07 – Flamengo 0 x 2 Náutico (Copa do Brasil) – 22% de 14.919
19/07 – Sport 2 x 0 São Paulo (Série A) – 22% de 35.835
25/07 – Náutico 2 x 1 Vitória (Série B) – 12% de 6.441
01/08 – Náutico 1 x 1 Macaé (Série B) – 11% de 5.313
02/08 – Sport 0 x 0 Cruzeiro (Série A) – 25% de 24.456

Cadastro online, promotoras de captação e ampliação do quadro de sócios titulares de Náutico, Santa Cruz e Sport

Os grandes clubes do Recife reforçaram os seus planos de sócios em 2015, indo além da divulgação/marketing. Apresentaram benefícios práticos, como a ampliação da captação, tanto online (com facilidade de cadastro e pagamento) quanto na entrada dos estádios. Na Arena Pernambuco, Arruda ou Ilha do Retiro, promotas vem captando novos adeptos a cada jogo. O quadro absoluto soma 32.731 sócios titulares adimplentes. Somando as metas estipuladas pelas diretorias de Náutico, Santa e Sport, o número no fim do ano deveria atingir 70 mil associados. Ou seja, a marca atual é de 46,7%.

O aumento na temporada vem sendo substancial no Leão, com mais de 20 mil cadatrados em dia. A última vez que um clube da capital havia alcançado esse patamar foi em 1999, com o Tricolor chegando a 27 mil. Por falar nos corais, a contratação de Grafite impulsionou um rápido aumento, de 4 mil para 8 mil em dois meses. Em relação aos planos à disposição, o trio tem onze categorias distintas, com mensalidades de R$ 15 a R$ 320, de acordo com as vantagens (detalhes no hiperlink dos programas).

Obs. No Futebol Melhor, a campanha de descontos contabiliza os dependentes que tenham CPF. Daí, os times com mais sócios (Sport 27.172 e Náutico 4.130).

Dados atualizados até 4 de agosto de 2015

Alvirrubro de Carteirinha
Sócios titulares do Náutico: 3.709
Meta em dezembro/2015: 15 mil
Percentual da meta: 24,7%

Promotoras para a captação de novos sócios do Náutico. Foto: Náutico/facebook

Santa Cruz de Corpo e Alma
Sócios titulares do Santa Cruz: 8.162
Meta em dezembro/2015:  20 mil
Percentual da meta: 40,8%

Promotoras para a captação de novos sócios do Santa Cruz. Foto: Santinha_news/twitter

Sport de Verdade
Sócios titulares do Sport: 20.500
Meta em dezembro/2015:  35 mil
Percentual da meta: 58,5%

Promotoras para a captação de novos sócios do Sport. Foto: Sport/facebook

Podcast 45 (157º) – Rodada sem vitórias de Náutico, Santa e Sport no Brasileiro

O fim de semana foi um dos piores para os time da capital pernambucana neste Brasileiro. Na Série B, o Náutico tropeçou em casa e o Santa perdeu fora. Na Série A, o Sport não passou pelo ferrolho cruzeirense. Tudo isso está na análise do 45 minutos, com um balanço completo da rodada, além das dicas (música e programa de tevê) e promoções.

Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Neste podcast de 1h36m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 16ª rodada

Classificação do Brasileirão 2015 após 16 rodadas. Crédito: Superesportes

A vitória na noite de domingo, encerrando a 16ª rodada, teria deixado o Sport em 3º lugar no Brasileirão, a quatro pontos do líder Galo. Ao ficar no empate com o rival dos atleticanos, o Cruzeiro, o Leão acabou em 4º, com quatro clubes logo atrás, a no máximo dois pontos de distância. Esse viés quase “negativo” se deve ao fato de que o Rubro-negro agora disputará dois jogos seguidos fora de casa, contra Corinthians (2º) e Atlético-PR (5º). Parada complicada, ainda mais para uma equipe sem vitórias como visitante. A hora é mais que necessária.

O destaque da rodada vai para o público presente nos estádios, com uma média superior a 30 mil espectadores, algo inédito nesta edição. A Arena Pernambuco deu a sua contribuição, com 28 mil torcedores.

A 17ª rodada do representante pernambucano
09/08 (11h00) – Atlético-PR x Sport (Arena da Baixada)

Histórico em Curitiba pela elite: 1 vitória leonina, 4 empates e 6 derrotas.

Em má atuação, Sport fica no empate sem gols com o Cruzeiro, mas conserva o G4

Série A 2015, 16ª rodada: Sport 0x0 Cruzeiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O empate sem gols com o Cruzeiro manteve o Sport no G4, mas a torcida, apesar dos aplausos no apito final, saiu da Arena Pernambuco consciente de ter visto a pior apresentação do time como mandante neste Brasileirão. A opinião não passa só pelo fato de ter sido o primeiro jogo no Recife sem um golzinho sequer do Leão, mas pela postura desordenada. Ofensivamente, havia a preocupação com o encaixe tático entre Diego Souza e Régis, o que ocorreu, com o primeiro sem passes com tanta profundidade e o segundo cedendo espaço demais ao adversário.

No jogo inteiro, o goleiro Fábio fez apenas uma defesa, numa cabeçada de Marlone. Fora isso, apenas pressão territorial, sem finalizações – e excesso de preciosismo, com cinco toques de calcanhar nos primeiros 14 minutos. É verdade que Hernane fez a sua estreia, após três meses (e prendeu bem a bola), mas a esta altura, na etapa complementar, já não havia articulação. Sem surpresa, o Brocador entrou no lugar de Régis. Mas logo depois, pelo desgaste, Diego Souza também saiu. Marlone seria a peça mais indicada, mas não houve uma aproximação, com o jogador (talvez de forma inconsciente) guardando a sua posição original.

Do outro lado, o bicampeão brasileiro, que começou com três volantes, foi se soltando. Da distribuição totalmente retraída na frente da área, passou a marcar a saída de bola do Sport, no segundo tempo. Aos poucos, Vanderlei Luxemburgo foi gostando do jogo. Acionou Arrascaeta, Leandro Damião e Marquinhos, dando outra cara. E as oportunidades apareceram. Danilo Fernandes, em grande fase, salvou duas vezes. Outros dois cruzamentos passaram com muito perigo. Talvez por tudo isso, a torcida pernambucana tenha se contentado com o 0 x 0. Pela má atuação, o pontinho acabou não sendo mau negócio.

Série A 2015, 16ª rodada: Sport 0x0 Cruzeiro. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Podcast 45 (156º) – A luta de Santa Cruz e Náutico pelo G4 e as sondagens no Sport

A 15ª rodada Série B foi a pauta principal do 45 minutos. Começamos com a grande vitória do Santa sobre o Bahia, no Arruda. Diminuindo a distância ao G4 para 5 pontos, o Tricolor já surge como mais um candidato ao acesso. Em seguida, o revés do Náutico em Curitiba, piorando o já baixo aproveitamento como visitante (23%). Qual é o motivo de uma postura tão distinta em relação à arena, onde tem 91%? No Sport, o tema foi o recorrente assédio ao elenco, com André, Renê e Rithely especulados no exterior. A janela de saída vai até 31 de agosto. O Leão conseguirá se segurar? Para completar o programa, o tira-teima, as indicações de músicas e programas e as promoções especiais.

Neste podcast de 1h32m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (155º) – Danilo x Magrão, vitória timbu e empates de Sport e Santa

Os três grandes clubes pernambucanos atuaram no sábado. No domingo, com a rodada consolidada na Série A, ocorreu a 155ª edição do 45 minutos. Antes de analisar as partidas, tivemos o Tira-Teima entre os goleiros Danilo Fernandes e Magrão. Qual será a escolha de Eduardo Batista após o retorno do antigo camisa 1? Em seguida, a visão de cada integrante sobre o empate do Sport em Porto Alegre. Seguimos com Náutico 2 x 1Vitória (jogou bem ou não?). Por fim, o empate do Santa em Criciúma e a projeção para o clássico contra o Bahia.

Confira o infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Neste podcast de 1h34m, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Classificação da Série A 2015 – 15ª rodada

Classificação da Série A 2015 após 15 rodadas. Imagem: Superesportes

Em uma partida complicada, com histórico bem desfavorável, o Sport o empatou com o Grêmio em Porto Alegre. O pontinho conquistado no Sul, no sábado, teve uma importância imensa. Segurou o tricolor gaúcho e ainda manteve o Leão no G4, pela 13ª vez em 15 rodadas. Isso porque no domingo, cedinho, o Fluminense foi derrotado pela Chapecoense, em Santa Catarina. O time catarinense, aliás, já soma o mesmo número de vitórias do Sport, numa campanha também destacada.

No desfecho da rodada, à noite, em São Januário, o Palmeiras goleou o Vasco, entrou no G4, tirando o Sport da 3ª colocação e mostrou que vai por mais. O Verdão é um sério candidato ao título brasileiro de 2015 – o que seria o tri do técnico Marcelo Oliveira.

A 16ª rodada do representante pernambucano
02/08 (18h30) – Sport x Cruzeiro (Arena Pernambuco)

Histórico no Recife pela elite: 7 vitórias leoninas, 6 empates e 5 derrotas.

Danilo Fernandes evita derrota do Sport em jogo com inesperada mudança tática

Série A 2015, 15ª rodada: Grêmio 1x1 Sport. Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O empate com Grêmio foi ótimo. Foi apenas a 4ª vez em 21 partidas que o Sport não saiu derrotado pelo tricolor gaúcho em Porto Alegre. A partida marcava uma disputa direta pelo G4, na qual brecar o adversário, mesmo sem vencer, seria suficiente. Mais. Danilo Fernandes teve uma atuação excepcional, salvando até o último lance da noite. Dito isso, o 1 x 1 mantém o time em alta. Agora, os pontos desfavoráveis. Foi a primeira vez em quinze rodadas que o técnico Eduardo Batista abriu mão de sua convicção, de sua estrutura tática, que vinha dando muito certo. Optou por três volantes, tirando a mobilidade do meio-campo e o esquema com dois jogadores abertos, ladeando André.

Ao fim da partida, consciente de que no primeiro tempo a ideia não deu certo, justificou: “Eu precisava dar uma proteção ao Danilo com Wendel por aquele lado”. O lateral ocupava a vaga deixada por Renê, suspenso. Criticado pela torcida, Danilo se tornou um alvo maior ao errar o bote aos 44 minutos do primeiro tempo, com Pedro Rocha aproveitando para abrir o placar. O lance terminou uma atuação irreconhecível da equipe, se limitando à defesa. Enquanto isso, o Grêmio pressionou a saída de bola e soube se impor diante de um esquema defasado. Foi melhor. Em finalizações, 7 x 1, com 56% de posse.

No intervalo, Elber entrou no lugar de Mancha, fazendo o time remontar a sua desenvoltura mesmo fora de casa – foi assim num Mineirão com 50 mil pessoas, apesar da derrota para o Galo. Nos primeiros minutos o jogo já melhorou, com a bola ficando mais no campo adversário. Até o empate, num cruzamento de Danilo (se redimindo) para Diego Souza escorar de ombro, a la futevôlei. Para virar o placar, faltou mais ímpeto nos contragolpes, com a bola parando quase sempre (Wendel abusou de tocar para trás). Isso diante de um mandante afobado, com zagueiros e o goleiro suplentes. Embora a vitória como visitante ainda não tenha vindo, o empate ficou de bom tamanho. E deixou claro que o time tem uma cara, e que o treinador mantenha a sua convicção.

Série A 2015, 15ª rodada: Grêmio 1x1 Sport. Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA