Santa Cruz lança uniforme do acesso lembrando a última campanha na Série A

Uniforme especial do Santa Cruz para o acesso à Série A 2015. Crédito: Santa Cruz/twitter (@scfc_oficial)

No apagar das luzes, um quarto uniforme oficial do Santa Cruz em 2015. O motivo é pra lá de especial, o acesso à Série A. Comemorando o retorno, o Tricolor usará na última rodada da Segundona, contra o Vitória, no Arruda, uma camisa preta, com o branco e vermelho nas mangas. É a segunda camisa alternativa lançada pela fabricante este ano.

O modelo produzido pela Penalty emula o uniforme vestido pelo clube na sua última participação na primeira divisão do futebol brasileiro, em 2006 –  a lembrança, convenhamos, não é boa. Entre outros jogos naquele ano, o Santa utilizou o padrão feito pela Finta (abaixo) contra o Corinthians, no Pacaembu, e São Caetano, no Mundão – este jogo marcou o rebaixamento. Já a ultima partida da Cobra Coral no Brasileirão foi contra o Santos, em 3 de dezembro de 2006. Na Vila Belmiro, os pernambucanos usaram o primeiro uniforme.

A princípio, a nova camisa deve ser utilizada somente na despedida da Série B, pois o departamento de marketing do clube trata a peça como uma “lembrança de superação e força” na campanha do G4. A camisa preta, que se junta ao modelos coral, branco e azul, chega às lojas por R$ 169.

Tricolor, o que você achou do novo uniforme do Santa Cruz?

Uniforme do Santa Cruz na Série A de 2006

Após três eleições, o consenso volta ao Náutico. Novo ambiente em 2016/2017

Marcos Freitas e Edno Melo, presidente e vice do Náutico no biênio 2016/2017. Foto: João de Andrade Neto/DP/D.A Press

O Náutico caminhava para a terceira eleição consecutiva, sendo as duas últimas já abertas ao voto do sócio – uma determinação óbvia, mas recente no clube. As chapas para 2016/2017 já estavam nomeadas (“Náutico de Todos” e “Vermelho de Luta, Branco de Paz”), para uma disputa com até três mil eleitores em 13 de dezembro. Seria mais um capítulo no corroído cenário político do Timbu, após duas gestões sem resultados, com um rombo financeiro difícil de controlar.

Daí, a surpresa (positiva) com o entendimento entre os candidatos Marcos Freitas (azul) e Edno Melo (branco), desconhecidos por boa parte da torcida. Após um almoço e muita conversa – e algumas arestas, como a saída de Alexandre de Homem de Melo, descontente -, veio o consenso, marca no Alvirrubro por décadas. Marcos será o presidente, com Ivan Brondi (craque do hexa) como vice institucional e Edno no comando do departamento financeiro.

Entre 1979 a 2009 não houve bate-chapa nos Aflitos. O debate é salutar, com a apresentação de propostas, mas a vaidade já passara do ponto, com o enfraquecimento ano a ano (técnico e estrutural) e afastamento de colaboradores e da torcida. À chapa única, de cara, uma receita bem menor que os rivais (TV no Brasileiro: Sport R$ 35 milhões, Santa até 25 mi e Náutico 5 mi). A administração será essencial. A captação, nem se fala. O ambiente, então…

Atualização: não durou um dia sequer a união política no clube, com a pressão de partidários desfazendo o acordo. Pela 4ª vez seguida, bate-chapa.

Últimas eleições no Náutico
2009 – 160 votos* 
Berillo Albuquerque (Náutico Acima de Tudo) – 121 votos (75,62%)
Paulo Alves (Náutico Para Todos) – 39 votos (24,37%)
* Só com conselheiros.

2011 – 1.632 votos
Paulo Wanderley (Náutico de Primeira) – 1.139 votos (69,79%)
Marcílio Sales (MTA) – 475 votos (29,10%)
Paulo Henrique (Renovação) – 18 votos (1,10%)

2013 – 2.146 votos
Glauber Vasconcelos (MTA) – 1.575 votos (73,39%)
Marcílio Sales (Alvirrubros de Coração) – 458 votos (21,34%)
Alexandre Homem de Melo (Renovação) – 70 votos (3,26%)
Alberto de Souza (Náutico pra frente) – 43 votos (2,00%)

Podcast 45 (191º) – Caminhos do Sport em 2016 e a eleição do Náutico

Após a gravação do podcast detalhando o acesso do Santa à Série A, o 45 minutos focou Sport e Náutico, também com compromissos no fim de semana no Brasileiro. O empate sem gols na Ilha, de portões fechados, deixou o Leão com 1% de chance de ir à Libertadores. Hora de analisar os outros caminhos possíveis? Pois foi o tema do debate, já com as carências do time para 2016. O Brocador merece ficar? No Náutico, a vitória sobre o Bahia de nada adiantou. De novo na Série B, o foco é a disputa presidencial, com o embate entre o MTA (ou o que restou) e o antigo grupo político que comandou o clube por 15 anos.

Nesta 191ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

Podcast 45 (190º) – Raio x sobre o acesso do Santa Cruz, com projeção sobre 2016

Série B 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim 0x3 Santa Cruz. Foto: Luciano Claudino/Estadão conteúdo

A saga do Santa Cruz nesta volta à primeira divisão, numa caminhada iniciada em 2011, ainda na Série D, pautou a edição especial do 45 minutos. Foi um verdadeiro “SantaCast”, com 1h36. Analisamos a campanha, a importância de Marcelo Martelotte e Grafite, a gestão de Alírio Moraes, com Constantino Júnior à frente do futebol (esse esteve presente nos três acessos), a possível reformulação do elenco coral para a Série A em 2016, a possibilidade de jogar a Copa Sul-Americana já na próxima temporada (ganhar do Vitória e terminar como vice-campeão da Série B ajudaria muito) e as mudanças na receita do clube com a possível cota de R$ 25 milhões da televisão. Um raio x tricolor.

Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Nesta 190ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

A cada letra, um novo passo na história do Santa Cruz no futebol nacional

Os acessos do Santa Cruz em 2011 (Série C), 2013 (Série B) e 2015 (Série A). Fotos: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A última letra foi alcançada…

Em dez anos, o Santa Cruz foi da primeira para a quarta divisão e de lá retornou à elite do Campeonato Brasileiro. Trata-se de uma derrocada sem precedentes e uma volta por cima como nunca se viu no país. Em 2011, 2013 e 2015 o Tricolor deu os maiores passos para a sua reconstrução.

Os quatro títulos estaduais nos últimos cinco anos sacudiram a autoestima, mas sair do limbo nacional era questão de honra para um clube tão grande, tão tradicional, tão querido. A cada acesso conquistado no campo, legitimamente, uma letra erguida pelo povão simbolizando novos ares no futebol.

Treze, Betim e Mogi entraram às avessas na vida do Santa. Do nervosismo diante de 59 mil pessoas contra os paraibanos, quando o calvário começou a acabar. No gol de Caça-Rato, ao vivo para todo o Brasil, dando ao clube a decência de um calendário completo. Por fim, a goleada em Itu, com 1.400 tricolores presentes e outros tantos torcendo de longe. Juntas, as três letras têm um significado único.

Da Série D para a C
16/10/2011 – Santa Cruz 0 x 0 Treze (quartas de final)

Da Série C para a B
03/11/2013 – Santa Cruz 2 x 1 Betim (quartas de final)

Da Série B para a A
21/11/2015 – Mogi Mirim 0 x 3 Santa Cruz (37ª rodada)

A “última letra” é na verdadeira a primeira… para uma nova e merecida história.

Náutico vence o Bahia, mas não evita 2015 frustrante e incertezas sobre 2016

Série B 2015, 37ª rodada: Náutico x Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O público na Arena Pernambuco foi pequeno, mas ainda assim acima do que se imaginava. Com o Náutico quase sem chances de acesso, o borderô com 1.666 espectadores surpreendeu, mesmo sendo ínfimo. Era uma gente esperançosa, que teimou e, corretamente, não largou o Náutico. Uma torcida que, no sábado, ao menos teve a alegria de vencer o clássico nordestino contra o Bahia. E só.

Aos alvirrubros, infelizmente, o 1 x 0, com Fabiano Eller pegando um rebote aos 17 minutos, foi insuficiente. No intervalo a esperança até se mantinha, com o Santa passando em branco em Itu. Depois, a cada gol coral, com o público informado via rádio e tevês nos celulares, ficou o desapego a 2015. A lanterna no hexagonal pernambucano, a eliminação na primeira fase do Nordestão e a brusca queda de rendimento na Série B após cinco vitórias nas seis primeiras rodadas. Inegavelmente, um ano negativo, somando ao caos administrativo e com uma eleição presidencial em dezembro, com o MTA em xeque.

A reformulação no Náutico, num enfraquecimento ampliado com os dois rivais na elite, deve ser grande em 2016. A princípio, só terá Estadual e Série B, com uma boa chance de ir à Copa do Brasil via ranking da CBF. Somando tudo, com boa vontade, R$ 6 milhões em cotas. Pouco. O jejum desde 2004 só aumentará a pressão da torcida, que precisará se fazer mais presente para mudar o cenário.

Série B 2015, 37ª rodada: Náutico 1x0 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Com arrancada empolgante, o Santa Cruz conclui a sua caminhada à Série A

Série A 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim x Santa Cruz. Foto: Yuri de Lira/DP/D.A Press

Chegou o Dia A. Após uma década perambulando em todos os cantos do país em uma provação para toda a vida, o Santa Cruz chegou lá. Apoiado por 1.400 tricolores em Itu, literalmente toda a torcida presente, o Tricolor goleou o Mogi Mirim e confirmou a arrancada na Série B, com cinco vitórias seguidas. O futebol competitivo visto na Fonte Nova e no Engenhão apareceu no segundo tempo de um sábado tenso, natural em um jogo tão importante para uma geração de corais. Uma história que passou a ser acompanhada por quem gosta de futebol no país, que, aliás, assistiu ao vivo na tevê aberta.

Lá no Novelli Júnior, ainda pela manhã começara a ocupação do povão, que viajou do Recife, pousou em São Paulo e encarou 102 quilômetros de ônibus. Tudo para ver in loco ao renascimento do clube das multidões. Essa ansiedade era geral, se estendendo aos jogadores. Bastava uma vitória simples diante de um adversário rebaixado, sem vitória há doze rodadas. Na teoria, ok. Em campo, era preciso a seriedade que se tornou uma marca do time comandado por Marcelo Martelotte, mas a ansiedade atrapalhou.

Série A 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim x Santa Cruz. Foto: LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Mais do que orientação tática, o técnico gastou a voz pedindo calma ao time, visivelmente tenso com a possibilidade tão real de obter o acesso. Apesar da lanterna, o Mogi Mirim correu mais que de costume. Parecia animado com incentivo financeiro dos adversários do Tricolor. A irritação do treinador coral foi assimilada pelo time, que desceu unido para o vestiário, consciente da situação. O time voltou muito bem, dominando as ações, investindo bem pelo lado esquerdo e deixando o Mogi sem reação.

Lembrou a atuação diante do Botafogo, até porque foram três gols na segunda etapa, cravando o 3 x 0. De pênalti com Daniel Costa e outros dois de rebote com Bruno Moraes (no lugar do suspenso Grafite, símbolo-mor dessa campanha) e Bileu. Festa em São Paulo, festa em Pernambuco, festa do povão. O Santa Cruz está no Brasileirão de 2016. Da D pra A, no campo. Com todos os méritos. Parabéns aos tricolores!

Série A 2015, 37ª rodada: Mogi Mirim x Santa Cruz. Foto: LUCIANO CLAUDINO/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Podcast 45 (188º) – Santa perto do acesso, futuro do Náutico e as chances do Sport

Com 1h34m, o 45 minutos fez um balanço dos grandes clubes pernambucanos no fim de semana, iniciando com o Santa Cruz, a uma vitória da volta à Série A. Após o 3 x 0 sobre o Botafogo, o Tricolor encaminhou um acesso aguardado há uma década. Comentamos a atuação do time, a possível cota na primeira divisão e até a chance de disputar a Sul-Americana. Na sequência, o Náutico, quase sem chances de acesso. Fora do Nordestão, com a implosão do MTA e a nova rusga no contrato com a Arena. Terminando o programa, uma passagem sobre a goleada sofrida pelo Sport em BH. Ainda com chance de Libertadores? Sim, mas a conta é uma só: 3 vitórias em 3 jogos.

Confira um infográfico com as principais atrações do programa aqui.

Nesta 188ª edição, estive ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa e João de Andrade Neto. Ouça agora ou quando quiser!

A 36ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 36 rodadas. Crédito: Superesportes

A 36ª rodada foi excelente para o tricolores. Além da categórica vitória do Santa Cruz sobre o Botafogo no Engenhão, por 3 x 0, os resultados ajudaram, com a derrota do Sampaio Corrêa e o empate do Náutico com o CRB, na Arena. O campeão pernambucano manteve a 4ª colocação e chegou a 61 pontos, quatro acima do 5º lugar. A duas rodadas do fim, isso significa que uma simples vitória recolocará a Cobra Coral na elite do futebol nacional. Tem duas chances, contra Mogi Mirim, que mudou o seu mando para Itu, e o Vitória, virtualmente classificado. Já o Náutico precisará vencer seus dois jogos e torcer para o Santa somar apenas um – ou então terá que decidir no saldo, onde hoje está bem atrás. A Série B de 2015 está quase decidida…

No G4, um carioca (classificado), um mineiro, um baiano e um pernambucano.

A 37ª rodada dos representantes pernambucanos
21/11 (16h30) – Náutico x Bahia (Arruda)
21/11 (16h30) – Mogi Mirim x Santa Cruz (Novelli Júnior, Itu)

No meio da polêmica na Arena, Náutico não passa pelo CRB e G4 fica distante

Série B 2015, 36ª rodada: Náutico 1x1 CRB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No meio da polêmica entre mandar o jogo na Arena ou no Arruda, o principal era fomentar o jogo contra o Bahia, vencendo o CRB. Sem isso, a discussão entre a direção do Náutico e o consórcio seria inócua, criando apenas brechas para ações judiciais dos dois lado. Dal Pozzo bem que tentou manter a pilha no time, falando à imprensa sobre o foco nos alagoanos. Em campo, entretanto (e infelizmente), o Náutico não fez uma boa apresentação, ficando no 1 x 1.

O empate deixou o time de Rosa e Silva em uma situação delicada na Série B. Para não depender do saldo de gols, onde fatalmente levaria desvantagem, o Timbu agora precisa ganhar os últimos dois jogos e torcer para o Santa Cruz somar apenas um ponto. Enquanto os alvirrubros jogarão com Bahia (casa) e Bragantino (fora), os tricolores terão pela frente Mogi Mirim (fora) e Vitória (casa). Complicou bastante.

Neste sábado, com a torcida depositando a última dose de confiança, o Timbu parou num CRB desfalcado de Zé Carlos, o artilheiro da Série B com 18 gols – e que havia deixando o seu na vitória regatiana no primeiro turno. Sem Zé, coube a Pery marcar, de fora da área. Como ocorreu contra o Macaé, o zagueiro Ronaldo Alves até empatou de cabeça, mas a vitória, com o time afobado, não veio. No fim, o árbitro ainda deu seis minutos de acréscimo, somente para aumentar o drama do Náutico. Nesta Série B, o final parece fadado.

Série B 2015, 36ª rodada: Náutico 1x1 CRB. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press