O árbitro Sebastião Rufino Filho, do quadro pernambucano, se esforçou bastante para ser o protagonista do Clássico das Emoções na Arena Pernambuco. Apitou errado para os dois lados e expulsou Lisca num excesso de preciosismo, mas no fim perdeu o status, ganhando assim o futebol. O nome do jogo foi Gil Mineiro, autor do gol da vitória alvirrubra por 2 x 1, na reta final, quando o Náutico já atuava com um a menos, mas ainda assim se mostrava superior ao Santa, que viu a sua série sem derrotas acabar após seis rodadas.
Durante os primeiros 45 minutos, Rufininho até passou em branco, numa atuação esperada para qualquer juiz. Na volta do intervalo, tornou-se “decisivo” da pior forma possível. Em quinze minutos, enxergou duas faltas inexistentes. Em ambos os lances, saíram gols. Primeiro com Anderson Aquino roubando a bola de João Ananias. Assinalou falta no alvirrubro. O lateral Guilherme bateu colocado, a 26 metros de distância, e marcou. A bola, porém, era defensável para o goleiro Fred. Não demorou muito e uma disputa ombro a ombro, dentro da área timbu, resultou em um pênalti a favor dos corais. Anderson Aquino cobrou e empatou para o Santa, marcando o seu 8º gol na Série B.
O nervosismo em campo, proporcionado pela atuação de Rufino àquela altura, ficou evidente. Aproveitando o momento, o seu único lampejo favorável no sábado, o Tricolor passou a trocar passes no meio-campo e numa dessas bolas, Aquino arrancou livre, sendo derrubado por Ronaldo Alves. Enfim, um acerto do árbitro, expulsando o zagueiro – último homem no lance e numa chance clara de gol, apesar de nem todos os árbitros agirem da mesma forma.
Curiosamente, com garra, o Náutico melhorou com dez em campo, arriscando mais, jogando no campo adversário. Na terceira investida, desempatou. Gil Mineiro pegou de primeira um cruzamento da esquerda e mandou para as redes, para a festa da timbuzada. Na comemoração, sobrou para Lisca. O árbitro precisava voltar a ter cartaz, pelo visto. Nos minutos finais, o Náutico se postou bem, forçando o rival a alçar bolas na área, com Júlio César passando longe de qualquer ameaça. A vitória no Clássico das Emoções, a primeira em cinco confrontos na Arena, recolocou o Náutico no G4. Na conta de Gil.