Santa marca três gols no finzinho e faz 4 x 2 no Central, como visitante na Arena

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Central 2x4 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Como mandante de ocasião na Arena, o Central vencia o Santa de virada, com direito à gol de bicicleta de Lessa. Jogava melhor e já havia desperdiçado alguns boas chances para a ampliar. O jogo já se aproximava do finzinho, com Aílton, cérebro do time, sendo substituído por um zagueiro. Segurar o resultado, diante de um inoperante tricolor parecia bem possível. Àquela altura, aos 40 do segundo tempo, o bicampeão estadual já havia sido vaiado duas vezes pelos 1.735 espectadores. No intervalo e na última mudança, com foco em Eutrópio, chamado de burro com apenas cinco jogos. Veio, então, o imponderável.

Na entrada da própria área, o centroavante alvinegro Jaílson fez uma falta infantil – ele conseguiu comprometer no ataque e na defesa. Na cobrança, Anderson Salles. O zagueiro já cobrara uma vez com perigo. Na segunda, mandou no ângulo, num empate já comemorado – suficiente para manter o lugar no G4 do hexagonal. Pois o time não ficou nisso. Já com chuva forte, os corais foram para o abafa, diante de um “mandante” atordoado. Virou aos 43, com Everton Santos ajudado pelo desvio do zagueiro, e ampliou aos 47, com Barbio recebendo livre na pequena área, para lamentação do goleiro Murilo, silenciado após o apito final.

Para o Santa, a primeira vitória no Pernambucano – e a segunda seguida na temporada – serve de ânimo. Tecnicamente, ficou devendo demais! O 4 x 2 valeu pela dedicação, pela reação, pela emoção. Não pela coletividade, com o time apresentando sérios problemas na saída de jogo. À frente, segue sem referência ofensiva, com os atacantes caindo pelos lados e o centro esvaziado de jogadas. A equipe deve ser reforçada por dois atacantes, o argentino Parra e o veterano Júlio César. Opções para um setor ainda desorganizado – mas, que, como contraponto, anotou três dos quatro gols da noite.

Pernambucano 2017, 3ª rodada: Central x Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Santa vence o Náutico no clássico pelo Nordestão com falha de Tiago Cardoso

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

No segundo Clássico das Emoções em uma semana, o Santa Cruz arrancou a vitória (a 200ª na história) num duelo de poucas oportunidades. Agora pela Copa do Nordeste, o atual campeão regional fez o placar mínimo, 1 x 0, contando com uma baita colaboração do outrora ídolo e agora goleiro alvirrubro Tiago Cardoso – que já havia ido mal no gol de falta que resultou no empate pelo Estadual.

Após um primeiro tempo fraco tecnicamente, no Arruda, com muitos passes errados, excesso de força na marcação e quase nenhum arremate, o jogo recomeçou mais aceso. Com mais cara de Santa, buscando jogadas pelos lados, tentando impor mais velocidade, à medida em que o sol ia sumindo. Com oito minutos, Thomás fez boa jogada pela esquerda, já na área, e se aproveitou da péssima saída de TC1, que deixou o gol vazio para tentar travar. A bola foi tocada com tranquilidade para Éverton Santos, que só empurrou. Foi o primeiro do atacante, variando o poder ofensivo, inicialmente centrado em Léo Costa.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Em desvantagem, Dado Cavalcanti mexeu em dose dupla. Acionou os atacantes Erick e Alison, nos lugares de Rodrigo Souza e Dudu. O time ficaria mais leve, mas com menos pegada. Depois, ainda colocaria Marco Antônio (finalmente) no lugar de João Ananias. De fato, era preciso se expor para buscar algo, o que não ocorreu, com o timbu encontrando dificuldades para a entrar na área rival. Limitou-se a cruzar bolas, cortadas pela zaga, com Júlio César sem trabalho.

No fim, ainda escapou de levar o segundo gol em contragolpes, com os corais falhando bastante na articulação – foi mal tanto com André Luís, no primeiro tempo, quanto com Barbio, com nova chance no segundo. Não fez falta, terminando com uma justa e importantíssima vitória tricolor neste parelho grupo na Lampions. Ainda sobre o jogo, vale o registro, lamentável, sobre a presença de público, com 5.086 torcedores. Somando com o confronto anterior, apenas 9.708 pessoas num duelo que completa um século nesta temporada.

Copa do Nordeste 2017, 1ª fase: Santa Cruz 1 x 0 Náutico. Foto: Rafael Martins/Esp. DP

Vaiado por 2.154 torcedores no Arruda, Santa empata sem gols com Belo Jardim

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 0 x 0 Belo Jardim. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Na imensidão do Arruda, um público de 2.154 pessoas é bem frustrante, com um verdadeiro deserto nas arquibancadas. Na transmissão na tevê, era possível até identificar a corneta sobre passes errados, sobre a inércia ofensiva (chegando a vinte minutos sem um chute) e pelo tropeço diante de um adversário tecnicamente bem inferior. Considerando as disputas no estadual e no regional, o Santa chegou ao terceiro empate seguido, desta vez como mandante, contra o Belo Jardim, que não atuou uma vez sequer em sua cidade neste ano.

Já acostumado à condição de visitante, o Calango veio ao Recife para tentar travar a equipe comandada por Vinícius Eutrópio. Conseguiu. Mérito próprio, claro, mas, na visão do blog, mais pela péssima apresentação do bicampeão pernambucano. Faltou apetite para buscar a vitória. À frente, Barbio ganhou o lugar de André Luís como referência ofensiva, com Éverton Santos caindo pelos lados. A dupla não funcionou, com os torcedores presentes pegando no pé. Tanto que o zagueiro Anderson Salles parecia chegar com mais perigo.

A quinze minutos do fim, a impaciência já havia passado do ponto, com gritos de olé nas trocas de passes do time agrestino. Coincidência ou não, mordido ou não, o Santa Cruz conseguiu articular dois ataques no período, mas sem efetividade. No fim, o público diminuto talvez tenha sido o único lado “positivo” da noite, pois evitou uma vaia maior no empate em 0 x 0.

Pernambucano 2017, 2ª rodada: Santa Cruz 0 x 0 Belo Jardim. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Náutico e Santa empatam na Arena com arbitragem ruim e emoção só no finzinho

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

O primeiro dos vários clássicos entre alvirrubros e tricolores em 2017 guardou as emoções para os minutos finais, após uma tarde de muitos erros, dos dois times e do árbitro Péricles Bassols, que escapou de ser o principal personagem do jogo. Até os 44 minutos do segundo tempo, o empate seguia em branco, com pouquíssimas oportunidades efetivas – até então, uma para cada lado, ainda na primeira etapa, com o agora alvirrubro Tiago Cardoso espalmando um belo chute de Léo Costa e o agora tricolor Júlio César evitando um gol contra. Então, surgiu um lançamento preciso para Anselmo, com o centroavante dominando rápido, ganhando do marcador e batendo rasteiro para abrir o placar para o Náutico.

Seria o gol da vitória, com o ritmo do confronto àquele altura. Nos descontos, com o cronômetro já passando de 48, numa falta na entrada da área, Léo Costa mandou para as redes – o camisa 10 marcou os três gols corais na temporada, somando Asa Branca, Nordestão e Estadual. Empate em 1 x 1 e apito final. Quase um “alívio” para Bassols, o árbitro importado pela FPF nesta edição.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

Durante o jogo, o carioca falhou bastante na questão disciplinar, sobretudo aos 39 minutos, quando expulsou Dudu e Jaime. Dudu, correto. Para Jaime, cabia um amarelo. Na confusão, Rodrigo Souza também poderia ter sido advertido. E o causador de tudo, André Luís, com uma cotovelada em Dudu, passou ileso. Aos 20 da etapa complementar, outra polêmica, com um pênalti não assinalado em André Luís, claramente puxado (e desequilibrado) por Páscoa. Sim, o mesmo atacante tricolor que sequer deveria estar em campo.

Sem objetividade ofensiva, a partida foi ganhando contornos violentos, com faltas duras e pouca repreensão. Muita conversa e um amarelo aqui, outro ali. De certa forma, justificou o baixíssimo público presente, com apenas 4.622 torcedores, o menor em 17 clássicos realizados na Arena Pernambuco – quatro pessoas a menos que o “recorde” anterior, um Clássico das Emoções em 2015. Neste ponta-pé inicial do Pernambucano do Santa, em busca do tri, e do Náutico, querendo encerrar o jejum desde 2004, ficou o desejo por um pouco mais emoção nos próximos duelos, não só no apagar das luzes.

Pernambucano 2017, 1ª rodada do hexagonal: Náutico 1x1 Santa Cruz. Foto: Peu Ricardo/ESP DP

Com emoção no finzinho, Santa arranca empate com o Campinense no Amigão

Nordestão 2017, fase de grupos: Campinense 1x1 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

Na reedição da última final da Copa do Nordeste, no mesmo estádio Amigão, o mesmo resultado, 1 x 1. E outra vez com o Santa Cruz arrancando o empate no finzinho. O time tricolor, completamente reformulado em relação à temporada passada, saiu no lucro, pois esteve numa má jornada em Campina Grande. No primeiro tempo, viu o Campinense investir bastante pelo lado direito da defesa, passando várias vezes por Vítor, curiosamente o único remanescente de 2016. O time paraibano chegou a acertar a trave, num lance incrível.

Na etapa complementar, o melhor futebol do mandante se manteve. Com três testes nesta temporada (Agap, Timbaúba e Paysandu), o Santa Cruz ainda busca uma maior organização, inclusive de sistemo de jogo. O técnico Vinícius Eutrópio realizou mudanças, reforçando a marcação (Wellington Cézar) e buscando mais agilidade à frente (Thomás), mas sem uma mudança significativa. O amarrado empate sem gols seguiu até os 38 minutos, até uma despretensiosa bola levantada na área pernambucana, com o atacante Augusto, quase na linha de fundo, encobrindo Júlio César de cabeça.

Àquela altura, dificilmente algum torcedor coral acharia o resultado injusto. Mais difícil ainda seria encontrar alguém que havia desistido num cenário tão cabalístico. Aos 43 minutos, pênalti para os visitantes. Autor do gol na Taça Asa Branca, Léo Costa deslocou Glédson na cobrança, garantindo um ponto importantíssimo em um do grupos mais perigosos desta edição.

Nordestão 2017, fase de grupos: Campinense 1x1 Santa Cruz. Foto: Rodrigo Baltar/Santa Cruz

Em amistoso, Santa goleia o Timbaúba usando 26 atletas, sob silêncio no Grito

Amistoso, 2017: Santa Cruz x Timbaúba. Foto: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Após o bom público no jogo-treino contra a Agap, o Santa Cruz esperava uma presença ainda maior em Olinda, no primeiro amistoso efetivo do ano, contra o Timbaúba, da segunda divisão pernambucana. A entrada custaria um quilo de alimento não perecível ou duas apostas na Timemania. Na noite de sexta-feira, contudo, houve uma determinação do corpo de bombeiros, proibindo a ocupação das arquibancadas no sábado. Segurança é um motivo pra lá de justo, pois o Grito da República segue inacabado. Sem torcida, o time goleou por 3 x 0, gols de Éverton Santos, Williams Luz e Anderson Sales, todos no segundo tempo.

No Campeonato Pernambucano, por exemplo, a FPF exige laudos técnicos de engenharia, segurança, bombeiros e vigilância sanitária. Hoje, nenhum deles seria verificado pela federação – logo, cabe à prefeitura finalizar e regularizar o empreendimento, com capacidade estipulada para até 10.700 pessoas. 

Comparando com o jogo-treino, quando Vinícius Eutrópio mudou dez jogadores no intervalo, mantendo apenas o goleiro, desta vez, com o time já vestindo o uniforme oficial, foram quatro. À frente, Elicarlos por Wellington, Marcílio/David, Léo Costa/Barbio e Zé Carlos/André. No decorrer da etapa complementar, porém, trocou outros onze atletas, dando chance a contratados e garotos da base. Ao todo, 26 jogadores! No fim, uma pena o silêncio forçado no Grito.

Formação do Santa (4-3-3) 

Júlio César (Miller); Vítor (Nininho), Jaime (Otávio e Thawan), Bruno Silva (Anderson Salles) e Eduardo (Vallés); Wellington Cézar (Elicarlos e Lucas Gomes), David (Marcílio e Gabriel Leite) e Thiago Primão (Léo Cotia e William Luz); Barbio (Léo Costa), Thomás (Éverton Sanos) e André (Zé Carlos)

Ouça uma entrevista com Vinícius Eutrópio sobre a preparação coral aqui.

Amistoso, 2017: Santa Cruz x Timbaúba. Foto: Santa Cruz/twitter (@SantaCruzFC)

Os 14 jogadores da Copinha integrados aos elencos profissionais de Sport, Náutico e Santa para a temporada 2017

A participação pernambucana na Copa São Paulo de Juniores de 2017 acabou na terceira fase (de um total de sete), com Náutico e Sport eliminados por Mirassol e Batatais. A campanha, entretanto, não ficou nisso, com parte dos elencos sendo aproveitada nos times principais. Ao todo, o Trio de Ferro integrou 14 nomes, que após anos na base (infantil, juvenil e júnior) passam a trabalhar com nomes mais tarimbados, com outra carga de cobrança, buscando uns minutinhos nos jogos. Ou seja, o rumo natural para promessas de até 19 anos.

Torcedor, dos nomes abaixo, qual seria a sua maior aposta para revelação?

Sport
Sete jogadores que atuam no time campeão estadual na categoria Sub 20 passam a trabalhar com o grupo principal no CT de Paratibe, sob comando técnico de Daniel Paulista. Cinco deles (Lucas, Adryelson, Caio, Pardal e Juninho) foram convocados para a Seleção Brasileira Sub 18/20 em 2016. Já o centroavante Wallace chegou a entrar em campo no Mineirão, pelo Brasileirão 2015, chamado às pressas na ocasião. Lembrando que a direção leonina prometeu, durante a campanha eleitoral, a utilização de boa parte do time júnior durante o Campeonato Pernambucano de 2017, ao menos no hexagonal.

Rubro-negro na Copinha: 3 vitórias e 2 derrotas, 7 GP, 6 GC
Integrados: Lucas (goleiro), Adryelson (zagueiro), Caio (lateral-esquerdo), Fabrício (volante), Pardal (meia), Juninho (atacante) e Wallace (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Copas do NE e do Brasil, Série A e Sula

Time do Sport na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Sport/divulgação

Náutico
O técnico Dado Cavalcanti autorizou a transição de quatro nomes para o time principal. Nos Aflitos, o destaque vai para os atacantes Erick e Gerônimo, com 4 e 3 gols marcados na Copinha, respectivamente. Atuando no interior paulista, o time fez a melhor campanha do clube em 11 participações. Com o reforço nos trabalhos no CT Wilson Campos, a base alvirrubra representa agora quase 50% do elenco profissional no início de 2017, segundo levantamento do próprio timbu.

Alvirrubro na Copinha: 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 11 GP, 6 GC
Integrados: Sérgio (goleiro), Feliphe Gabriel (zagueiro), Gerônimo (atacante) e Erick (atacante)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Náutico na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Náutico/instagram (@nauticope)

Santa Cruz
No Arruda, os tricolores voltaram a passar da fase de grupos da Copa SP após quatro anos, mesmo sem ter uma infraestrutura equiparada a dos rivais – segue sem CT. Os três nomes convocados por Vinícius Eutrópio já tiveram uma primeira experiência no grupo principal, sobretudo o goleiro Lucas, que chegou a compor o banco no último ano. Em 2017, com quatro competições na agenda e um plantel em profunda reformulação, oportunidades podem aparecer para o trio.

Tricolor na Copinha: 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, 4 GP, 4 GC
Integrados: Lucas (goleiro, 19), Thawan (zagueiro, 19) e Otávio (volante, 18)

Torneios do time profissional: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil e Série B

Time do Santa Cruz na Copa SP Sub 20 de 2017. Foto: Santa Cruz/instagram (@santacruzfc)

Podcast – Especial Treinadores com Vinícius Eutrópio, do Santa Cruz

Vinícius Eutrópio em entrevista ao podcast 45 minutos. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Vinícius Eutrópio encerrou a carreira como volante em 1999, quando sequer usava o sobrenome no futebol. Estava no Náutico, onde fez uma rápida transição na função, virando auxiliar técnico no segundo semestre. Após 18 anos, volta a trabalhar no Recife, agora no Santa Cruz. Como técnico efetivo. Em entrevista ao 45 minutos, em Paulista, onde os corais estão hospedados na pré-temporada, o treinador comentou sobre o início da carreira, a experiência de seis anos no Atlético-PR (vivenciando a estruturação do clube), suas preferências táticas e, sobretudo, a montagem do Tricolor. Já começou atuando diretamente sobre 11 contratações. Durante uma hora, falou de planejamento, estrutura (espera um campo no CT até maio) e a volta à Série A, a meta. Ouça!

Neste podcast, estou com Cabral Neto, Celso Ishigami e Fred Figueiroa.

Confira o outro especial, com Dado Cavalcanti, do Náutico, clicando aqui.

Em jogo-treino, na primeira apresentação em 2017, Santa vence a onipresente Agap

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Santa Cruz 3 x 0 Agap. Foto: Yuri de Lira/DP

A torcida coral em Rio Doce se fez presente no recém-inaugurado (mas ainda inacabado) estádio Grito da República. No primeiro jogo-treino do Santa Cruz em 2017, vitória sobre a Agap por 3 x 0, gols de Thomás, Vallés e Nininho. Foi a primeira movimentação efetiva do técnico Vinícius Eutrópio, que até então vinha sendo um “executivo”, colaborando nas 11 contratações anunciadas pelo clube.

Santa no 1º tempo (4-3-3)

Júlio César; Vítor, Bruno Silva, Jaime e Eduardo; Wellington Cézar, David e Thiago Primão; Thomás, William Barbio e André

Santa no 2º tempo (4-4-2)

Júlio César; Nininho, Lucas, Walter e Vallés; Lucas Gomes, Marcílio, Léo Costa e Williams Luz; Everton Santos e Adriano

O adversário alviazulino no jogo-treino já tornou-se tradicional na pré-temporada dos grandes clubes da capital, embora nunca tenha nem empatado uma peleja. Lembrando que a Agap não é um clube profissional, mas uma entidade sem fins lucrativos que movimenta atletas desempregados. Foi o quarto confronto nos últimos três anos, com 16 gols corais e apenas um da Agap. No geral, contra os grandes, já foram 17 derrotas, sendo onze goleadas. Hoje, mais uma.

Jogos-treinos do Santa Cruz na pré-temporada:
19/01/2015 – Santa Cruz 4 x 0 Agap (Chã Grande)

14/02/2015 – Santa Cruz 3 x 1 Agap (Arruda)
17/01/2016 – Santa Cruz 6 x 0 Agap (Chã Grande)
10/01/2017 – Santa Cruz 3 x 0 Agap (Grito da República) 

Sobre o estádio municipal de Olinda, com capacidade para 10.700 pessoas, o jogo precisou ser marcado para 15h30 devido à falta de refletores (o projeto original, claro, previa torres de iluminação). Com a obra finalizada, o local poderia ser uma boa alternativa para jogos oficiais de menor apelo do Trio de Ferro.

Jogo-treino na pré-temporada de 2017: Santa Cruz 3 x 0 Agap. Foto: Yuri de Lira/DP

Vinícius Eutrópio chega para a maior reformulação do Santa nos últimos anos

Vinícius Eutrópio. Crédito: Santa Cruz/site oficial

Martelotte, Milton Mendes, Doriva e Adriano. O instável comando técnico do Santa Cruz em 2016 terminou de forma interina. Num turbilhão administrativo, com atrasos salariais, o clube confirmou o novo nome, Vinícius Eutrópio.

Conforme informado pelo Superesportes, as referências foram dadas por Milton Mendes, que conquistou dois títulos no tricolor e acabou saindo por não conseguir fazer o time reagir no Brasileirão. Vinícius chega tendo como agenda inicial, em 2017, justamente os dois torneios, Estadual e Nordestão. Com o time pré-classificado às oitavas de final da Copa do Brasil, o calendário deve ser tranquilo até o fim de abril. Esse cenário com pressão reduzida será importante para a requalificação (técnica e financeira) do elenco, que parte sem peças importantes como Grafite, Keno, João Paulo e até o campeoníssimo goleiro Tiago Cardoso. Fora a urgente reconstrução da defesa, calo maior na Série A.

Aos 50 anos, o mineiro tornou-se treinador em 2009, após um longo período como auxiliar. Soma apenas um título na função, o campeonato catarinense de 2014, pelo Figueirense. No Arruda, com contrato de um ano, mais do que títulos no primeiro semestre, a cobrança será pelo retorno à elite nacional.

Competições oficiais do Santa Cruz em 2017:
Copa do Nordeste (a partir de 26/01)
Campeonato Pernambucano (29/01)
Copa do Brasil (26/04)
Série B (13/05)